Personagem sui generis, popular e reconhecido na área do agronegócio mundial, Roberto Rodrigues, recém nomeado pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) como embaixador especial do cooperativismo, inova mais uma vez ao contar, sob a forma de versos, a história e a realidade do setor agropecuário – no Brasil e no mundo. “Cordel do Agro” foi o nome atribuído à recente publicação da Fundação Getúlio Vargas (FGV), onde Rodrigues, professor da instituição, trata de forma bem diferente, e até lúdica, a história deste que é um dos ramos mais representativos do cooperativismo brasileiro.
No dia 19 de abril de 2012, em uma aula magna da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto, Rodrigues transformou sua tradicional palestra com slides sobre o assunto em um conjunto de versos que batizou de “Cordel do Agro”. A aula virou febre entre os homens do agronegócio brasileiro e publicada pela FGV. “Qualquer editor pode de quando em vez ter a liberdade de se deixar tomar pela emoção. Melhor ainda quando a emoção se soma à razão. E este é o caso deste cordel. Uma ideia genial de um autor fora do comum”, declarou Antônio Carlos Kfouri Aidar, Editor Chefe da revista Agroanalisys
Por e-mail, o ex-ministro tem até recebido uma série de outras contribuições em versos enviadas por fazendeiros, agrônomos e economistas que também passaram a usar de seu dotes poéticos para desancar, por exemplo, o Código Florestal aprovado pelo Congresso Nacional. O “Cordel do Agro” não faz nenhuma menção direta ao código. Contudo, reclama da falta de lideranças dentro do governo capazes de traçar planos estratégicos para o desenvolvimento do setor. As estrofes são intercaladas por apresentações com gráficos e projeções da agricultura brasileira.
(Fonte: FGV)
Clique aqui para conferir “O Cordel do Agro”, de Roberto Rodrigues.
A tecnologia é o aspecto mais importante para explicar o aumento da produção de grãos no País. É o que afirma estudo realizado pelo pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Eliseu Alves. O relatório foi apresentado ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, apontando que cerca de 500 mil estabelecimentos com acesso a tecnologias modernas são responsáveis por 86,65% de toda a renda agrícola de 2006, com base no último censo agropecuário do Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE).
No mesmo período, 3,9 milhões de propriedades que ficaram à margem da modernização responderam por somente 13% da produção. “Somente a adoção de tecnologia pode desconcentrar a renda e gerar bem estar nos campos. Terra sem este fator preponderante não melhora a vida de ninguém”, afirmou Eliseu Alves.
A partir do estudo do Censo Agropecuário do IBGE de 1995/96, os principais fatores para o crescimento da produção de grãos eram, respectivamente, a tecnologia (50,6%), a mão-de-obra (31,3%) e a terra cultivável (18,1%). Já em 2006, o fator tecnológico atingiu o patamar de importância de 68,1%, enquanto a mão-de-obra e a terra tiveram os índices reduzidos para 22,3% e 9,6%, respectivamente.
Os resultados da pesquisa estão sendo analisado pelo Ministério da Agricultura, mas o trabalho já aponta caminhos para o desenvolvimento de políticas públicas. A ampliação da área cultivável perde importância para a modernização das propriedades brasileiras, o que levaria ao desenvolvimento de programas de apoio específicos.
Outras questões que devem ser analisadas implicam na assistência técnica e em medidas de modernização das fazendas que estão à margem desse processo.
As medidas de apoio do Governo Federal para modernização do setor agrícola começaram na década de 1970. As estratégias estão focadas, desde então, em tecnificar a agricultura, além de desconcentrar a renda agrícola e manter a população no meio rural. Recentemente, a preservação ambiental também passou a ser prioridade governamental.
De 1960 a 2010, a produção de grãos do País aumentou 774% enquanto a área de cultivo apenas dobrou, de 22 milhões de hectares para 47,5 milhões de hectares. Se a tecnologia que utilizamos hoje fosse a mesma de 50 anos atrás, seria necessário aumentar em oito vezes a área para o cultivo.
(Fonte: Mapa)
A balança comercial brasileira registrou saldo positivo de US$ 89 milhões, com média diária de US$ 17,8 milhões, nos cinco dias úteis (9 a 15) da segunda semana de julho de 2012. A corrente de comércio (soma das exportações e importações) totalizou US$ 7,769 bilhões, com média de US$ 1,553 bilhão por dia útil.
