As cooperativas de crédito brasileiras avançaram uma posição no ranking das maiores instituições financeiras de varejo do país. Com os novos números, o cooperativismo de crédito ultrapassou o HSBC em todos os dados apresentados, abrindo, inclusive, uma boa margem em relação a ele. A informação foi divulgada no último final de semana pelo Banco Central do Brasil em seu site na internet. Veja a tabela abaixo:
No ano de 2012, o Sistema Financeiro Nacional cresceu 16,19% no volume de ATIVOS, enquanto as cooperativas de crédito cresceram 19,18%. Nestas informações estão somados os volumes administrados por 1.214 cooperativas de crédito mais os Bancos Cooperativos Sicredi S.A. e Bancoob S.A. Quando analisado o crescimento percentual nos depósitos, operações de crédito e patrimônio líquido temos:
Crescimento de 25,2% no volume de DEPÓSITOS nas cooperativas de crédito, comparativamente a aumento de apenas 3,84% no Sistema Financeiro Nacional;
Crescimento de 24,13% no volume de EMPRÉSTIMOS nas cooperativas, contra 16,90% no SFN;
Crescimento de 26,37% no total do PATRIMÔNIO LÍQUIDO das cooperativas, contra um crescimento de 15,11% no SFN.
Comprova-se nesta informação o maior percentual de crescimento das cooperativas de crédito comparativamente aos bancos, apesar de no volume de ativos a diferença entre ambos ter sido muito tímida.
Na relação a seguir, é possível verificar o market share (participação de mercado) de cada uma das principais instituições financeiras. Comparativamente a 2011 temos o seguinte:
aumento no market share dos ATIVOS TOTAIS, de 2,25% em 2011 para 2,31% em 2012;
aumento no market share dos DEPÓSITOS, de 3,15% para 3,80%;
aumento no market share do PATRIMÔNIO LÍQUIDO, de 3,51% para 3,85%;
aumento no market share das OPERAÇÕES DE CRÉDITO, de 2,45% para 2,60%.
Analisados estes dados, cabe a reflexão sobre qual item deveria ser levado em consideração quando falamos do tamanho do SNCC (Sistema Nacional de Crédito Cooperativo) no mercado financeiro? O volume de ativos, ou o volume de depósitos e da carteira de crédito? Qual o item que realmente demonstra o quanto a população brasileira deposita de confiança nas instituições financeiras cooperativas.
A maioria dos dados estatísticos divulgados pelas cooperativas de crédito e bancos cooperativos em nível mundial apresentam o market share no volume de depósitos e nas operações de crédito. Se você, em sua análise, concordar com esta visão, poderá perceber que houve um significativo aumento na participação de mercado das cooperativas de crédito no ano de 2012.
(Fonte: Portal do Cooperativismo de Crédito)
“As cooperativas são essenciais no cenário agro nacional e mundial. Com o tempo, nos tornamos fundamentais dentro da cadeia produtiva e, hoje, cerca de 50% da produção brasileira passa por uma cooperativa. É impossível pensarmos o cenário agropecuário brasileiro sem a atuação e a força dessas entidades que têm como principal valor o cooperado”. Esta foi uma parte do discurso do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, na abertura oficial da 12ª Tecnoshow Comigo, na manhã de hoje em Rio Verde (GO). A feira faz parte da agenda dos grandes eventos agropecuários do país e completa doze anos nesta edição. Segundo os organizadores, é esperado um público de mais de 80 mil pessoas e um volume de negócio superior ao da última edição, quando foram comercializados R$ 780 milhões.
Lopes de Freitas ressaltou a importância de ações dessa natureza para o profissionalismo dos negócios no campo: “O evento funciona como uma vitrine da tecnologia no meio rural. Entre os expositores estão empresas e instituições de diversos segmentos, como máquinas e implementos agrícolas, sementes e insumos, softwares, instituições de ensino e pesquisa e produtos veterinários. E o investimento em profissionalização, em tecnologia, cada vez maior no segmento, é de extrema importância para que as cooperativas alcancem, cada vez mais, a excelência em seus negócios e a qualidade de seus produtos.”
O evento deste ano traz uma apresentação sobre a evolução das tecnologias voltadas ao setor produtivo. Na opinião do presidente da cooperativa, Antonio Chavaglia, trata-se de uma “oportunidade do agropecuarista se informar e conhecer as novidades em pesquisas de híbridos, lançamentos de cultivares, máquinas agrícolas, genética e nutrição animal, sobretudo levando-se em conta o bom momento do agronegócio”.
A quantidade de expositores cresceu neste ano e cerca de 500 fabricantes nacionais e internacionais ocuparão o espaço do Centro Tecnológico Comigo (CTC). Alguns farão, inclusive, demonstrações por meio de dinâmicas. Os visitantes poderão, ainda, ter uma visão do que ocorre no processo de colheita no campo e os resultados específicos obtidos com cada cultura, em um espaço onde foram cultivados capim, cana-de-açúcar e milho.
