O faturamento bruto das 20 principais lavouras do Brasil atingiu a marca de R$ 201 bilhões em 2011. Esse é o maior valor já obtido desde que a série de estimativas começou a ser feita em 1997. Segundo José Garcia Gasques, coordenador de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura, e responsável pelo levantamento, os últimos três anos apresentam um crescimento sem interrupção no faturamento das lavouras. Com isso, os valores de 2011 foram 10,8% maiores que em 2010, quando o VBP chegou a R$ 181,4 bilhões.
Entre as principais lavouras, os maiores aumentos reais no VBP ocorreram no algodão (88,7 %), café (36,2 %), uva (45,7 %), milho (28,9 %) e soja (14,5 %). No caso da cebola, batata inglesa e trigo os resultados da renda em 2011 são inferiores aos do ano de 2010. A cebola, com VBP de R$ 787 milhões, teve redução de 61%; a batata inglesa, com queda de 25,66%, alcançou R$ 2,9 bilhões; e o trigo em grão teve baixa de 20,56%, atingindo faturamento bruto de R$ 2,1 bilhões em 2011. Segundo José Gasques, a redução de valor para esses produtos é resultado de produções mais baixas em relação a 2010 e, principalmente, de elevadas reduções dos preços ao produtor
Faturamento Regional - As estimativas regionais mostram aumentos expressivos do VBP no Nordeste (17,6%) e Centro-Oeste (37,1%) do país. Nas duas regiões os resultados favoráveis se devem ao bom desempenho do milho, da soja e do algodão. No Sudeste e Sul do país, os resultados foram estáveis, com o Sudeste mantendo 1,6% de crescimento e o Sul, 7%. No Norte, há uma tendência de redução do valor.
No Nordeste, em alguns estados como Bahia, que teve crescimento de 16,6%, os resultados favoráveis foram influenciados pelo aumento do VBP do café, da laranja e da banana. No Centro-Oeste, todos os estados apresentaram resultados positivos, com destaque para Mato Grosso, que teve 52% de crescimento no valor da produção.
Saiba mais - Elaborado pela Assessoria de Gestão Estratégica desde 1997, o Valor Bruto da Produção é calculado com base na produção e nos preços praticados no mercado das 20 maiores lavouras do Brasil. Para realizar o estudo, são utilizados dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O VBP é correspondente à renda dentro da propriedade e considera as plantações de soja, cana-de-açúcar, uva, amendoim, milho, café, arroz, algodão, banana, batata-inglesa, cebola, feijão, fumo, mandioca, pimenta-do-reino, trigo, tomate, cacau, laranja e mamona.
Mensalmente, o Ministério da Agricultura divulga a estimativa do valor da produção agrícola para o ano corrente. Esse valor pode ser corrigido, de acordo com as alterações de preço e a previsão de safra anunciados ao longo do ano. (Fonte: Ministério da Agricultura)
A Confederação Nacional de Auditoria Cooperativa (Cnac) passou a oferecer ao sistema cooperativista orientações on-line para elaboração de demonstrações contábeis por meio do site www.cnac.coop.br . A página também tem as principais normas de interesse do setor e os relatórios de auditorias feitas em cooperativas. “Como as cooperativas de crédito são supervisionadas pelo Banco Central do Brasil (BC) e têm de apresentar as informações periodicamente ao órgão regulatório, é necessário investir em auditoria interna e externa. Por isso, o trabalho desenvolvido pela Cnac é importante para o setor ”, disse o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas.
Para o gerente de Relacionamento e Desenvolvimento das Cooperativas de Crédito da OCB, Sílvio Giusti, o site dará mais visibilidade ao trabalho da Cnac. “A página é um investimento em transparência, valor fundamental para a governança. Também permitirá que a confederação, hoje modelo para o cooperativismo latinoamericano, divulgue os resultados do trabalho que está sendo desenvolvido”, afirmou.
A ideia é ampliar os serviços oferecidos pela instituição. “Temos agora um canal aberto a favor do cooperativismo transparente”, disse Juliana Athaide , gerente Administrativa da instituição. Para ela,o site vai atender melhor os objetivos da empresa e dos usuários, que poderão acompanhar as atualizações normativas e legais de interesse do segmento, além de artigos feitos por profissionais da Cnac.
