Hoje, durante a sessão da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, o sistema OCB/MS participou e seu presidente, Celso Régis fez uso da tribuna.

Discurso do presidente:

Estamos na semana em que o mundo comemora a Cooperação, a Parceria, a Ajuda Mutua através dos Empreendimentos Cooperativo. Uma empresa diferente das demais. Pois é formada por pessoas e não por capital.

Em 1956, a OIT definiu uma cooperativa como sendo: uma sociedade de pessoas (no Brasil mínimo 20), que se obrigam a contribuir com bens e serviços para o exercício de uma atividade econômica, por meio de uma empresa de propriedade coletiva e democraticamente gerida.

No próximo sábado, dia 06 de julho será comemorado o 91º Dia Internacional do Cooperativismo. A ACI (Aliança Cooperativa Internacional) definiu como tema desse ano para as comemorações que: “Empresas cooperativas continuam fortes em tempos de crise”.

A crise financeira atual é um exemplo claro do perigo de se valorizar o ganho a curto prazo sobre a viabilidade do longo prazo. As crises globais que vivenciamos derivam de um modelo de negócio que coloca retorno financeiro à frente da necessidade humana.

O modelo de negócio cooperativo tem demonstrado que é resistente em tempos de crise, em comparação aos modelos pertencentes a investidores que sofrem de uma crise de sustentabilidade na vida econômica, social e ambiental.

Ao colocar a necessidade humana em sua essência, as cooperativas respondem melhor às crises e oferecem uma forma distinta de “valor compartilhado”. A cooperativa é uma busca coletiva de sustentabilidade, pois otimiza os resultados para um conjunto de intervenientes, sem procurar maximizar o benefício para qualquer uma das partes interessadas.

A dimensão social das cooperativas não pode ser esquecida. A medida que as economias encolhem e os governos são pressionados a reduzir benefícios sociais, as cooperativas oferecem uma linha de vida de valor inestimável. As cooperativas contribuem para a formação do capital social, ingrediente que nem sempre as empresas convencionais fazem.

No Brasil, as cooperativas contribuem com aproximadamente 10% do BIB. São cerca de 7 mil empresas cooperativas e mais de 10 milhões de cooperados e 300 mil empregos.

No MS temos 98 cooperativas divididas no ramos Agropecuário, consumo, crédito, educacional, produção, turismo e lazer, infraestrutura, saúde, trabalho e transporte, atendendo aproximadamente 125 mil cooperados e gerando mais de 5 mil empregos.

80% do algodão e mais de 60% da soja e do milho são produzidos por produtores que são cooperados de uma cooperativa agrícola do estado. Por outro lado, praticamente 100% da suinocultura e 25% do leite produzido no estado são de cooperativas.

Temos enormes desafios a vencer. No campo tributário para as cooperativas exportadoras, no campo do conhecimento e treinamento para as cooperativas de saúde e no campo da escala para as cooperativas de credito, necessitamos do apoio e do trabalho da Assembleia Legislativa, depositamos nos senhores nosso sonho de dias melhores, pois sabemos que Cooperativas Constroem um Mundo Melhor, também aqui no nosso Mato Grosso do Sul.

Todos os anos há uma grande celebração no Dia Internacional do Cooperativismo e em 2013 terá uma programação especial. Um momento de confraternização e comemoração entre os cooperativistas de Mato Grosso do Sul.

Desta vez, o sistema OCB/MS dá um presente à sociedade ao trazer a palestra do renomado filósofo Mário Sérgio Cortella, que é mestre e doutor em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Ele ministrará a palestra “Qual é a tua obra? – inquietações propositivas sobre gestão, liderança e ética” no dia 4 de julho, no auditório Dom Bosco, às 19 horas.

Na palestra, o filósofo abordará a temática de seu livro “Qual é a tua obra”, no qual fala sobre gestão, liderança e ética, mantendo sempre o papel do líder como pano de fundo.

Um dos enfoques é a importância da busca de um sentido no trabalho e, consequentemente, de enxergar um significado maior na sua vida. Cortella explica porque o trabalho ainda é tratado como uma espécie de castigo, e porque precisamos mudar este conceito pela ideia da realização de uma obra. De certa forma, isto explica o fato da espiritualidade ser um assunto cada vez mais presente no universo corporativo.

