Casa do Cooperativismo recebe visita de acadêmicos

Casa do Cooperativismo recebe visita de acadêmicos

Na manhã de hoje, 27 de agosto, a Casa do Cooperativismo recebeu a visita de acadêmicos da Uniderp Interativa. Cerca de 30 alunos assistiram à uma palestra sobre cooperativismo e puderam conhecer mais dessa doutrina e seus princípios.

Produtores contestam imagem de vilões do aquecimento global

Representantes de entidades ligadas à agropecuária rejeitaram nesta quinta-feira (27/8)  a idéia de que o setor seja um dos maiores responsáveis pelo aquecimento global e apontaram caminhos para uma agricultura sustentável, que contribua para a reducão das emissões de gases de efeito estufa. Segundo os participantes de seminário sobre o assunto na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, o Brasil tem condicões de reverter o quadro, desde que haja envolvimento de governos, de institutos de pesquisa e de grandes e pequenos agricultores.

Prejuízos - Segundo o pesquisador Eduardo Assad, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em vez de 'vilã ', a agricultura pode tornar-se a vítima do aquecimento global, com grandes prejuízos se nada for feito para minimizar os efeitos das mudancas climáticas. 'O aumento de temperatura é desastroso para a planta, pois afeta seu ciclo e reduz a produtividade ', disse Assad.

Como consequência, ele disse que o País pode perder 40% da producão de soja até 2070 caso o atual contexto não mude. O prejuízo seria de R$ 7,6 bilhões. A adaptacão das plantas ao aquecimento global passaria por melhoramento genético. O tempo estimado para esse trabalho, segundo o pesquisador da Embrapa, é de dez anos.

Sistemas de producão - Outra estratégia seria atuar na absorcão de carbono já durante a agricultura, a partir do manejo de solo. Um manejo comum é o do plantio direto, no qual a palha e os restos vegetais de outras culturas são mantidos na superfície do solo, garantindo cobertura e protecão contra processos danosos, como a erosão.

No caso da pecuária, a solucão passa pela adocão de sistema agrosilvopastoril, ou seja, de integracão entre lavoura e pecuária. Os benefícios seriam a reducão da abertura de novas áreas de pasto e uma menor emissão de gases de efeito estufa, em razão de uma retencão de carbono pela vegetacão.

O problema para adocão desses mecanismos no País, na avaliacão de Assad, é que não se costuma financiar sistemas de producão. 'A gente financia lavouras e pastos. Sistema de producão é mais complicado, mas, no longo prazo, é altamente rentável. Temos que parar de pensar como indústria, mas como sistema ', afirmou.

A vice-presidente e secretária de Relacões Internacionais da Confederacão Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Alessandra Lunas, reforcou a tese de que os sistemas de producão estão relegados a segundo plano no Brasil. Ela afirmou que, muitas vezes, para conseguir financiamento oficial, o produtor tem de estar vinculado à pecuária.

'O processo ainda é trabalhado de forma convencional. Há uma dificuldade imensa para que o apoio aconteca na prática. Muitas políticas fazem o contrário do que a gente tenta discutir ', reclamou.

Política rural - O assessor técnico da Comissão de Meio Ambiente da Confederacão Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodrigo Justus de Brito, afirmou que faltam políticas estruturantes do governo para o setor. Ele disse que a atividade rural deve ser valorizada pelas contribuicões feitas à preservacão ambiental.

'Parece que o Brasil se envergonha do setor agropecuário quando vai negociar o assunto com outros países. A agricultura é considerada a vilã. O problema é que temos que diminuir a distância dos nossos vários Brasis. Há produtores sem nenhuma condicão de trabalho, emitindo [gases] por falta de informacão. Temos que transformar todo o País em um sistema de producão eficiente e ecológico, mas defendendo os interesses nacionais ', afirmou Brito.

O assessor da CNA disse que não é a agropecuária brasileira a responsável por 30% do aquecimento global, mas a agropecuária do mundo inteiro.