As centrais filiadas terão login e senha exclusivos que permitem consultar o estatuto social, as demonstrações da Cnac e o acesso aos relatórios das auditorias. Já as singulares poderão fazer downloads de diversos arquivos, modelos de documentação, descritivos e orientações para a elaboração de demonstrações contábeis. “Será um instrumento importante para as centrais, que vão otimizar o trabalho de monitoramento e auditorias de controles internos”, avaliou Juliana. Haverá ainda um espaço reservado para que os colaboradores e auditores encontrem orientações internas, metodologias, materiais de treinamento e vídeoaulas.
Atualmente, a Cnac responde pela auditoria externa em 65% das maiores cooperativas brasileiras, segundo dados divulgados pelo BC. E esse número deve crescer, acredita o diretor da confederação. “A Cnac tem um constante ingresso de cooperativas e a perspectiva é aumentar esse número para 100 % até o final do ano”, avalia Alexandre Euzébio Silva. Segundo ele, existe um trabalho permanente para potencializar a forma de atuação da Cnac e o ganho de escala de seus custos fixos. A instituição realiza auditoria externa em 412 cooperativas de crédito distribuídas em todo o território nacional.
Saiba mais – A Cnac foi criada em 2007, com a missão de qualificar e buscar a uniformidade na análise dos balanços das cooperativas de crédito, além de atender à Resolução nº 3.442 do BC, que exige a contratação de serviços de auditoria de demonstrações contábeis. É fruto de um antigo desejo do segmento de elevar constantemente a transparência em seus processos de gestão. Para realizar o trabalho, a confederação o mesmo software de auditoria reconhecido por mais de 16 mil auditores no mundo e investe fortemente na capacitação do quadro de auditores.
Fortalecer economicamente o cooperativismo agropecuário brasileiro, intensificando a oferta de crédito. Assim, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro, se posicionou durante audiência com representantes do setor, na noite desta quarta-feira (14/9), na sede do ministério, em Brasília (DF). Esse aumento do crédito, segundo ele, será intensificado a partir de parcerias com o Banco do Brasil e outras instituições. “Quero que o incentivo à prática cooperativista seja uma das marcas da minha gestão no Ministério da Agricultura”, enfatizou.
Para o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, o compromisso firmado por Ribeiro confirma o importante papel das cooperativas, econômica e socialmente, no desenvolvimento do país, no campo e nas cidades. Durante a reunião, Freitas destacou indicadores que retratam esse cenário, como a participação do segmento na produção agropecuária do país. “Praticamente 50% de tudo que é produzido internamente passa, de alguma forma, por uma cooperativa”, disse.
O Programa de Capitalização das Cooperativas Agropecuárias (Procap-Agro) foi outro ponto tratado no encontro. Sobre essa questão, o ministro disse que vai entrar em contato com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, para pedir a suplementação da dotação orçamentária em função do comprometimento dos recursos para capital de giro, conforme o Aviso 14/2011 do próprio BNDES.
O Ano Internacional das Cooperativas, 2012, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), também fez parte da pauta. Nesse momento, Mendes Ribeiro ressaltou a importância do cooperativismo em seu estado de origem, Rio Grande do Sul, e se prontificou a expressar o seu apoio junto à ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.
O ministro da Agricultura também confirmou sua participação na abertura do 3º Seminário da Frente Parlamentar do Cooperativismo – Desafios e Perspectivas para o Ramo Agropecuário, que a OCB e a Frencoop promovem no próximo dia 28 de setembro, no Senado Federal.
Além do presidente da OCB, estavam presentes o superintendente e a gerente de Relações Institucionais da entidade, Renato Nobile e Tânia Zanella, respectivamente, os presidentes das organizações estaduais do Ceará, João Nicédio Nogueira, e Paraná, João Paulo Koslovski. Representando a Frencoop, participaram o presidente, senador Waldemir Moka, e o coordenador político, ex-deputado Odacir Zonta.
As exportações do agronegócio brasileiro nos últimos 12 meses (setembro/2010 a agosto/2011) alcançaram mais um recorde de valor, atingindo a cifra de US$ 88,3 bilhões. O resultado significou crescimento de 24,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. Segundo o secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Célio Porto, os recordes de exportação devem ser mantidos até o fim do ano. O resultado positivo levou ao aumento do superávit comercial que chegou a US$ 71,9 bilhões no acumulado dos últimos 12 meses.
