Atualmente são 125 cooperativas, que geram mais de 11,5 mil empregos no MS
A OCB/MS que tem como finalidade promover e desenvolver o cooperativismo, foi constituída logo após a divisão do Estado e completa 43 anos no dia 7 de junho. Sua história mistura-se com a evolução do cooperativismo sul-mato-grossense seja na representação e defesa política, na atuação sindical ou no fomento do modelo de negócio, a entidade não mediu esforços para a melhoria e o desenvolvimento do movimento no Estado.
Já são mais de 4 décadas em defesa dos princípios e valores inabaláveis do cooperativismo, mas também de busca da ampliação desse modelo econômico sustentável e socialmente responsável, capaz de proporcionar inclusão produtiva, geração de renda, acesso a mercados e uma das ferramentas mais estratégicas para os governos preocupados com o desenvolvimento de seu estado e país.
“A história do cooperativismo sul-mato-grossense é muito mais antiga que os 43 anos, temos cooperativas com mais de oito décadas e que passaram por diversos momentos da economia e da política”, afirma o presidente, Celso Régis. Ainda completa que a OCB/MS tem orgulho em ter cumprido até aqui, sua missão de promover e fomentar a ideia do cooperativismo por meio da capacitação e da difusão de seus princípios doutrinários, bem como integrar, desenvolver e dar sustentação aos empreendimentos cooperativos, contribuindo para uma sociedade mais solidária e fraterna.
“Assim, o que nos motiva é falar dos benefícios da doutrina da cooperação, da ajuda mútua. É através dela que temos a melhor oportunidade de exercitar, afetivamente, os sentimentos mais puros e mais elevados da alma humana: Reconhecer que o homem é mais importante que o capital. Que o verdadeiro capital é humano. Princípio basilar do cooperativismo”, conclui o presidente.
Atualmente são mais de 125 cooperativas, que possuem mais de 390 mil cooperados por todo Mato Grosso do Sul. Esse setor, além de fazer grandes investimentos nas cidades onde atuam, geram mais de 11,5 mil empregos. Quase 90% dos 79 municípios do MS têm uma sede de um empreendimento cooperativo.
As cooperativas são um pilar importante da economia, o faturamento em 2021 foi de R$ 26,5 bilhões no MS, um crescimento de 38% aproximadamente e em tributos foram R$ 690 milhões, crescendo cerca de 57%. E todo esse resultado econômico tem impacto direto na sociedade, agregando renda e promovendo desenvolvimento.
A instituição tem orgulho da trajetória que trilhou e tem motivação para construir sonhos e realizar metas no futuro. E também agradece aos líderes que com sabedoria lutaram, incentivaram e ajudaram a consolidar esse modelo forte e bem-sucedido. Mas acima de tudo, parabeniza os cooperados que em todos esses anos acreditaram nesse papel transformador do cooperativismo e doaram seu suor em prol do desenvolvimento local e da comunidade.
O Sistema OCB participou, na quinta-feira (2), de evento promovido pelo Observatório de Bioeconomia da Fundação Getúlio Vargas (FVG) que debateu as estratégias do cooperativismo para o desenvolvimento sustentável. No evento, moderado pelo pesquisador Daniel Vargas, o coordenador de Meio Ambiente do Sistema OCB, Marco Olívio Morato, destacou que o modelo de negócios cooperativista está um passo à frente em termos de sustentabilidade, pois atende as premissas de ser ecologicamente correto, socialmente justo e economicamente viável.
“O cooperativismo tem sido um dos indutores de tecnologias e soluções sustentáveis há anos. Somos referência em programas de sucesso como adoção de tecnologias de sequestro e baixa emissão de carbono, na recuperação de nascentes e matas ciliares, em ações que transformam passivos ambientais em energia renovável e biofertilizantes”, afirmou Morato. Ainda segundo ele, “essas ações corresponderem aos anseios do movimento, das comunidades e principalmente do mercado”, acrescentou.
Três cooperativas foram convidadas a apresentar projetos de sucesso em sustentabilidade durante o evento: a Cooperativa Lar Agroindustrial, do Paraná; a Cooperativa de Produtores Rurais (Coopercitrus), que abrange São Paulo, Minas Gerais e Goiás, e a Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (Camta), do Pará.
Exemplos
A apresentação da Lar detalhou como são realizados os trabalhos de assistência técnica e capacitação desenvolvidos e, ainda, sobre o protagonismo da cooperativa quando se trata de biodigestores e aproveitamento de dejetos. O presidente Irineo Rodrigues reforçou que o biogás é o vetor de descarbonização do agronegócio e que a Lar já recebeu prêmios por seu projeto sustentável que prevê a emissão zero de carbono até 2060.
