A quantidade recorde de milho exportada no mês de agosto – 2,7 milhões de toneladas – não representa risco de desabastecimento do cereal no Brasil. Na avaliação do diretor de Comercialização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Edilson Guimarães, o volume negociado está dentro da previsão de exportações projetada para este ano e não comprometerá o fornecimento do produto para os avicultores e suinocultores brasileiros.
Os dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) na última segunda-feira demonstraram que houve um aumento de 81% na comparação com o mesmo mês de 2011, quando foram embarcadas 1,5 milhão de toneladas. Apesar de estar em elevação, o preço médio do cereal exportado (US$ 263, a tonelada) foi menor do que os US$ 298,5/t registrados em agosto do ano anterior.
Segundo Guimarães, a produção brasileira somada aos estoques iniciais deverá disponibilizar 78 milhões de toneladas do grão neste ano. Descontando-se o consumo interno (50 milhões de toneladas) e as vendas externas (15 milhões de toneladas), o país deverá fechar o ano com o maior estoque da sua história: cerca de 13 milhões de toneladas.
“Existem comentários de que as exportações é que estão fazendo o preço subir no mercado interno. Isso não é verdade. O preço está alto por diversas razões, principalmente a perda de 100 milhões de toneladas provocada pela seca nos Estados Unidos. O milho é uma commoditie e o preço é feito em Chicago”, declara.
De acordo com o diretor, o Governo vem tomando todas as medidas cabíveis para amenizar os prejuízos dos produtores de aves e suínos. Entre as ações que já foram promovidas estão a liberação de 200 mil toneladas (com previsão de mais 250 mil toneladas) e de 400 mil toneladas para venda balcão nas regiões Sul e Nordeste, respectivamente, e leilões de Valor de Escoamento de Produto (VEP) de 30 mil toneladas cada.
(Fonte: Mapa)
O representante da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) no Brasil, Hélder Muteia, foi recebido nesta terça-feira (5/9) pelo presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas. Muteia tem chamado a atenção para a necessidade de adequação da produção alimentar ao crescimento populacional. Em sua conversa com o presidente Freitas, ele destacou que as cooperativas tem um importante papel na produção de alimentos.
“Hoje somos 7 bilhões. Em 2050, teremos 9 bilhões de bocas para alimentar. Precisamos pensar em um novo padrão de práticas agrícolas e do uso dos recursos naturais”, destacou Muteia.
Ele acredita que é possível incrementar a produção alimentar sem comprometer a biodiversidade. “A agricultura tem um papel fundamental em um contexto de economia verde”, observou.
Hélder dos Santos Félix Monteiro Muteia é moçambicano. Em agosto de 2010, foi nomeado Representante da FAO no Brasil. Começou sua carreira na FAO em 2005, onde foi Representante da FAO na Nigéria até junho de 2010.
Fonte; OCB
Estão abertas as inscrições para o mestrado profissional em agronegócio da fundação getúlio vargas (fgv). trata-se do antigo curso de mestrado profissional em agroenergia, que foi reformulado e passa a contar com mais uma área de concentração além de "agroenergia": a área de "economia e gestão do agronegócio".
De acordo com o coordenador do centro de agronegócios da fgv (gv-agro), roberto rodrigues, a ideia do curso surgiu da necessidade de somar talentos e vantagens comparativas, visando oferecer uma formação interdisciplinar para profissionais dos diversos setores do agronegócio. “O objetivo é criar uma massa crítica de alto nível relacionada ao tema”, afirma rodrigues.
Operíodo para se inscrever vai até o dia 23 de outubro. a próxima turma terá início em janeiro de 2013. O curso é do tipo stricto sensu, autorizado pela capes, e faz parte do programa de pós-graduação da fgv/eesp, em parceria com a embrapa e esalq-usp. a coordenação acadêmica é do professor dr. angelo gurgel.
Mais informações:
Fonte: OCB
O serviço nacional de aprendizagem do cooperativismo (sescoop) iniciou nesta semana mais uma fase de execução do programa nacional de educação do crédito cooperativo (educred) com a realização do primeiro módulo específico para conselheiros de administração do curso de formação de conselheiros de cooperativas de crédito (formacred). A capacitação ocorreu no centro de convenções israel pinheiro, no lago sul, em brasília (df), entre os dias 3 e 5 de setembro, e contou com a participação de 25 conselheiros dos sistemas sicredi, sicoob, cecred e unicredi. com carga horária de 24h, o curso foi ministrado pelo professor antônio augusto, um dos três consultores da empresa dialétika, contratada para atuar na execução do programa formacred.
O formacred tem por objetivo oferecer formação de qualidade a conselheiros de administração e fiscal de cooperativas vinculadas ao sistema ocb, contribuindo para o processo de desenvolvimento, profissionalização e aumento da competitividade desses empreendimentos frente ao sistema financeiro nacional. A turma está sendo formada desde maio deste ano e, nos primeiros módulos, os temas abordados foram comuns aos dois grupos. nesta fase, os conselheiros foram divididos de acordo com as áreas de atuação para aprofundar os conhecimentos.