O seminário da Comissão de Agricultura foi sugerido pelo deputado Beto Faro. (Fonte: Agência Câmara)

Dívida rural é discutida pela OCB e representantes da Frencoop

Representantes de entidades ligadas à agricultura, entre eles da Organizacão das Cooperativas Brasileiras (OCB), participaram, nesta quarta-feira (26/8), da audiência pública para debater o endividamento do setor agrícola brasileiro. A sessão foi promovida pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural em atendimento ao pleito do deputado Luis Carlos Heinze, integrante da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop). Segundo ele, o governo sabe que a última negociacão da dívida rural (MP 432/08, convertida na Lei 11.775/08) não atingiu o objetivo esperado.

Heinze, que foi relator da MP, disse que tentou dar condicões para que os produtores rurais pudessem pagar suas contas, já inchadas pelos extorsivos juros bancários, multas e taxas, mas esbarrou na insensibilidade da área econômica do governo federal. Segundo ele, um dos principais problemas são as dívidas contratadas a partir de 2003. 'Nesse período o setor sofreu com várias intempéries que afetaram a producão e também teve prejuízos devido a queda acentuada nos precos dos produtos e no aumento dos insumos', explica.

O especialista em Mercados da OCB, Gustavo Prado, que representou o presidente da Organizacão, Márcio Lopes de Freitas, na audiência, apresentou os pontos que afetam as cooperativas e de que forma elas estão atuando frente ao endividamento. Segundo ele, em 2007 a dívida rural passava de R$ 100 bilhões e, embora as cooperativas representem 38% da producão agropecuária, tem uma participacão da ordem de 20% na dívida, ou seja, R$ 20 bilhões.

'As cooperativas possuem eficácia e eficiência econômica e social. Neste cenário crítico, foram capazes de fugir de sua finalidade para serem financiadoras de seus associados', pontuou o especialista, que finalizou a apresentacão da OCB dizendo que 'precisamos de bom senso do governo para superarmos as ameacas e pontos fracos e aproveitarmos os pontos fortes e as oportunidades no momento de crise para a formulacão de políticas públicas que resolvam o passivo financeiro da agricultura e sustentem seu crescimento'.

Próximos passos - Os parlamentares da bancada do agronegócio iniciam na próxima semana nova rodada de negociacões com o governo e os bancos para tratar do assunto. Segundo Heinze, o setor vai buscar um novo acordo com condicões para todos os produtores pagarem suas operacões.

'Se não houver pressão, não haverá solucão. Precisamos do apoio da base produtiva para solucionar os problemas apresentados ', afirmou o deputado da Frencoop. Para o senador Gilberto Göellner, que também integra a Frente, 'nem o fundo garantidor resolve mais. Precisamos de renda ', disse. (Com informacões a Agência Câmara)

 

Prazo de entrega dos trabalhos do 2º Prêmio Professor Cooperjovem encerra dia 11

O prazo para entrega dos trabalhos do 2º Prêmio Professor Cooperjovem nas unidades estaduais encerra dia 11 de setembro.

Este ano, o Estado de MS teve um crescimento de 100% no número de inscricões para o Prêmio Professor Cooperjovem, totalizando 11 professores. O prêmio reconhece o trabalho e a dedicacão do professor atuante na 1ª fase do Programa Cooperjovem e dá visibilidade às boas práticas de ensino do cooperativismo.

As escolas de MS inscritas são: Escola Municipal Candido Lemes dos Santos de Caarapó, Escola Pólo Municipal Campanário de Laguna Carapã, Escola Vereador Odércio Nunes de Matos de Naviraí, Escola Estadual Dom Bosco de Dourados, Escola Carlos Drumond de Andrade de Chapadão do Sul, Escola Municipal João Pedro Fernandes de Maracaju, Escola Municiapl Maria da Glória Muzzi Ferreira de Douradina, Escola Municipal de Rochedo e Escola Municipal Governador Arnaldo Estevão de Figueiredo de Campo Grande.

O primeiro e segundo colocado será premiado com um notebook e o terceiro, com um computador.

 

Novas vagas para o II Seminário Jurídico do Cooperativismo de MS

Devido a grande procura, o Sescoop/MS abriu novas vagas para o II Seminário Jurídico do Cooperativismo de MS. Haverá uma sala com transmissão simultânea do seminário. As inscricões são gratuitas e vão até amanhã, dia 02.

Para se inscrever acesse este link http://www.ocbms.org.br/seminario_juridico_04_setembro_2009_form.php

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