Deputados, senadores e ministros de estado vão conhecer amanhã (11/3), em Brasília (DF), as proposicões e desafios do setor cooperativista para este ano, durante o lancamento da Agenda Legislativa do Cooperativismo 2009. A publicacão é uma iniciativa da Organizacão das Cooperativas Brasileiras (OCB) com apoio da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop). A solenidade de lancamento da nova Agenda terá início às 8h30, no Centro de Eventos e Convencões Brasil 21.
Na abertura do evento, o presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, fará um breve histórico da Agenda, lancada inicialmente em 2007, quando a instituicão estabeleceu uma nova forma de comunicacão com, seus parceiros e sua base cooperativista. Além disso, falará dos principais desafios que o setor cooperativista apresenta ao Congresso Nacional.
Em sua terceira edicão, a publicacão, relaciona cerca de 90 proposicões de interesse das 7,6 mil cooperativas brasileiras em seus 13 ramos de atividades. Ela apresenta as conquistas legislativas em 2008, os projetos em tramitacão na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, bem como os subsídios aos congressistas para que possam formular proposicões às duas casas do Congresso Nacional.
O presidente da Frencoop, deputado Odacir Zonta, por sua vez, falará da criacão da Frente, 1986, que é formada por parlamentares, independentemente de filiacão partidária e de natureza política e não ideológica. Hoje, a Frencoop reúne 213 parlamentares no Congresso Nacional, sendo 201 deputados federais e 12 senadores que trabalham coordenadamente na defesa dos interesses do cooperativismo em toda sua extensão. Durante o lancamento da Agenda, será realizada a eleicão e a posse da nova Diretoria da Frencoop.
Na manhã de hoje, dia 12, a OCB/MS lancou o I Prêmio OCB/MS de jornalismo, durante um café da manhã com a imprensa. A iniciativa surgiu com o porpósito de divulgar a doutrina e os princípios do cooperativismo para a sociedade, além de mobilizar e reconhecer jornalistas dedicados a divulgar os projetos, acões econômicas e sociais realizadas pelo cooperativismo sul-mato-grossense.
'Queremos promover uma parceria com a imprensa, para disseminar o cooperativismo e mostar que esta forma de organizacão econômica é sólida e forte para enfrenta as crises', afirmou Celso Régis, presidente da OCB/MS.
O prêmio é destinado a jornalistas de Mato Grosso do Sul e tem como tema o sistema cooperativista sul-mato-grossense, desde abordar a importância do cooperativismo do MS na geracão de emprego, renda e a sua contribuicão para com o desenvolvimento das pessoas, dentro do Estado, ou destacá-lo no âmbito nacional ou internacional. Ou ainda, pode avaliar a atuacão do Servico Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado de MS (Sescoop/MS) e do Sindicato e Organizacão das Cooperativas Brasileiras do Estado no Mato Grosso do Sul (OCB/MS), bem como das cooperativas que atuam no Estado, individualmente ou de forma coletiva. Projetos de responsabilidade social que envolvam as cooperativas, os cooperados, os funcionários e a comunidade onde essas estruturas estão inseridas também podem ser tema das reportagens.
Três categorias formam o prêmio, Impresso, Telejornalismo e Radiojornalismo e as duas melhores reportagens de cada categoria serão premiadas, com R$ 3000,00 para o 1º lugar e R$ 1500,00 para o 2º.
Mais informacões sobre o prêmio no www.ocbms.org.br/premio
Dados do cooperativismo
O sistema cooperativo vem crescendo ano a ano, no Brasil em 2007 eram 7.672 cooperativas com 7.687.568 associados, em 2008, o setor fechou o ano com 7.682 cooperativas e 7.887.707 associados. Já em Mato Grosso do Sul há 102 cooperativas, mais de 72 mil associados e aproximadamente 3300 empregados.
O faturamento das cooperativas, por sua vez, alcancou cerca de R$ 83 bilhões em 2008, o que corresponde a um crescimento próximo de 15% sobre os R$ 72 bilhões registrados em 2007. A região Centro-Oeste faturou 6,41 bilhões o que representa um crescimento de 18,8%, ficando acima da média nacional.
