Cooperativistas de seis países conhecem Sistema OCB

Representantes de Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste (países lusófonos, ou seja, cujo idioma é a língua portuguesa) estão no Brasil, para aprofundar seu conhecimento a respeito do cooperativismo, sobre a atuação do Sistema OCB, e para realizarem, amanhã, a Assembleia Geral da Organização Cooperativista dos Povos de Língua Portuguesa (OCPLP).

Hoje à tarde, o grupo de cooperativistas estrangeiros participou do Projeto Portas Abertas, por meio do qual conheceu suas formas de atuação do Sistema OCB, em uma palestra que enfocou a representação política, os processos de desenvolvimento e qualificação das cooperativas e, ainda, sua articulação sindical. O grupo conheceu, ainda, a metodologia de construção e de implantação do Planejamento Estratégico do Sistema OCB.

O presidente Márcio Lopes de Freitas, que também preside a OCPLP, foi quem recebeu os líderes internacionais. “Agradeço muito pela colaboração, esforço e empenho em virem ao Brasil, que passa por uma eleição. Hoje, nos sentimos muito honrados com a presença de vocês, na Casa do Cooperativismo brasileiro, e isso nos motiva ainda mais a buscar o reconhecimento que o nosso setor merece, não só aqui, mas em todos os países onde esse movimento une pessoas e as faz felizes”, declara Márcio Freitas.

LÁCTEOS - Também foram repassadas informações a respeito do B dairy, um projeto setorial de promoção de exportações de produtos lácteos desenvolvido em parceria entre a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e a OCB, com apoio do Ministério do Desenvolvimento Agrário.

O objetivo do B dairy é ampliar a pauta de exportações do setor lácteo, conferindo, inclusive visibilidade ao produto brasileiro no exterior. O projeto que, atualmente, é constituído por 10 empresas, objetiva a ampliação das exportações brasileiras de leite e derivados. O Brasil é o quarto maior produtor mundial de leite, com 32 mil milhões de litros por ano. Deste total, aproximadamente 5% são exportados.

Pela manhã, o grupo visitou COOPA-DF, um das cooperativas mais antigas do Distrito Federal, com 35 anos de uma história e 120 associados. Dentre os principais produtos da cooperativa estão farinha de trigo, farelo de trigo especial, mistura para pão francês e farinha integral. Leia mais sobre a Copa DF.

AVALIAÇÃO – A representante da Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e de Crédito Agrícola de Portugal (Confragri), Aldina Fernandes, disse que a visita à Coopa-DF foi extremamente rica, pois foi possível identificar algumas semelhanças. “Em Portugal também incentivamos a diversificação da produção e a agregação de valor ao produto e também temos algumas dificuldades organizacionais”, declarou Aldina, enfatizando que ficou impressionada com o aproveito da área do Cerrado, onde a cooperativa está localizada.

ASSEMBLEIA - Na pauta da Assembleia Geral, que será realizada amanhã, na sede do Sistema OCB, estão a continuidade dos projetos de intercooperação em andamento e o planejamento para os cursos de capacitação que ocorrerão nos próximos dois anos. O foco das ações da OCPLP em 2014 é o Ramo Agropecuário. Em parceria com a Embrapa, um curso de formação em horticultura será oferecido aos representantes dos oito países.

ENTIDADES PARTICIPANTES

- Confederação das Associações de Camponeses e Cooperativas Agropecuárias de Angola (Unaca);
- Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e de Crédito Agrícola de Portugal (Confragri);
- Governo da Guiné Bissau;
- Governo do Timor Leste;
- Cooperativa António Sérgio para a Economia Social (Cases), de Portugal;
- Associação de Agricultores de São Tomé e Príncipe (Canablabo).

REPRESENTAÇÃO - As delegações também terão a oportunidade de visitar o Departamento Nacional de Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, além de se encontrar com integrantes da Frente Parlamentar do Cooperativismo, no Congresso Nacional.

SAIBA MAIS - Esta será a segunda vez que a Assembleia Geral ocorre no Brasil. Em 2010, o grupo se reuniu em Porto Alegre (RS). Atualmente, 33 organizações integram a OCPLP nos oito países lusófonos. A OCPLP representa mais de 15 mil cooperativas e 20 milhões de cooperados em quatro continentes. A organização tem promovido a capacitação das lideranças cooperativistas para o desenvolvimento social e econômico dos cooperados.

