Mercados podem reduzir custos de cooperativas agro
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Mercados podem reduzir custos de cooperativas agro

Sempre focada na ampliação da competitividade do movimento cooperativista, a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) realizou hoje, em São Paulo, a reunião ordinária de sua Câmara do Leite. O evento ocorreu na sede da B3, a convite. A instituição foi criada a partir da fusão entre a BM&FBovespa e Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos (CETIP). Representantes da empresa Agroconsult também participaram da reunião.

A intenção da OCB, da B3 e da Agroconsult foi oferecer aos dirigentes de cooperativas das grandes cadeias consumidoras de milho no Brasil, um aprofundamento sobre as vantagens do uso dos instrumentos modernos de comercialização (contratos futuros e seus derivativos, por exemplo), como ferramentas importantes na implantação de melhores práticas de gerenciamento de riscos, decorrentes da volatilidade dos preços nesse mercado.

Para o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, atender ao convite da B3 possibilitou uma grande oportunidade de as cooperativas debaterem sobre as perspectivas que envolvem dois mercados: o de lácteos e o de milho, sobretudo naquilo que diz respeito à estratégia de aquisição de insumos, de forma eficiente e competitiva.

“Não temos dúvida de que tudo aquilo que reduz o custo de produção e diminui os riscos, amplia a capacidade das cooperativas de competir, em pé de igualdade, com outros grandes players brasileiros e isso favorece o desenvolvimento sustentável desse segmento do cooperativismo”, avalia o presidente do Sistema OCB.

PROGRAMAÇÃO

Os cooperativistas participaram de vários painéis e discutiram assuntos como: o mercado de milho e soja em 2017, a conjuntura do mercado de lácteos, a importância da gestão na aquisição de insumos e, ainda, o uso do mercado futuro de milho e seus derivativos pelos produtores de leite. As apresentações foram feitas por consultores da Agroconsult, representantes da B3 e pelo pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Glauco Carvalho.

NA PRÁTICA

Para o analista econômico e financeiro da OCB, Fernando Fernandes, a partir das informações obtidas ao longo das palestras e debates, os representantes das cooperativas agropecuárias poderão traçar suas estratégias de atuação na aquisição de insumos e no mercado de lácteos e, assim, reduzir o custo da produção. 

Foto: Rafa Von Zuben

Fonte: Sistema OCB

Peca de teatro dissemina o cooperativismo em escolas
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Peca de teatro dissemina o cooperativismo em escolas

A Escola Fauze Scaff Gattass Filho do Programa Cooperjovem recebeu ontem, dia 18, a peça de teatro "O menino que cooperava" de Luiz Roberto Dalpiaz Rech. 

Segunda-feira, dia 22, a peça estará em Rcohedo e na terça-feira em Corguinho. O livro e a peça buscam desenvolver o senso de cooperação, respeito e estimula sua prática (da cooperação) nas escolas, as habilidades de relacionamento, buscando desenvolver valores. 

PLP 100/2011 - Aprovacão do Requerimento de Urgência na Câmara
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PLP 100/2011 - Aprovacão do Requerimento de Urgência na Câmara

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou no dia 17, por 345 votos a 8, o requerimento de urgência para o Projeto de Lei Complementar (PLP) 100/11, que possibilita que as disponibilidades de caixa dos entes públicos municipais sejam depositadas em cooperativas de crédito.

Segundo o Deputado Domingos Sávio (MG), presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) e autor do projeto, o PLP 100/2011 vai fortalecer a economia local por meio das cooperativas de crédito, hoje presentes como única instituição financeira em mais de 10% dos municípios brasileiros.

Em pronunciamento durante a votação do requerimento de urgência, Domingos Sávio destacou que o projeto visa fortalecer o municipalismo brasileiro, trazendo às prefeituras mais alternativas de agentes financeiros. “Hoje, o cooperativismo de crédito está presente em todo o território nacional, organizado com toda a regulamentação do Banco Central. Porém, muitas vezes, sofremos uma situação em que os entes públicos acabam tendo que depositar suas disponibilidades de caixa em cidades vizinhas, muitas vezes em bancos privados, não incentivando a economia local”.