O cooperativismo de Mato Grosso do Sul também tem grande expressão na economia na local, representa 9% do PIB estdual. Um dos ramos de destaque é o agropecuário que representa 40% das cooperativas. Com forte producão de soja, sem contar a industrializacão de algodão, ovos, suinos e milho. As cooperativas de MS têm grande importância na producão estadual, 80% do algodão produzido no Mato Grosso do Sul provêm de empreendimentos cooperativos, como também 50% do milho e 40% da soja.
Cerca de 250 pessoas participaram do lancamento da Agenda Legislativa do Cooperativismo 2009, na manhã desta quarta-feira (11/3), em Brasília (DF). Márcio Lopes de Freitas, presidente da OCB, e Odacir Zonta, deputado e presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), receberam os convidados, entre eles 38 deputados federais e 11 senadores, para a cerimônia que contou com a presenca do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Reinhold Stephanes e do presidente da Unicafes, José Paulo Crisóstomo.
Em sua terceira edicão, a agenda traz 52 proposicões e 41 desafios do setor cooperativista para o Congresso Nacional. Apresenta ainda as conquistas legislativas do setor bem como um panorama do cooperativismo brasileiro hoje e os desafios aos congressistas para apresentacão de projetos de lei que atendam às necessidades do setor.
'A agenda é o símbolo do fortalecimento deste vínculo entre o cooperativismo e o Congresso', disse Lopes de Freitas ao apresentar a nova publicacão. Segundo o presidente da OCB, este compromisso acontece porque ambos têm a mesma base de atuacão: democracia, compromisso com o desenvolvimento econômico do País e justica social.
O deputado federal Waldemir Moka representou o presidente da Câmara, Michel Temer, no lancamento da Agenda Legislativa do Cooperativismo 2009, nesta quarta-feira (11/3). Segundo Moka, Temer vai agendar uma audiência com o presidente da Organizacão das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, para que seja entregue, em mãos, a Agenda Legislativa do Cooperativismo 2009.
'Cabe a nós que atuamos na Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) fazer com que sejam cumpridas as demandas do setor', disse o deputado Waldemir Moka . Ele lembrou que o ato cooperativo, uma das solicitacões da agenda anterior, já foi votado na Câmara e agora aguarda a decisão do Senado Federal. 'Esperamos que em breve tenhamos a sancão desta matéria'.
Segundo Moka, nos últimos 12 anos o Congresso atua com um tripé; Comissão da Agricultura, Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) e Ministério da Agricultura, que defendem a agricultura, a pecuária e o cooperativismo.
'A medida que as cooperativas se organizam e ganham espaco no mercado comecam a aparecer as restricões, e por isso o cooperativismo precisa de forca e de apoio de uma bancada que represente com legitimamente o seus interesses', disse o deputado. Ele ressaltou, que em seu estado, Mato Grosso do Sul, o cooperativismo tem mostrado a sua forca.
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, ressaltou o trabalho em conjunto com o setor cooperativista e parlamentares na defesa da agropecuária brasileira, durante a solenidade de lancamento da Agenda Legislativa do Cooperativismo 2009, nesta quarta-feira (11/3), em BrasÃlia (DF). 'Estamos no mesmo barco, caminhando em busca de medidas que beneficiem e viabilizem a producão agropecuária do PaÃs', disse.
Stephanes também frisou a importância da atuacão das cooperativas no financiamento à producão, lembrando a falta de crédito gerada pela crise financeira internacional, iniciada no segundo semestre de 2008. 'É preciso mais agilidade, encurtar caminhos para que os recursos efetivamente cheguem ao campo, às cooperativas', comentou.
O ministro ainda citou outras dificuldades enfrentadas pelos produtores rurais, as quais o governo está empenhado em contornar. 'O modelo de financiamento agrÃcola existente está esgotado. Temos que trabalhar para a evolucão. Há um grupo, composto por representantes do governo e da iniciativa privada, criado para trabalhar na elaboracão de um novo modelo de polÃtica agrÃcola', lembrou. Além disso, Stephanes falou sobre as necessidades de revisão de questões tributárias, que aumentam o custo de producão e incidem na renda agrÃcola, e de reformulacão do código florestal brasileiro, com base técnica e cientÃfica.