Com o objetivo de fortalecer o cooperativismo e sua representacão política no País, a Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) e a Organizacão das Cooperativas Brasileiras (OCB) lancaram nacionalmente, dia 13 de novembro em Fortaleza (CE), o Programa Brasil - Frencoop/OCB. A idéia é percorrer todos os estados brasileiros, estimulando a aproximacão entre liderancas cooperativistas e políticas, e a implantacão e o fortalecimento de frentes representativas do setor nas assembléias legislativas e câmaras de vereadores. O encontro em MS está previsto para junho de 2009.
A apresentacão do projeto foi na sede do Sindicato e Organizacão das Cooperativas do Estado do Ceará (OCB-CE), na capital cearense. O lancamento foi feito pelos presidentes da Frencoop, deputado federal Odacir Zonta, e da OCB, Márcio Lopes de Freitas.
História / Frencoop - A Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) foi criada em 1983, com a finalidade de dar sustentacão política ao cooperativismo brasileiro. Hoje, ela conta com 204 deputados federais e 11 senadores atuando no Congresso Nacional em defesa das causas cooperativistas e do desenvolvimento do setor. Em 1995, surgiu a primeira Frencoop estadual, no Rio Grande do Sul. Atualmente, o setor é representado em mais oito estados brasileiros. No total, são nove estados com Frencoop: Mato Grosso do Sul,Goiás, Acre, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo.
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, vai apresentar aos conselhos deliberativos da Organizacão das Cooperativas Brasileiras (OCB) a proposta de realizacão no Rio Grande do Sul de um congresso brasileiro do setor. O anúncio foi feito por ele ao falar na solenidade de encerramento do VII Seminário Tendências do Cooperativismo Contemporâneo, realizado em Fortaleza (CE), que reuniu cerca de 300 participantes, a maioria, dirigentes e lÃderes cooperativistas de todo o PaÃs.
'Vamos propor a realizacão de um grande congresso brasileiro do cooperativismo, pois já se passaram oito anos desde a realizacão do Rio Cooperativo. É o momento de construirmos um grande congresso, organizado por estado, por cooperativa, ou seja, uma construcão longa, mas uma oportunidade importante por ser momento de mudanca polÃtica', argumentou Freitas, depois dos agradecimentos a todos que contribuÃram para a realizacão do Seminário Tendências deste ano.
Na ocasião, o presidente da OCB-Sescoop/CE, João Nicédio Alves Nogueira, que também compôs a mesa junto com os deputados federais Odacir Zonta, presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), e Moacir Micheletto, presidente honra da Frencoop, agradeceu a todos que participaram da organizacão do evento. Segundo ele, a realizacão do Seminário em Fortaleza foi importante para projecão do cooperativismo estadual junto a formadores de opinião, e destacou esse fato como uma das metas do plano estratégico daquela unidade anfitriã do Seminário.
O deputado Moacir Michetello, por sua vez, destacou a importância do trabalho realizado pelas oficinas, que reuniu nove grupos de discussões e cujas conclusões foram apresentadas na abertura da programacão do Seminário, no dia 14 de novembro. Lembrou que o cooperativismo é uma doutrina baseada em princÃpios, uma organizacão de pessoas e não de capital, o que confere um 'diferencial fantástico'. 'É a grande espinha dorsal das solucões da humanidade', disse.
Já o deputado Odacir Zonta destacou a agenda positiva da Frencoop, que irá percorrer todo o PaÃs, promovendo a mobilizacão das bases municipais e estaduais para expansão ou implantacão de frentes similares nas câmaras municipais e assembléias legislativas. 'Até junho de 2009 vamos percorrer todos os estados para divulgar a proposta do Programa Brasil - Frencoop/OCB', disse ao lembrar o lancamento no último dia 13, em Fortaleza (CE) e da mesma agenda no dia 27 deste mês em Manaus (AM). Destacou também os projetos de lei 198, que trata do reconhecimento do ato cooperativo, e 4622, sobre cooperativismo de trabalho.
Foi inaugurada em Dourados, no dia 13 de novembro, a SICOOB Dourados- Cooperativa de Crédito dos Empresários da Grande Dourados, que atenderá a classe empresarial do interior do Estado. O Sicoob funcionará na avenida Marcelino Pires passando a atender com toda a linha bancária os empresários, seus funcionários e familiares. A cooperativa será presidida por Noel Fukuda, com capital inicial de mais de R$ 600 mil, 100 associados e vai operar pelo Banco Cooperativo do Brasil S/A(Bancoob). Há três anos que dirigentes dos vários setores comerciais de Dourados comecaram a trabalhar pela instalacão desta instituicão.
