Preocupados com os desdobramentos Decreto nº 7891/13, estiveram na sede do Sistema OCB, em Brasília, os representantes da Federação das Cooperativas de Eletrificação Rural do Mato Grosso do Sul (Fecoerms), Jorge Luiz Soares Barbosa e Antonio Carlos Figueiredo. Eles se reuniram na tarde desta terça-feira (13/08), com o analista técnico do Sistema OCB, Marco Olívio Morato.
O decreto limita a 30% o benefício de desconto que as cooperativas autorizadas recebem no ato da compra de energia elétrica que, depois, é distribuída aos seus cooperados. As autorizadas compram a energia gerada por outros agentes. É importante ressaltar que o decreto acima regulamenta a lei federal nº 12783/13.
“Nós precisamos agir o mais rápido possível, tendo em vista que, no campo, não há como obter bons resultados sem energia elétrica. Ela é um insumo fundamental na hora de irrigar, colher e processar, por exemplo”, enfatizou o superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile.
Para o representante da Fecoerms, Jorge Luiz Soares Barbosa, só há três impactos possíveis neste cenário alterado pelo decreto e, os três, são negativos.
“Esse novo custo estabelecido no decreto, será repassado aos cooperados, fato que inviabiliza ou, no mínimo, diminui a competitividade das cooperativas no mercado. Não temos escolha. Corremos ainda outros dois graves riscos: o de termos de fechar a cooperativa ou o de perdermos os nossos ativos, porque os clientes vão procurar outro fornecedor mais em conta e, desta forma, levam consigo suas cotas-partes. Nesse caso, o fechamento da cooperativa também é iminente”, lamentou Barbosa, que também é presidente da Cergrand, uma das quatro cooperativas que compõem a Fecoerms.
Como resultado da reunião, o Sistema OCB estuda convocar as cooperativas autorizadas para uma reunião técnica de avaliação dos impactos do decreto sobre as tabelas de custos operacionais. Também deverá ser elaborado um documento com objetivo idêntico. “Esse estudo servirá para embasarmos a nossa argumentação junto ao Governo Federal, pois teremos em mãos um retrato real dos problemas causados pelo decreto a esse setor”, esclareceu o analista técnico do Sistema OCB, Marco Olívio Morato.
Ajuda – Para o representante da Fecoerms, Jorge Luiz Soares Barbosa, ter a ajuda do Sistema OCB na luta por condições melhores de operação é uma garantia de que as cooperativas autorizadas atingirão seu fim social: “levar energia elétrica às regiões não atendidas pelas concessionárias mercantis. Foi para isso que nascemos”, concluiu o cooperado.
Nenhuma pessoa sozinha produz melhor do que em grupo. Com esse pensamento em mente, as gerências de Planejamento, Comunicação, Pessoas, Tecnologia da Informação, Finanças, Auditoria, Logística e Documentação do Sistema OCB trocaram experiências entre si, durante o encontro de planejamento estratégico da unidade nacional, que terminou ontem à noite. O evento contou com a presença do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, que fez questão de agradecer o comprometimento de todos os gestores com o fortalecimento do cooperativismo brasileiro.
“Há 14 anos, quando assumi a presidência da OCB, sonhei em ter uma equipe como essa – capaz e competente – atuando de maneira sistêmica, a favor das nossas cooperativas”, recorda Márcio. O presidente recorda que veio para Brasília com o objetivo de fazer a “Casa do Cooperativismo” ser mais profissional, atuando dentro de um modelo de gestão estratégico, baseado em planejamento. “Acredito que todo mundo trabalha melhor quando tem metas a cumprir. Hoje, vejo todos vocês trabalhando para cumprir o planejamento estratégico estabelecido nos Fóruns Regionais e me sinto feliz! Vejo que os nossos cooperados – que muitas vezes nem sabem da nossa existência – podem contar com uma equipe disposta e comprometida em melhorar cada vez mais a qualidade de vida da base”.
Márcio Freitas também destacou as premissas a serem perseguidas pelos gestores do Sistema OCB: austeridade, objetividade, transparência, foco em resultados, tempestividade, mensuração de resultados e comportamento ilibado. “Temos de agir assim para valorizar a contribuição cooperativista. Vocês têm de honrar a confiança depositada em nós por cada cooperado brasileiro. A expectativa da base é de que sejamos uma equipe muito profissional. E é isso o que eu espero de vocês: profissionalismo para cumprir essa missão”.
VISÃO SISTÊMICA - Ontem, foi a vez dos gestores das oito áreas-meio do Sistema OCB prestarem contas dos projetos realizados no primeiro semestre e das prioridades para os próximos meses. Eles estiveram reunidos com os gestores das áreas finalísticas e com o superintendente Renato Nobile para definir estratégias de atuação cada vez mais sistêmicas.