Saiba mais – A Tecnoshow Comigo é considerada uma das mais importantes vitrines tecnológicas do agronegócio. A 12ª edição, que teve início na manhã de hoje, segue até sexta-feira, dia 12, em Rio Verde (GO). Neste ano estão previstos marcas e produtos de 500 expositores, com destaque para a próxima safra de soja, principal commodity cultivada no município. São esperadas cerca de 80 mil pessoas de todas as regiões do Brasil. A Tecnoshow é realizada no Centro Tecnológico da Comigo, que fica no Anel Viário Paulo Campos, Km 7.
(Com informações – Assessoria Comigo)
Aproveitar o que já é realizado pelos estados no mercado de promoção social. Essa é a palavra de ordem do recém-lançado Comitê Nacional de Promoção Social do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo. O grupo – composto por representantes de nove unidades estaduais e também da unidade nacional do Sescoop – está reunido em Brasília, pela primeira vez, para tratar de temas como desenvolvimento humano, responsabilidade social, qualidade de vida e segurança no trabalho.
Sob coordenação da gerência de Promoção Social da unidade nacional, o encontro – que teve início hoje e segue até quinta-feira (11/4) – tem por objetivo elencar os pilares da construção da Diretriz Nacional de Promoção Social do cooperativismo brasileiro. “Nas ações de promoção social é que chegamos mais próximos do nosso cliente, da nossa razão de ser, que são as cooperativas e todo seu quadro social”, afirma o superintendente do Sescoop, Luís Tadeu Prudente Santos. “A ideia da Diretriz não é criar grandes amarras, mas sim potencializar ao máximo aquilo que hoje já é desenvolvido por unidades estaduais e cooperativas. Queremos destacar e valorizar estes trabalhos, promovendo uma sistematização para melhoria dos processos”, diz, exaltando ações de sucesso como Cooperjovem e o Dia C. Na opinião de Prudente Santos, tratam-se de iniciativas valiosas, que precisam ser estimuladas.
Como desafios, o superintendente cita a saúde e a segurança do trabalho: “essa é uma grande preocupação nossa e queremos fornecer as orientações adequadas às nossas cooperativas”.
Integração - O gerente Geral de Desenvolvimento de Cooperativas, Maurício Alves, destacou a integração entre as três áreas finalísticas do Sescoop (Formação Profissional, Promoção Social e Monitoramento) como fundamental para o sucesso do trabalho. “Toda atividade de formação profissional ou de monitoramento agrega valores sociais importantes. Somos uma instituição de pessoas, e nossa preocupação tem de ser o social. Nossa tarefa maior, unindo as três áreas finalísticas, é pensar de que forma atingimos realmente nosso público final”, avalia.
Reforçando a fala do superintendente Luís Tadeu, Alves também ponta a necessidade de utilizar e aprimorar experiências existentes nos estados: “Muitas vezes, as soluções podem estar em pequenas coisas, em simples ações. Temos vivências sociais fantásticas, das mais simples às mais sofisticadas, por todo o país. Temos de aproveitar essas diferenças”.
Metodologia – A construção da Diretriz Nacional de Promoção Social será feita de forma totalmente participativa e colaborativa. “O Sistema está demandando ter uma diretriz nacional de promoção social, seguindo o sucesso pioneiro da Diretriz de Monitoramento, lançada no ano passado”, destaca a gerente de Promoção Social do Sescoop, Maria Eugênia Ruiz Borba. “Neste processo, de construção participativa, ter dois representantes de unidades estaduais de cinco regiões do Brasil proporciona ter as mesmas orientações, referências e parâmetros, de forma que possam ser alcançados resultados efetivos para o cooperativismo brasileiro”.
Para traçar a nova diretriz de promoção social, a Geprom realizou amplo levantamento das atividades desenvolvidas nas unidades estaduais. Pesquisou, também, os principais conceitos e aplicações sobre o tema. Segundo Eugênia, esses dados serão norteadores à construção da Diretriz. “Queremos apresentar ao final um modelo que sirva de inspiração às demais unidades e, acima de tudo, respeite as ações já promovidas na base”, acrescentou.
Inovação – Como forma de proporcionar maior leveza e eficiência aos debates, a Geprom trouxe à reunião do Comitê de Promoção Social um conceito inovador: o modelo do “World Coffee”, personalizado, no caso, para “Café Cooperativo”. Nele, as discussões são realizadas em meio a um ambiente criativo e descontraído, proporcionando maior fluência de ideias e argumentações. “Trata-se de um processo planejado de conversação que propicia a criação de uma rede viva de diálogo colaborativo sobre perguntas relevantes”, explica Maria Eugênia. Segundo ela, esse modelo contribui para uma descoberta conjunta de caminhos, viáveis e práticos, que funcionam como direcionamentos para as questões relevantes discutidas.
Vale destacar: o Comitê Nacional de Promoção Social do Sescoop é composto por representantes das seguintes unidades estaduais: Bahia, Ceará, Distrito Federal, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo.
