O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) aprovou semana passada a ampliação do período de plantio do milho safrinha para 20 de março em 27 municípios sul-mato-grossenses. A medida atende pedido feito na quarta-feira, em Brasília, pelo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul) Eduardo Riedel, e pela secretaria de Produção e Turismo (Seprotur), Tereza Cristina, ao secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Edilson Guimarães.
Devido ao atraso na colheita da soja pelo excesso de chuva, a OCB/MS, juntamente com a Famasul e Aprosoja/MS, havia solicitado a prorrogação de 20 dias no prazo de plantio recomendado pelo Zoneamento de Risco Climático do MAPA, o qual se encerrou na última segunda-feira em alguns municípios do Estado. No entanto, o Mapa havia concedido anteriormente a extensão do período por 10 dias para o grupo de cultivares 1 (com ciclo de até 120 dias) e para os cultivos no solo tipo 2 (mistos) e tipo 3 (argilosos).
A nova determinação permite prazo de plantio até dia 20 para os municípios de Amambai, Antônio João, Aral Moreira, Caarapó, Coronel Sapucaia, Douradina, Dourados, Eldorado, Fátima do Sul, Iguatemi, Itaporã, Itaquiraí, Japorã, Jateí, Juti, Laguna Carapã, Maracaju, Mundo Novo, Naviraí, Nova Alvorada do Sul, Paranhos, Ponta Porã, Rio Brilhante, Sete Quedas, Sidrolândia, Tacuru e Vicentina.
Para os municípios de Eldorado, Iguatemi, Itaquiraí, Japorã, Jateí, Juti, Mundo Novo, Naviraí, Paranhos, Sete Quedas e Tacuru, também fica valendo a data de 10 de março como fim do período para plantio do milho, dependendo da variedade cultivada pelo produtor.
Com a alta incidência de chuvas, a colheita da soja e consequentemente o plantio do milho safrinha estão atrasados em cerca de 15%. A colheita da soja é estimada em 20% da área plantada, número que historicamente seria de 35%, o que levou a OCB/MS buscar a ampliação do prazo para que os produtores possam concluir o plantio da safrinha.
Com o convite "Se até hoje você só levantou a mão para dizer ‘presente’, está na hora de fazer uma revisão de solidariedade", o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Mato Grosso do Sul (Sescoop/MS) promoveu, pela primeira vez, a Campanha de Arrecadação de Material Escolar.
A campanha arrecadou cerca de mil itens. A primeira entrega ocorreu ontem pela manhã e foi no projeto Sociedade Educaional Contantino Lopes. Mais uma instituição de Campo Grande será contempladas, a Projeto + 1que hoje receberá a doação.
Foram parceiras da instituição a Unicred, o Sicredi, a Federação das Unimeds de Mato Grosso do Sul e a Unimed Campo Grande. Todos foram postos de arrecadação, além das demais cooperativas participantes.
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Setor fecha o ano com US$ 4.417 bilhões em vendas ao exterior
* Estudo elaborado pela Gerência de Mercados
da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB)
Em 2010, as cooperativas brasileiras registraram um crescimento recorde nas exportações, fechando o ano com US$ 4.417 bilhões. O resultado mostra um crescimento na ordem de 21,76% em relação ao ano anterior, quando foram contabilizados US$ 3.63 bilhões, total que refletiu as consequências da crise financeira internacional iniciada no final de 2008. A análise faz também parte de um estudo elaborado pela Gerência de Mercados da OCB, com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
“O resultado decorre da profissionalização na gestão das cooperativas e ainda a recuperação do crescimento no período pós-crise. Em 2010, o setor superou historicamente em 10% o valor exportado em 2008, de US$ 4.011 bilhões. Mesmo com a paridade cambial desfavorável às exportações e favorável às importações, a balança comercial do setor alcançou um superávit de US$ 4.14 bilhões”, informou o presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas. No mesmo período, as importações do segmento registraram queda de 12,96% no comparativo a 2009, com um total de US$ 273 milhões.
As quantidades exportadas também apresentaram uma recuperação significativa de 11,08%, acompanhando o desempenho da economia brasileira. No total, foram comercializadas cerca de 7,9 milhões de toneladas. Já em 2009, foram 7 milhões. Nas vendas do cooperativismo ao exterior, 99% dos produtos são oriundos do agronegócio. “Esse crescimento pode ser justificado pelo aumento na venda de açúcares e a aquisição de novos produtos por países com os quais o setor já possuía relações comerciais, como os Emirados Árabes Unidos, Nigéria e Arábia Saudita”, comenta Freitas.
PRODUTOS
O setor sucroalcooleiro, que corresponde aos açúcares e ao álcool etílico, apresentou maior participação nas vendas diretas do setor cooperativista, representando 39,3% das exportações, US$ 1.7 bilhão e 3,9 milhões de toneladas. O álcool respondeu por US$ 285 milhões e os açúcares, US$ 1.45 bilhão. Destaca-se o aumento das exportações de açúcares de cana, beterraba e sacarose, que passaram de 47,7% em 2009 para 51,3%.
