O Conselho Nacional do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) se reuniu nesta terça-feira, na sede da instituição em Brasília (DF). Na pauta, estiveram temas como a definição de critérios para o repasse suplementar do Fundo Solidário de Desenvolvimento Cooperativo (Fundecoop), a reformulação orçamentária das unidades estaduais e nacional, além da apresentação de uma proposta para a diretriz nacional de monitoramento, aprovada por unanimidade.
“Estamos muito satisfeitos com a aprovação. A diretriz significa um avanço rumo à consolidação dos resultados alcançados pelo sistema cooperativista”, explicou a gerente de Monitoramento e Desenvolvimento de Cooperativas, Susan Miyashita Vilela. Os conselheiros destacaram a solidez e a sistematização do projeto. “Para eles, a diretriz vai trazer simetria ao trabalho que já era realizado pelas unidades estaduais, além de maior transparência aos Conselhos Fiscais das cooperativas”, relatou Susan. Para a gestora, o resultado é fruto de um processo participativo, construído pelo Comitê de Monitoramento, composto por representantes das unidades estaduais do Sescoop.
O conselho aprovou, também, a celebração de um convênio de cooperação técnica e financeira com a Fundação Unimed. O objetivo é capacitar dirigentes e gestores de cooperativas pertencentes aos sistemas Unimed e Uniodonto nos temas Orçamento de custeio e Planejamento orçamentário. O projeto faz parte de um programa de educação continuada para cooperativas, cujo primeiro módulo encerrou-se em abril deste ano. A previsão é de que o segundo módulo seja concluído até dezembro.
“Esta capacitação, além de aplicar conhecimentos e metodologias de apoio à gestão empresarial para cooperativas de saúde, permitirá o debate sobre questões do dia a dia. Trata-se de um eficaz ponto de encontro, integração e trocas de experiências sobre as questões administrativas e financeiras das cooperativas de saúde”, destacou o gerente de Relacionamento e Desenvolvimento do Cooperativismo de Saúde da OCB, Laudo Rogério dos Santos.
O curso será ministrado nos principais centros metropolitanos de 17 estados, de forma a facilitar o acesso dos participantes. O conteúdo e a metodologia a serem aplicados foram desenvolvidos pela Fundação Unimed em parceria com a Unimed do Brasil. O Sescoop ficará responsável pelo fornecimento dos instrutores e toda a logística necessária. A primeira turma está prevista para os dias 17 e 18 de outubro, no estado de São Paulo.
O sistema OCB/MS em parceria com o Sebrae e Agraer participam de uma caravana de intercâmbio das cooperativas de leite, entre os dias 26 e 30 de setembro, em Minas Gerais. O objetivo é conhecer o modelo de aquisição de insumos, manejo de gado e leite, promovendo a troca de informações e experiências.
Três cidades estarão no roteiro da caravana, Uberlândia, Patrocínio e Araxá. Os 40 participantes do Estado farão uma visita in loco nas propriedades rurais desses municípios para conhecer a rotina de trabalho dos produtores destas regiões, os métodos de gestão e as tecnologias adotadas no campo.
A caravana vai proporcionar entender detalhes específicos das cooperativas, pois Minas Gerais é referência nacional na produção de leite, todo aprendizado adquirido poderá ser aplicado de acordo com a realidade sul-mato-grossense.
A primeira cooperativa a ser visitada será a Calu, na cidade de Uberlândia; a Coopa, de Patrocínio é a segunda e a última será a Capal, em Araxá.
O movimento cooperativista brasileiro se mobilizou nesta quarta-feira (28.09) para discutir os desafios e as perspectivas para o ramo agropecuário. Reunidos no auditório Petrônio Portela, no Senado Federal, em Brasília (DF), representantes do setor, do Executivo e do Legislativo participaram o 3º Seminário da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), promovido pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). Entre os pontos discutidos está o projeto do novo Código Florestal, que tramita na Casa.
“Praticamente 50% da produção agrícola brasileira passa por cooperativas. As cooperativas são, hoje, marcos essenciais para o desenvolvimento do país ”. Assim, o presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, abriu o encontro, enfatizando a força das 1.548 cooperativas agropecuárias no cenário nacional. Segundo Freitas, mais do que um movimento social, o cooperativismo é um alternativa econômica para ajudar a promover o desenvolvimento do País.
“Todo produtor quer preservar, mas quer, também, continuar produzido”, complementou Freitas, reforçando a posição do sistema cooperativista sobre o novo Código Florestal. Para o presidente da OCB, a matéria precisa ser aprovada com urgência.