As exportações, no período, foram de US$ 3,929 bilhões, com média diária de US$ 785,8 milhões. Houve redução de 26,7% na comparação com a média da primeira semana do mês (US$ 1,072 bilhão). Foi verificada diminuição nas vendas das três categorias de produtos. Entre os semimanufaturados (-34,9%), as retrações mais significativas ficaram por conta de açúcar em bruto, celulose, ferro-ligas, couros e peles, ouro em forma semimanufaturada, e ferro fundido. Para os básicos (-34%), os produtos com maiores reduções de embarques foram soja em grão, petróleo em bruto, minério de ferro, farelo de soja, carne de frango, bovina e suína, e café em grão. Já entre os manufaturados (-14,6%), os destaques ficaram por conta de autopeças, automóveis, etanol, motores e geradores, veículos de carga, partes de motores para veículos, e açúcar refinado.
Já as importações, na segunda semana de julho, foram de US$ 3,840 bilhões, com um resultado médio diário de US$ 768 milhões. Na comparação com a média da primeira semana do mês (US$ 947,4 milhões), houve queda de 18,9%, com diminuição nos gastos com combustíveis e lubrificantes, equipamentos mecânicos, aparelhos eletroeletrônicos, veículos automóveis e partes, e químicos orgânicos e inorgânicos.
Mês -Nos dez dias úteis de julho (1° a 15), as exportações somaram US$ 9,289 bilhões, com média diária de US$ 928,9 milhões. Por esse comparativo, a média diária das vendas externas foi 12,3% inferior a de julho de 2011 (US$ 1,059 bilhão).
Neste comparativo, entre os básicos (-15,4%), a retração foi devida, principalmente, ao café em grão, minério de ferro, petróleo em bruto, carne de frango, e algodão em bruto. Para os manufaturados (-10,5%), a queda é explicada em razão de açúcar refinado, pneumáticos, motores para veículos, tratores, laminados planos, papel e cartão, e calçados. Nos semimanufaturados (-5,2%), houve redução nos embarques de alumínio em bruto, açúcar em bruto, semimanufaturados de ferro/aço e óleo de soja em bruto.
Em relação à média diária de junho deste ano (US$ 967,7 milhões), as exportações caíram 4%, devido à retração de básicos (-8,1%) e manufaturados (-6,3%). As vendas de semimanufaturados (22,9%), contudo, cresceram no período.
As importações em julho chegaram a US$ 8,577 bilhões e registraram média diária de US$ 857,7 milhões. Pela média, houve queda de 5,8% na comparação com julho do ano passado (US$ 910,2 milhões). Houve recrudescimento, principalmente, nas aquisições de adubos e fertilizantes (-39,3%), siderúrgicos (-26,2%), aparelhos eletroeletrônicos (-15,9%), borracha e obras (-15,2%), instrumentos de ótica e precisão (-10,6%), plásticos e obras (-10,6%), e equipamentos mecânicos (-6,2%).
Na comparação com a média de junho de 2012 (US$ 927,4 milhões), houve retração de 7,5%, com diminuição nas despesas com adubos e fertilizantes (-38,8%), químicos orgânicos e inorgânicos (-23,7%), siderúrgicos (-21,6%), combustíveis e lubrificantes (-14,3%), equipamentos mecânicos (-12,4%), instrumentos de ótica e precisão (-10%) e borracha e obras (-8,6%).
O saldo comercial de julho está superavitário em US$ 712 milhões (média diária de US$ 71,2 milhões). O resultado diário no mês está 52,4% inferior ao de julho do ano passado (US$ 149,4 milhões) e 76,7% maior que o de junho deste ano (US$ 40,3 milhões).
A corrente de comércio, nas duas primeiras semanas do mês, alcançou US$ 17,866 bilhões (média diária de US$ 1,786 bilhão). Pela média, houve diminuição de 9,3% no comparativo com julho passado (US$ 1,969 bilhão) e queda de 5,7% na relação a abril último (US$ 1,895 bilhão).
Ano - De janeiro à segunda semana de julho deste ano (135 dias úteis), as vendas ao exterior somaram US$ 126,503 bilhões (média diária de US$ 937,1 milhões). Na comparação com a média diária do mesmo período de 2011 (US$ 963,1 milhões), as exportações retrocederam em 2,7%. As importações foram de US$ 118.721 bilhões, com média diária de US$ 879,4 milhões. O valor está 3,6% acima da média registrada no mesmo período de 2011 (US$ 849,1 milhões).
No acumulado do ano, o saldo positivo da balança comercial chega a US$ 7,782 bilhões, com média diária de US$ 57,6 milhões. No mesmo período de 2011, a média do saldo positivo era de US$ 114,1 milhões, havendo, portanto uma redução de 49,5% no resultado. A corrente de comércio somou US$ 245,224 bilhões, com média diária de US$ 1,816 bilhão. O valor é 0,2% maior que a média aferida no mesmo período no ano passado (US$ 1,812 bilhão).
