Cooperativistas e parlamentares têm encontro marcado no próximo dia 2 de julho no Plenário do Senado Federal. Nesta data será realizada a sessão conjunta do Congresso Nacional para homenagear o 87º Dia Internacional do Cooperativismo e os dez anos de atividades do Servico Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop), instituicão dedicada principalmente à educacão cooperativa.
A sessão solene será realizada às 10h, com a presenca de deputados e senadores, dirigentes de cooperativas, representantes do Sistema Cooperativista Brasileiro e autoridades convidadas. A iniciativa é do deputado Zonta, presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) com o apoio dos senadores Osmar Dias e Renato Casagrande.
O presidente do Congresso Nacional, José Sarney, desde o inÃcio quando foi consultado sobre o evento pelo presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, manteve-se aberto e receptivo à proposta. A iniciativa também recebeu o apoio imediato do presidente Câmara Federal, Michel Temer.
O 87º Dia Internacional do Cooperativismo tem como lema 'Impulsionar a recuperacão global por meio das cooperativas'. É celebrado em todo o mundo no primeiro sábado de julho, quando cerca de 800 milhões de pessoas vinculadas a cooperativas em cerca de cem paÃses. No Brasil, são 7.682 cooperativas com aproximadamente 7,8 milhões de associados que atuam em 13 ramos de atividades, respondendo por 6% do Produto Interno Bruto (PIB).
O Sescoop, que atua na formacão e capacitacão profissional, promocão social e no monitoramento e desenvolvimento das cooperativas brasileiras, comemora neste ano uma década de atuacão no Brasil. No perÃodo de 2002 a 2008, o Sescoop realizou mais de 3,7 milhões de atendimentos em suas três áreas de atuacão nas 26 unidades estaduais e no Distrito Federal.
Os planos do governo para estimular a nova safra da agricultura empresarial (2009/10) estão centrados no reforco de crédito à 'classe média ' rural e às cooperativas agropecuárias, aumento do volume de recursos a juros subsidiados pelo Tesouro Nacional, elevacão pontual de precos mínimos de garantia, seguro rural mais abrangente com R$ 300 milhões e eventual reducão nas taxas de juros do crédito rural a 6% ao ano.
Ainda sob avaliacão dos formuladores do novo plano estão também a reducão das alíquotas de depósito compulsório do bancos, a criacão de um fundo garantidor de crédito (FGC) de R$ 8 bilhões e alteracões nas regras de classificacão de risco pelo Banco Central. O plano inclui R$ 93 bilhões, mas R$ 12,3 bilhões desse total já foram destinados ao socorro de capital de giro a agroindústrias e usinas de álcool.
Ao menos R$ 50 bilhões serão emprestados a juros subsidiados. Algumas medidas foram aprovadas ontem em reunião extraordinária do Conselho Monetário Nacional (CMN) e devem ser anunciadas na próxima segunda-feira, em Londrina (PR), pelo Ministério da Agricultura. O plano de R$ 15 bilhões para a agricultura familiar será oficializado amanhã.
O governo quer atender aos produtores médios com a ampliacão do Proger Rural. O programa passará a atender produtores com propriedades acima de 15 módulos fiscais - até 1,5 mil hectares, a depender da localizacão geográfica. Na prática, isso ampliará o acesso ao crédito e reduzirá os juros de produtores 'de médios para grandes ', atendendo 'integrados ' a indústrias de aves e suínos.
As taxas, atualmente em 6,25% ao ano, podem ser equiparadas aos 5,5% da linha familiar 'Pronaf E ', até agora mais atrativa por contar com amparo de seguro de renda e producão. A renda bruta máxima para enquadramento dessa 'classe média ' será ampliada de R$ 250 mil para R$ 500 mil por produtor. E o limite individual de crédito passará de R$ 150 mil a R$ 200 mil. Essa linha também poderá ser vinculada a cooperativas agropecuárias.
As cooperativas também ganharão uma linha de capitalizacão via ampliacão das chamadas 'cotas-parte ' (espécie de acão) de R$ 2 bilhões a juros de crédito rural. Os financiamentos terão cláusulas de desempenho, compromisso com reestruturacão e recomposicão de capital.
A criacão do FGC da agropecuária, que facilitaria o acesso dos produtores ao crédito rural, não deve ser anunciado com o Plano de Safra. Um estudo do governo indica a necessidade de um volume da ordem de R$ 8 bilhões para amparar as operacões desse fundo.
Mas há divergências dentro do governo sobre o desenho do novo fundo. A medida beneficiaria 95 mil produtores rurais adimplentes com dívidas renegociadas que conseguiram, ou não, financiamentos de custeio. O FGC seria abastecido por contribuicões dos produtores sobre operacões de custeio. O 'pedágio ' variaria entre 1,75% a 4%. Os produtores inadimplentes ficariam fora dos benefícios do FGC.
Outra medida para ajudar a concessão de crédito deve ser a reformulacão de uma resolucão do Banco Central. Hoje, quem renegocia uma parcela da dívida tem toda sua operacão arrastada para níveis de risco de crédito mais elevados, o que prejudica os balancos dos bancos ao exigir provisões maiores e impede o acesso dos produtores a novos créditos.
A carteira de crédito rural total tem, segundo dados do BC, R$ 14,3 bilhões em dívidas nos piores níveis de risco - 'D ' a 'H '. A nova resolucão desobrigaria os bancos de 'arrastar ' toda a dívida para níveis de risco maiores. Apenas a parcela vencida da dívida seria reclassificada para baixo.
