Com o intuito de colaborar com a análise presidencial sobre o projeto do novo Código Florestal Brasileiro, aprovado pelo Congresso Nacional no último dia 25 de abril, o Sistema OCB elaborou um estudo técnico encaminhado à presidente Dilma Roussef, à Casa Civil e aos ministérios da Agricultura (Mapa), do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Meio Ambiente (MMA), nesta sexta-feira (11/5).
“O Sistema OCB tem a convicção de que a busca pelo desenvolvimento sustentável requer a utilização racional dos recursos existentes, compromisso que integra a existência do cooperativismo”. Assim tem início o documento formulado pela equipe da OCB que elenca uma série conceitos, analisados um por um à luz do impacto ocasionado às cooperativas.
Destacando os pontos essenciais aprovados pelo Congresso, que necessitam de sanção da presidente, a nota técnica é mais uma das ações do sistema cooperativista em defesa da atualização da legislação ambiental. “Acreditamos que o novo Código Florestal contribuirá para a efetiva segurança jurídica no campo, conciliando a preservação de recursos naturais com a continuidade da produção agropecuária brasileira”, destacou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, no encaminhamento do material ao governo.
A presidente Dilma Rousseff tem até o próximo dia 25 para decidir sobre a sanção ou veto (parcial ou total) da matéria.
Fonte: OCB
O Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) inicia esta semana a execução do Programa Nacional de Educação do Crédito Cooperativo (Educred) com a realização do primeiro módulo do Curso de Formação de Conselheiros de Cooperativas de Crédito (Formacred). Concebido para atender a uma demanda do Conselho Especializado do Ramo Crédito da Organização das Cooperativas Brasileiras (Ceco/OCB), e do Banco Central do Brasil (BC), para que fossem desenvolvidos programas de capacitação e treinamento de dirigentes e empregados das cooperativas de crédito, o Formacred tem como objetivo oferecer formação de qualidade a conselheiros de Administração e Fiscal, contribuindo para o processo de desenvolvimento, profissionalização e aumento da competitividade desses empreendimentos frente ao sistema financeiro nacional. “Trata-se de uma oportunidade para ampliarmos nossas redes de relacionamento pessoal e profissional, e de criarmos condições para continuarmos contribuindo com o fortalecimento do cooperativismo brasileiro”, afirma o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
A capacitação acontecerá entre nos dias 16 a 18 e 23 a 25 de maio, em Brasília (DF) e contará com a participação de 44 conselheiros – 22 fiscais e 22 de administração. O primeiro módulo, que trará uma abordagem comportamental, será dividido em dois blocos, cada um com carga horária de 24 horas. O primeiro acontece nesta semana e, o segundo, na próxima, e serão conduzidos pelo instrutor Inocêncio Oliveira. Segundo o gerente geral de Desenvolvimento de Cooperativas do Sescoop, Maurício Alves, “a participação dos alunos será imprescindível para validar esse programa de formação, que visa atender às demandas do ramo crédito e às expectativas apontadas pelo próprio Banco Central, de contínuo desenvolvimento e fortalecimento das cooperativas de crédito brasileiras”.
Conforme explica a gerente de Formação e Qualificação Profissional do Sescoop, Andréa Sayar, para a composição da turma piloto foram estabelecidos critérios com o objetivo de “garantir que esse laboratório propicie a reprodução da diversidade presente no ramo e, também, que as unidades estaduais fossem contempladas de forma igualitária”. De acordo com a gestora, os estados foram responsáveis pela indicação dos conselheiros, e o objetivo foi compor um grupo diversificado. “Solicitamos às unidades o cuidado de indicarem conselheiros pertencentes a cooperativas diferentes, para oportunizar que a formação alcance o maior número de entidades possível”, ressalta.
Os próximos módulos do Formacred já estão previstos e deverão ser realizados nos meses de junho, agosto, setembro e novembro de 2012. Ao final das 96 horas, os participantes serão certificados pelo Sescoop.
Fonte: OCB
Fortalecer o diálogo entre o Sistema OCB e o BNDES visando a melhoria na estruturação de linhas de crédito e maior adesão por parte dos cooperados. Esse foi o objetivo do encontro promovido nesta segunda-feira (14/5) pela Organização das Cooperativas do Estado do Espírito Santo (OCB-ES) com o diretor do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), Guilherme Lacerda. A reunião contou com a participação do gerente de Ramos e Mercados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Gregory Honczar.