“Existe uma transversalidade na atuação de cada gerência que deve ser aproveitada”, avaliou o gerente geral de Operações do Sescoop, Ryan Carlo. “Um projeto da área de Promoção Social pode ser potencializado pela Comunicação e pela Tecnologia. Faz parte da visão sistêmica saber olhar para o todo e não somente em relação às unidades estaduais e às três entidades do Sistema OCB. Ter visão sistêmica é olhar como as diferentes gerências podem trabalhar juntas para fortalecer o cooperativismo”, enfatizou Ryan Carlo.
Já o gerente de Planejamento do Sistema OCB, Emanuel Malta, destacou a importância da visão sistêmica no atual momento econômico brasileiro. “As notícias mostram que o cenário não é auspicioso e isso pode impactar nossas cooperativas”, alertou. “Navegar na bonança é fácil. Navegar em tempos de crise é para poucos. Por isso, austeridade é a palavra de ordem para todos nós, daqui por diante”, frisou Emanuel Malta.
Mais de 20 cooperativas deram as mãos para realizar desde palestras até doação de sangue
A ideia de uma ação permanente de voluntariado cooperativista está tomando conta do Brasil. Nos cinco estados-piloto (CE, MS, MT, RN, TO e MG) que realização a campanha Dia de Cooperar (Dia C 2013), a movimentação é grande e o número de ações que serão desenvolvidas não para de crescer. Um bom exemplo disso é o que vem ocorrendo no Mato Grosso do Sul.
COOPERATIVAS - Após várias reuniões com as cooperativas sul-matogrossenses, a equipe do Sistema OCB/MS trabalha com afinco para organizar as ações a serem realizadas antes e durante o Dia C 2013, celebrado em 14 de setembro. Até o momento, segundo o assessor técnico, Renato Marcelino, 22 cooperativas já aderiram à campanha. Elas estão distribuídas da seguinte forma:
- Em Dourados: Sicoob Dourados, Coamo, Cergrand, Copacentro, MS Peixe, Uniodonto Dourados, Sicredi Centro Sul e Lar;
- Em São Gabriel do Oeste: Aurora, Cooasgo, Cooperoeste, Coproaf e Sicredi Celeiro;
- Campo Grande: Unimed Campo Grande, Uniodonto Campo Grande, Unipsico, Conacentro, Sicoob Cocresul, Sicredi União MS, Sicredi Brasil Central, Sicredi Campo Grande e Coop Grande.
AÇÕES - Em relação às ações, elas foram divididas em dois grupos: as que ocorrem de agora até o dia Dia C, e as atividades programadas para ocorrer no dia 14/09.
As que ocorrem até o dia 14/09 são:
- Dia Recreativo no Lar Santa Rita com as crianças;
- Campanha de arrecadação de donativos para entidades de combate ao câncer;
- Campanha de auxílio a entidades filantrópicas locais;
- Palestras técnicas junto a escolas agrícolas;
- Aulas práticas de escovação em creches e escolas municipais.
- Arrecadação de roupas e calçados para doação entidades filantrópicas;
- Inclusão digital: sensibilização e doação de equipamentos de informática;
- Ciclo de palestras nas escolas municipais e do Cooperjovem;
- Encontros especiais com Projeto Padrinho da Unimed Campo Grande com foco na conscientização ambiental;
- Campanha de doação de sangue.
Ações programadas para o Dia C:
- Passeios ciclísticos;
- Doações de mudas de árvores;
- Orientação sobre alimentação saudável;
- Auferir Índice de Massa Corporal e orientar sobre medidas necessárias;
- Exercícios e alongamento;
- Pintura no rosto das crianças e desenhos para colorir;
- Entrega de panfletos sobre Saúde em Geral;
- Caminhada orientada;
- Orientação sobre saúde financeira e orçamento familiar;
- Apresentações artísticas de projetos sociais que lutam em favor da vida, incluindo desde crianças a idosos;
- Orientação pessoa sobre “como se organizar para se livrar das dívidas”;
- Aferição de pressão e orientações necessárias;
- Demonstração sobre reciclagem de banners para produção de bolsas;
- Demonstração sobre como produzir sabão ecológico e em seguida distribuição de exemplares;
- Palhaços voluntários.
O controle das informações previdenciárias enviadas pelas cooperativas sobre a folha de pagamento ficará, em breve, ainda mais transparente. Disposto a melhorar o controle das informações trabalhistas, aumentar a arrecadação previdenciária e prevenir a incongruência de dados, o governo federal criou um aplicativo único para receber os dados financeiros e contábeis enviados por empresas, cooperativas e órgãos públicos à Receita Federal, ao Ministério do Trabalho, ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) e ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Estamos falando do “eSocial”, plataforma da internet que ficará hospedada da Receita Federal, com o objetivo de facilitar o envio dessas informações ao governo, diminuindo a burocracia e facilitando o cruzamento dos dados/rigidez na comprovação de documentos.
