Código Florestal é aprovado na CCJ do Senado

Código Florestal é aprovado na CCJ do Senado

Mais uma vitória pela definição do novo Código Florestal, uma bandeira do sistema cooperativista e prioridade para a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). Foi aprovado na tarde desta quarta-feira (21/9), na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal (SF), o relatório do senador Luiz Henrique (SC) ao Projeto de Lei da Câmara 30/2011, que trata da matéria. Apenas cinco senadores votaram contra - Randolfe Rodrigues (AP), Ana Rita (ES), Marcelo Crivella (RJ), Antônio Carlos Valadares (SE) e Lindbergh Farias (RJ).

“Isso mostra que estamos no caminho certo, em busca do desenvolvimento sustentável. O grande desafio é preservar os recursos naturais e dar continuidade à produção agropecuária. Em breve, teremos uma nova legislação ambiental realmente conectada à nossa realidade, que vai acabar com o sentimento de insegurança jurídica no campo”, comenta o presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas.

Agora, a proposição seguirá para análise da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), e deverá passar ainda pelas comissões de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) e de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA). Em seguida, o PLC será votado em Plenário.
 

 

Sistema Sicoob comemora 15 anos

“Os números mostram que estamos em contínuo crescimento. O Bancoob, o banco do Sicoob, foi o que mais cresceu em depósitos no último ano, entre 150 instituições financeiras, segundo levantamento da revista Exame. E isso, nós devemos a todas as cooperativas que integram e acreditam no sistema. Os resultados mostram um esforço conjunto para o aprimoramento dos nossos serviços e produtos”. Com essas palavras, o diretor-presidente do Banco Cooperativo do Brasil (Bancoob), Marco Aurélio Almada, falou às lideranças cooperativistas presentes no 2º Pense Sicoob, entre estas o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, na tarde desta quinta-feira (22/9), em Brasília (DF).

Em seu pronunciamento, Almada também ressaltou que hoje o Bancoob ocupa a 25ª posição entre essas instituições. “Em um ano, demos um salto extraordinário, vencemos 10 posições, passando da 35ª para a 25ª. Esse é o Sicoob que estamos construindo juntos. Por isso, tenho orgulho de fazer parte desse sistema”, disse.

Na sequência, o presidente da OCB parabenizou a todos, enfatizando a forte unidade conquistada pelo sistema Sicoob, que o levou a vencer os desafios nesses 15 anos de história. “Isso vem em decorrência de uma busca constante pelo aperfeiçoamento da gestão, do profissionalismo dos negócios e dos processos de governança”, comentou. E falou ainda sobre as tendências: “é momento de ousar, inovar e desenhar o futuro que queremos construir, um cooperativismo justo, contribuindo para o desenvolvimento do país”.

Freitas também lembrou o importante papel desempenhado pelo Banco Central do Brasil (BC) para o desenvolvimento e a consolidação do cooperativismo de crédito. “Mais do que um órgão regulador e fiscalizador, o Banco Central é nosso companheiro de jornada nesse caminho de evolução”, disse.

O 2º Pense Sicoob foi realizado com o objetivo de avaliar os resultados alcançados nos últimos 15 anos e traçar metas para o futuro.

Saiba mais – O Sicoob, maior sistema de cooperativas de crédito do Brasil, reúne 1,9 milhão de associados, 584 cooperativas singulares, 15 cooperativas centrais e uma confederação. Ele completa 15 anos de atuação juntamente com o Bancoob, seu braço financeiro, e o Sisbr, rede que interliga todas as cooperativas do sistema no país. .
 

 

OCB aposta no Projeto Agricultura e Mudanca do Clima

De olho na importância das discussões mundiais sobre proteção ao meio ambiente, a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) tornou-se parceira do Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais (Icone) no projeto “Suporte Estratégico em Políticas e Negociações sobre Mudanças Climáticas”. O Icone é uma organização referência em estudos e projetos sobre agricultura e agronegócio no Brasil e no mundo, com uma ampla expertise em questões ambientais.

A intenção deste vínculo com o instituto é preparar a OCB, posicionar os técnicos e gestores, fazer contato com as líderes de cooperativas e cooperados para apresentar casos de sucesso, novas ferramentas, sempre antecipando os assuntos em pauta no planeta sobre meio ambiente”, explica o gerente de Desenvolvimento de Ramos e Mercados da OCB, Gregory Honczar. E enfatiza: “temos que ser pró-ativos quando se trata de questões ambientais”.

