Diretor do BNDES recebe representantes do cooperativismo

 Fortalecer o diálogo entre o Sistema OCB e o BNDES visando a melhoria na estruturação de linhas de crédito e maior adesão por parte dos cooperados. Esse foi o objetivo do encontro promovido nesta segunda-feira (14/5) pela Organização das Cooperativas do Estado do Espírito Santo (OCB-ES) com o diretor do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), Guilherme Lacerda. A reunião contou com a participação do gerente de Ramos e Mercados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Gregory Honczar.

“O BNDES atua como repassador de recursos em diversos programas importantes, inclusive relacionados no Plano Agrícola e Pecuário. A ideia do Sistema OCB é fortalecer o diálogo técnico operacional com a instituição, primeiro para conhecer melhor os trâmites operacionais envolvidos e, com esse conhecimento, formatar melhor as linhas de crédito à disposição das cooperativas, aumentando consequentemente a adesão por parte do nosso público”, explica Honczar.

Segundo Honczar, a reunião serviu, especialmente, para promover a abertura de um debate entre as entidades e conquistar do BNDES um entendimento positivo sobre as alterações necessárias ao cenário atual. “Com esta aproximação feita, esperamos conseguir nos próximos meses um contato mais direto para discutir, inclusive, produtos e serviços financeiros que o banco tenha intenção de construir em prol do desenvolvimento do país. O cooperativismo se insere de maneira muito forte nesse objetivo”, pontua o gestor.

Na oportunidade, foi entregue ao diretor Lacerda uma cópia do Plano Agrícola e Pecuário elaborado pela OCB. De acordo com Honczar, o endosso do BNDES aos apontamentos constantes no documento é essencial para motivar as decisões do Executivo. “Os ministérios da Fazenda e da Agricultura veem o aval do BNDES como fundamental para a realização das modificações. O entendimento deles é importante para que nossos pleitos sejam concretizados de forma mais rápida”, conclui.

Fonte: OCB

Sistema OCB e MDA avancam na construcão de projetos conjuntos

 Dando continuidade ao trabalho conjunto para promover melhorias à gestão do negócio familiar, aumentar a renda dos produtores e facilitar o acesso aos programas desenvolvidos pelo governo federal, representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Sistema OCB estiveram mais uma vez reunidos, na sede da OCB, em Brasília (DF), nesta terça-feira (15/5). O grupo que trabalha na prospecção de ações conjuntas entre as entidades, com foco primordial na melhoria da gestão das cooperativas, aproveitou a oportunidade para apresentar ao assessor especial do ministro, Marco Antônio Viana Leite, a proposta do sistema cooperativista para o Plano Safra para a Agricultura Familiar, construído em conjunto com todas as Organizações Estaduais. “Nossa intenção é contribuir com o MDA na construção do Plano, garantindo o atendimento às demandas do setor”, enfatizou o superintendente da OCB, Renato Nobile.

O MDA possui um orçamento de R$ 90 milhões para investir em 800 propriedades rurais da agricultura familiar. Segundo dados recentes, 76% das famílias cadastradas junto ao órgão pertencem a cooperativas ligadas ao Sistema OCB. Por esse motivo, a ideia central do ministério é afinar a parceria. “Envolver o cooperativismo nesse processo é fundamental pela representatividade que o movimento tem nesse setor. Não é possível pensarmos em dar prosseguimento às nossas ações sem envolver as cooperativas”, destacou Viana Leite.

Durante a reunião, três grandes linhas de ação foram pontuadas como as principais a serem trabalhadas pelas entidades: política agrícola, tributação cooperativista e qualificação profissional. O assessor Viana Leite solicitou à OCB um levantamento com relação às vantagens existentes para as cooperativas em relação às empresas comerciais no que diz respeito à tributação praticada e ressaltou que existe um grande leque para ações de capacitação a serem desenvolvidas pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop).

Foi consenso entre os participantes a necessidade de investir inicialmente no setor lácteo. Sendo assim, o grupo trabalhará com o foco voltado para a construção de um programa específico para o segmento, utilizando-se de ações em andamento no ministério. “A ideia é agregar conhecimentos do movimento cooperativista para a formulação de um programa macro, visando beneficiaras cooperativas de leite”, ressaltou Nobile.

O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, enfatizou a facilidade de relacionamento com o MDA, e se colocou à disposição para fornecer os subsídios necessários à formulação dos projetos: “Assumimos o compromisso em realizar os levantamentos necessários e dar prosseguimento a este trabalho conjunto”.