Em relação aos principais destinos das exportações brasileiras, a China apresenta importância crescente. O país asiático foi o destino de 15,3% de todas as exportações do agronegócio brasileiro no acumulado dos últimos 12 meses (US$13,5 bilhões). Também tiveram crescimento positivo o Japão (50,1%), a Arábia Saudita (41,3%) e a Espanha (41,1%). A Ásia permanece como destaque em relação aos blocos econômicos para onde se destinam as exportações brasileiras, com participação de 29,9% no último ano. A União Europeia ficou em segundo lugar, com 26,7%, e o Oriente Médio, em terceiro, com 9,8%.
Os produtos mais exportados no período foram o complexo soja, com exportações totais de US$ 21,5 bilhões, e o complexo sucroalcooleiro, com vendas de US$ 15,6 bilhões e uma variação positiva de 28,2% quando comparados com os números do ano anterior. As carnes aparecem na terceira posição, com o valor exportado de US$ 14,8 bilhões e um crescimento de 12,1% no último ano. O café (63,1%), os cereais, as farinhas e preparações (127,7%) e os sucos de fruta (41,1%) também tiveram resultados expressivos de exportações no acumulado dos últimos doze meses.
Agosto
No que se refere ao mês de agosto, houve um incremento de 34,7% em comparação ao mesmo mês de 2010. Só nesse período, as exportações atingiram US$ 9,8 bilhões, resultando em superávit de US$ 8,3 bilhões, em agosto.
Os aumentos e recordes nas vendas ao mercado externo de produtos agrícolas no mês de agosto/2011 foram possíveis graças a alguns produtos, em especial, o complexo soja (que passou de US$ 1,661 bilhão, em 2010, para US$ 2,550 bilhões, em 2011), o complexo sucroalcooleiro (US$ 1,489 bilhão em 2010; e US$ 2,162 bilhões em 2011), os cereais, farinhas e preparações (passaram de US$ 243 milhões, em 2010, para US$ 528 milhões, em 2011) e o café (de US$ 531 milhões, em 2010, para US$ 790 milhões, em 2011). Esses quatro setores foram, sozinhos, responsáveis por US$ 2,1 bilhões dos US$ 2,5 bilhões totais em incremento das exportações no mês.
Na análise por destinos, houve um forte crescimento, de 64%, das vendas para os países africanos, o que fez com que o continente ultrapassasse o Nafta – zona de livre comércio entre Estados Unidos, México e Canadá – como importador de produtos do agronegócio brasileiro. Também aumentaram os valores exportados para Ásia (crescimento de 59%), África (63,9%), Oriente Médio (32,7%) e Nafta (28,0%).
Em relação aos países, a China manteve-se como o maior mercado importador de produtos do agronegócio brasileiro, com crescimento de 76,5% compras. As vendas para esse destino representavam 14,7% do total das exportações brasileiras em agosto de 2010, participação que subiu para 19,3% em agosto de 2011. Também registraram crescimento as vendas para a província chinesa de Taiwan (132,8%) e para a região especial administrativa de Hong Kong (122,1%). Outros países que tiveram destaque positivo no aumento das compras foram Egito (102,6%), Argélia (101,3%), Irã (77,4%) e Arábia Saudita (73,0%). (Fonte: Mapa)
No próximo dia 28/9, a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e a Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) realizam o III Seminário da Frencoop, este ano com o tema “Desafios e Perspectivas para o Ramo Agropecuário”. Entre os assuntos em destaque, estão os debates sobre as prioridades dos Poderes Executivo e Legislativo em relação ao movimento cooperativista.
São esperadas para o evento cerca de 400 pessoas, entre parlamentares, ministros, especialistas e lideranças do ramo agropecuário. A gerência de Relações Institucionais da OCB preparou uma lista de hotéis e restaurantes em Brasília (DF) para facilitar a locomoção dos participantes. Clique aqui para acessar.
As inscrições estão abertas e os interessados em participar do 3º Seminário da Frencoop devem preencher a ficha de inscrição online, disponível no portal Brasil Cooperativo.