A balança comercial brasileira registrou saldo positivo de US$ 89 milhões, com média diária de US$ 17,8 milhões, nos cinco dias úteis (9 a 15) da segunda semana de julho de 2012. A corrente de comércio (soma das exportações e importações) totalizou US$ 7,769 bilhões, com média de US$ 1,553 bilhão por dia útil.
As exportações, no período, foram de US$ 3,929 bilhões, com média diária de US$ 785,8 milhões. Houve redução de 26,7% na comparação com a média da primeira semana do mês (US$ 1,072 bilhão). Foi verificada diminuição nas vendas das três categorias de produtos. Entre os semimanufaturados (-34,9%), as retrações mais significativas ficaram por conta de açúcar em bruto, celulose, ferro-ligas, couros e peles, ouro em forma semimanufaturada, e ferro fundido. Para os básicos (-34%), os produtos com maiores reduções de embarques foram soja em grão, petróleo em bruto, minério de ferro, farelo de soja, carne de frango, bovina e suína, e café em grão. Já entre os manufaturados (-14,6%), os destaques ficaram por conta de autopeças, automóveis, etanol, motores e geradores, veículos de carga, partes de motores para veículos, e açúcar refinado.
Já as importações, na segunda semana de julho, foram de US$ 3,840 bilhões, com um resultado médio diário de US$ 768 milhões. Na comparação com a média da primeira semana do mês (US$ 947,4 milhões), houve queda de 18,9%, com diminuição nos gastos com combustíveis e lubrificantes, equipamentos mecânicos, aparelhos eletroeletrônicos, veículos automóveis e partes, e químicos orgânicos e inorgânicos.
Mês -Nos dez dias úteis de julho (1° a 15), as exportações somaram US$ 9,289 bilhões, com média diária de US$ 928,9 milhões. Por esse comparativo, a média diária das vendas externas foi 12,3% inferior a de julho de 2011 (US$ 1,059 bilhão).
Neste comparativo, entre os básicos (-15,4%), a retração foi devida, principalmente, ao café em grão, minério de ferro, petróleo em bruto, carne de frango, e algodão em bruto. Para os manufaturados (-10,5%), a queda é explicada em razão de açúcar refinado, pneumáticos, motores para veículos, tratores, laminados planos, papel e cartão, e calçados. Nos semimanufaturados (-5,2%), houve redução nos embarques de alumínio em bruto, açúcar em bruto, semimanufaturados de ferro/aço e óleo de soja em bruto.
Em relação à média diária de junho deste ano (US$ 967,7 milhões), as exportações caíram 4%, devido à retração de básicos (-8,1%) e manufaturados (-6,3%). As vendas de semimanufaturados (22,9%), contudo, cresceram no período.
As importações em julho chegaram a US$ 8,577 bilhões e registraram média diária de US$ 857,7 milhões. Pela média, houve queda de 5,8% na comparação com julho do ano passado (US$ 910,2 milhões). Houve recrudescimento, principalmente, nas aquisições de adubos e fertilizantes (-39,3%), siderúrgicos (-26,2%), aparelhos eletroeletrônicos (-15,9%), borracha e obras (-15,2%), instrumentos de ótica e precisão (-10,6%), plásticos e obras (-10,6%), e equipamentos mecânicos (-6,2%).
Na comparação com a média de junho de 2012 (US$ 927,4 milhões), houve retração de 7,5%, com diminuição nas despesas com adubos e fertilizantes (-38,8%), químicos orgânicos e inorgânicos (-23,7%), siderúrgicos (-21,6%), combustíveis e lubrificantes (-14,3%), equipamentos mecânicos (-12,4%), instrumentos de ótica e precisão (-10%) e borracha e obras (-8,6%).
O saldo comercial de julho está superavitário em US$ 712 milhões (média diária de US$ 71,2 milhões). O resultado diário no mês está 52,4% inferior ao de julho do ano passado (US$ 149,4 milhões) e 76,7% maior que o de junho deste ano (US$ 40,3 milhões).
A corrente de comércio, nas duas primeiras semanas do mês, alcançou US$ 17,866 bilhões (média diária de US$ 1,786 bilhão). Pela média, houve diminuição de 9,3% no comparativo com julho passado (US$ 1,969 bilhão) e queda de 5,7% na relação a abril último (US$ 1,895 bilhão).
Ano - De janeiro à segunda semana de julho deste ano (135 dias úteis), as vendas ao exterior somaram US$ 126,503 bilhões (média diária de US$ 937,1 milhões). Na comparação com a média diária do mesmo período de 2011 (US$ 963,1 milhões), as exportações retrocederam em 2,7%. As importações foram de US$ 118.721 bilhões, com média diária de US$ 879,4 milhões. O valor está 3,6% acima da média registrada no mesmo período de 2011 (US$ 849,1 milhões).
No acumulado do ano, o saldo positivo da balança comercial chega a US$ 7,782 bilhões, com média diária de US$ 57,6 milhões. No mesmo período de 2011, a média do saldo positivo era de US$ 114,1 milhões, havendo, portanto uma redução de 49,5% no resultado. A corrente de comércio somou US$ 245,224 bilhões, com média diária de US$ 1,816 bilhão. O valor é 0,2% maior que a média aferida no mesmo período no ano passado (US$ 1,812 bilhão).
