“Vamos fazer do cooperativismo a diferença para termos um Brasil melhor. Já temos as ferramentas, precisamos trabalhar nossa gente, evoluir o modelo de governança e, assim, aumentar a representatividade do setor”. Essas foram as palavras do presidente do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), Márcio Lopes de Freitas, em seu pronunciamento na 41ª Convenção Nacional da Unimed, durante a noite desta quinta-feira (27/10), em Fortaleza (CE).
Dando início à programação de hoje (28/10), último dia do encontro, os participantes debateram o tema Governança corporativa cooperativa – saúde e sustentabilidade. O evento, que teve início nesta terça-feira (25/10), reuniu cerca de 2 mil pessoas e contou com o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) e da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).
Setor privado e os objetivos de desenvolvimento do milênio e Plano de desenvolvimento organizacional - criação e estruturação foram outros assuntos discutidos nesta sexta. Também fez parte da programação, a entrega de prêmios para projetos desenvolvidos pelas cooperativas.
O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) firmou nesta quinta-feira, dia 27 de outubro, em Campo Grande, seu primeiro contrato de financiamento com uma cooperativa agroindustrial do Estado do Mato Grosso do Sul. O documento que formalizou a parceria foi assinado no gabinete do governador sul-matogrossense, André Puccinelli, pelos representantes do BRDE e da Cooperativa Mista de Várzea Alegre (Camva).
A cooperativa contratou junto ao BRDE R$ 4,1 milhões para construir uma fábrica de ração. A unidade será instalada mais próxima dos produtores e vai diminuir os riscos e os custos com transporte. Atualmente, a ração é fabricada em instalações que estão localizadas numa área residencial de Campo Grande, no bairro Doutor Albuquerque. O produto feito nas instalações da Camva é de uso exclusivo de seus 25 cooperados, que produzem anualmente cerca de 20 milhões de dúzias de ovos de galinha. A nova fábrica, moderna e automatizada, produzirá 30 mil toneladas de ração por ano.
Localizada no município de Terenos, na Colônia Japonesa Jamic, a Camva atua na produção e comercialização de ovos, atendendo os principais varejistas do Mato Grosso do Sul. Os dirigentes da cooperativa comemoraram a liberação do financiamento. “Somente com o apoio do governo do Estado, que viabilizou a vinda do BRDE, foi possível realizarmos este financiamento para expandir nossa produção. Se continuarmos neste ritmo de expansão chegaremos a ser habilitados para exportamos nosso produto, graças ao asfalto que o governo estadual fez no local para movimentarmos nossa produção”, disse o diretor-presidente da Camva, Antonio Kikuo Kurose.
Para o diretor de Acompanhamento e Recuperação de Créditos do BRDE, Nivaldo Assis Pagliari, a parceria entre o banco e o governo sul-matogrossense é fundamental para o desenvolvimento do Estado. “Que esta semente seja multiplicada e possamos viabilizar outros projetos para crescimento do Mato Grosso do Sul. Este é o primeiro negócio a ser realizado com cooperativas e as portas estão abertas para novos negócios e expansão da empresa”, afirmou Pagliari.
Além dos anteriormente citados, estiveram presentes na assinatura do contrato de financiamento, o superintendente do BRDE no Paraná, Carlos Areton Azzolin Olson; o gerente do escritório do BRDE em Mato Grosso do Sul, Hélio de Paula e Silva; o diretor-administrativo da Camva, Reinaldo Issao Kurokawa; o diretor-operacional da cooperativa, Pauo Yoshikiyo Okishima; os conselheiros fiscais Sérgio Hashimoto e Paulo Makoto Kurashige; o presidente da Associação da Colônia Jamic, Eiji Kanezaki; os cooperados Shigueo Suzuki, Kikumi Yamasaki e Edvaldo Mendes Pereira; o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras no Mato Grosso do Sul (OCB-MS), Celso Ramos Régis; e o presidente do Sicredi de Campo Grande, Walter Rodrigues.
Cooperativas constroem um mundo melhor. Esse será o tema do Ano Internacional das Cooperativas (2012), que foi lançado oficialmente pela Organização das Nações Unidas (ONU) nesta segunda-feira (31/10), em Nova York (EUA). A delegação do Brasil, que conta com a participação do presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, acompanhou a cerimônia. Para Freitas, a temática escolhida reforça o compromisso das cooperativas com o desenvolvimento social. O lançamento ocorreu na sede da ONU.
“Esse é um momento de extrema importância para o movimento cooperativista mundial. A iniciativa da ONU é um reconhecimento internacional do papel que tem o cooperativismo na geração de trabalho e renda com inclusão social. Com isso, teremos a oportunidade de disseminar os benefícios das práticas cooperativistas para o mundo todo”, comenta Freitas.
O presidente do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais (Ocemg), Ronaldo Scucato, o conselheiro da Aliança Cooperativa Internacional (ACI) Américo Utumi e o presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), senador Waldemir Moka, também compõem a delegação e prestigiaram a solenidade.
Ainda na programação desta segunda, foi promovida uma mesa-redonda sobre o impacto das cooperativas no desenvolvimento. O foco das discussões foi segurança alimentar, financeira e sustentabilidade econômica e ambiental.