“Nossas práticas buscam e alcançam melhor qualidade da água, do ar, de energias renováveis e gestão de resíduos. São mais de 150 nascentes recuperadas em propriedades de associados, procedimentos de logística reversa, de reciclagem de embalagens, de aproveitamento de dejetos para a geração de energia. Essa integração de atividades gera muita matéria-prima que, com o devido tratamento, como é o caso dos biodigestores, permite uma destinação correta e a produção de energia limpa”, explicou.
Irineu destacou ainda que o inventário elaborado pela Lar para definir metas e prazos para redução de emissão de carbono é o principal método utilizado por seus associados. “Temos o Programa de Inovação e o Lar e Associados, mas nessa temática, o Prêmio Lar Sustentabilidade é o que reconhece as melhores práticas sustentáveis. Neste caminho, o próximo passo a conquistarmos seria o pagamento por serviços ambientais”.
A Coopercitrus foi representada pelo presidente do Conselho de Administração, Matheus Marinho, que pontuou que a sustentabilidade é um pilar estratégico dentro da cooperativa. Ele atribui o sucesso à criação da Fundação Coopercitrus Credicitrus, que recebe investimentos ocasionando mudanças significativas para os cooperados.
“Na Fundação, temos três pilares base: educação para o agro, onde ofertamos graduação em big data e outro curso técnico em agronegócio – aberto para a sociedade. O segundo é o meio ambiente, com equipe técnica que vai ao campo trabalhar com recuperação de matas ciliares, nascentes, projetos de fixação de carbono no solo e mais uma gama ampla de ações desenvolvidas pelo do time da fundação. O terceiro pilar é utilizar a tecnologia de máquinas e implementos a céu aberto, para que o produtor possa caminhar e ver as soluções desenvolvidas para cada situação, bem como o que está alinhado com sua necessidade, com seu nível tecnológico”, afirmou.
A Camta é referência no que diz respeito à sustentabilidade econômica e ambiental a partir do Sistema Agroflorestal de Tomé-Açú (Safta). O Safta contribui para o fim do uso de fogo na escala produtiva, permeando a cultura de baixo carbono; para a geração de emprego, renda e qualificação por conta da necessidade de mão de obra para o manejo das variadas culturas. Segundo o coordenador do Núcleo Agroflorestal de Pesquisa Aplicada da cooperativa, Raul Monteiro, o Safta é um piloto de larga escala.
“Nosso triturador como opção para queima já ganhou premiação da ONU como tecnologia de grande impulso para sustentabilidade. Temos 500 hectares de terra para expansão da produção agroflorestal, estruturação da patrulha mecanizada, agricultura sem queima e fábrica de fertilizantes para otimizar o uso do resíduo da agroindústria. Nossa tecnologia reduz em cinco vezes os gases de efeito estufa. Nosso projeto junto à Embrapa para mecanização e expansão do Sistema da Camta, que vai até 2026, vai nos ajudar a superar limitações e dar continuidade na pesquisa aplicada em agricultura sem queima. Isso agrega valor ao desenvolvimento sustentável e também gera mais rentabilidade aos cooperados, além de replicar tecnologias da agricultura biológica, diminuindo a dependência de insumos externos”, ressaltou.
Agenda
O evento contou também com as considerações do coordenador da FGV Agro e ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues. Ele se mostrou satisfeito com as apresentações e destacou a agenda da sustentabilidade tem estimulado as inovações no campo. “Diversas e importantes ações de inovação e sustentabilidade são lideradas por cooperativas de várias regiões Brasil. São experiência diversificadas e exitosas. Então, esse tipo de encontro traz luz sobre como a sustentabilidade pode se tornar fonte de renda e riqueza para o produtor brasileiro”.
O ex-ministro também agradeceu o apoio do Sistema OCB, ao Observatório da FGV e sugeriu a promoção de um congresso brasileiro de cooperativas e sustentabilidade para divulgar amplamente os modelos expostos durante o webinar.
O Conselho Gestor do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicação (Fust) realizou sua primeira reunião nesta segunda-feira (6). Formado por 13 membros, o colegiado conta com a participação do coordenador de Energia e Meio Ambiente do Sistema OCB, Marco Olívio Morato, como representante da sociedade civil.
“O objetivo do conselho é encontrar alternativas para que os recursos do fundo sejam aplicados efetivamente em políticas que permitam o acesso a quem realmente precisa dos serviços de telecomunicação. O agro brasileiro, por exemplo, ainda possui muitos espaços sem conectividade, o que dificulta tarefas simples como consultar um extrato bancário, emitir de nota fiscal eletrônica, até a adoção de tecnologias mais eficientes e sustentáveis, como agricultura de precisão e automação de processos”, explica o coordenador.
Para a primeira reunião, a pauta contou com a análise e aprovação do Regimento Interno do Conselho, a apresentação do plano de trabalho, a definição do cronograma de encontros e o nivelamento dos conselheiros sobre a legislação e o papel de cada um no colegiado.
