Com o objetivo de tornar o inverno de muitas pessoas mais confortável, a Unimed Campo Grande realiza até o dia 17 de junho, a Campanha do Agasalho 2011. O objetivo é arrecadar roupas, sapatos e cobertores, que serão doados a instituições sociais da cidade.
A campanha é realizada de acordo com os princípios e valores cooperativistas, pois, a Unimed Campo Grande acredita na importância de seu papel como agente transformador. Por isso, investe em ações e projetos de incentivo à cultura, cidadania, preservação ambiental.
Nas últimas edições desta campanha, foram arrecadadas mais de 2.300 peças, entre roupas e sapatos. O foco da campanha em 2011, são as crianças, por isso, roupas e sapatos infantis são os mais importantes, porém, outras doações também são bem-vindas.
Vale ressaltar que é importante que as peças doadas estejam em boas condições de uso, pois, são a esperança de um inverno mais confortável a diversas pessoas.
Para participar, traga sua doação até o dia 17 de junho até a sede da Unimed Campo Grande (localizada na Rua Goiás, 695), das 08 às 18 horas.
Traga sua doação. Ser solidário também é Viver de Verdade!
Embora a expectativa seja grande em torno da aprovação o mais breve possível do Projeto de Lei (PL) nº 1.876/1999, sobre o novo Código Florestal Brasileiro, o consultor jurídico da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Leonardo Papp, considera que essa etapa não marca o fim de um processo mas, sim, o início de uma nova fase que deverá ser desencadeada. A matéria será levada à votação no plenário da Câmara Federal na próxima terça-feira (24/05), após três adiamentos. “A aprovação do Código Florestal não é um ponto de chegada. É um ponto de partida. Depois disso, vai ser necessário muito empenho para adequar a legislação dos estados a essa nova realidade, assim como um grande esforço e vigilância para que se possa influenciar de maneira positiva na produção do decreto da presidente da República, que deverá regulamentar as atividades nas APPs (Áreas de Preservação Permanente)”, afirmou Papp nesta quinta-feira (19/05), em Curitiba, ao participar do Fórum de Meio Ambiente promovido pelo Sistema Ocepar.
Avaliação - Papp foi convidado a discutir com os profissionais das cooperativas paranaenses os principais pontos da última versão do projeto sobre o novo Código Florestal que foi apresentado pelo relator na Câmara Federal. O consultor da OCB avalia que, apesar de várias alterações que já foram realizadas no documento, as discussões sobre o tema avançaram. “Em relação à legislação atual, o texto que está para ser votado contém avanços significativos. Por outro lado, se considerarmos algumas expectativas que se tinham, os progressos foram menores que os esperados”, afirmou. Ele lembrou que desde julho de 2010 vem sendo realizado um trabalho para aprimorar o texto. “Estávamos nos preparando para a batalha. Havia muita pressão e sabíamos que em algum momento o governo iria entrar nessa luta. As discussões estavam mais tranquilas enquanto ocorriam somente entre nós, até a semana passada. O jogo mudou completamente quando o governo entrou na discussão e o projeto só não foi votado por questões políticas”, disse ele.
Reserva Legal e APP - De acordo com Papp os maiores ganhos foram contabilizados em relação à Reserva Legal (RL), como, por exemplo, a dispensa de recomposição da RL em propriedades com até quatro módulos. Já em relação às APPs, a expectativa era de que os estados tivessem mais autonomia para legislar sobre o assunto. “O setor vinha defendendo a bandeira de que, como o país é muito grande, com muitas peculiaridades, muitas das questões deveriam ser decididas pelos estados, inclusive a consolidação das áreas que já estão em produção. Porém, o resultado das negociações lá no Congresso foi remeter a um decreto da presidente a regularização dessas áreas, o que não é o ideal diante das expectativas iniciais mas, por outro lado, é uma oportunidade que se cria, já que na lei de hoje ela sequer existe”, disse Papp. Apesar disso, ele acredita que ainda haverá espaço para os estados. “Numa amplitude menor do que se esperava, mas os estados terão um papel mais ativo do que tem na legislação atual, na produção e na discussão da legislação ambiental”, acrescentou.
Cooperativismo – O consultor jurídico da OCB também ressaltou que o cooperativismo sai fortalecido do processo sobre o novo Código. “O cooperativismo não foi um mero coadjuvante nessa discussão. Por vários momentos assumiu o papel de protagonista. Representantes do setor foram constantemente consultados pelos políticos que estão à frente dessa discussão. O setor pode demonstrar que a forma cooperativista de produzir é própria, portanto, tem que ser vista de uma maneira diferenciada. Acho que isso foi um ganho institucional para todos nós que somos adeptos e entusiastas do modo cooperativista de produzir,” frisou.