O instituto também fará um acompanhamento contínuo das negociações internacionais no âmbito da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (UNFCCC) e do Protocolo de Quioto, além de participar das discussões sobre políticas e regulamentações nacionais que tenham relação com clima e agricultura.

A parceria com a OCB, e o apoio da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e da União Brasileira de Avicultura (UBABEF) ao projeto mostra como o setor agropecuário reconhece a importância de tratar da agenda clima, o que deverá ganhar novos rumos com as decisões que serão tomadas na COP17, em Durban, no final de 2011.

 

Sescoop avanca no programa de formacão para cooperativas de crédito

Com uma capilaridade de 4,7 mil pontos de atendimento em todo o território nacional, as cooperativas de crédito vêm conquistando um espaço cada vez maior no mercado financeiro. E para apoiar as cooperativas nesse novo cenário, o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) está empenhado na execução do Programa Nacional de Educação do Cooperativismo de Crédito. Uma das etapas do programa é a formatação do Curso de Formação para Conselheiros (fiscal e administrativo). O Comitê de Educação do Ramo Crédito (Cerc) se reuniu na sede do Sescoop nesta sexta-feira (23/9) para consolidar o conteúdo e metodologia do curso.

No primeiro semestre deste ano, a empresa Dialétika Fenômenos Organizacionais venceu a licitação e foi contratada para desenvolver o material. Na reunião com o Cerc, apresentou o escopo do trabalho para consolidação pelo grupo. De acordo com a gerente de Formação e Qualificação Profissional do Sescoop, Andrea Sayar, o conteúdo desenvolvido pela empresa está bem próximo de atender às expectativas da equipe. “Pelo que estamos percebendo, os ajustes serão mínimos, apenas para atender a algumas especificidades de cada um dos sistemas cooperativos de crédito”, afirma Andrea.

Segundo a gerente, a partir deste encontro a empresa terá mais subsídios para continuar a desenvolver o material, com previsão de entrega para o final deste ano. Além da consolidação do conteúdo e da metodologia, a reunião também tem como objetivo o estabelecimento de parâmetros para a constituição da turma piloto, que deverá iniciar o curso em 2012. A equipe vai desenhar o perfil dos conselheiros que participarão e também o da turma de multiplicadores, cujo treinamento deve ocorrer, igualmente, no próximo ano.

De acordo com Andrea, o trabalho junto à empresa contratada deverá se estender durante todo o período de aplicação do curso à turma piloto. “O mais importante é mantermos aberto um canal constante de comunicação, entre o grupo e a empresa, para que possamos realizar os ajustes que forem sendo identificados . Nossa ideia é colocar o material em discussão durante a aplicação do próprio curso”, finaliza.

 

Consumo de adubos cresce duas vezes a média mundial

Estudo da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (FAO-OCDE) aponta que o Brasil deverá aumentar em 40% a Produção agrícola até 2019, superando com grande margem países como Ucrânia (29%), Rússia (26%), China (26%), Índia (21%), Austrália (17%), Estados Unidos e Canadá (10 a 15%). Para que essa projeção se concretize, porém, o país deverá avançar no uso de insumos agrícolas.

Hoje o Brasil é o quarto maior consumidor de fertilizantes. O consumo, em 2010, foi de 24,6 milhões de toneladas, o equivalente a 6% do mercado mundial, atrás dos EUA (12%), Índia (16%) e China (30%). Esse volume ainda é baixo diante do potencial do mercado brasileiro e dos desafios que o país terá de enfrentar.

Segundo Francisco Eduardo Lápido-Loureiro, pesquisador do Centro de Tecnologia mineral (CETEM) e um dos autores do livro "Fertilizantes, Agroindústria e Sustentabilidade", cerca de 80% das propriedades produtivas brasileiras são de pequenos produtores e baseadas em agricultura familiar, que usam pouca ou nenhuma tecnologia ou fertilizantes.

"Cerca de 60% dos estabelecimentos agrários não aplicam nenhum tipo de fertilizante. Com isso, o país tem um déficit de 900 mil toneladas de fertilizantes nitrogenados, 400 mil toneladas dos fosfatados e os de potássio", diz.
A utilização de insumos minerais, porém, é crescente: o Brasil passou de um consumo de 69 quilos por hectare em 1995 para 132 quilos em 2009. Ao mesmo tempo, os EUA caíram de 184 quilos por hectare para 114 quilos.