(Fonte: Mdic)
Marcado como o Dia de Proteção às Florestas, 17 de julho remete à atuação de governo e sociedade civil em defesa de um dos seus bens mais importantes. Nesse sentido, ações com fins conservacionistas como o Programa Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC), do Governo Federal, são primordiais para colocar em prática essa conscientização. Além de preservar espécies florestais nativas, o produtor que opta por adotar práticas financiadas pelo programa ainda obtém lucros, a partir da plantação de espécies arbóreas como paricá, guanandi, sabiá, erva-mate e seringueira.
O Programa ABC oferece crédito aos produtores rurais para a adoção de técnicas agrícolas sustentáveis. O principal objetivo é fazer frente aos desafios trazidos pelas mudanças climáticas, com a meta de reduzir, até 2020, entre 133 a 162 milhões de toneladas de CO2. É uma das iniciativas do Governo brasileiro para diminuir o desmatamento e fomentar o aumento de espécies exóticas plantadas em biomas como a Amazônia. Em junho, o Governo Federal anunciou que 81,2% da Amazônia Legal encontra-se integralmente preservada e que o Brasil acaba de conquistar a menor taxa de desmatamento desde que a medição começou a ser feita, em 1998.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de agosto de 2010 a julho de 2011, foram desmatados 6,4 mil quilômetros quadrados da região e, de 2004 a 2011, o desmatamento na Amazônia Legal sofreu uma queda de 78%.
O Sistema OCB, que participou da formatação do programa, a convite da Casa Civil e do Ministério da Agricultura (Mapa), apoia a sua aplicação e realiza ações para incentivar as cooperativas a promoverem o desenvolvimento sustentável. “O desafio de preservar o meio ambiente e promover o desenvolvimento sustentável está entre os princípios do cooperativismo brasileiro. A busca pela sustentabilidade é, na verdade, parte do nosso DNA”, afirma o presidente da instituição, Márcio Lopes de Freitas.
Refletindo o esforço do governo para atender aos compromissos voluntários assumidos na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáricas (COP 15), de redução significativa das emissões de gases de efeito estufa gerados por alguns setores produtivos, o Programa ABC é também um caminho para tornar a produção brasileira mais competitiva, inclusive diante de barreiras ambientais. Para somar, estão previstos repasse de tecnologias e assistência técnica que irão fomentar a redução e o sequestro de carbono.
Nesse contexto, Freitas ressalta o papel desempenhado pelo setor cooperativista. “Nossas cooperativas trabalham constantemente com foco na sustentabilidade dos seus produtos e processos, com a adoção de técnicas que conciliem eficiência na produção e proteção dos recursos naturais. E, como elas são formadas justamente pelos produtores, estão muito próximas a eles e têm um grande poder de disseminar as boas práticas”, comenta.
Financiamento pelo ABC - Os produtores interessados em adotar práticas financiadas pelo programa devem entrar em contato com sua agência bancária para obter informações quanto à aptidão ao crédito, documentação necessária para o encaminhamento da proposta e garantias.
Para a safra 2012/2013, o programa terá R$ 3,4 bilhões disponíveis em linhas de crédito. A taxa de juros para o período diminui em relação à safra anterior, de 5,5% para 5% ao ano, a menor fixada para o crédito rural destinado à agricultura empresarial.
(Fonte: Mapa)
Com o objetivo de elaborar um posicionamento oficial do setor cooperativista a respeito da atual legislação que rege o transporte de cargas no Brasil, o Ramo Transporte do cooperativismo realizará na próxima quinta-feira (19/7) encontro entre seus membros, na sede do Sistema OCB, em Brasília (DF). A ação teve como motivação um convite que está circulando pelo Brasil, para um manifesto dos profissionais da categoria no próximo dia 25, promovido por outros setores da atividade.
De acordo com o analista de Ramos e Mercados da OCB, Gustavo Beduschi, a intenção do grupo é elencar um pensamento unificado do Sistema a respeito do tema, uma vez que o convite que está sendo amplamente divulgado inclui as cooperativas de transportadores como uma das classes reivindicantes. “O foco da discussão são os atuais normativos que regulamentam a atividade, que são, de fato, muito recentes. O Sistema OCB vem atuando em favor dessa regulamentação e entende que mudanças podem e devem ser efetuadas no sentido de melhorá-la. Por esse motivo, o ramo estará reunido: para debater, estudar e alinhar o entendimento, com o objetivo de continuar contribuindo com os órgãos legisladores”, explica Beduschi.
Fonte: OCB
Anualmente, o Conselho Mundial das Cooperativas de Crédito (Woccu, sigla em inglês) promove uma conferência, considerada o maior e mais importante evento do cooperativismo de crédito no mundo. É o Encontro Mundial do Woccu que, neste ano, está sendo realizado na Polônia, no período de 15 a 18 de julho. O Brasil está representado no evento por um grupo de dirigentes e colaboradores de cooperativas do Sistema Sicredi, além de convidados como o gerente do Ramo Crédito da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Sílvio Giusti, o ex-coordenador do Conselho Consultivo de Crédito da OCB (Ceco), Manfred Dasenbrok, e o deputado Federal, Giovanni Cherini. O presidente da OCB/MS, Celso Régis, também está neste evento.
