Site da OCB/MS temporariamente sem atualizacões

O site do sistema OCB/MS ficará temporariamente sem atualizações até o dia 20 de agosto.

Desoneracão da folha é tema de audiência do Sistema OCB com secretário do Mdic

O Sistema OCB, dando continuidade a uma série de reuniões com órgãos do poder Executivo para tratar das demandas prioritárias do setor, esteve em audiência na manhã desta quarta-feira (1º/8) com o Secretário-Executivo Adjunto do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Ricardo Schaefer. Participaram do encontro o superintendente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Renato Nobile; a gerente de Relações Institucionais, Tânia Zanella e o auditor de Gestão e assessor Tributário do Sistema Ocepar, Marcos Antônio Caetano.

Além de solicitar a retomada da tratativa de temas anteriores com o Departamento Nacional de Registro do Comércio (DNRC), os representantes do sistema cooperativista apresentaram ao secretário um estudo técnico a respeito do impacto da aprovação do Projeto de Lei de Conversão PLV 18/2012 (MPV 563/2011) na desoneração da folha de pagamento dos setores de produção de cereais. “Esta aproximação é fundamental para o segmento. Trata-se de mais uma oportunidade para esclarecermos aos órgãos competentes os diferenciais e peculiaridades que envolvem o cooperativismo”, pontuou Nobile.

Após emenda aprovada pela Comissão Mista do Congresso Nacional, o escopo do normativo tornou-se prejudicial. Inicialmente, tratava-se de uma MPV para desonerar a folha apenas da indústria. Com a emenda, códigos de outros produtos diversos foram acrescentados, sem a devida análise do benefício ou prejuízo que isso causaria. A ação pegou de surpresa o próprio governo, que tinha outros objetivos quando da edição da MPV. O Sistema OCB apresentou, então, uma solicitação de retirada de alguns desses códigos, tendo em vista o impacto que trariam, principalmente para cooperativas que possuem várias cadeias de atividade diferentes (como algodão, soja, farelo de soja).“Fizemos um estudo detalhado, consultando várias cooperativas, de diversas regiões. Cada uma providenciou o seu cálculo, separadamente por cadeia, para verificar se realmente haveria impacto, e se este seria positivo ou negativo”, explica a gerente Tânia Zanella.

Segundo Tânia, a proposição foi bem aceita pelo ministério: “O secretário Shaefer nos posicionou de que o órgão está ciente dos impactos e que o problema precisa ser solucionado o quanto antes. Obtivemos dele o compromisso de negociar uma alteração dentro do próprio trâmite do PLV, ou, se necessário, em outra medida específica, posteriormente, atendendo ao nosso pleito”.

Fonte: OCB

Producão de milho é estimada em mais de 70 milhões de toneladas

O Brasil vive uma situação privilegiada pela elevada estocagem de milho que dispõe. Segundo o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Caio Rocha, é o maior e mais confortável estoque da história e, mesmo que o País exporte 12 milhões de toneladas, o estoque ainda ficará por volta de 13 milhões de toneladas, o maior da série dos últimos dez anos. "A produção de milho está estimada em mais de 70 milhões de toneladas", contabiliza.

Diante desse cenário favorável, o Governo vem gestionando ações para escoar o milho das regiões produtoras para as deficitárias. Já foram anunciadas várias medidas, inclusive a compra de milho do Centro-Oeste, Paraná e Bahia, por exemplo, para abastecer os mercados de Mato Grosso, do Sul e também do Nordeste, respectivamente.

Atualmente, em função da conjuntura de seca que atingiu a lavoura americana de milho, as estimativas de safra encolhem a cada divulgação do relatório do Departamento de Agricultura americano. No início de julho, a projeção era de 370 milhões de toneladas, atualmente está em 300 milhões e a tendência é cair mais. Esse movimento disparou os preços do produto impactando os mercados mundiais.

Se por um lado os produtores e exportadores brasileiros estão satisfeitos, por outro, a indústria de carnes está apreensiva. "O ministério possui instrumentos para regular o mercado e garantir o abastecimento de milho, e o principal deles é o produto, que atenderá as necessidades de criadores de frangos, suínos e das bacias leiteiras expressivas no mercado brasileiro", assegura Caio Rocha.
(Fonte: Mapa)

Entidades do Sistema S se reúnem para receber orientacões da Receita

O Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), em parceria com a Confederação Nacional do Transporte (CNT), promoveu nesta quarta e quinta-feira (1 e 2/8) a 3ª Reunião Técnica da Receita Federal do Brasil e Terceiros, no auditório da CNT, em Brasília (DF). O objetivo foi aprofundar o entendimento sobre o novo layout da Escrituração Fiscal Digital (EFD-Social) e da nova sistemática de declaração e recolhimento das contribuições previdenciárias. “O encontro oportunizou, também, um debate acerca das necessidades dos Terceiros, considerando a nova sistemática”, explicou o coordenador de Processos da Gerência Financeira do Sescoop, Carlos Baena.

