“Precisamos de acordos bilaterais com contratos a longo prazo”, disse Rodrigues no 8º Congresso Brasileiro de Marketing Rural e Agronegócio, que acontece durante a 2ª Agrinsumos & Induspec Expo&Business, em São Paulo (SP). Para ele, o último governo que adotou estratégias para o agronegócio foi o de Ernesto Geisel, há quase 40 anos (1974-1979).
O diretor da MB Agro, Alexandre Mendonça de Barros, também fez o alerta. Para ele, este é momento para testar todas as limitações do agronegócio brasileiro. Segundo os cálculos do diretor, os Estados Unidos produzirão apenas 260 milhões de toneladas de grãos (soja e milho) até o final de 2012. As projeções no início do ano apontavam um número próximo a 380 milhões de toneladas. “O momento é espetacular para a economia agrícola do país”, afirmou Alexandre.
Os países com frágeis sistemas de abastecimentos precisam garantir segurança alimentar. Porém, essa realidade traz desafios comerciais. De acordo com dados da Organização Mundial do Comércio (OMC), entre 1990 e 2010, o valor em dólares das exportações brasileiras teve um crescimento de mais de 750%, passando de US$ 7 bilhões para quase US$ 60 bilhões. Já os Estados Unidos, o Japão, a China e o Oriente Médio apresentaram quedas acentuadas. “Nos próximos quatro anos, a China importará 50 milhões de toneladas de milho”, afirmou Rodrigues.
Já o mercado norte-americano precisará de novos fornecedores de milho para produzir etanol e alimentar porcos e aves. Roberto Rodrigues defende que em vez de o Brasil exportar o grão para os Estados Unidos, é preciso ser ousado e fechar acordos de exportação de produtos prontos. “Temos que exportar etanol e frango, de preferência embalado, com o selo de fabricado no Brasil", disse. "Podemos atrelar cláusulas nos novos contratos de exportação que beneficiem nossas vendas de suco de laranja”, completa o ex-ministro, ressaltando que o mau momento da citricultura atualmente.
Fonte: Rural News MS
Nesta semana, o uso sustentável de matrizes energéticas no Brasil foi o centro das discussões entre representantes do governo federal, universidades e organizações sociais e do setor privado. Foi durante o 13º XIII Fórum Nacional de Energia e Meio Ambiente no Brasil Fórum de Energias Renováveis e Meio Ambiente, realizado pelo Instituto Brasileiro de Ação responsável na quarta-feira (15/8). O Sistema OCB, por meio do analista de Ramos e Mercados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Marco Olívio Morato, marcou presença no evento que contou, ainda com a participação do ex-ministro de Minas e Energia, Aníbal Teixeira.
Durante o Fórum, representantes do governo ressaltaram os caminhos e políticas que estão sendo construídos para que o Brasil abrace de vez a produção e utilização de energias renováveis. “No caso do MMA, por exemplo, foi dada ênfase à questão das facilidades no licenciamento ambiental para pequenas hidrelétricas. Isso é muito importante para o nosso setor, pois as cooperativas passam a ter mais condições para implantar suas pequenas centrais hidrelétricas”, relatou Morato.
Segundo o analista, a partir do momento em que o governo fomenta esse tipo de diversificação, ou geração distribuída, de energia elétrica, o ramo só tende a ganhar. “É uma nova maneira de enxergar. O governo vê na geração distribuída uma oportunidade de dar maior segurança energética ao país e, para nós, isso é importante, pois fortalece a atuação das cooperativas de infraestrutura”, avaliou.
A diretora de Licenciamento e Avaliação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Ana Dolabella, defendeu que as iniciativas ligadas à área energética devem priorizar a preservação ambiental. "O maior desafio é manter os recursos naturais disponíveis e não contribuir para o aquecimento global", ressaltou. "O MMA tem a atribuição e o compromisso de contribuir para a redução das emissões de gases de efeito estufa em todos os setores, inclusive no que diz respeito às matrizes energéticas", complementou.
As políticas para garantir a sustentabilidade abrangem medidas para a indústria, o transporte, o comércio e outros setores, além de envolver a população comum. O fomento à energia solar, em especial para o aquecimento residencial de água, é um dos exemplos de iniciativas na área. "Isso alivia a demanda no horário de pico e torna o sistema mais eficiente", justificou Ana. "É preciso também promover ações voltadas para a mudança de comportamento na sociedade”, emendou.
Finalizando, o coordenador-geral de Economia da Energia do MME, Gilberto Hollauer, reforçou a importância de um trabalho de planejamento como forma de alcançar os resultados esperados. "É importante trabalhar pela diversificação das matrizes e o planejamento contribui para esse processo de sustentabilidade", afirmou.
Fonte: OCB
Ocorreu na última quarta-feira (15/8), no município de Maringá (PR), a reunião do Grupo de Estudos Tributários do Sistema Cooperativo (GAET). Estiveram presentes nesse encontro dirigentes, analistas tributários e contadores de diversas cooperativas do Ramo Agropecuário, bem como representantes ddos Sistemas OCB e Ocepar.
Durante os trabalhos, foi realizada a exposição da nova sistemática de tramitação das Medidas Provisórias no Congresso Nacional, a partir do julgamento, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), da ADI 4029, que obriga todas as MPV’s, editadas após a MPV 562/12, a terem sua análise, prevista constitucionalmente e antes suprimida pela Resolução nº 1 – CN, pelas Comissões Mistas.