Na sequência, aparecem o complexo soja (grão, óleo e farelo), com 25,6%, US$ 1.12 bilhão e 2,8 milhões de toneladas; e as carnes, com 16,9%, US$ 747.2 milhões e 360 mil toneladas. Café, cereais, algodão, frutas, produtos hortículas e leite e laticínios participaram com 9,2%, 2,2%, 1,7%, 0,9%, 0,8% e 07%, respectivamente.
MERCADOS
Entre os principais mercados de destino dos produtos cooperativistas, se destacam a China e os Emirados Árabes, países que ampliaram as relações comerciais com as cooperativas brasileiras, aumentando substancialmente as importações dos itens comercializados. Em 2010, a China ocupou a primeira posição, passando a Alemanha, que em 2009 foi o principal parceiro comercial.
Os chineses compraram US$ 516.44 milhões, o correspondente a 11,69% do total exportado, com um crescimento de 46%. Já os Emirados Árabes alcançaram o valor de US$ 423.91 milhões, 9,6% das vendas, com aumento de 67%. Os alemães, por sua vez, aparecem em terceiro lugar, com US$ 394.84 milhões e 8,94% do total. Pode- se destacar também países como Canadá, com incremento de 79%, ocupando a 11ª colocação no ranking, a Nigéria, com 103%, respondendo pela 12ª posição, e a Bélgica, com 259%, no 6º lugar.
Para os Países Baixos, as exportações registraram retração de 39%. Este desempenho se deve principalmente a redução das vendas de dois complexos – o sucroalcooleiro, no qual o álcool etílico apresentou baixa de 63,79%, e o soja, com queda de 55,12%.
PRINCIPAIS ESTADOS
As cooperativas do Paraná figuraram em primeiro lugar nas exportações, com uma parcela de 37,11% do valor exportado, o correspondente a US$ 1.64 bilhão, com crescimento de 10,05%. Pelas quantidades exportadas, elas responderam por 3,2 milhões de toneladas e incremento de 8,55%.
Ao mesmo tempo, as organizações localizadas no Estado de São Paulo ampliaram sua participação em 57%, totalizando US$ 1.56 bilhão. Comparado ao ano anterior, as cooperativas paulistas elevaram suas vendas em US$ 568 milhões, exportando uma quantidade 28,5% superior a 2009. Os responsáveis por este aumento foram os açúcares em bruto (81,29%) e outros açúcares (58,50%).
Minas Gerais ocupou a terceira posição com US$ 453.27 milhões de vendas ao exterior em 2010, respondendo por 10% das exportações do setor. O estado mostrou uma queda de 2,75% no volume, mas uma elevação de 26,9% nos valores.
PERSPECTIVAS
As perspectivas para os próximos anos são de expansão de mercado, com exigência dos consumidores por mais qualidade e produtos idealizados a partir de uma ótica socioambiental. Nesse contexto, ao analisar a taxa média de crescimento anual das exportações das cooperativas brasileiras, visualiza-se aumentos projetados para 2014 em US$ 6,802 bilhões.
Conforme relatório OCDE-FAO Agricultural Outlook 2009-2018, até 2050 a população mundial deverá crescer dos atuais 7 bilhões para 9 bilhões e, para atender à demanda, serão necessários acréscimos na produção de grãos de aproximadamente 50% e a de carnes, de aproximadamente 100%. “Esse cenário traz para o Brasil, grande produtor de alimentos, e para as cooperativas, que têm participação expressiva nessa produção, a oportunidade de ocuparem um espaço ainda maior, tanto no mercado interno quanto no externo”, comenta o gerente de Mercados da OCB, Evandro Ninaut.
Cresce número de associados e empregados em cooperativas
Em 2010, indicadores tiveram alta de 9,3% e 8,8%, respectivamente
O Sistema Cooperativista Brasileiro fechou 2010 com aumento no total de associados e empregados, seguindo a tendência registrada em 2009 e 2008. No último ano, o setor reuniu cerca de 9,01 milhões de cooperados e 298 mil funcionários, com crescimento de 9,3% e 8,8%, respectivamente. Em 2009, o sistema contava com cerca de 8.3 milhões de associados e 274 mil empregados. Já o número de cooperativas contabilizou redução de 8,4%, saindo de 7.261 para 6.652. Os dados fazem parte de um estudo elaborado pela Gerência de Mercados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), entidade representativa do movimento.
“Essa é realmente uma tendência natural de mercado e de amadurecimento no processo de gestão. Para aumentarem sua competitividade, com ganho de escala, as cooperativas optam por trabalhar em conjunto, se unindo e aumentando, assim, o número de associados”, comenta Márcio Lopes de Freitas, presidente da OCB. Os ramos de atividade que contabilizaram maior aumento de cooperados foram Transporte (200,05% - com cerca de 322 mil em 2010; e 107 mil em 2009) e Crédito (cerca de 14,9% - com cerca de 4,01 milhões em 2010; e 3,5 milhões em 2009). Em relação ao total de funcionários, podem ser destacados os ramos Crédito e Agropecuário, com incremento de praticamente 13,5 mil e 7 mil, respectivamente.