Por meio de emenda do Deputado Evair de Melo (ES), que faz parte da Diretoria da Frencoop, o Sescoop também poderá organizar, administrar e executar suas disponibilidades de caixa em cooperativas de crédito. Em pronunciamento no plenário, Evair de Melo destacou que o “cooperativismo de crédito precisa, merece e vai ter essa oportunidade de poder contribuir, com o setor público brasileiro, além dos setores privado e rural.”

O PLP 100/2011 está na pauta mínima de prioridades da Agenda Institucional do Cooperativismo 2017. Para o Sistema OCB, com maior alavancagem, as cooperativas poderão potencializar e pulverizar o financiamento de produtores, cooperativas e micro e pequenos empreendedores do interior do país. Hoje, 76% das operações de crédito das cooperativas estão abaixo de R$ 5 mil. 

PRÓXIMOS PASSOS

Com a urgência aprovada, o PLP 100/2011 está pronto para ser incluído na pauta do plenário da Câmara. Caso aprovada, a matéria segue para análise do Senado Federal.

Fonte: Sistema OCB

EBPC 2017 seleciona pesquisas acadêmicas sobre cooperativismo
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EBPC 2017 seleciona pesquisas acadêmicas sobre cooperativismo

Atenção pesquisador! Se o foco de sua pesquisa acadêmica é o movimento cooperativista brasileiro, não perca a oportunidade de inscreve-la na submissão de artigos e trabalhos que poderão ser apresentados durante a 4ª edição do Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismo (EBPC). O evento é uma realização do Sistema OCB e ocorrerá em Brasília, entre os dias 20 e 22 de novembro deste ano. O encontro terá como tema central: “Desenvolvendo Negócios Inclusivos e Responsáveis: Cooperativas na Teoria, Política e Prática”.

De acordo com a organização do evento, o 4º EBPC é um ambiente favorável à criatividade, experimentação e implementação de novas ideias, capazes de unir competitividade e desenvolvimento sustentável nas cooperativas. Por isso, o objetivo do encontro é estimular a pesquisa acadêmica que, cada dia mais, tem aproximado as instituições de ensino superior da realidade das cooperativas do país.

Importante

A submissão é gratuita e pode ser feita pelo site do EBPC até o dia 6 de julho. A comissão organizadora orienta que os pesquisadores leiam com atenção o edital, que norteia todo o processo de apresentação e avaliação dos trabalhos. Vale lembrar, ainda, que as pesquisas precisam estar vinculadas a um dos quatro eixos temáticos abaixo:

  • Identidade e Educação
  • Quadro Legal
  • Governança e Gestão
  • Capital e Finanças
  • Fonte: Sistema OCB
Entre altos e baixos: o leite em Mato Grosso do Sul
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Entre altos e baixos: o leite em Mato Grosso do Sul

Produzir leite, com gestão eficiente, agregar valor à matéria prima, estimulando o lucro da propriedade, não é uma tarefa fácil em Mato Grosso do Sul. A afirmação do diretor do Sindicato Rural de Campo Grande e vice-presidente do Conselho Paritário entre Produtores e Indústrias de Leite de Mato Grosso do Sul (Conseleite), Wilson Igi, leva em consideração os custos da pecuária leiteira e o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que a 10,2%, somado ao frete, dificulta a saída da produção excedente, para outros estados, gerando a desvalorização, pelo volume da oferta aos laticínios.

“Considerando o consumo per capita de Mato Grosso do Sul temos um excedente de 78 milhões de litros, sem considerar, em equivalente, a matéria prima de produtos lácteos importado de outros estados e países”, ressalta Igi. “Para nossa produção de leite sair do Estado, paga-se um ICMS muito caro, em relação aos estados vizinhos. E com os excedentes de produção que ocorrem, principalmente na época das águas, faz com que o laticínio pague muito menos por nosso leite, ficando muitas vezes abaixo do custo de produção. A conta não fecha. E isso faz cada vez mais que produtores abandonem a atividade”, pontua Igi, que abordará o tema durante o 20º Encontro Técnico do Leite, no auditório do Sindicato Rural de Campo Grande, no dia 2 de junho, entre as 7h e 17h30.