De acordo com a analista de desenvolvimento e gestão do sescoop, márcia soares, os três primeiros módulos trataram das abordagens comportamental, legal e organizacional, de forma ampla, enquanto que este último teve foco mais intenso em tópicos específicos. “Neste primeiro módulo de abordagem legal, específico para conselheiros de administração, buscamos o aprofundamento de algumas temáticas até então apresentadas de forma mais genérica. Foram tratados assuntos diretamente ligados à atuação deles como conselheiro de administração dentro da cooperativa”, disse márcia.
Segundo a analista, o curso tem alcançado resultados iniciais bastante satisfatórios. “Desde o começo, o que percebemos é que os participantes são muito comprometidos, proporcionando uma troca de experiências extremamente importante entre as diversas cooperativas presentes. os conselheiros estão tendo a oportunidade de se aprimorar, tirando suas dúvidas, discutindo casos concretos”, relatou.
José Admilson Oliveira é conselheiro administrativo da cooperativa de crédito dos servidores públicos de pernambuco (pernambucred) e vice-presidente da organização das cooperativas brasileiras no estado de pernambuco (OCB-PE) para o ramo crédito. de acordo com ele, a formação está proporcionando o atendimento a um anseio antigo do sistema cooperativista, de forma bastante contundente. “A provocação do banco central serviu de impulso para tirarmos a ideia do papel e preenchermos a lacuna que havia. aqui está reunida uma diversidade de cooperativas e sistemas cooperativos de crédito apresentando uma série de iniciativas bem sucedidas que podem ser aproveitadas pelos estados, adaptando-as às realidades de cada um. A troca de experiências é fundamental para que acertos sejam replicados e erros evitados. é uma oportunidade também para nos mantermos atualizados sobre os normativos em vigor para o setor”, pontuou.
Este é o penúltimo módulo do programa formacred. O último está previsto para ser realizado em novembro deste ano. ao final, todos os conselheiros participantes serão certificados pelo sescoop. em dezembro, o sescoop promoverá a formação de instrutores para que o programa seja oferecido pelas unidades estaduais junto às suas cooperativas.
Fonte: OCB
Por indicação do senador José Pimentel (CE), líder do governo no congresso nacional e membro da frente parlamentar do cooperativismo (Frencoop), o presidente do sistema OCB, Márcio lopes de Freitas, reuniu-se nesta terça-feira (4/9) com o ministro da previdência social, Garibaldi Alves Filho. o foco da audiência foi discutir o desalinhamento da retenção da contribuição previdenciária do produtor rural ao funrural, assunto que vem causando desconforto às cooperativas agropecuárias brasileiras. participaram do encontro, ainda, o superintendente da organização das cooperativas brasileiras (OCB), renato nobile; a gerente de relações institucionais e o assessor jurídico da ocb, tânia zanella e adriano alves, e o analista tributário do serviço nacional de aprendizagem do cooperativismo (Sescoop), edimir santos.
O problema tem ganhado proporção desde o julgamento, em 2010, do recurso extraordinário impetrado pelo frigorífico mata boi, na qualidade de responsável tributário da contribuição devida pelo produtor rural - pessoa física - empregador. “esta decisão declarou inconstitucional o artigo 1º da lei nº 8.540/92, que deu nova redação aos artigos 12, incisos v e vii, 25, incisos i e ii, e 30, inciso iv, da lei 8.212/91”, explica edimir santos.
Segundo o assessor jurídico da ocb, adriano alves, em 2011, também houve o julgamento de um recurso, com o mesmo objeto, dessa vez proposto pelo próprio contribuinte, um produtor rural, o qual manteve o mesmo entendimento do julgamento do caso do frigorífico. “Ambas as decisões, porém, aplicam-se apenas aos casos concretos”, ressalta adriano. Entretanto, existe uma fundada suspeita de que, desde o advento da declarada inconstitucionalidade da contribuição devida pelo produtor rural – empregador – pessoa física, ainda no caso do mata boi, essa decisão tem causado impactos negativos para as cooperativas, que na sua maioria concentram produtores dessa categoria.
Ao final da reunião, o ministro garibaldi passou a demanda ao secretário de políticas de previdência social, leonardo josé rolim guimarães, para que entre em contato com o secretário de política econômica do ministério da fazenda e, juntos, estudem o caso, enviando posteriormente uma resposta ao sistema OCB.
De forma paralela, as assessorias contábil-tributária e jurídica do sistema ocb iniciaram um debate com o núcleo de pesquisadores do programa de estudos e pesquisas em cooperativismo da fundação para pesquisa e desenvolvimento da administração, contabilidade e economia (fundace), a fim de investigar as causas da repercussão econômica provocada pelas decisões do supremo tribunal federal, com o intuito de colaborar com os estudos que serão realizados pelos ministérios da previdência e da fazenda.
Fonte: OCB