Segundo Baena, o evento possibilitou aos Terceiros conhecer a operacionalidade da folha de pagamento digital e sugerir alterações no layout para atender às necessidades das entidades. A EFD Social irá substituir os arquivos mensais e anuais que as empresas enviam atualmente para órgãos do governo, tais como: GFIP, Caged, Rais, DIRF, CAT, Livro Registro Empregado e o Manad.

“É extremamente importante conhecer as mudanças e estudar os impactos destas alterações nos Sistemas de Controle da Arrecadação. Desta forma, garantimos a continuidade do recebimento das informações de contribuições, necessárias para identificar o contribuinte, conhecer sua necessidade e dar o devido retorno em prestação de serviços de qualidade, atendendo aos seus interesses e da sociedade”, resumiu Baena.

Fonte: OCB

 

Não há bem que nunca acabe

Neste 2012, consagrado pela ONU como o Ano Internacional das Cooperativas, estou me aposentando na Unesp de Jaboticabal, onde venho lecionando, há algumas décadas, a disciplina de cooperativismo no Departamento de Economia Rural: trata-se de aposentadoria compulsória determinada pela chegada dos 70 anos.

Felizmente, minha última turma foi boa, de modo que foi um prazer trabalhar com ela. Turmas são como safras: existem as boas, as más, as médias... E não há uma ou duas razões que determinem a qualidade delas: simplesmente são assim, e ponto final. Portanto, ter uma boa turma é sempre uma alegria, assim como é muito desagradável lidar com uma sem qualidades.

No entanto, a alegria que tive neste ano não foi plena, nem poderia ser. Da mesma forma como é um enorme prazer completar uma longa tarefa com algumêxito (e guardar no íntimo a boa sensação de trabalho realizado com inteireza), também fica o travo amargo do fim de um permanente prazer, o de formar gente para o agronegócio.

É mais ou menos como ler um livro do qual a gente gosta muito, mas que termina... Ou assistir a um filme muito especial, que também chega ao fim. A gente não quer que o livro ou o filme acabem, mas acabam. E a agradável sensação que dura a leitura ou a sessão do cinema é substituída pelo vazio com o final.

Essa foi a mistura de sentimentos deste final de carreira no magistério: um pouco de alegria, com a missão cumprida, mesclado com um pouco de nostalgia, de falta de chão, uma vaga noção da transitoriedade...

Mas, afinal, não é assim com tudo na vida? Uma amizade prazerosa que termina com a morte de um amigo; um amor profundo que desaparece como a "espuma que se desmancha na areia", como dizia Herivelto Martins; uma tarefa desafiadora que enfrentamos e vencemos; um jogaço da seleção brasileira de futebol... Tudo acaba, por melhor que seja enquanto dure, e fica um travo amargo, nostálgico, uma inútil esperança de que pode voltar... E não volta não, nunca mais, acabou, kaput...

O outro lado dessa doçura amarga é que toda tristeza também tem fim. Daí o velho ditado: "Não há mal que sempre dure nem bem que nunca acabe"...

Pois para mim acabou esse bem, essa delícia de ensinar e aprender com isso. Porque esse é o sentido da vida: aprender, para ensinar, e assim contribuir com a construção de um mundo melhor.

Feita essa especulação emotiva, volto ao cooperativismo, doutrina formidável cujo objetivo é corrigir o social através do econômico. Em outras palavras, através da cooperação o que se busca é prestar serviço às pessoas de maneira que elas tenham melhores ganhos financeiros e ascendam socialmente.

De vez em quando aparece um aluno que soube de um gerente de cooperativa ou mesmo de um diretor ou de um presidente que teria dado um "golpe" na sua cooperativa ou algo parecido com isso.

Costumo responder fazendo uma comparação primária: cooperativismo é doutrina, cristianismo também é; o instrumento do cooperativismo é a cooperativa, a do cristianismo é a igreja. E quem toca a cooperativa e a igreja é sempre gente.

A mídia às vezes publica a história de um padre pedófilo. Mas isso não significa que o cristianismo não presta. Quem não presta é aquela pessoa que "representa" a igreja,
e não a doutrina. A mesma coisa serve para o cooperativismo: um mau dirigente não destrói a doutrina -esta continua sendo boa, excelente.

Se assim não fosse, não haveria no mundo cerca de 1 bilhão de pessoas filiadas a algum tipo de cooperativa. Se cada uma tiver três dependentes, são 4 bilhões de terráqueos ligados ao movimento cooperativista. Não sei se alguma religião tem tantos seguidores...

Aliás, o cooperativismo -doutrina- está assentado sobre sete princípios universais, quase dogmáticos, que os líderes vivem repetindo o tempo todo: seriam uma espécie de "mandamentos".

Ora, os pregadores da igreja repetem, há 2.000 anos, eternos sermões aos domingos. E ainda assim não é todo cristão que vai ao céu...

Artigo de Roberto Rodrigues

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