Enfatizou-se, durante toda a explanação, a necessidade de uma análise célere de todas as matérias encaminhadas pelo Executivo por meio de Medida Provisória, visto que, agora, o prazo para apresentação de emendas às MPV’s será de apenas seis dias, a contar da data de sua publicação.
Já na pauta estritamente tributária, a Medida Provisória 563/2012 (PLV 18), que desonera a folha de pagamento dos setores produtivos, aprovada pelo Senado Federal no ultimo dia 7/8, foi tema de intenso debate após a apresentação dos estudos de impactos por códigos da industrialização de produtos como a carne, o trigo, as rações, os óleos, os vegetais, entre outros. Além das ações realizadas junto aos Ministérios do Desenvolvimento, Industria e Comércio Exterior (MDIC) e da Fazenda (MF), bem como de diversas reuniões com a Receita Federal do Brasil (RFB).
Por fim, foi mencionado aos presentes que embora não seja possível a alteração do texto da MP, que já está para sanção da presidente da República, o tema será retomado na Medida Provisória nº 574/12, para que se busquem os ajustes necessários, através das sugestões apresentadas pelo Sistema Cooperativista.
Outros assuntos que também foram apresentados e discutidos na reunião dizem respeito à proposta do governo quanto à unificação do PIS e da COFINS; uma possível alteração do Regime Tributário de Transição (RTT); além de emendas da MPv nº 574/12, que trata da abertura do Programa de Recuperação Fiscal (REFIS).
Fonte: OCB
O Valor Bruto da Produção (VBP) das principais lavouras do País está estimado em R$ 221,2 bilhões, 0,8% abaixo do valor de 2011. Os dados – divulgados nesta segunda-feira, 20 de agosto – são calculados a partir dos levantamentos de safra realizados no mês de julho. Segundo o coordenador da Assessoria de Planejamento Estratégico (AGE) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), José Garcia Gasques, no decorrer dos meses o valor de 2012 vem diminuindo a diferença em relação ao obtido em 2011, que foi recorde desde o início desta série em 1997.
“Como tem sido apontado em relatórios anteriores, este ano tem sido marcado por secas no Sul do país e no Nordeste que afetaram consideravelmente a produção de grãos dessas regiões em vários estados”, salienta Gasques.
Dos 18 produtos pesquisados, apenas cinco apresentaram aumento do VBP: algodão (37,9%), cebola (5,2%), feijão (9,3%), milho (22,4%) e soja (10%). O maior destaque nesse grupo é o milho, que registrou excepcional aumento de produção na segunda safra e alcançou um valor da produção de R$ 31,7 bilhões, o maior obtido desde que se calcula esta série. Outro destaque é a soja, que apesar da perda de cerca de 11 milhões de toneladas no Sul do país devido à seca, a recuperação de preços do produto tem levado a um resultado favorável em 2012.
Entre os produtos que vêm apresentando resultados desfavoráveis no faturamento neste ano, os que têm mostrado pior desempenho são a laranja (-50,4%), a batata inglesa (-43,9%), o tomate (-40,2%), a mandioca (-15,4%), o arroz (-15,2%), o cacau (-14,9%) e o trigo (-12,6%). Outros com quedas menores são o fumo, a cana de açúcar, a uva, a maçã e o café.
O valor da produção regional mostra-se com aumentos em relação a 2011, na região Norte (4,9%), Nordeste (18,9%) e Centro Oeste (23,5%), enquanto nas demais regiões o resultado é pior que o do ano de 2011. De acordo com Gasques, os resultados favoráveis nas regiões indicadas devem-se ao bom desempenho de diversos produtos como soja, milho, feijão, algodão, cana de açúcar e banana.
(Fonte: Mapa)
Em visita à sede do Sistema OCB nesta segunda-feira (20/8), o diretor-geral da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), Charles Gould, se mostrou positivamente surpreso com a atuação das entidades de representação do movimento cooperativista no Brasil. “Não imaginava a magnitude do trabalho desenvolvido pela OCB, Sescoop e CNCoop”, declarou Gould em conversa com o presidente Márcio Lopes de Freitas. Gould, que permanece no Brasil para participar do 9º Concred, em Nova Petrópolis (RS), aproveitou a estadia na Casa do Cooperativismo Brasileiro para obter detalhes sobre processos e programas específicos desenvolvidos pelas instituições.
Após assistir a uma detalhada apresentação institucional, incluindo os números do cooperativismo brasileiro e contextualização sobre o cenário político e econômico do país, os dirigentes cooperativistas falaram sobre o Ano Internacional das Cooperativas, decretado pela Organização das Nações Unidas (ONU). “Saber que a logomarca desenvolvida para comemorar o Ano está sendo largamente utilizada por todas as cooperativas e entidades do Sistema OCB fez o diretor Gould pensar em outras propostas que possam vir a ser adotadas, em nível internacional, visando a crescente divulgação do poder transformador do cooperativismo”, sintetizou o presidente do Sistema OCB .
Em seguida, Gould interagiu com o presidente Freitas para a busca de sugestões e propostas, com o objetivo de intensificar a sinergia entre as atividades desenvolvidas pela ACI-Américas com as necessidades do cooperativismo brasileiro.
A cobertura completa sobre a visita do diretor-geral da ACI, Charles Gould, ao Brasil você acompanha na sétima edição da Revista Saber Cooperar, com previsão de lançamento no mês de novembro deste ano.
Fonte: OCB