Ele disse ainda que contribuições das cooperativas paranaenses foram agregadas ao texto. “O termo Reserva Coletiva, por exemplo, nasceu aqui no Paraná e foi mantido na versão final e nada impede que os estados regulamentem essa questão”, acrescentou. A Reserva Ambiental Coletiva, proposta pelas cooperativas do Paraná, se define como a área de vegetação necessária para compor o índice mínimo de 20% de cobertura florestal do estado, sob responsabilidade de toda a sociedade. (Fonte: Ocepar)
Dentre 60 agências, 264 vídeos inscritos e o vídeo do Sicredi ganhou como o Melhor de MS. O Sicredi venceu na categorial Institucional e Grand Prix. O sistema Sicredi está há 30 anos no MS e em mais 10 estado, com 1,7 milhão de pessoas.
Hoje, dia 16 de maio, às 8 horas, o Sindicato Rural de Campo Grande promoveu o 14º Encontro Técnico do Leite. A OCB/MS participou do evento com a palestra " Cenários do Mercado de Lácteos, proferida por Gustavo Beduschi, da OCB, Engenheiro Agrônomo formado pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – ESALQ / USP – em 1997.Experiências ProfissionaisŸ CBCL – Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios – Novembro de 2009 até o momento. Assessor técnico Acompanhamento do mercado lácteo nacional e internacional,.Coordenação do Sistema de Monitoramento do Mercado Lácteo -Simleite.Acompanhamento de assuntos relativos ao setor junto aos Ministérios e Câmara Federal.
Beduschi trouxe dados nacionais e internacionais do mercado de leite. A produção de leite ao longo dos anos vem crescendo uma média de 5% ao ano, chegando a dobrar a prdução nos últimos 20 anos. Em Mato Grosso do Sul esse crescimento é menor, a média anual chega 2,3%. O agrônomo trouxe o ranking das maiores empresas do setor. A terceira maior empresa é uma cooperativa e entre as 13 maiores há cinco empresas cooperativas. Essas cooperativas são responsáveis por 6% da produção nacional.
O palestrante também falou que a produção de 2011 deve fica 1% a menos do que 2010 e que a partir de maio o preço do elito começa a estabilizar. O que também afeta muito o preço é o câmbio da moeda, o Real valorizou 44% em relação ao Dólar, o que faz o Brasil perder competitividade para exportação.
Por fim, Beduschi trouxe algumas perspectividades de mercado. Pelo fato do poder aquisitivo do brasiliero ter crescimento menos em relação ao ano anterior, a demanda por produtos lácteos também deve ser menor. O mercado interno no momento é mais interessante e consome 95% da produção, já o mercado externo tem mais dificuldades devido ao câmbio.
No momento em que os financiamentos começam a ficar raros e com juros em alta no Brasil, por causa das medidas do governo para conter a escalada da inflação, as cooperativas de crédito surgem como uma opção mais barata. Com a vantagem de tornar o cidadão ao mesmo tempo cliente, investidor e dono do negócio, além dos benefícios do contato direto e personalizado com o colega dirigente, orientação financeira especializada e distribuição de parte das sobras (o equivalente ao lucro dos bancos) no fim do ano. Esse conjunto de fatores foi responsável pelo crescimento do setor, até mesmo no auge da crise global.
“Em 2008, o sistema financeiro praticamente parou. Para nós, foi o melhor período. A procura por recursos cresceu 27%”, revela Márcio Freitas, presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).
Preços justos e distribuição das sobras
Por determinação legal, as cooperativas não têm fins lucrativos. Assim, são obrigadas a devolver os resultados positivos a cada ano. Quando o cooperado entra, contribui com uma cota, que é a representação da sociedade, cujo valor depende de decisão do conselho. Cada vez que toma um empréstimo, parte dos juros pagos retornam para o associado aumentando seu capital inicial. As sobras são divididas somente entre quem movimentou com a cooperativa. “Em acordo com os associados, uma parte pode ser dirigida para a expansão ou o desenvolvimento de novos produtos. Mas um pedaço sempre será distribuído”, diz Freitas.
As cooperativas também não cobram tarifas de manutenção de conta ou talão de cheques, enquanto os cinco maiores bancos, segundo estudo do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), reajustaram os serviços em 124% de 2008 para cá. Para os cooperados, os juros no crédito pessoal, de acordo com a OCB, vão de 2% a 2,5% ao mês; no cheque especial, variam de 3,5% a 5%; e o cartão de crédito tem custo de 5% a 6%. Segundo levantamento do Procon-SP, a média da taxa de juros para pessoas físicas em maio, no sistema financeiro, chegou ao maior nível desde 2003. Os bancos cobram 5,74% no empréstimo pessoal e 9,47%, no cheque especial.