A cadeia do leite em Mato Grosso do Sul está de marcha ré. Desde 2010 só indo para trás e isso preocupa muito”, relata o diretor do Sindicato. “O número de produtores que deixam a atividade, só não é pior porque acabam sendo substituídos por outros nos assentamentos que surgem, mas não se sustentam. Poderíamos estar melhores, com indústrias mais fortes, o que acarretaria em melhores preços, com diversificação de produtos que usam o leite como matéria prima”, reforça Igi.

Mesmo concordando com todos apontamentos do dirigente, o produtor rural de Campo Grande, Nivaldo Sezerino, 57 anos, acredita que sua principal contribuição, para melhorar o cenário, é agindo estrategicamente da porteira para dentro. Há 6 anos entrou na atividade e já foi premiado pelo laticínio Lactalis, pela qualidade do leite entregue. Conquistou a primeira colocação em um ranking de 352 fornecedores da região de Terenos. A qualidade, além do pódio, trouxe cerca de R$ 0,25 a mais, por litro de leite.

“Eu recomendo a pecuária leiteira. O problema do leite é conseguir fazer uma gestão que te dê resultados. Ele é muito justo, a régua mede em centavos, então se não tiver isso bem justo, não se consegue administrar. No começo apenhei muito, e percebi que a gestão precisa ser da porteira para dentro, não adianta querer brigar com Governo. É óbvio que é importante e que ajudaria aumentar o lucro da produção de leite, mas como produtor eu não consigo fazer isso, então eu tenho que trabalhar e, internamente, tentar diminuir meu próprio custo”, desabafa o produtor rural, Sezerino.

Para diminuir seus custos na produção de cerca de 720 litros por dia, Sezerino que começou com o rendimento de 130 litros diariamente, afirma que capacitação, estímulo aos funcionários e tecnologia, são receitas para o otimismo. “Comecei na pecuária leiteira quase que como hobby, mas já tinha a dimensão necessária para se obter resultados. Sempre pensei que se for para produzir de qualquer forma, o insucesso é certo. Mas nossa ideia era focar em resultados. Levamos um certo tempo para aprender e a experiência veio na prática”, pontua ele que já começou investindo em ordenha mecanizada, pastagem e, recentemente, em irrigação.

Referindo-se aos custos Sezerino deixou claro que foi necessária a contratação de um software que os controlasse. E revela que o custo de aproximadamente R$ 1,25 por litro já foi maior, e que trabalha para diminuí-lo mês a mês, mesmo sob o objetivo de aumentar o volume de produção. Já quanto ao preço pago pela indústria, a oscilação nos últimos 12 meses foi constatada no caixa. Ele chegou a receber R$ 1,80 nos meses de julho e agosto, e na sequência reduziu para R$ 1,44, preço mais baixo registrado no último ano, que começa a reagir neste começo de 2017.

Wilson igi afirma que para melhorar ainda mais o cenário, para todos os pecuaristas sul-mato-grossenses, que acreditam no leite como fonte de renda, só a assistência técnica e gerencial poderá estimular o avanço da cadeia. “A alternativa para melhorar a situação é a criação de políticas públicas a favor da pecuária leiteira e assistência técnica, da forma como realiza o Senar. Assim seremos capazes de melhorarmos a qualidade e o volume do leite. Mas só será lucrativo se o leite produzido aqui, conseguir o fluxo interestadual”, finaliza o diretor do Sindicato Rural de Campo Grande, convidando a todos para o 20º Encontro Técnico do Leite.

Para a diretora do Sindicato Rural de Campo Grande, Aurora Real, o evento vem para consolidar um cenário de expectativas positivas no setor lácteo. “Todas as vezes em que o Sindicato realiza uma iniciativa deste porte, desperta-se novos interesses do mercado, reunindo produtores e indústria, que saem do Encontro com novas tarefas e desafios. Como criadora e representante dos criadores da raça Girolando, estarei presente avaliando as novidades e confirmando o potencial desta raça, cada vez mais produtiva e eficiente”, finaliza Aurora.

Fonte: Sindicato Rural

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