A ministra de Relações Institucionais da Presidência da República, Ideli Salvatti, também falou da importância de se avançar nessa questão. Segundo ela, o setor precisa de segurança jurídica para continuar crescendo. Ideli lembrou ainda que, em 2012, Ano Internacional das Cooperativas, o cooperativismo estará em evidência. “É muito importante o envolvimento de todos para que em 2012 tenhamos esse avanço efetivo do cooperativismo, democratizando as relações produtivas e beneficiando cada vez mais a população”, afirmou a ministra.
O senador Luiz Henrique, relator do projeto do novo Código Florestal no Senado, defendeu que o Brasil precisa assegurar a sua missão de ser um grande supridor de alimentos no mundo. Rodrigo Rollemberg foi outro senador que defendeu a aprovação da matéria. “É estratégico para o Brasil um Código Florestal que garanta tranquilidade e segurança jurídica, para que o país continue se desenvolvendo”, disse.
Os desafios do Ramo Agropecuário nos poderes Executivo e Legislativo foram debatidos por líderes cooperativistas, parlamentares e governo durante o 3º Seminário da Frente Parlamentar do Cooperativismo, nesta quarta-feira (28/9), no Senado Federal, em Brasília (DF). “Temos de fazer este país ‘voar’ para o primeiro mundo com as ‘asas’ do que ele tem de melhor, o agronegócio brasileiro”, ressaltou Roberto Rodrigues, coordenador do Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas (FGV) na apresentação do painel sobre as principais bandeiras das cooperativas agropecuárias.
Para a consolidação do movimento cooperativista, o secretário executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), José Carlos Vaz, ressaltou dois pontos como fundamentais. “É preciso trabalhar a gestão das cooperativas, investir em profissionalização e seguir um modelo de governança. Além disso, temos de fortalecer a marca cooperativista como sistema. Assim, conseguiremos resultados ainda melhores”, disse. Vaz também frisou que o cooperativismo está entre as prioridades para o ministro da pasta, Mendes Ribeiro.
Representando o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) nos debates, o secretário de Agricultura Familiar, Laudemir Müller, enfatizou que as cooperativas são elementos centrais para gerar riqueza para todo o agronegócio, em especial o familiar. “Sabemos da necessidade de se fazer ajustes, por exemplo, nas políticas públicas do ministério direcionadas às pessoas jurídicas, para que as cooperativas tenham acesso pleno a esses recursos, com menos burocracia”, comentou. Müller citou ainda três outras esferas que precisam ser trabalhadas. “É fundamental oferecermos mais capital de giro, além de investirmos fortemente na proteção e promoção comercial”, disse.
O deputado federal Valdir Colatto, representante do ramo agropecuário na Frencoop, também iniciou seu pronunciamento ressaltando o importante papel das cooperativas para os produtores rurais brasileiros. “Esta é a função das cooperativas, fazer frente em um mercado extremamente competitivo, reunindo agricultores e pecuaristas, em sua maioria, de pequeno e médio portes”. Em seguida, Colatto relacionou temas em tramitação no Congresso Nacional e no âmbito do Executivo, que afetam direta ou indiretamente o homem do campo. “Precisamos defender a produção nacional, remunerando os nossos produtores de forma justa, fazendo frente a outros países, inclusive na incidência de tributos. Aí entra a tributação do ato cooperativo, o que precisa ser revisto urgentemente”, disse. O parlamentar falou também de questões fundiárias, indígenas e quilombolas, além da compra de terras por estrangeiros, como pontos que merecem atenção e acompanhamento por parte de todo o setor produtivo.
Fortalecer a representatividade dos produtores rurais nas discussões sobre o novo Código Florestal. Assim, atua o grupo “Brasil Verde que alimenta!”, lançado oficialmente na tarde desta quarta-feira (28/9), durante o 3º Seminário da Frente Parlamentar do Cooperativismo, no Senado Federal, em Brasília (DF).
Como representante do movimento, o produtor e cooperado Ismael Perino, lembrou que os trabalhos começaram desde a época das discussões da matéria na Câmara dos Deputados. “Nossa missão é levar aos parlamentares a percepção do homem do campo, do interior, sobre o que deve conter uma legislação ambiental funcional e coerente com a realidade do nosso país”, disse.
Segundo Perino, o grupo está confiante de que o novo Código seja aprovado rapidamente no Senado. “Esperamos que seja respeitado o texto validado na Câmara e que as alterações sejam poucas, se forem realmente necessárias”.