A presidente Dilma Roussef sancionou hoje (30/4) a lei que institui a política nacional de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF). Os objetivos da legislação incluem:
1)melhorar de forma sustentável a produtividade, a qualidade dos produtos e a renda das atividades agropecuárias, por meio da aplicação de sistemas integrados de exploração de lavoura, pecuária e floresta em áreas já desmatadas, como alternativa aos monocultivos tradicionais;
2) mitigar o desmatamento e contribuir para a manutenção das áreas de preservação permanente e reserva legal;
3) fomentar novos modelos de uso da terra, conjugando a sustentabilidade do agronegócio com a preservação ambiental.
A iLPF, de acordo com a proposta, estabelece novas atribuições ao poder público. A partir de agora, cabe ao governo definir planos de ação regional e nacional para a expansão e o aperfeiçoamento dos sistemas de iLPF, com a participação das comunidades locais, além de estimular a adoção da certificação dos produtos pecuários agrícolas e florestais.
O analista técnico e econômico da Organização das Cooperativas Brasileiras, Marco Olívio Morato, destaca que o normativo leva em conta o conceito de sustentabilidade e também valoriza o cooperativismo. “No artigo 3º, a nova lei determina que compete ao poder público, no âmbito da Política Nacional de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, dentre outros, estimular a produção integrada, o associativismo, o cooperativismo e a agricultura familiar”, ressaltou Morato.
Rede iLPF
A instituição da nova política nacional é um impulso à Rede de Fomento da integração Lavoura-Pecuária-Floresta (Rede de Fomento iLPF), uma iniciativa coordenada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em parceria com o Banco do Brasil, a cooperativa Cocamar e as empresas do ramo Syngenta, Bunge e John Deere. A Rede iLPF visa a fortalecer a adoção de sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta em todas as regiões do Brasil, com um investimento de R$ 2,5 milhões ao longo de cinco anos para o fomento da tecnologia junto aos produtores.
A proposta da iLPF é reunir, em uma única propriedade, a produção de grãos, carne ou leite, além de produtos madeireiros e não madeireiros, ao longo de todo ano. E tudo isso com total respeito ao meio ambiente. Os resultados dessa combinação de culturas agopecuárias são: aumento da renda do produtor rural; redução na pressão por desmatamento de novas áreas com florestas nativas e a diminuição das emissões de gases de efeito estufa (GEE) da propriedade. Estima-se que, com a adoção dessa técnica, seja possível duplicar a produção de grãos e de produtos florestais, além de triplicar a produção pecuária nos próximos 20 anos.
De acordo com o coordenador da Rede, o pesquisador Luiz Carlos Balbino, a estratégia para difundir a iLPF será criar unidades de referência tecnológica em todas as regiões do Brasil. “A transferência de tecnologia se dará em todos os biomas brasileiros. Teremos unidades de referência no Nordeste, no Cerrado, no Sul do Brasil e até a Amazônia.”
Benefícios - Em relação aos aspectos ambientais, a iLPF possibilita melhorias físicas, químicas e biológicas do solo devido ao aumento da matéria orgânica. Ela também permite a minimização da ocorrência de doenças e plantas daninhas, melhoria na utilização dos recursos naturais, da qualidade da água, menor emissão de metano por quilo de carne produzido e reconstituição do paisagismo, entre outros benefícios.
Os produtores podem contar também com melhorias econômicas e sociais, como incremento da produção anual de alimentos a menor custo; aumento na produção de fibras, biocombustíveis e biomassa; maior inserção social pela geração de emprego e renda no campo; aumento da oferta de alimentos seguros; estímulo à qualificação profissional; dinamização de vários setores da economia, principalmente em nível regional, entre outros.
Para obter resultados ainda melhores, a iLPF pode estar combinado também a outras tecnologias como o Sistema de Plantio Direto, o que pode reduzir ainda mais os custos de implantação. A fixação biológica de nitrogênio, recuperação de pastagens degradadas, o uso de cultivares melhoradas e boas práticas agropecuárias também são exemplos de tecnologias bem sucedidas quando aliadas à iLPF.