O governo ainda debate sobre eventual reducão dos juros. O Ministério da Agricultura insiste em reduzir em 0,75 ponto percentual, de 6,75% para 6%, mas o Ministério da Fazenda e os bancos são contrários por entender que a reducão coloca em risco a elevacão do volume de crédito subsidiado ao setor porque desestimularia os bancos a emprestar ao setor.
Veículo: Valor Econômico
Publicado em: 17/06/2009 - 10:14
As inscricões para o 2º Prêmio Professor Cooperjovem 2009 encerram nesta sexta-feira (19/6) e devem ser feitas por meio do envio da ficha de inscricão enviada às unidades estaduais do Servico Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop). O prêmio reconhece o trabalho e a dedicacão do professor atuante na 1ª fase do Programa Cooperjovem e dá visibilidade às boas práticas de ensino do cooperativismo.
Para participar é necessário que o professor da rede de ensino e/ ou de cooperativa educacional, atue na 1ª fase do Programa Cooperjovem, esteja com seus dados cadastrais atualizados junto ao Sescoop e tenha desenvolvido atividade referente ao programa no ano letivo de 2008.
O Sescoop elaborou um roteiro para que os inscritos possam se orientar no momento de escrever o projeto concorrente. Trata-se do 'Trabalho Modelo' que, ao ser respondido, estará no formato exigido.
Os inscritos têm até 31/8 para desenvolver e entregar os trabalhos nas UEs. O primeiro colocado será premiado com um notebook; o segundo lugar, um netbook, e o terceiro, um computador.
PROCESSO SELETIVO Nº 01-2009 PARA CONTRATACÃO DE PESSOAL
O Servico Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado de Mato Grosso do Sul - SESCOOP/MS, através da comissão de selecão, torna público o resultado final do Processo Seletivo nº 01-2009, convocando o candidato classificado em primeiro lugar para apresentacão da documentacão.
Pontuacão geral ao final do processo seletivo 01-2009.
nome |
Pontuacão total alcancada conforme item 5.1 do Edital |
Classificacão final |
Saulo Oliveira Meneguite |
43 |
1º lugar |
Evaldo Barbosa Passos |
42,5 |
2º lugar |
Thiago Teixeira Sant'ana e Castro |
41,5 |
3º lugar |
Obs: O candidato 'Saulo Oliveira Meneguite' classificado em primeiro lugar no processo seletivo 01-2009, fica convocado a apresentar a documentacão no dia 29 de junho de 2009, conforme exigido no item 6.2. do Edital.
Campo Grande, 19 de junho de 2009.
Comissão de Selecão do SESCOOP/MS.
Ivanildo de Jesus Silva
Juarez Pereira
Zenilda Martins Dias dos Santos
O Programa Nacional de Conformidade (PNC) do Sistema OCB para as cooperativas de trabalho foi apresentado ao Conselho Diretor da Organizacão das Cooperativas Brasileiras (OCB), nesta segunda-feira (22/6). A exposicão da proposta e dos objetivos do PNC foi feita na sede do Sistema OCB , em Brasília (DF), durante a 8ª Reunião Ordinária do Conselho Diretor da instituicão, na qual o presidente da OCB/MS, Celso Régis, esteve presente. Participaram os representantes das três cooperativas que fazem parte do projeto-piloto do Programa, o gerente de mercados da OCB, Evandro Ninaut, e o representante nacional do Ramo Trabalho da Organizacão, Geraldo Magela.
Magela explicou que o PNC é uma 'ferramenta que vai auxiliar as cooperativas, estabelecendo normas e critérios para diferenciar e gerar sustentabilidade, por meio de auditoria e monitoramento', destacou. No entanto, ele ressalta que o programa é de fácil implementacão pois está embasado na realidade das cooperativas e por isso gera um diferencial de mercado: 'assim que a auditoria constatar que as cooperativas de trabalho estão adequadas a um padrão que as diferenciem no mercado, elas passam a se posicionar melhor, beneficiando os associados bem como a populacão que utiliza seus servicos '.
Na avaliacão do diretor Administrativo da Cooperativa de Trabalho Vinculada à Área de Formacão Profissional do Estado do Rio de Janeiro (Cooptrein), Pedro Salvar, o PNC vai garantir um padrão de qualidade que o mercado exige. 'Precisamos aprimorar a governanca, ter um plano de trabalho, pois a profissionalizacão é algo exigido em todas às áreas e no cooperativismo não é diferente', diz .
Já para o presidente da Cooperativa de Trabalho dos Consultores e Instrutores de Formacão Profissional, Promocão Social e Econômica (Coopifor), José Ailton Junqueira de Carvalho, o programa vai responder questões básicas como: quem somos? onde e como estamos? e para onde vamos?. Além disso, Carvalho acredita que o PNC vai unir o sistema cooperativista. 'O Programa solidificará o processo de desenvolvimento e profissionalizacão da OCB, da Ocemg e da Fetrabalho do estado ', avalia.
O presidente da Cooperativa de Trabalho e Servicos de Profissionais de Área de Portaria, Limpeza e Manutencão Predial (Cooperminio), Eron Alves Feitosa, com sede em São Paulo, diz que o projeto resgatou entre os cooperados os princípios do cooperativismo, que diferem o setor de outras empresas. 'Sabemos que o PNC não cria nenhuma nova exigência para as cooperativas, só reafirma os seus propósitos'.
A implantacão do PNC é coordenada por Evandro Ninaut, que informa que a operacionalizacão do Programa ficará a cargo das organizacões estaduais da OCB. 'Essa certificacão de conformidade fortalecerá as nossas organizacões e vai gerar legitimidade das nossas cooperativas perante o mercado.