Já no quadro de diminuição do percentual de cooperativas, o Ramo Trabalho figura em primeiro, com 27,3%. “O resultado reflete a falta de uma legislação que regulamente o segmento e priorize o legítimo cooperativismo de trabalho, defendido e orientado pelo Sistema OCB. Para conquistarmos esse marco regulatório, atuamos intensivamente no Congresso Nacional junto com a Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) pela aprovação do Projeto de Lei 4622/2004”, destaca Freitas.
Para auxiliar nesse sentido e ressaltar as boas práticas, a entidade promove, desde abril de 2010, o Programa Nacional de Conformidade das Cooperativas de Trabalho (PNC Trabalho), que já certificou 11 delas. “A iniciativa traz um marco de qualidade e transparência aos serviços oferecidos pelas cooperativas. A certificação se traduz em mais segurança e respaldo nas relações de prestação de serviço junto à sociedade”, explica o presidente da OCB.
NÚMEROS
6.652 COOPERATIVAS
9.016.527 ASSOCIADOS
298.182 EMPREGADOS
US$ 4,417 BILHÕES EM EXPORTAÇÕES
7,9 MILHÕES DE TONELADAS EXPORTADAS
A Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul) realiza nesta terça-feira (15.03), às 13h30, uma reunião com entidades e representantes de produtores rurais para avaliar a quebra na safra com o excesso de chuvas e buscar alternativas para minimizar os prejuízos. Em encontro com o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, na última sexta-feira, em Campo Grande, ficou acordado que a federação elencaria as prioridades no socorro aos produtores rurais do Estado.
Estarão presentes na reunião presidentes dos sindicatos rurais dos municípios mais atingidos pelo excesso de chuva e representantes da OCB/MS, além da Secretaria de Produção e Turismo (Seprotur), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Banco do Brasil (BB), Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), entre outras.
A estimativa parcial de perdas aponta quebra de um milhão de toneladas na safra de soja de Mato Grosso do Sul, frustrando a expectativa de uma super safra de 5,4 milhões de toneladas estimada pela Conab. Há municípios, como São Gabriel do Oeste, onde há perdas confirmadas acima de 50% da área plantada. A recomendação da Famasul é para que os produtores façam laudos técnicos para mensurar a perdas, o que facilita o reconhecimento de situação de emergência, condição necessária para a renegociação de dívidas dos produtores.
Com um auditório lotado, o relator do novo Código Florestal, deputado Aldo Rebelo (PCdoB/SP) defendeu no dia 15, na Associação de Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), o texto que deverá ir a votação nas próximas semanas na Câmara dos Deputados. O evento teve a presença de boa parte da bancada federal de MS, além de entidades do setor e marcou o lançamento da Expogrande, que acontece de 14 a 24 de abril.
Em seu pronunciamento, Rebelo destacou que não pertence à bancada ‘ruralista’ e que o texto vai evitar a “punição em massa” dos produtores rurais. “Eu não tenho nenhum interesse pessoal (no Código Florestal). Não sou da bancada agropecuária. Estou nesse relatório pelo Brasil e pelo povo brasileiro. (...) Aqui não tem nenhuma linha que fere o povo brasileiro. Fere sim interesses poderosos”, destacou o relator.
Salientando que o Brasil é o único país do mundo a ter reserva legal, o deputado lembrou que há cerca de duas décadas, na expansão da fronteira agrícola brasileira, o candidato a proprietário de terras recebia um lote com a determinação de desmatamento para que pudesse receber o título de propriedade. “Tudo isso ditado pelo governo. E hoje essas pessoas são criminosas”, enfatizou.
Rebelo destacou que não existe esse grau de ilegalidade em setores como a indústria e comércio e disse que há influência de interesses internacionais evidentes na defesa de modificações no texto. “Este tema está relacionado com nossa soberania jurídica e econômica e nossa capacidade de produzir alimentos”, enfatizou.
Entre os pontos mais polêmicos do texto que deverá ir a votação está a dispensa da reserva legal (área de preservação com percentuais específicos para cada bioma, a partir do mínimo de 20% de cobertura florestal por propriedade) para o produtor que tiver até quatro módulos (unidade de medida de dimensão variável, considerando aspectos como a situação geográfica do imóvel rural e as condições do seu aproveitamento econômico). Pela proposta, a propriedade que tiver mais de quatro módulos poderia reunir áreas de reserva legal com Áreas de Preservação Permanente (APP), ou as áreas de vegetação nativa no entorno de rios e outros recursos hídricos. Atualmente, cada uma dessas modalidades tem critérios específicos e individuais de manutenção.
Durante o evento, foi lançado selo comemorativo em homenagem ao ex-senador e ex-presidente da Acrissul, Lúdio Coelho.