Fonte: OCB

“Cordel do Agro”, por Roberto Rodrigues

CORDEL DO AGRO
(Roberto Rodrigues)

Olhando ao redor do mundo
Já não se vêem lideranças
Capazes de nos dar um rumo
Melhor do que dariam crianças.

Não existem grandes chefes
Como tantos tivemos antes
Falta gente para tudo
Principalmente comandantes.

Ninguém dá bola pra ONU
Em sua dura luta pela Paz
De dar regras planetárias,
Ninguém mais é capaz.

Este vazio de caminhos
Ameaça até a democracia
E abre espaços perigosos
Pra regimes de exceção ou anarquia.

Para sair deste impasse
Que nos encaminha para o mal,
É preciso montar um projeto
De interesse global.

Que sirva para ricos e pobres
Que agrade todas as gentes
Europeus, Africanos, Americanos,
Enfim, de todos os continentes.

Segurança alimentar e energética,
Eis um programa viável
Ninguém poderá ser contra
Desde que seja sustentável.

Populações vão crescendo
Em todo país emergente
Onde a renda per capita sobe
Quase explosivamente.
Crescimento do

A terra que existe é a mesma
Enquanto quem come só aumenta
Menos gente produzindo
E mais gente se alimenta.

A oferta não acompanha
O crescimento da demanda,
Estoques caem, preços sobem
E a inflação desanda.

O Brasil já fez a lição
Do moderno agro, com sucesso
E o mundo todo admira,
No setor, nosso progresso.

Nos últimos vinte anos
Nossa área plantada com grão
Cresceu 6 vezes menos
De que aumentou a produção

Foi possível preservar
Com maior produtividade
Mais de 50 milhões de hectares,
Exemplo de sustentabilidade!

Foi trabalho dos cientistas
Somado ao dos produtores
Produtividade mais alta
Nos mais diversos setores.

Em carnes também crescemos:
100 por cento nos bovinos
480 em frangos,
E mais de 200 em suínos.

E o etanol, renovável
Já mitiga o aquecimento
Porque só emite o CO2
Da gasolina, em 11 porcento.

Nossa tecnologia é de longe
A mais preservacionista
Pra ninguém botar defeito
Estrangeiro ou nacionalista.

Na nossa matriz energética,
Quase metade é renovável
E isso, pro resto do mundo
É profundamente invejável.

Agroenergia é diferente
De produzir alimentos
Terra, planta certa e sol
São os principais elementos.

E quem tem isso sobrando
São os países tropicais
Onde o sol brilha ano todo
E as plantas crescem mais.

Energia do agro, renovável,
Será feita por estes países
Mudando a geopolítica do mundo,
Hoje fincada em erradas raízes.

O agro gera um terço dos empregos
Em todo território nacional
E do PIB brasileiro
Um quarto vem do rural.

E o resultado deste avanço
Está no nosso saldo comercial
O do agronegócio é o dobro
Do saldo brasileiro total.

Em 2000 nós exportamos
De 20 bilhões um pouco mais
E no ano passado, brilhando,
Vender 95 bi o agro foi capaz.

Exportamos para muitos países
Em qualquer continente
E quem compra nossos produtos
Está sempre muito contente.

Porque tudo o que exportamos
Tem excelente qualidade
E ainda por cima conseguimos
Fazer com sustentabilidade.

Até 2020, afirma a OCDE
O mundo precisará 20% mais alimento
E para atender este número
O Brasil tem que ir a 40%.

Três fatores nos animam
Neste desafio monumental
Terra temos, gente maravilhosa,
E a melhor tecnologia tropical.

Temos 851 milhões de hectares
Em nosso imenso território
Mas usamos menos de 30,
Pedaço muito irrisório.

Com tudo o que já fazemos
Que pra nosso campo é abono,
Queremos ir mais adiante:
Agricultura de Baixo Carbono.

Uma coisa em que avançamos
Foi o Plantio Direto na Palha
Tecnologia que reduz emissões
E com o qual a semente não falha.

A integração lavoura-pecuária
É nosso programa mais novo
Em termos de tecnologia
É de Colombo, um ovo.

Já temos 7 milhões de hectares
De florestas plantadas
Outra de nossas vantagens
Em todo mundo invejadas.

Mas nem por isso
A vitória já é régia.
Precisamos trabalhar muito
Montando boa estratégia.

