Brasil na busca pelo topo do mundo

De acordo com o Serviço Internacional para Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (ISAAA), o Brasil já é o segundo país em área plantada com soja, milho e algodão geneticamente modificados. Os dados revelam, em 2009, foram 21,4 milhões de hectares cultivados com biotecnologia, 100 mil hectares a mais que a Argentina, a terceira no ranking mundial. Dos 21,4 milhões de hectares, 16,2 milhões são de soja; 5 milhões, de milho; e 145 mil, de algodão. O estudo também mostrou que a área cultivada com plantas geneticamente modificadas, no país, cresceu 35,4% em relação a 2008, o mais alto índice entre os 25 países que plantam transgênicos no mundo.

 

Diante deste quadro, a Monsanto tem um papel fundamental. Como uma das principais empresas no setor de sementes, tem direcionado a maior parte de seus investimentos às áreas de melhoramento genético e biotecnologia, buscando o desenvolvimento agrícola. “Trata-se de uma ferramenta para aumentar a produção de alimentos de maneira mais sustentável, preservando os recursos naturais e a biodiversidade”, destaca Rodrigo Santos, diretor de Estratégia e Gerenciamento de Produto. Em 2008, a empresa se comprometeu a trabalhar para dobrar a produção nas culturas de soja, milho e algodão até 2030, pensando nas necessidades de uma população mundial crescente.

 

Considerando o atual sistema regulatório brasileiro, o respeito à propriedade intelectual e a constante busca dos agricultores por mais produtividade, com menor utilização de recursos, a Monsanto tem investido cada vez mais no país. Em todo o mundo, a empresa designa 10% de seu faturamento, o que representa mais de US$ 1 bilhão por ano, para pesquisas com sementes.

 

No Brasil, seguindo as perspectivas do ISAAA, a Monsanto manterá suas ações focadas em soja, algodão e milho. “Essas três culturas continuarão a crescer para a empresa. Além disso, a companhia também vem apostando no segmento de hortaliças e, em especial no Brasil, no mercado de cana-de-açúcar, para o qual estão sendo desenvolvidas inovações e tecnologias”, ressalta Santos.

 

Seguindo este panorama de otimismo, a Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem) encomendou um estudo, feito pela consultoria Céleres, sobre o uso da biotecnologia na agricultura brasileira. De acordo com os dados divulgados, os organismos geneticamente modificados geraram até agora ganhos de US$ 3,6 bilhões para o setor agrícola nacional. Para o presidente da Abrasem, Ywao Miyamoto, a adoção de novas tecnologias é vital para que o mercado obtenha números tão satisfatórios. “No caso das sementes, estamos constatando que o produtor aderiu à biotecnologia de forma consciente”, observa.

 

E as perspectivas em longo prazo são ainda melhores. Segundo projeções da Céleres, na safra 2018/19, o algodão transgênico atingirá 1,6 milhão de hectares plantados (118,1 mil hectares em 2008/09). Já o plantio de milho transgênico chegará a 11,2 milhões de hectares (1,14 milhão hectares na safra 2008/09), enquanto o plantio de soja transgênica será de 25,2 milhões de hectares (21,5 milhões de hectares na safra 2008/09). As informações são da Monsanto.

 

Veículo: Site AgroLink
Publicado em: 26/05/2010 
 

OCB participa do Seminário de Governanca Cooperativa no MS

OCB participa do Seminário de Governanca Cooperativa no MS

Gestão cooperativa e avanços normativos foi o tema da palestra apresentada pelo presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, durante o Seminário de Governança Cooperativa - BRC, nesta sexta-feira (14/5), às 16h, em Campo Grande (MS). O evento foi uma realização da Central Sicredi Brasil Central e tem início nesta quinta-feira (13/5), no Centro de Convenções Gunter Hans - Hospital São Julião.

Na programação, também estavam previstas palestras sobre os seguintes temas: Cenário Econômico, Mercado de Serviços Financeiros, Gestão de Riscos Sistêmicos, Ferramenta de Gestão, Planejamento Estratégico 2011-2015, Sustentabilidade (pessoas) e Sustentabilidade (financeiro, econômico, regulação).

 

ENTREVISTA: Código Florestal precisa deixar o agricultor em paz

Crítico feroz da influência de ONGs em questões ambientais e combatido por ambientalistas por sua proximidade com a bancada ruralista, o deputado Aldo Rebelo (PCdoB) terá uma dura batalha política quando apresentar seu relatório final, no início de junho, na comissão especial de reforma do Código Florestal. O texto dará aos Estados o poder de legislar em questões ambientais, evitará punição a derrubadas feitas sob incentivo oficial e consolidará áreas de produção em várzeas e topos de morros. Rebelo, que ouviu mais de 378 pessoas em 64 audiências públicas e outras tantas privadas país afora, espera continuar com o apoio dos partidos que o levaram à delicada e complexa relatoria. Os três candidatos a Presidente da República têm opiniões diferentes sobre o tema, mas Aldo Rebelo diz ter apoio para suas ideias de pelo menos de dois deles: José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT). As áreas de reserva legal e de preservação permanente (APP) serão mantidas, mas com regras alteradas para permitir "corredores ecológicos" e exigências de mata ciliar segundo a largura dos rios. Haverá moratória de cinco anos ao desmatamento na Amazônia, Caatinga e Pantanal. Na Mata Atlântica, será proibido desmatar. Nesta entrevista ao jornal Valor Econômico, Rebelo antecipa algumas das principais propostas do relatório que apresentará.