“Hoje, as cooperativas enviam as informações exigidas pelo governo para vários órgãos, utilizando aplicativos e formulários diferentes, como a CAJED, GEFIP, DIRF, RAIS, CAT, etc”, explica Carlos Baena, coordenador de Processos da Gerência Financeira do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop). “Com a implantação do eSocial, você poderá enviar todos esses dado de uma só vez, em uma única data, facilitando o trabalho dos contadores e profissionais de recursos humanos”, explica.
Atualmente, os Setores de Recursos Humanos e contabilidade têm uma agenda extensa de obrigações acessórias com prazo exíguo, fixados por lei, podendo gerar penalidades pecuniárias, dentre outras. Com a implementação do eSocial serão eliminadas as seguintes obrigações acessórias: Livro de Registro de Empregado, Caged, RAIS, Dirf, DCTF, CAT, GFIP, Seguro Desemprego, etc. Dessa forma, enviando o eSocial para a Receita, não será mais necessário informar os mesmos dados a vários órgão diferentes.
O eSocial deverá ser utilizado nas 190 mil maiores instituições públicas e privadas, incluindo grandes cooperativas brasileiras, a partir do dia 1º de janeiro de 2014. O formato final da ferramenta será apresentado pela Receita Federal no mês de setembro e deverá ser obrigatório a todas as pessoas jurídicas ou equiparadas a pessoa jurídicas, como os microempregadores individuais (MEI), segurados especiais, pequenos produtores rurais e empresas do Simples Nacional com até dois empregados.
Suporte às cooperativas - De acordo com Baena, a nova ferramenta causará impacto positivo no envio de informações ao governo. “As áreas de Recursos Humanos das grandes cooperativas brasileiras devem estar preparadas para atender à nova exigência da eSocial, avaliando os processos e demais ações necessárias para a adequação ao novo sistema”, recomenda. Ele destaca que o Sistema OCB estará apoiando as cooperativas nesse momento de transição, auxiliando os profissionais das áreas envolvidas no envio dessas informações a fazê-lo da forma correta, evitando transtornos aos cooperados brasileiros.
Como representante das cooperativas brasileiras, o Sistema OCB tem participado do projeto do e-Social. A Casa do Cooperativismo está sendo representada nesses fóruns pelo Sescoop, junto com outras entidades do Sistema S, grandes empresas, a Receita Federal e o Serviço de Processamento de Dados (Serpro). “Nosso objetivo, nesse fórum, é garantir que as cooperativas continuem a saber que, as contribuições realizadas por elas, cheguem ao Sescoop e retornem a elas na forma de cursos, capacitações, programas de melhoria de gestão e também promoção social”, finaliza Baena.
Benefícios do eSocial
- Aumento da arrecadação e da produtividade dos órgãos fiscalizadores;
- Maior facilidade de acesso do trabalhador aos benefícios previdenciários e direitos trabalhistas;
- Redução de fraudes na concessão de benefícios previdenciários e do seguro desemprego;
- Evitará a perda de informações de usuários cadastrados em seus bancos de dados.
Prezados cooperativistas,
A cada dia, o cooperativismo brasileiro conquista novos associados, ampliando e fortalecendo a sua atuação em todo o País. Hoje, já são 44 milhões de pessoas ligadas a esse movimento econômico e socialmente responsável, que mostra claramente o poder que temos quando trabalhamos em conjunto. E nós, cooperativistas, queremos mais – queremos ser, até 2022, o modelo de negócios preferido da sociedade, o mais sustentável e o mais conhecido.
Para disseminar essa ideia, a partir de um conceito inovador, apresentamos a vocês o novo vídeo institucional do Sistema OCB – elaborado com a técnica de desenhos feitos à mão. Nele, ressaltamos os diferenciais do cooperativismo e contamos um pouco da história do movimento, no Brasil e no mundo, chamando a atenção para o importante papel do setor no País, destacando de que forma o Sistema OCB tem trabalhado para o seu desenvolvimento.
“Cooperativismo: o modelo de negócios do futuro” é o slogan apresentado no vídeo e será, também, uma meta constante para todo o Sistema. Pensando em potencializar a sua divulgação, o material foi gravado em três formatos – dois minutos, um minuto e trinta segundos. Sintam-se à vontade para utilizá-los em apresentações, feiras e outros tipos de eventos, além de suas páginas na internet.
O download poderá ser feito diretamente do Portal Brasil Cooperativo. O vídeo estará disponível a partir desta quarta-feira (21/8). Contamos com vocês em mais esse desafio – de mostrar à sociedade a dimensão, tanto econômica quanto social, do nosso negócio.