Representantes das entidades fundadores estiveram em cidades como Maringá (PR) e Cuiabá para conhecer o funcionamento de cooperativas de crédito e trazer para Dourados os modelos bem sucedidos de administracão. Essa é a segunda cooperativa de crédito que funciona em Dourados: a pioneira foi a Sicredi Sul, que nasceu a partir da capitalizacão feita por produtores rurais.
Com o objetivo de estruturar e formalizar um conjunto de contribuicões estratégicas para assegurar o atingimento do objetivo da SICREDI Brasil Central de consolidar o volume de R$ 1 bilhão em recursos administrados no final do ciclo estratégico 2006-2010 foi criado o Grupo Estratégico.
Constituído por representantes de cooperativas filiadas, superintendências regionais e central estadual, o grupo foi responsável pela construcão de uma proposta de desenvolvimento e recomendacões para o planejamento tático do próximo biênio, a qual foi encaminhada e apresentada ao Conselho de Administracão da Central SICREDI Brasil Central no dia 31 de outubro.
Ao longo de quatro encontros, o Grupo Estratégico buscou alternativas para assegurar as condicões para que a Central SICREDI Brasil Central consolide até o final de 2010 o montante de R$ 1 bilhão em recursos administrados nas cooperativas filiadas dos estados de Mato Grosso do Sul, Goiás e Tocantins.
O ponto de partida para o trabalho do Grupo Estratégico foi (1) avaliacão detalhada da Matriz SWOT (Pontos Fracos, Pontos Fortes, Oportunidades e Ameacas); (2) análise do cenário macroeconômico; (3) projecões para a economia brasileira; (4) análise do contexto econômico brasileiro e; (5) análise dos temas estratégicos (pessoas, capilaridade, comunicacão, crédito rural e processos), onde o resultado das análises de cada tema contou com detalhadas contribuicões e recomendacões que deverão ser avaliadas e, posteriormente, utilizadas pelas diretorias, com o propósito de garantir maior sinergia e simetria entre a gestão do empreendimento e negócios. Para embasar a proposta foi realizado um criterioso estudo sobre os mercados onde as cooperativas estão inseridas.
Dentre as diversas recomendacões constantes na proposta consolidada e entregue pelo grupo destacou-se a necessidade de haver maior foco na busca de oportunidades dentro do novo contexto econômico do mercado, afinal será preciso construir em dois anos o que se levou duas décadas para alcancar. A coordenacão do Grupo Estratégico foi exercida pelo Sr. Valdir da Costa Silva (SICREDI Federal MS) e o próximo encontro do grupo está agendado para a primeira quinzena de abril de 2009.
Reducão do Imposto sobre Operacões Financeiras (IOF) para setores produtivos em crise, como agricultura, automobilístico e da construcão civil, manutencão do ritmo crescente dos investimentos em grandes obras, linhas de crédito para a compra de máquinas e equipamentos destinados à exploracão e producão de petróleo e campanhas publicitárias para que as pessoas não deixem de comprar bens de consumo são as principais medidas que o governo estuda tomar para amenizar os efeitos da crise econômica no ano que vem.
Investimentos - As formas de o País enfrentar a crise serão o tema da última reunião ministerial do ano, marcada para hoje. Nela, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pedirá empenho de todos os auxiliares para tentar evitar que a crise venha a atrapalhar seus dois últimos anos de governo. Uma das formas de vencer a crise, na opinião do presidente, é manter os investimentos nas obras do Programa de Aceleracão do Crescimento (PAC) - cerca de R$ 200 bilhões até o fim de 2010 -, irrigar o crédito e convencer as pessoas de que devem continuar comprando. Pelos cálculos do governo, a perda de arrecadacão estimada para o ano que vem será de no mínimo R$ 8 bilhões. Mas Lula quer que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) fique em 4%. Portanto, os ministros terão de oferecer ao presidente solucões que conciliem os ajustes necessários ao enfrentamento da crise e a oferta de dinheiro para os investimentos.
Fomento à producão - 'O presidente acha que o governo precisa entender o que está acontecendo com essa crise e se preparar para agir, de maneira unificada, tendo em vista as medidas que vamos tomar ', afirmou o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. 'Não vamos liberar mais recursos em 2009 para gastos correntes, mas manteremos os investimentos e queremos fomentar a producão. Não se trata de favor nem de dar dinheiro: é fazer a roda girar. ' Lula também pediu que os ministros da Agricultura, Reinhold Stephanes, e do Desenvolvimento, Miguel Jorge, apresentem um diagnóstico dos problemas em suas pastas no cenário pós-tormenta global. (O Estado de São Paulo)