Outra linha de atuação da Organização é a cooperação para o aprimoramento das legislações nos oito países. A organização estimula a troca de experiências e a colaboração para que as legislações sejam espelhadas de forma a oferecerem um ambiente seguro para o desenvolvimento do cooperativismo.

Fonte: OCB

OCB/MS aprova registro de cooperativas

   

O Conselho Diretor da OCB/MS, em reunião realizada no dia 13/10/2014, aprovou os seguintes registros:

Registro provisório:

COOPERAMS – Cooperativa Regional de Apicultura e Meliponicultura de Mato Grosso do Sul

Renovação do registro provisório:

CAFNE-MS – Cooperativa de Agricultores Familiar Nova Esperança

Registro definitivo:

COOPACLARA - Cooperativa Mista Agropecuária

COMPROJÁ – Cooperativa Mista dos Produtores de Leite de Jaraguari e Região

Cooperativa Agrícola Mista de São Gabriel do Oeste - COOPER SÃO GABRIEL

COTRANSLANDIA – Cooperativa de Transporte Escolar de Anaurilândia

Dia Internacional do Cooperativismo de Crédito 2014 destaca impacto positivo do setor em escala mundial

Dia Internacional do Cooperativismo de Crédito (DICC) é celebrado anualmente na 3ª quinta-feira do mês de outubro. Em 2014, as comemorações serão no dia 16 de outubro.

A data objetiva relembrar o passado e comemorar a evolução e as conquistas responsáveis por o cooperativismo de crédito ser, hoje, parte da vida e dia a dia de milhares de pessoas ao redor do mundo. O DICC também planeja futuras vitórias para as cooperativas e principalmente para seus cooperados.

Desde a criação da primeira cooperativa de crédito no Brasil, em 1902, até hoje, o sistema se desenvolveu de forma substantiva. A pujança desse ramo do cooperativismo pode ser comprovada de inúmeras formas, como o valor dos ativos administrados, patrimônio líquido, serviços prestados, investimentos realizados, distribuição de sobras, entre muitos outros. Inexiste produto que as cooperativas não possam operar, seja de forma direta ou indireta, e ano após ano as cooperativas de crédito ampliam seu leque de produtos e serviços.

As cooperativas de crédito brasileiras está presentes em mais de 95% dos municípios brasileiros, e são, em muitas dessas pequenas cidades, a única instituição financeira disponível. Assim, as cooperativas de crédito surgem como uma ótima opção para fomentar o crédito ao próprio setor cooperativista, nos meios urbano e rural, inclusive nas regiões mais remotas, onde os bancos convencionais não têm interesse em atuar.

O segmento financeiro do cooperativismo congrega hoje mais de 6,5 milhões de associados, 1.154 cooperativas de crédito e 5.084 pontos de atendimento, gerando mais de 45 mil empregos diretos. São quatro grandes sistemas verticalizados em três níveis – Sicoob, Sicred, Unicred e Confesol -, além da Confebrás e das centrais e singulares não filiadas. Hoje, o setor movimenta cerca de R$ 110 bilhões de ativos e R$ 50 bilhões em depósitos. Em comparação a 2008, por exemplo, houve um crescimento superior a 100%, em média, dos dois indicadores.

Por mais que os números sejam estimulantes e as previsões entusiasmadas, o total de associados ao cooperativismo de crédito representa pouco mais de 5% da população economicamente ativa do País, o que leva todos os que atuam diretamente no setor a afirmar que a participação do setor nas operações de crédito ainda está aquém do potencial para o sistema e, portanto, ainda há muito espaço para expansão do segmento.

Regulamentação e conquistas

O ramo é supervisionado e regulado pelo Banco Central do Brasil, basicamente pela Lei Complementar 130, de 2009, que segue o modelo dos países onde o cooperativismo alcançou altos níveis de participação no sistema financeiro e de estabilidade institucional. Essa instituição, em diálogo contínuo com o setor, busca aperfeiçoamento da regulamentação, em um ambiente de colaboração norteado por um duplo objetivo: induzir à elevação da qualidade da gestão das cooperativas de crédito mediante imposição de maiores exigências no tocante ao planejamento e à gestão; e abrir cada vez mais possibilidades de prestação de serviços, diversificar e aumentar o tamanho dos quadros sociais, aumentar áreas geográficas de atuação, flexibilizar exigências de supervisão etc.