Diante das perspectivas de crescimento da produção e do potencial de mercado a ser explorado, espera-se um aumento ainda maior na demanda por fertilizantes, cuja taxa de crescimento de 6% ao ano é o dobro da média mundial.

Aumentar a oferta brasileira de fertilizantes é fundamental para o país garantir a continuidade da expansão do seu agronegócio. "Para atender a esta crescente demanda estão previstos, até 2015, investimentos de US$ 13 bilhões, que representam 15% de tudo o que será investido no mundo na área de fertilizantes", informa David Roquetti Filho, diretor executivo da Associação Nacional de Difusão de Adubos (Anda).

Em termos globais há vários fatores impulsionando o crescimento da demanda por fertilizantes, que deverá ultrapassar 200 milhões de toneladas em 2015 para atender as demandas de alimentos da população, que irá atingir 7,7 bilhões de pessoas. A começar pelo potencial de terras aráveis, limitado a 0,5% ao ano até 2020.

Soma-se a isso o crescimento da população urbana, que tem padrões de dietas mais altos, e as perspectivas de aumento de consumo de grãos, que deverá atingir níveis recordes, exigindo cada vez mais aumento da produtividade devido à limitação de água potável e terras agrícolas.
No Brasil o maior desafio hoje é reduzir a dependência da importação de minerais e macronutrientes, que historicamente atinge 70% dos fertilizantes que o país consome. Segundo a Anda, no ano passado esse percentual caiu para 62%. A produção nacional passou de 3,2 milhões de toneladas em 1990 para 10,1 milhões em 2010, uma expansão de 216%.

As importações ocorrem em função da escassez de insumos utilizados na produção. Em 2010, o Brasil produziu apenas 10% do potássio de que necessita, 23% dos nitrogenados e 55% dos fosfatados.
"Um país com o potencial agrícola como o Brasil não pode ficar nesta dependência", resume Benedito da Silva Ferreira, vice-presidente do Conselho Superior do Agronegócio (Cosag) da Fiesp.

Segundo David Roquetti, da Anda, um dos principais pontos que afetam a competitividade é o ICMS de 8,4%. "Além disso, há problemas sérios de infraestrutura e logística. Um navio que fica parado no porto tem um custo diário de R$ 60 mil", resume. Apesar das dificuldades, ao menos 13 projetos de novas plantas de fertilizantes ou de produção de minérios como fosfato e potássio estão em curso. Na área de fosfatados são seis projetos. E dois novos projetos no Nordeste, em Santa Quitéria (CE), com investimento de US$ 615 milhões da Galvani; e em Arraias (TO), projeto da MBAC que soma US$ 220 milhões.

No Sudeste são dois empreendimentos, em Patrocínio (MG) e em Uberaba (MG), ambos da Vale , que somam US$ 3,3 bilhões. E há ainda um projeto de US$ 1,2 bilhão da Copebrás, em Catalão (GO). Todos envolvem a produção de rocha fosfática, ácido sulfúrico, ácido fosfórico e fertilizantes do tipo SSP (superfosfato simples, o de menor concentração de fósforo e de menor custo, sendo portanto o mais utilizado e o de maior produção no país); TSP (super fosfato triplo, com alto nível de concentração de fosfato e mais caro) e MAP (mono amônio fosfato, fertilizante binário composto por amônia e ácido fosfórico). No total estão previstos US$ 5,7 bilhões de investimentos e prazo de início de produção variando de 2012 a 2015.

Em potássio, existe apenas um projeto a ser conduzido pela Vale em Sergipe, avaliado em US$ 1,8 bilhão, com capacidade para 1,2 milhão de toneladas e previsão de início de produção em 2015. Com relação aos nitrogenados, seis projetos somam investimentos de US$ 5,35 bilhões. São dois no Nordeste, em Candeias (BA), um investimento de US$ 22 milhões da Proquigel, e Laranjeiras (SE), um investimento de US$ 80 milhões da Petrobras.

A estatal conta ainda com projetos em Três Lagoas (MS), que soma US$ 2 bilhões; Linhares (ES), US$ 2,5 bilhões, e Uberaba (MG), US$ 500 milhões. A Vale tem projeto de US$ 250 milhões em Cubatão. Juntos, produzirão 1,7 milhão de toneladas de amônia, 2 milhões de ureia e 264 mil toneladas de ácido nítrico.
(Fonte: Valor Econômico)

 

 

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