“Nossa obra é a proteção da vida coletiva, isto é, da capacidade de elevar a vida, todos juntos cooperando e, portanto, impedindo que o egoísmo e a ruptura da convivência estilhacem nossa esperança de vida em conjunto. Que as pessoas levem a ideia que, de fato, a vida é curta para ser pequena e a gente a engrandece quando a gente a reparte”, declara o filósofo.

Para ele, o cooperativismo não é apenas um modo de fazer negócios e organizar a produção, mas é sim um jeito de viver, uma filosofia de vida.

Nesta semana em que se comemora o Dia Internacional do Cooperativismo (6/7), o coordenador da Frente Parlamentar em Defesa do Agronegócio e do Cooperativismo na Assembleia Legislativa, deputado Marcio Monteiro (PSDB), e o presidente do OCB/MS (Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras no Mato Grosso do Sul), Celso Ramos Régis, falaram sobre a importância e a força das cooperativas. Eles usaram a tribuna da Assembleia Legislativa durante a sessão desta quinta-feira (4/7).

Marcio Monteiro destacou que milhões de empregos em todo o planeta são criados graças ao cooperativismo. “O cooperativismo é um dos segmentos mais importantes”, afirmou.

Já Celso Ramos Régis, ressaltou que as cooperativas continuam fortes mesmo nos momentos de crise. “É um modelo de negócio que se mostra mais resistente. Na Europa, apenas as cooperativas conseguiram sair ilesas à crise”, disse o presidente do OCB. “As cooperativas não estão imunes às crises, mas o que as diferencia é que elas são movidas por pessoas e não pelo capital. O cliente é também dono”, acrescentou.

Conforme Celso Ramos Régis, as cooperativas são responsáveis por mais de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) e geração de 300 mil empregos. Em Mato Grosso do Sul existem 98 cooperativas, principalmente nas áreas de agropecuária, crédito, saúde e infraestrutura. Com mais de 125 mil associados, as cooperativas em Mato Grosso do Sul geram 5.000 empregos diretos.

Para este ano, o OCB/MS espera um incremento de 10% a 15% no número de cooperativas e associados. O órgão de representação do cooperativismo sul-mato-grossense é uma sociedade civil sem fins lucrativos. O objetivo do Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras no Mato Grosso do Sul é o de representar e promover o cooperativismo, por meio da capacitação e da difusão de seus princípios doutrinários, contribuindo para o desenvolvimento sustentável de Mato Grosso do Sul.

Fonte: Site AL

O sistema OCB/MS promoveu a palestra “Qual a tua obra”, com Mário Sérgio Cortella, no dia 04 de julho, em Campo Grande. O evento fez parte das comemorações ao Dia Internacional do Cooperativismo.

A palestra reuniu cerca de 700 pessoas que lotaram o auditório do Colégio Dom Bosco. Na palestra, o filósofo abordou a temática de seu livro “Qual é a tua obra”, no qual fala sobre gestão, liderança e ética, mantendo sempre o papel do líder como pano de fundo.

“Nossa obra é a proteção da vida coletiva, isto é, da capacidade de elevar a vida, todos juntos cooperando e, portanto, impedindo que o egoísmo e a ruptura da convivência estilhacem nossa esperança de vida em conjunto. Que as pessoas levem a ideia que, de fato, a vida é curta para ser pequena e a gente a engrandece quando a gente a reparte”, declara o filósofo.

Para ele, o cooperativismo não é apenas um modo de fazer negócios e organizar a produção, mas é sim um jeito de viver, uma filosofia de vida. "O cooperativismo é um negócio decente, com competitividade, mas decente. Pois nem todo lucro é honroso”.

Cortella destacou que vivemos uma sociedade que tem um apelo individual, e vende a ideia que empreender é sempre sozinho, mas não é assim. "A cooperativa é um grupo de empreendedores que prospera junto".

Ele ainda enfatizou um ditado árabe que diz: “Se quiser apenas ir rápido, vá sozinho; mas se quiser também ir longe vá acompanhado”.