“O BNDES atua como repassador de recursos em diversos programas importantes, inclusive relacionados no Plano Agrícola e Pecuário. A ideia do Sistema OCB é fortalecer o diálogo técnico operacional com a instituição, primeiro para conhecer melhor os trâmites operacionais envolvidos e, com esse conhecimento, formatar melhor as linhas de crédito à disposição das cooperativas, aumentando consequentemente a adesão por parte do nosso público”, explica Honczar.
Segundo Honczar, a reunião serviu, especialmente, para promover a abertura de um debate entre as entidades e conquistar do BNDES um entendimento positivo sobre as alterações necessárias ao cenário atual. “Com esta aproximação feita, esperamos conseguir nos próximos meses um contato mais direto para discutir, inclusive, produtos e serviços financeiros que o banco tenha intenção de construir em prol do desenvolvimento do país. O cooperativismo se insere de maneira muito forte nesse objetivo”, pontua o gestor.
Na oportunidade, foi entregue ao diretor Lacerda uma cópia do Plano Agrícola e Pecuário elaborado pela OCB. De acordo com Honczar, o endosso do BNDES aos apontamentos constantes no documento é essencial para motivar as decisões do Executivo. “Os ministérios da Fazenda e da Agricultura veem o aval do BNDES como fundamental para a realização das modificações. O entendimento deles é importante para que nossos pleitos sejam concretizados de forma mais rápida”, conclui.
Fonte: OCB
Dando continuidade ao trabalho conjunto para promover melhorias à gestão do negócio familiar, aumentar a renda dos produtores e facilitar o acesso aos programas desenvolvidos pelo governo federal, representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Sistema OCB estiveram mais uma vez reunidos, na sede da OCB, em Brasília (DF), nesta terça-feira (15/5). O grupo que trabalha na prospecção de ações conjuntas entre as entidades, com foco primordial na melhoria da gestão das cooperativas, aproveitou a oportunidade para apresentar ao assessor especial do ministro, Marco Antônio Viana Leite, a proposta do sistema cooperativista para o Plano Safra para a Agricultura Familiar, construído em conjunto com todas as Organizações Estaduais. “Nossa intenção é contribuir com o MDA na construção do Plano, garantindo o atendimento às demandas do setor”, enfatizou o superintendente da OCB, Renato Nobile.
O MDA possui um orçamento de R$ 90 milhões para investir em 800 propriedades rurais da agricultura familiar. Segundo dados recentes, 76% das famílias cadastradas junto ao órgão pertencem a cooperativas ligadas ao Sistema OCB. Por esse motivo, a ideia central do ministério é afinar a parceria. “Envolver o cooperativismo nesse processo é fundamental pela representatividade que o movimento tem nesse setor. Não é possível pensarmos em dar prosseguimento às nossas ações sem envolver as cooperativas”, destacou Viana Leite.
Durante a reunião, três grandes linhas de ação foram pontuadas como as principais a serem trabalhadas pelas entidades: política agrícola, tributação cooperativista e qualificação profissional. O assessor Viana Leite solicitou à OCB um levantamento com relação às vantagens existentes para as cooperativas em relação às empresas comerciais no que diz respeito à tributação praticada e ressaltou que existe um grande leque para ações de capacitação a serem desenvolvidas pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop).
Foi consenso entre os participantes a necessidade de investir inicialmente no setor lácteo. Sendo assim, o grupo trabalhará com o foco voltado para a construção de um programa específico para o segmento, utilizando-se de ações em andamento no ministério. “A ideia é agregar conhecimentos do movimento cooperativista para a formulação de um programa macro, visando beneficiaras cooperativas de leite”, ressaltou Nobile.
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, enfatizou a facilidade de relacionamento com o MDA, e se colocou à disposição para fornecer os subsídios necessários à formulação dos projetos: “Assumimos o compromisso em realizar os levantamentos necessários e dar prosseguimento a este trabalho conjunto”.
Fonte: OCB
CORDEL DO AGRO
(Roberto Rodrigues)
Olhando ao redor do mundo
Já não se vêem lideranças
Capazes de nos dar um rumo
Melhor do que dariam crianças.
Não existem grandes chefes
Como tantos tivemos antes
Falta gente para tudo
Principalmente comandantes.
Ninguém dá bola pra ONU
Em sua dura luta pela Paz
De dar regras planetárias,
Ninguém mais é capaz.
Este vazio de caminhos
Ameaça até a democracia
E abre espaços perigosos
Pra regimes de exceção ou anarquia.
Para sair deste impasse
Que nos encaminha para o mal,
É preciso montar um projeto
De interesse global.
Que sirva para ricos e pobres
Que agrade todas as gentes
Europeus, Africanos, Americanos,
Enfim, de todos os continentes.