Política de renda no campo
É um ponto fundamental
Arrumando de vez o seguro
E modernizando o crédito rural.

Falta-nos uma Política Comercial
Que apenas da OMC não dependa
Acordos bilaterais relevantes
Aumentarão nossa venda.

Atenção mais vigorosa
Em tecnologia é necessária
Inclusive acabando com a aftosa,
Nossa fraqueza sanitária.

Segurança jurídica é fundamental
Para a tranqüilidade ideal
Reformar a velhas leis
E aplicar o Código Florestal.

A Política Agrícola não é coisa
Só do MAPA, da Agricultura,
É de todo o governo, todinho
Que cuida de infraestrutura.

Sem estratégia bem feita,
Não atenderemos ao sonho do mundo
De abastecê-lo com folgas,
Garantindo o sossego profundo

De toda gente do Planeta,
Que nos reconhecerá a vitória
E com gratidão nos dará
Lugar honroso na história.

E se não fizermos isto,
Se não trabalharmos bem,
Envergonharemos nossos netos,
Por termos perdido o trem

Cooperativismo pode ser alternativa para producão leiteira

Cooperativismo pode ser alternativa para producão leiteira

Durante o 15º Encontro Técnico do Leite, que aconteceu nos dias 14 e 15 de maio em Campo Grande, foram debatidos diversos assuntos para a melhoria da produção leiteira em Mato Grosso do Sul e reuniu mais de mil pessoas. Um deles foi a palestra “Cooperativismo na Pecuária Leiteira”, proferida por Haroldo Max de Souza, presidente da Central de Laticínios de Goiás - Centroleite.

De acordo com o palestrante, há muitas vantagens para o produtor se organizar em cooperativa. “A principal é que o produtor se torna associado do negócio e, como tal, tem direito a voto e a participação nos resultados. No caso específico do leite, há alguns outros benefícios, como o fortalecimento dos produtores frente ao mercado globalizado; o acesso à assistência técnica em zootecnia, qualidade de leite e manejo do gado; a assistência veterinária individualizada, com acompanhamento intensivo dos resultados e orientações nas áreas de genética, alimentação, clínica, manejo e instalação. Além disso, não podemos esquecer o controle sanitário e zootécnico dos rebanhos; a disponibilidade de insumos necessários à atividade; a segurança nos serviços de comercialização da produção, com remuneração adequada ao produtor; e rações com ótima relação custo/benefício para o produtor.”

Por meio da cooperativa, o associado consegue reduzir os custos de transações comerciais para aquisição de máquinas e suprimentos. Muitas vezes, a cooperativa também consegue atender às demandas dos associados oferecendo infraestrutura e todo o apoio para sua produção, desde equipe técnica de profissionais do segmento até um silo graneleiro ou até busca por linhas de crédito mais acessíveis.

Haroldo Max de Souza ainda comenta o exemplo em Goiás, em que a posição adotada pela Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano - Comigo, que possibilitou garantia de renda e contribuição para o desenvolvimento econômico dos cooperados. Em levantamento que compreende o período de 1997 a 2003, foi observada queda de quase seis pontos percentuais de cooperados com renda mensal de cerca de R$1.200,00 (de 14,42% para 8,31%) e, em contrapartida, aumento da quantidade de cooperados com salário de R$2.400,00 a R$4.800,00.

“O setor de leite cresce ao longo dos anos e neste processo, os produtores de leite não se profissionalizaram nem investiram na gestão dos negócios e, por isso, a atuação da cooperativa é importante”, enfatiza Max de Souza.

Em Mato Grosso do Sul, segundo dados do Censo da Organização das Cooperativas Brasileiras no MS - OCB/MS, há 12 cooperativas no Estado. Oito foram pesquisadas pelo Censo, que divulga em seus estudos que, as cooperativas de leite de MS produzem anualmente cerca de 50 milhões de litros de leite e têm crescido em média 10% ao ano.

 

Haroldo Max visita Central BRC

Haroldo Max visita Central BRC

Haroldo Max de Souza, presidente da OCB/GO e da Centroleite, esteve em Campo Grande no dia 15 de maio para proferir uma palestra durante o 15º Encontro Técnico do Leite. Durante sua estada, ele visitou a Central Sicredi Brasil Central e foi recebido por Celso Régis, presidente da OCB/MS e da Sicredi Federal, e por Celso Figueira, presidente da Central BRC.

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