Para esta terça-feira (01/11), está prevista a realização de um fórum de debates entre lideranças cooperativistas, no qual serão discutidos o modelo cooperativo, questões financeiras e o uso da comunicação como estratégia de desenvolvimento. No encerramento, o diretor–geral da ACI, Charles Gould, apresentará o cooperativismo como forma única de negócio.
Em seguida, os representantes brasileiros terão uma audiência com a Embaixadora Maria Luiza Viotti, chefe da delegação permanente do Brasil na ONU.
Com o objetivo de discutir a relação entre economia e recursos humanos, representantes do cooperativismo de crédito brasileiro participam do VIII Seminário Sicoob Central Cocecrer, em Campinas (SP). No período da tarde, o gerente de ramo de crédito, Sílvio Giusti, falou aos participantes sobre o cenário do cooperativismo de crédito no Brasil e no mundo. Em sua apresentação, ele enfatizou, entre outros pontos, o crescimento que tem registrado o setor no país, ressaltando a aliança estratégica com o Banco Central do Brasil (BC) e os avanços regulatórios como pontos determinantes para o resultado alcançado.
“Um levantamento recente do Banco Central sobre o desempenho das instituições financeiras no primeiro semestre de 2011 aponta que as cooperativas de crédito têm crescido acima da média do mercado. O investimento no profissionalismo da gestão foi determinante para o desenvolvimento do setor”.
Giusti também lembrou que há um espaço potencial a ser explorado pelo setor. “Obtivemos vitórias, com certeza, mas ainda temos muito a crescer, principalmente se comparados a outros países. Temos trabalhado para isso em diversas frentes. No Legislativo, por exemplo, estamos buscando o acesso aos fundos Constitucionais e de Amparo ao Trabalhador. O Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo também está nos auxiliando com ações voltadas à formação profissional”, disse.
Ainda nesta segunda, foram apresentadas palestras sobre temas como Política agrícola e crédito rural, Economia e governança cooperativa e Economia mundial em transformação: impactos nos seus negócios. Para esta terça, está prevista uma explanação do ex-presidente do BC, Henrique Meirelles, sobre Cenário econômico mundial: reflexos na economia nacional, com destaque para o cooperativismo de crédito, entre outros painéis.
Saiba mais – A Cooperativa Central de Crédito Rural (Cocecrer), que está ligada ao sistema Sicoob, é uma das mais importantes cooperativas centrais do país. Em junho deste ano, suas 22 singulares somavam R$ 5,9 bilhões em ativos. Além disso, três das cinco maiores cooperativas do ramo no país estão vinculadas à Cocecrer.
A Aliança Cooperativa Internacional (ACI) divulgou nesta segunda-feira (31/10) o último relatório Global, que apresenta as 300 maiores cooperativas do mundo. Juntas eles obtiveram 1,6 trilhão de dólares em receita, valor comparável à nona maior economia do mundo. A Cooperativa de Produtores de Cana-de-açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo, (Copersucar) está entre elas. Criada em 1959, a história da cooperativa é marcada pela superação de desafios e pelo pioneirismo num dos setores que, hoje, mais impulsionam a economia e as exportações brasileiras. O anúncio foi feito em Nova York (EUA), no mesmo dia em que a Organização das Nações Unidas (ONU) lançou o Ano Internacional das Cooperativas.
O presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, acompanhou a cerimônia ao lado do presidente do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais (Ocemg), Ronaldo Scucato, do conselheiro da Aliança Cooperativa Internacional (ACI) Américo Utumi e do presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), senador Waldemir Moka.
Para Freitas, a Copersucar fortaleceu a governança corporativa, concentrando a participação dos cooperados nos conselhos fiscal e de administração e profissionalizando a gestão. Adotou também práticas de governança semelhantes às de companhias de capital aberto, expondo seus resultados, cenários, produção, estratégias e expectativas, de maneira transparente e detalhada, a seus clientes, instituições financeiras e outros parceiros no Brasil e no Exterior. “Esta postura tem assegurado à cooperativa acesso a crédito de primeira linha e a conceituadas instituições financeiras no Brasil e no Exterior e o reconhecimento é mais do que justo”.
O relatório revela que o modelo de risco mensurado, com ênfase nas pessoas, proporcionou estabilidade, mesmo com a grande crise econômica, em 2008. O resultado do modelo cooperativo, segundo o documento, representa um contribuição importante para a economia e o bem estar social da população e da sua comunidade. “A diversidade e a robustez do modelo cooperativo estão baseados em princípios e valores” disse a presidente da instituição, Pauline Green. “Esta é a razão das cooperativas terem sobrevivido à crise financeira global, empregando mais de 100 milhões de pessoas em todo o mundo”, avalia a líder.
O estudo analisou cooperativas dos seguintes setores econômicos: o agropecuário e florestal; banco e crédito, consumo, seguros, trabalho e industrial, saúde, utilidades entre outros. Mesmo fora do ranking das 300 maiores cooperativa, a Unimed do Brasil foi citada no relatório que pode ser conferido clicando aqui.