Fonte: Sistema OCB
O cooperativismo brasileiro está prestes a ter seu plano de trabalho para este ano consolidado. Até a próxima sexta (12/04), os superintendentes eleitos como porta-vozes de suas regiões deverão se articular com as cooperativas e unidades estaduais para compilar as metas prioritárias de sua região para este exercício. As metas serão enviadas ao Sistema OCB e servirão de diretriz aos trabalhos da instituição para este exercício. É a primeira vez que o sistema define seu plano de trabalho a partir das demandas dos estados.
A primeira reunião de Grupo de Trabalho eleito durante os Fóruns Regionais de Presidentes e Superintendentes do Sistema OCB foi realizada hoje, em Brasília, e contou com presença de três dos cinco superintendentes nomeados como interlocutores de seus estados, acompanhados pelo diretor da OCB, Petrúcio Magalhães, representando a diretoria da Casa.
“Ficamos felizes com a disponibilidade dos superintendentes que estiveram aqui”, afirma o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas. Segundo ele, a participação e o envolvimento de todos são fundamentais ao sucesso deste novo modelo de planejamento estratégico. “Somente dessa forma, daremos o grande salto na nossa capacidade de produzir mais resultados e mensurá-los efetivamente, demonstrando, por fim, para o cooperado, a contribuição da OCB para a sustentabilidade do seu negócio”, argumentou.
O superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, destacou o pioneirismo da iniciativa: “Esse novo modelo de planejamento em conjunto com os estados é mais participativo e considera as diferentes realidades de um país com a dimensão continental do Brasil. Creio que, em 2013, teremos um plano de trabalho capaz de promover um crescimento real e sustentável do cooperativismo nas diferentes regiões brasileiras”.
Soluções na base – o novo modelo de planejamento regional do Sistema OCB está mostrando às unidades regionais o poder que elas têm de propor mudanças e projetos capazes de promover o cooperativismo. “O maior ganho obtido neste encontro, na minha opinião, foi o fortalecimentos das ações regionais”, destaca a superintendente da OCB-TO, Maria José Leão, representante da região Norte. “Muitas vezes, esperamos a solução vir da unidade nacional. Hoje, percebemos que a solução pode estar na base”.
Representante da região Sul, o superintendente do Sistema OCERGS, Norberto Tomasini, concorda com a colega do Tocantins e completa: esse novo modelo de gestão é inovador e dará mais força aos estados e, consequentemente, facilitará o trabalho da unidade nacional. “Estamos estimulando uma visão cada vez mais sistêmica do nosso setor e esse está sendo um dos temas prioritários em todos os estados”.
Desafio - O grande desafio, agora, será aproximar o Sistema OCB da realidade dos cooperados e das pessoas que constituem o público-alvo potencial das cooperativas brasileiras. “Estamos vivendo um momento de intensa produção no âmbito das cooperativas”, explica o diretor da OCB e presidente da OCB/AM, Petrúcio Magalhães Junior. “Isso nos tem dado muita visibilidade. Então, acredito que temos de utilizar todos os tipos de mídias e redes sociais a fim de nos aproximarmos do público interno (cooperados) e do público externo, ou seja, nossos potenciais cooperados”.
Magalhães Junior, descreve o plano discutido no encontro como sendo “extremamente exequível e adequado ao momento pelo qual passa o cooperativismo brasileiro.”
Pertencimento - Para a superintendente da Unidade Estadual de Pernambuco e interlocutora da Região Nordeste, Cleonice Pedrosa, a principal ação do plano diz respeito ao fortalecimento da imagem do Sistema OCB. “Acredito que precisamos dar maior visibilidade ao cooperativismo, até para assegurar a sensação de pertencimento no cooperado. Isso fará com que o Sistema OCB seja legitimado, perante a opinião desse público”, considerou Cleonice.
Além disso, na opinião da pernambucana, é preciso despertar o empreendedorismo nos cooperados. Para ela, é ponto indiscutível que as cooperativas são propulsoras da inclusão nas comunidades mais carentes. Mas há uma grande ameaça rondando o cooperativismo: a falta de qualificação empreendedora.
“A forma de transformar as ameaças em oportunidades é justamente trabalhando a educação dos cooperados. Gente que se educa é sinônimo de cooperativa que obtém sucesso”, enfatizou.
Processo - As cooperativas das cinco regiões do País tiveram suas sugestões recebidas, analisadas e apresentadas pelas unidades estaduais nos fóruns, durante o ciclo de reuniões. Um dos grandes destaques de todo esse processo de construção é a adoção de um método estruturado que viabilizará o monitoramento e a avaliação de seu Plano de Trabalho.
Ao todo, 362 sugestões foram apresentadas nos Fóruns e agrupadas em 18 temas estratégicos, compostos por 36 iniciativas estruturantes, que serão acompanhadas por meio de um sistema de indicadores e metas. O acompanhamento será feito nos níveis local, regional e nacional, durante os dois anos de abrangência do plano. Os fóruns regionais tiveram o mérito de reunir, além dos dirigentes do Sistema OCB, os conselheiros e os presidentes de diversas cooperativas brasileiras.