(Fonte: Mdic)
Marcado como o Dia de Proteção às Florestas, 17 de julho remete à atuação de governo e sociedade civil em defesa de um dos seus bens mais importantes. Nesse sentido, ações com fins conservacionistas como o Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC), do Governo Federal, são primordiais para colocar em prática essa conscientização. Além de preservar espécies florestais nativas, o produtor que opta por adotar práticas financiadas pelo programa ainda obtém lucros, a partir da plantação de espécies arbóreas como paricá, guanandi, sabiá, erva-mate e seringueira.
O Programa ABC oferece crédito aos produtores rurais para a adoção de técnicas agrícolas sustentáveis. O principal objetivo é fazer frente aos desafios trazidos pelas mudanças climáticas, com a meta de reduzir, até 2020, entre 133 a 162 milhões de toneladas de CO2. É uma das iniciativas do Governo brasileiro para diminuir o desmatamento e fomentar o aumento de espécies exóticas plantadas em biomas como a Amazônia. Em junho, o Governo Federal anunciou que 81,2% da Amazônia Legal encontra-se integralmente preservada e que o Brasil acaba de conquistar a menor taxa de desmatamento desde que a medição começou a ser feita, em 1998.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de agosto de 2010 a julho de 2011, foram desmatados 6,4 mil quilômetros quadrados da região e, de 2004 a 2011, o desmatamento na Amazônia Legal sofreu uma queda de 78%.
O Sistema OCB, que participou da formatação do programa, a convite da Casa Civil e do Ministério da Agricultura (Mapa), apoia a sua aplicação e realiza ações para incentivar as cooperativas a promoverem o desenvolvimento sustentável. “O desafio de preservar o meio ambiente e promover o desenvolvimento sustentável está entre os princípios do cooperativismo brasileiro. A busca pela sustentabilidade é, na verdade, parte do nosso DNA”, afirma o presidente da instituição, Márcio Lopes de Freitas.
Refletindo o esforço do governo para atender aos compromissos voluntários assumidos na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáricas (COP 15), de redução significativa das emissões de gases de efeito estufa gerados por alguns setores produtivos, o Programa ABC é também um caminho para tornar a produção brasileira mais competitiva, inclusive diante de barreiras ambientais. Para somar, estão previstos repasse de tecnologias e assistência técnica que irão fomentar a redução e o sequestro de carbono.
Nesse contexto, Freitas ressalta o papel desempenhado pelo setor cooperativista. “Nossas cooperativas trabalham constantemente com foco na sustentabilidade dos seus produtos e processos, com a adoção de técnicas que conciliem eficiência na produção e proteção dos recursos naturais. E, como elas são formadas justamente pelos produtores, estão muito próximas a eles e têm um grande poder de disseminar as boas práticas”, comenta.
Financiamento pelo ABC - Os produtores interessados em adotar práticas financiadas pelo programa devem entrar em contato com sua agência bancária para obter informações quanto à aptidão ao crédito, documentação necessária para o encaminhamento da proposta e garantias.
Para a safra 2012/2013, o programa terá R$ 3,4 bilhões disponíveis em linhas de crédito. A taxa de juros para o período diminui em relação à safra anterior, de 5,5% para 5% ao ano, a menor fixada para o crédito rural destinado à agricultura empresarial.
(Fonte: Mapa)
Com o objetivo de elaborar um posicionamento oficial do setor cooperativista a respeito da atual legislação que rege o transporte de cargas no Brasil, o Ramo Transporte do cooperativismo realizará na próxima quinta-feira (19/7) encontro entre seus membros, na sede do Sistema OCB, em Brasília (DF). A ação teve como motivação um convite que está circulando pelo Brasil, para um manifesto dos profissionais da categoria no próximo dia 25, promovido por outros setores da atividade.
De acordo com o analista de Ramos e Mercados da OCB, Gustavo Beduschi, a intenção do grupo é elencar um pensamento unificado do Sistema a respeito do tema, uma vez que o convite que está sendo amplamente divulgado inclui as cooperativas de transportadores como uma das classes reivindicantes. “O foco da discussão são os atuais normativos que regulamentam a atividade, que são, de fato, muito recentes. O Sistema OCB vem atuando em favor dessa regulamentação e entende que mudanças podem e devem ser efetuadas no sentido de melhorá-la. Por esse motivo, o ramo estará reunido: para debater, estudar e alinhar o entendimento, com o objetivo de continuar contribuindo com os órgãos legisladores”, explica Beduschi.
Fonte: OCB