Segurança alimentar e energética,
Eis um programa viável
Ninguém poderá ser contra
Desde que seja sustentável.
Populações vão crescendo
Em todo país emergente
Onde a renda per capita sobe
Quase explosivamente.
Crescimento do
A terra que existe é a mesma
Enquanto quem come só aumenta
Menos gente produzindo
E mais gente se alimenta.
A oferta não acompanha
O crescimento da demanda,
Estoques caem, preços sobem
E a inflação desanda.
O Brasil já fez a lição
Do moderno agro, com sucesso
E o mundo todo admira,
No setor, nosso progresso.
Nos últimos vinte anos
Nossa área plantada com grão
Cresceu 6 vezes menos
De que aumentou a produção
Foi possível preservar
Com maior produtividade
Mais de 50 milhões de hectares,
Exemplo de sustentabilidade!
Foi trabalho dos cientistas
Somado ao dos produtores
Produtividade mais alta
Nos mais diversos setores.
Em carnes também crescemos:
100 por cento nos bovinos
480 em frangos,
E mais de 200 em suínos.
E o etanol, renovável
Já mitiga o aquecimento
Porque só emite o CO2
Da gasolina, em 11 porcento.
Nossa tecnologia é de longe
A mais preservacionista
Pra ninguém botar defeito
Estrangeiro ou nacionalista.
Na nossa matriz energética,
Quase metade é renovável
E isso, pro resto do mundo
É profundamente invejável.
Agroenergia é diferente
De produzir alimentos
Terra, planta certa e sol
São os principais elementos.
E quem tem isso sobrando
São os países tropicais
Onde o sol brilha ano todo
E as plantas crescem mais.
Energia do agro, renovável,
Será feita por estes países
Mudando a geopolítica do mundo,
Hoje fincada em erradas raízes.
O agro gera um terço dos empregos
Em todo território nacional
E do PIB brasileiro
Um quarto vem do rural.
E o resultado deste avanço
Está no nosso saldo comercial
O do agronegócio é o dobro
Do saldo brasileiro total.
Em 2000 nós exportamos
De 20 bilhões um pouco mais
E no ano passado, brilhando,
Vender 95 bi o agro foi capaz.
Exportamos para muitos países
Em qualquer continente
E quem compra nossos produtos
Está sempre muito contente.
Porque tudo o que exportamos
Tem excelente qualidade
E ainda por cima conseguimos
Fazer com sustentabilidade.
Até 2020, afirma a OCDE
O mundo precisará 20% mais alimento
E para atender este número
O Brasil tem que ir a 40%.
Três fatores nos animam
Neste desafio monumental
Terra temos, gente maravilhosa,
E a melhor tecnologia tropical.
Temos 851 milhões de hectares
Em nosso imenso território
Mas usamos menos de 30,
Pedaço muito irrisório.
Com tudo o que já fazemos
Que pra nosso campo é abono,
Queremos ir mais adiante:
Agricultura de Baixo Carbono.
Uma coisa em que avançamos
Foi o Plantio Direto na Palha
Tecnologia que reduz emissões
E com o qual a semente não falha.
A integração lavoura-pecuária
É nosso programa mais novo
Em termos de tecnologia
É de Colombo, um ovo.
Já temos 7 milhões de hectares
De florestas plantadas
Outra de nossas vantagens
Em todo mundo invejadas.
Mas nem por isso
A vitória já é régia.
Precisamos trabalhar muito
Montando boa estratégia.
Política de renda no campo
É um ponto fundamental
Arrumando de vez o seguro
E modernizando o crédito rural.
Falta-nos uma Política Comercial
Que apenas da OMC não dependa
Acordos bilaterais relevantes
Aumentarão nossa venda.
Atenção mais vigorosa
Em tecnologia é necessária
Inclusive acabando com a aftosa,
Nossa fraqueza sanitária.
Segurança jurídica é fundamental
Para a tranqüilidade ideal
Reformar a velhas leis
E aplicar o Código Florestal.
A Política Agrícola não é coisa
Só do MAPA, da Agricultura,
É de todo o governo, todinho
Que cuida de infraestrutura.
Sem estratégia bem feita,
Não atenderemos ao sonho do mundo
De abastecê-lo com folgas,
Garantindo o sossego profundo
De toda gente do Planeta,
Que nos reconhecerá a vitória
E com gratidão nos dará
Lugar honroso na história.
E se não fizermos isto,
Se não trabalharmos bem,
Envergonharemos nossos netos,
Por termos perdido o trem