Realizado no Polish Baltic Philarmonic Hall, na cidade de Gdansk, o Encontro Mundial do Woccu contou em sua programação com três eventos iniciais:Fórum de Liderança das Mulheres Globais; Sessão de Intercâmbio dos Jovens e a Cerimônia de Abertura e Desfile Internacional de Bandeiras, dos quais a delegação brasileira, composta por 60 representantes, participou.
No dia 16/7, a comitiva teve a oportunidade de acompanhar várias palestras. Na parte da manhã, o grande destaque foi a que teve como tema “Diferenciação – Separando Cooperativas de Crédito do grupo competitivo”, ministrada por Youngme Moon, professora da Universidade de Harvard, EUA. O foco principal foi “O que significa ser diferente para o mercado?“. Na parte da tarde, a programação continuou, com destaque para a plenária de debates que teve como mediador Manfred Dasenbrock e como palestrante o executivo do Banco cooperativo Sicredi, João Tavares. O executivo discursou sobre “Globalizando Regulações – Basiléia III e seus impactos nas Cooperativas de Crédito”.
No terceiro dia do Congresso (17/7), ocorreu a palestra magna, que abordou o tema “Ponto e Contraponto – Encontrando equilíbrio regulatório na era da padronização internacional”, um diálogo entre reguladores e representantes do mercado. O objetivo principal foi demonstrar como uma rede de reguladores pode compartilhar melhores práticas da área. O Woccu incentiva o aprendizado colaborativo realizado entre as cooperativas de crédito de todo o mundo, ações de intercambio de informações que podem ajudar a eliminar o retrabalho e em conjunto as cooperativas conquistam maior espaço e acesso aos políticos que determinam as regras.
Na sequência os participantes assistiram a duas palestras, uma delas ministrada por Heather Townsend, palestrante e consultor da The Excedia Group Ltd, Inglaterra. O palestrante citou o Sicredi como exemplo de como administrar as mídias sociais, em razão da construção e administração da sua página no Facebook. Em seguida, Mark Degotardi, executivo da Abacus – Australian Mutuals, da Austrália, também citou o Sicredi como exemplo, por atuar com sistema de cooperativas com a mesma marca, atuação esta que foi proposta para que outros sistemas de cooperativas de crédito adotem o mesmo modelo. “O Sicredi está chamando a atenção do mundo, por ter um sistema organizado, que possui uma marca única e por ser um exemplo de credibilidade”, declarou Manfred Dasenbrock que, na noite do dia 16, foi reeleito para o conselho de administração do Woccu.
O Encontro Mundial do Woccu encerra nesta quarta-feira (18/7) e, no domingo, a delegação estará de volta ao Brasil.
(Com informações: Sicredi)
O Sistema OCB se reuniu em São Paulo nesta quarta-feira (18/7), na sede da Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp), para identificar e desenvolver as diretrizes do cooperativismo agropecuário para a confecção do Plano Nacional de Armazenagem (PNA). O esforço, apoiado pela OCB, foi demandado pelo Governo Federal por meio da Câmara Temática de Insfraestrutura e Logística do Agronegócio, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Os objetivos são, entre outros, ampliar a capacidade estática, melhorar a distribuição geográfica do parque armazenador do país, aperfeiçoar as condições de armazenagem para o abastecimento e a segurança alimentar, capacitar mão de obra e criar programas de apoio ao desenvolvimento da indústria brasileira de armazenagem, desenvolvendo a pesquisa, a adaptação e transferência de novas tecnologias.
A reunião contou com a participação do sistemas Ocesp, Ocepar, Ocesc, OCB-GO e da Unidade Nacional, com a presença de técnicos do Sistema e de cooperativas, que consolidaram propostas e sugestões para o PNA. A OCB foi uma das entidades escolhidas e nomeadas em ato oficial pelo Governo (Portaria do Mapa n°379, de 8/5/2012), para participar do processo de construção do plano. “Trata-se de um reconhecimento do governo à qualidade dos serviços de armazenagem prestados pelas cooperativas que, ao longo dos anos, foram se especializando e alcançando padrões de excelência e atualmente representam mais de 20% da capacidade estática de armazenagem do país. Toda esta representatividade faz com que a responsabilidade do setor seja grande no que diz respeito à consolidação de um plano contundente”, diz o analista de Ramos e Mercados da instituição, Paulo César do Nascimento Júnior, que coordenou o encontro.
Segundo o analista, o Plano Nacional de Armazenagem abordará todas as questões que envolvem a atividade, incluindo condições especiais de crédito e financiamento, regras de logística, tributação e outros. Tais propostas deverão ser apresentadas na Câmara Temática até o dia 30 de agosto. Os ajustes e impressão do relatório do PNA deverão ocorrer em novembro de 2012.
Fonte: OCB