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A iLPF faz parte dos compromissos ratificados pelo governo brasileiro ao assinar a Política Nacional sobre Mudanças do Clima, que engloba ações como o Programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC). Segundo os especialistas, a iLPF possui grande potencial de sequestro de carbono pelos elevados acúmulos de biomassa forrageira e florestal e acúmulo de matéria orgânica no solo, o que reduz a emissão de gases do efeito estufa na atmosfera. O sistema tem sido adotado em todo o Brasil, com maior representatividade nas regiões Centro-Oeste e Sul. Atualmente, aproximadamente 1,6 a 2 milhões de hectares utilizam os diferentes formatos da estratégia iLPF. Para os próximos 20 anos, a estimativa é de que a iLPF possa ser adotada em mais de 20 milhões de hectares. |
Fonte: Embrapa
Sistema OCB/MS realiza reunião para discutir a comercializacão e escoamento da safra de milho e soja
No dia 02 de maio, o sistema OCB/MS realizou uma reunião para discutir a comercialização e escoamento da safra de milho e soja. Estavam presentes cooperativas agropecuárias de MS que atuam nessa modalidade, tradings, corretoras e entidades do setor.
As exportações das cooperativas brasileiras alcançaram o recorde de US$ 1,409 bilhão no primeiro trimestre deste ano, 9% mais que em igual intervalo de 2012, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). As importações caíram 10,5%, para US$ 48,9 milhões, e, assim, o superávit do segmento aumentou 9,9%, para US$ 1,36 bilhão.
O açúcar refinado, carro-chefe da paulista Copersucar, liderou os embarques entre janeiro e março. No total, as vendas do produto ao exterior renderam US$ 369,3 milhões, ou 26,2% do total exportado pelas cooperativas. Em seguida aparece o café em grão, cujas exportações, puxadas pela mineira Cooxupé, foram de US$ 158,6 milhões.
Outros destaques da pauta das cooperativas no primeiro trimestre foram carne de frango (US$ 145,2 milhões), etanol (US$ 137,9 milhões), açúcar bruto (US$ 133,1 milhões), farelo de soja (US$ 99,3 milhões); milho (US$ 91,1 milhões) e carne suína congelada (US$ 49,9 milhões).
Conforme os dados do MDIC, as exportações de produtos de cooperativas brasileiras chegaram a 120 países nos três primeiros meses deste ano, ante os 118 de igual intervalo de 2012. Os Emirados Árabes Unidos foram o principal destino das vendas, com US$ 174,7 milhões, ou 12,4% do total. Estados Unidos, com US$ 135,4 milhões, e China, com US$ 107,2 milhões, completaram o "pódio" dos principais destinos no período.
Os dados do MDIC mostram que 99 cooperativas de 17 Estados do país realizaram exportações no primeiro trimestre, mesmo número registrado de janeiro a março do ano passado.
Os embarques das cooperativas de São Paulo alcançaram US$ 616,2 milhões, ou 43,7% do total, seguidos pelas vendas dos grupos do Paraná (US$ 347,3 milhões), de Minas Gerais (US$ 147,1 milhões), e de Santa Catarina (US$ 86,8 milhões). As cooperativas paranaense - a maior delas é a Coamo, de Campo Mourão, se destacam pelos embarques de carnes suína, de frango e de grãos de derivados, ao passo que as catarinenses, lideradas pela Coopercentral Aurora, são fortes em carnes.
As exportações das cooperativas no primeiro trimestre despachadas por 32 portos, aeroportos e rodovias. No mesmo período de 2012, foram 30 pontos. O porto de Santos, em São Paulo, registrou a maior receita, com US$ 821,4 milhões, ou 58,3% do total. Em seguida vieram Paranaguá, no Paraná (US$ 392 milhões), e Itajaí, em Santa Catarina (US$ 96,5 milhões).
No outro prato da balança das cooperativas, as importações caíram 10,5% na comparação entre os primeiros trimestres de 2012 1 2013, para US$ 48,9 milhões. Os principais produtos adquiridos foram insumos para fertilizantes (ureia e potássio) e maquinário em geral. A ureia representou 11,7% do total importado, ou US$ 5,7 milhões. Máquinas e aparelhos para preparação de carnes ficaram em segundo, com US$ 5,1 milhões.
Cooperativas de dez Estados do país realizaram importações entre janeiro e março deste ano, ante nove no início de 2012. Na relação dos principais vendedores de produtos para as cooperativas, a Rússia ficou em primeiro lugar, com US$ 5,3 milhões, ou 10,9% do total. As compras desde a Bélgica atingiram US$ 5,3 milhões.
(Fonte: Valor Econômico)
A cada quatro anos, as concessionárias de energia elétrica no Brasil passam por um processo de revisão tarifária. O objetivo do controle realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é ajustar a eficiência econômica das empresas, garantindo uma remuneração adequada ao serviço prestado. Após um processo que contou com a colaboração do Sistema OCB, a agência reguladora construiu uma metodologia de revisão própria para cooperativas que, até então, realizam apenas atualização monetária.