Em 2003, aconteceu a regulamentação das cooperativas de livre admissão, em termos de organização e difusão do cooperativismo de crédito, colocando o Brasil no caminho trilhado há algum tempo pelos países de economia e nível educacional mais avançado, com os EUA, Canadá e os principais países da Europa. O modelo preconiza a formação de sistemas estruturados em níveis, com especialização de funções operacionais, planejamento, gestão e controle, compostos por singulares, centrais, confederações e eventualmente, bancos cooperativos e outras entidades e empresas de prestação de serviços complementares ao sistema e aos associados. Nos aspectos operacionais e institucionais específicos regulados pelas normas, as soluções são sempre estudadas a partir do cenário legal e institucional existente no País.

A Resolução nº 3.859, de 2010, é a alteração mais recente instituída pelo Banco Central. Na prática, estabeleceu condições que permitem a criação de cooperativas segmentadas com quadro social de quaisquer origens e delimitações sociais, inclusive com diversos segmentos compondo o mesmo quadro. Também suprimiu os limites de população e a continuidade geográfica para as áreas de atuação das cooperativas de livre admissão, bem como os entraves à sua atuação em regiões metropolitanas.

A criação do Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop) em 2014 se constitui conquista importante. Com início da operacionalização em abril, funciona como agente de proteção às operações realizadas junto aos sistemas financeiros cooperativistas.??O FGCoop é uma associação civil sem fins lucrativos, com personalidade jurídica própria, de direito privado, de abrangência nacional, tendo como associadas todas as cooperativas singulares de crédito e os dois bancos cooperativos a saber: Bancoob e Bansicredi. Além disso, também constituem o FGCoop, as instituições que compõem o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo.

Fonte: Mundocoop

Globo Rural ressalta avaliacão do Sistema OCB sobre o 1º turno das eleicões

“Metade da produção brasileira de alimentos passa por uma cooperativa”. Com esse título, o portal do Globo Rural destacou em sua edição de ontem que “o ramo agropecuário congrega grandes, médios e pequenos produtores rurais, responsáveis por aproximadamente 48% da safra brasileira de grão, com destaque para 57% de soja e 48% de café.”

A reportagem ressalta, ainda, a avaliação do Sistema OCB em relação ao primeiro turno das eleições. Para isso, a reportagem do Globo Rural ouviu o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas. Para ler o texto, clique aqui.

Fonte: OCB

Divulgada programacão oficial do III EBPC
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Divulgada programacão oficial do III EBPC

O Sistema OCB divulgou hoje a programação oficial do III Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismo (EBPC), a ser realizado entre os dias 20 e 22 de outubro, na Universidade Federal do Tocantins, em Palmas. O tema desta terceira edição é “Cooperativismo como Modelo de Negócios: as cooperativas conquistam desenvolvimento sustentável para todos”.

De acordo com a organização, mais de 200 pessoas, entre autores, professores da rede, palestrantes, convidados e participantes em geral já confirmaram a participação.

As atividades começam no dia 20/10, a partir das 13h, mas abertura do evento será realizada às 19h, e contará com a presença do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, do presidente do Sistema OCB/TO, Ricardo Khouri, do reitor da Universidade Federal do Tocantins, Márcio da Silveira, e do coordenador científico do III EBPC, Airton Cardoso Cançado.

OBJETIVO – O Sistema OCB visa a aproximar a área acadêmica da real necessidade das cooperativas, propondo debates fundamentados em pontos definidos pela Aliança Cooperativa Internacional (ACI) como essenciais ao desenvolvimento do setor e à sua consolidação nos próximos 10 anos, na chamada “Década do Cooperativismo”.

MAGNA – O diretor do Instituto de Pesquisa e Educação para Cooperativas da Universidade de Sherbrooke, localizada na cidade de Quebec, no Canadá, Claude-Andre Guillotte fará a palestra magna com o tema central “Cooperativismo como Modelo de Negócios: as cooperativas conquistam desenvolvimento sustentável para todos”.

MESAS REDONDAS – Além de diversas outras atividades, o encontro contará, ainda, com duas mesas redondas. A primeira delas – Quadro Legal versus Capital (alocação de capital IFRS) – terá como coordenador o professor da Universidade de São Paulo (USP), Davi de Moura Costa.

Participação, Identidade e Sustentabilidade serão os temas da segunda mesa redonda, cuja coordenação ficará a cargo do professor da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Airton Cardoso Cançado.

Fonte: OCB

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