Valor: Qual o objetivo do seu relatório?

Aldo Rebelo: Minha ideia é criar a base de uma legislação que deixe o agricultor em paz. O Estado tenha mais função de orientar, fazer da preservação do meio ambiente não humilhação e punição, mas educação. Mais de 90% dos municípios não têm órgão ambiental. Na maioria dos Estados, são estruturas precárias. Deviam prevenir, e não punir.

Valor: O senhor delegará poder aos Estados?

Rebelo: Sim, vamos buscar incorporar Estados e Municípios. Se não delegar, não temos como cobrar responsabilidades. Tem que delegar e destinar recursos, como se faz com Saúde e Educação. É o exemplo que buscamos. É a forma de comprometer Estados com a questão ambiental. Como vamos pensar que o Ibama, aqui de Brasília, vai resolver os problemas ambientais? Não tem outro jeito. Se não envolver as pessoas, os Estados, não se resolve.

Valor: As APPs e reservas legais serão mantidas?

Rebelo: Embora a reserva legal e a APP sejam personalidades jurídicas únicas no direito ambiental internacional, com exceção do Paraguai, para cumprir o nosso compromisso com o projeto civilizatório ambientalmente equilibrado devemos manter as duas. E calcular a soma da reserva legal com a APP para exigência legal.

Valor: E as áreas desmatadas ilegalmente?

Rebelo: Algumas áreas têm que ser tomadas como consolidadas. Pode-se fazer uma moratória. Na Mata Atlântica, desmatamento zero. Já se desmatou além da conta. Para a Amazônia, também desmatamento zero, mas por cinco anos até cada Estado fazer zoneamento econômico e ecológico. Para Caatinga e Pantanal, a mesma coisa. Não tem sentido fazer operação Arco do Fogo no Amazonas que tem 98% de 1,6 milhão km² de cobertura vegetal original. O que vai se fazer lá a não ser confusão? Amazônia Legal é conceito fiscal para ter benefício da Zona Franca. Lá, tem Caatinga, Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica.

Valor: E como será feita a compensação?

Rebelo: A compensação pode ser na mesma bacia, no mesmo bioma ou fora do Estado. Se for na bacia ou no bioma, pode ser fora do Estado. Porque os rios de primeira geração são interestaduais. Mas isso não está resolvido ainda. Há quem defenda não fazer a reserva legal por propriedade, mas tomar como referência a bacia ou o bioma. Fazendo por bacia obtém opção ecologicamente mais eficaz. Se preserva os corredores ecológicos, a flora, a fauna, os mamíferos superiores. Se fizer por propriedade, a alternativa de isentar as pequenas, facilitar as médias e dar alternativa para as grandes.

 

Copasul expõe na EXPO MS

A Copasul- Cooperativa Agrícola Sul Matogrossense é um dos 136 expositores distribuídos em 170 estandes montados no Centro de Convenções e Exposições Albano Franco na Expo-MS Industrial 2010 que começou ontem (18) em Campo Grande. A expectativa da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), promotora do evento, é superar os números alcançados na primeira edição realizada em 2008, quando foram movimentados R$ 30,5 milhões em negócios e teve a presença de 30 mil pessoas.

A Copasul que atua no mercado há mais de 30 anos quer dar mais visibilidade a cooperativa e fazer novos contatos na feira.

Além de palestras com Paulo Henrique Amorim, Heraldo Pereira, Ricardo Amorim e Ricardo Voltolini e desfile da modelo e apresentadora Ana Hickmann, durante a feira da indústria, o Banco do Brasil vai disponibilizar, por meio do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), R$ 170 milhões para financiamentos para o setor industrial. O evento, que este ano vai neutralizar a emissão de carbono com plantio de árvores nativas, também terá o lançamento do Pólo Cerâmico de Rio Verde, do Ceprovest Dourados (Centro de Produção do Vestuário e Têxtil) e da Edição Especial da MS Industrial Perfil – Indicadores – Sondagem.

 

Comitê avanca nas discussões sobre programa de formacão do aprendiz

O Comitê de Sistematização da Aprendizagem do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) se reuniu esta semana, em Brasília (DF), para dar seqüência às discussões da criação de uma diretriz nacional a ser adotada pelas unidades estaduais, visando atender as cooperativas. As discussões foram coordenadas pela gerente e pela coordenadora de capacitação da Gerência de Apoio ao Desenvolvimento em Gestão (GEADG) do Sescoop, Andréa Sayar e Edlane Resende, respectivamente, com a participação de representantes dos estados de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, São Paulo, e Tocantins.

 

O grupo elaborou a grade curricular básica das etapas teóricas e prática do programa e definiu os critérios para a elaboração do projeto de curso. Também foram definidas as próximas etapas de desenvolvimento de conteúdo, metodologia e material. Na avaliação da gerente da GEADG, Andréa Sayar, o trabalho está sendo muito bem encaminhado com o apoio dos profissionais das unidades estaduais, que contribuem com o conhecimento e a espertiz no assunto. “Estamos trabalhando para que o programa tenha um caráter mais pragmático e, assim, sua adoção possa ser viabilizada pelos estados, em atendimento à Lei do Aprendiz”, resume Andréa.

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