O crescimento em 2010
Em 2009, as cooperativas registraram crescimento recorde de captação de recursos, que atingiu R$ 8,3 bilhões. O ano passado foi 91,5% melhor, com ativos da ordem de R$ 15,9 bilhões, o que elevou o total para R$ 68,7 bilhões. Em dezembro de 2010, a carteira de empréstimos chegou a R$ 30 bilhões. Atualmente, o cooperativismo de crédito tem 4.529 pontos, entre cooperativas e postos de atendimento, 5,1 milhões de associados e 56.178 empregados.
A 2ª maior rede de atendimento do Brasil
Poderia ter mais interessados, não fosse o entrave na legislação. “Só a partir de abril de 2010 tivemos a permissão para atuar em municípios com mais de dois milhões de habitantes”, explica Silvio Giusti, gerente de Relacionamento do Cooperativismo de Crédito da OCB. Pesquisa divulgada pela entidade apontou que, “se o segmento compartilhasse suas estruturas e atendimento, seria a segunda maior rede do país, atrás apenas do Banco do Brasil (5.087) e na frente do Itaú (3.739)”.
Captação de novos associados
As cooperativas nasceram da ideia de união de pessoas com interesses comuns. No início , mantiveram-se fechadas entre profissionais de segmentos específicos, como funcionários públicos, agricultores, advogados, …. “Apenas 20% das cooperativas de crédito são de livre associação”, assinala Marden Soares, superintendente de Desenvolvimento Organizacional do Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob). Esse número tende a crescer — o Distrito Federal deverá contar com pelo menos uma entidade de livre associação aberta até o fim do ano, diz Márcio Freitas. Ele explica que a forma de captação de cada uma é particular. O Sicoob Judiciário de Brasília, por exemplo, agrega servidores do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Universidade de Brasília. O associado contribui com 1% do salário.
“Temos todos os tipos de produtos. Qualquer valor é liberado com rapidez, porque nosso comitê de crédito se reúne diariamente”, destaca Miguel Ferreira Oliveira, presidente do sistema da Justiça. O técnico judiciário Viriato Gaspar, 59 anos, é sócio-fundador. Ele vivia pendurado. “Entrei na cooperativa para sair dessa roda-viva de agiotas. Foi um grande benefício, que livrou o servidor público da turma que bebia o seu sangue e roía seu osso”, afirma.
Raimunda Maria, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), é entusiasmada com o serviço. Já comprou terreno, está construindo uma casa no Lago Sul e, sempre que a situação aperta, recorre à cooperativa. “O tratamento é humanizado, todo mundo é conhecido e, ainda por cima, recebo um dinheirinho no fim do ano, como retorno dos meus empréstimos”, celebra.
Outras cooperativas, como a Cooperforte, que atende 108 mil funcionários de bancos públicos espalhados pelo país, prefere ter poucos produtos de investimento, “para não atritar com os do Banco do Brasil”, onde ela nasceu para atender os empregados, justifica José Valdir dos Reis, presidente da entidade.
Desenvolvimento
Márcio Port, presidente da Sicredi Pioneira RS, a mais antiga da América Latina, fundada no Rio Grande do Sul em 1902, ressalta que as cooperativas contribuem para o desenvolvimento econômico e social onde atuam.
“O Banco Central comprovou que 77% de tudo o que os cinco maiores bancos captam são aplicados na Região Sudeste do Brasil. Para eles, é mais fácil emprestar R$ 100 milhões para uma grande empresa do que R$ 10 mil para várias pessoas. Nós fazemos o trabalho de formiguinha. Movimentamos o crédito solidário”, diz.
Inadimplência
O presidente da OCB sublinha que a inadimplência é baixíssima e o risco, reduzido. “Conhecemos o cliente, seus hábitos e o resultado do negócio fica dentro do próprio negócio”, descreve. Há também serviços diferenciados que atraem o consumidor. Freitas é presidente de uma cooperativa de crédito rural, no interior de São Paulo. Presenciou tristes momentos em que cafeicultores perderam as terras para agiotas. “O sistema bancário nos apunhalava.”
Governança
Com a edição da Lei Complementar 130, publicada em 2009, um novo movimento está iniciando nas cooperativas de crédito: a governança e a profissionalização dos gestores. “A nova legislação prega a segregação de atividades entre dirigentes e gestores. Este movimento gerará maior profissionalização para o setor”, afirma Márcio Port.
Fonte: texto de Vera Batista publicado no Correio Braziliense, edição de 22/05/2011, com adaptações por Márcio Port