A metodologia passou a vigorar em 2 de abril deste ano, com a publicação da Resolução 537/2013. De acordo com o analista Técnico e Econômico da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Marco Olívio Morato, a receptividade da Aneel às sugestões do sistema cooperativista foi muito boa, tendo sido acatadas praticamente metade das proposições. Entretanto, um estudo efetuado pela Confederação Nacional das Cooperativas de Infraestrutura (Infracoop) demonstrou que alguns itens ainda precisam ser ajustados. “Com as simulações realizadas pelo estudo, ficou comprovado que a metodologia causa um impacto negativo forte às cooperativas. Algumas, por exemplo, teriam de diminuir seus custos operacionais em até 70%, o que é praticamente impossível”, pontua Morato.
Para apresentar estes pontos identificados e defender as características peculiares das cooperativas, foi realizada uma audiência com o diretor-geral interino da Aneel, Romeu Rufino, no último dia 29. Na ocasião, estiveram presentes representantes do Sistema OCB, da Infracoop e das Federações das Cooperativas de Energia e Desenvolvimento Rural dos estados de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Fecoeresp, Fecoerusc e Fecoergs). “Nossa intenção”, argumentou Morato, “é justamente mostrar esses impactos que a nova metodologia traz. Trata-se de um normativo novo, e acreditamos que podemos contribuir eficazmente para a sua melhor eficiência”.
Em contrapartida, a Aneel se mostrou inteiramente disposta a acatar as considerações, e o diretor Romeu Rufino se comprometeu a apresentar o estudo cooperativista à diretoria da agência. “Vamos estudar a possibilidade de abrir uma nova audiência pública para que sejam discutidos os argumentos e possivelmente promovidos os ajustes necessários à metodologia. Nosso intuito, assim como o da OCB, é garantir a melhoria de condições para que as cooperativas continuem sobrevivendo”, afirmou Rufino.
Números – Apenas para se ter uma ideia, de acordo com o estudo realizado pela Infracoop, um total de 27 cooperativas de eletrificação teriam, pela atual metodologia, impacto negativo acima de 15% em seus custos operacionais. Para outras 18, este impacto seria maior que 30%. Em decorrência da Medida Provisória que determinou a redução nas contas de luz, a Eletrobrás, gigante brasileira do setor, teve como meta uma redução dos custos operacionais em 30% - indicador que foi negociado para ser alcançado de forma parcelada; o que não é possível para as cooperativas.
Apoio do Sistema – A OCB está comprometida com a representação das cooperativas que forem prejudicadas pela adoção das novas regras de revisão. Além das alterações na metodologia, existe a possibilidade de pleitear junto à Aneel uma revisão extraordinária para retornar o equilíbrio econômico dessas entidades.
Fonte: Sistema OCB
A próxima terça-feira (7/5) marcará o lançamento oficial da Campanha do Dia de Cooperar (Dia C), edição 2013. Em evento programado para um público de 100 pessoas, na Sede do Sistema Ocemg, em Belo Horizonte, serão apresentados conceito, regulamento e as novidades do projeto, que pretende movimentar a comunidade cooperativista em torno do voluntariado em 14 de setembro. Representantes de MS estarão presentes no evento.
A abertura do evento será às 9h, com atividades programadas para todo o dia. A agenda também inclui palestras voltadas para os representantes de cooperativas envolvidos nas ações do Dia C. O objetivo é fornecer subsídios metodológicos e motivacionais para os participantes, a fim de que adotem práticas de responsabilidade social que realmente transformem a vida das pessoas e das comunidades onde estão inseridos.
A coordenadora de Promoção Social do Sistema Ocemg, Cláudia Melo, adianta expectativas para o evento de lançamento. "Vamos falar sobre o objetivo da campanha, sobre a data de realização e sobre os materiais disponibilizados no kit que será enviado para as cooperativas", explicou. De acordo com a coordenadora, a proposta é aumentar a participação das cooperativas a cada ano. Para 2013, é esperada a adesão de cerca de 230 instituições.
Ainda durante o encontro, a especialista em Elaboração de Projetos e Gestão de Pessoas, Darlenia de Almeida Guimarães, fará uma palestra sobre o poder das cooperativas na transformação social das comunidades. Já o especialista em Administração Financeira e Análise de Sistemas, Hélvio Tadeu Cury Prazeres, tratará da importância de desenvolver atividades em grupo e sobre o "Empresariamento Solidário".
A participação no evento está condicionada ao cadastramento prévio. As inscrições obedecerão à ordem cronológica e podem ser feitas via fax: 31 3025 7113 ou pelo e-mail:
(Fonte: Ocemg)