“Foi importante para entendermos um pouco mais sobre ações que podemos adotar para o aprimoramento dessa política pública que confere acessos a recursos importantes para a conectividade no país, bem como para a aprovação de projetos nesse sentido, como requisitos, critérios e modalidades disponíveis de crédito”, acrescentou Morato.
Atribuições
A legislação incumbe ao conselho a formulação de políticas, diretrizes e prioridades que orientam as aplicações do fundo em programas, projetos, planos, atividades e ações voltados para a universalização dos serviços de telecomunicação. Também é responsável por estabelecer os critérios para o credenciamento e atuação dos agentes financeiros responsáveis pela disponibilização dos créditos oriundos do fundo.
A próxima reunião do conselho está agendada para o dia 8 de agosto.
Conquista
A nomeação de Marco Morato para compor o Conselho do Fust representa uma conquista para o movimento cooperativista no Brasil. Segundo o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, ela é “fruto de uma atuação persistente para levar ao campo brasileiro, às cooperativas agro e infra e ao produtor rural a oportunidade de uma contribuição cada vez mais efetiva para que a conectividade seja uma realidade e não apenas uma promessa que nunca se concretiza. É mais um passo para a expansão das linhas de financiamento que auxiliarão no acesso, na produção e na difusão de novas tecnologias”.
A atuação também resultou na nomeação de Matheus Ferreira Pinto da Silva, diretor de Assistência Técnica e Gerencial da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Os Sistemas OCB e CNA possuem as maiores bases de representação e organização da cadeia produtiva do agronegócio. Ambas as entidades atuaram incansavelmente para a sanção da Lei 14.109/20, que dispõe sobre a finalidade, a destinação dos recursos, a administração e os objetivos do Fust.
As ações resultaram em outras conquistas importantes também, como a inclusão das entidades como integrantes do Conselho Gestor da Câmara Agro 4.0 e a aproximação institucional com órgãos como os ministérios da Ciência e Tecnologia, Comunicação, Agricultura e Pecuária; a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES).
O Sistema OCB, em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), abre inscrições para selecionar 15 cooperativas do Ramo Agro para uma rodada de negócios internacionais. O encontro será realizado de forma virtual no período de 22 de agosto a 9 de setembro.
As contempladas terão abertura de mercado na Europa, no Oriente Médio, na China e na América do Sul. O objetivo é reconhecer e expandir mercados para vinhos, espumantes, suco integral, frutas e derivados, mel e própolis, lácteos, castanha e nozes de produtores brasileiros.
Às selecionadas serão ofertados serviços de matchmaking para prospecção de compradores locais, de acordo com o portfólio de cada participante; e até três reuniões de negócios virtuais com potenciais compradores.
Podem participar as cooperativas que tenham exportado em 2020 e 2021, que conte com representante que fale inglês ou espanhol e possua registro regular no Sistema OCB. Serão escolhidas as 15 cooperativas com maior pontuação, de acordo com as regras estipuladas no Regulamento. Em caso de empate, será selecionada a cooperativa que se inscrever primeiro.
Para inscrever sua cooperativa, acesse o link: https://in.coop.br/apex-inscricao
Campanha também arrecadou 3 toneladas de alimentos
A população de Três Lagoas vai ganhar um grande presente dia 13 de junho, a entrega do monumento do Cristo revitalizado. Essa iniciativa é da Sicredi União MS/TO e Oeste da Bahia e faz parte da campanha União do Bem, que em Três Lagoas teve o objetivo de arrecadar alimentos para projetos que dão assistência para pessoas e famílias em situação de vulnerabilidade. Pois onde tem União do Bem, não falta cuidado!
A arrecadação estava atrelada à revitalização do Cristo, que foi um termômetro das doações. A cada tonelada de alimentos, uma parte da caixa de doações era preenchida com os alimentos.
Depois de uma intensa campanha, mobilizando a população de Três Lagoas, a meta de 3 toneladas foi atingida e o monumento será entregue nesta segunda-feira, dia 13, às 17h30, na praça do Jardim Alvorada.
“É tão gratificante ver milhares de pessoas engajados por um mesmo propósito. O movimento solidário que essa campanha promoveu foi emocionante. O cooperativismo mobiliza e une as pessoas, porque juntos fazemos mais, afirma com entusiasmo o presidente da Cooperativa, Celso Régis.
As doações vão beneficiar diversas entidades, dentre elas: Desafio Jovem Peniel, Apae, Vila Vicentina, Rede Feminina de Combate ao Câncer, Missão Salesiana, A Candeia e Lar dos Idosos Jose Xavier.
A campanha é em parceria com a Prefeitura de Três Lagoas e teve diversos pontos de coleta espalhados pela cidade. “A participação da população foi fundamental e queremos agradecer o apoio de todos, inclusive dos parceiros que foram pontos de arrecadação. Sem a cooperação de todos, isso não seria possível”, declara o gerente da Agência de Três Lagoas, Vanderson Fortuna.
SERVIÇO: Entrega do monumento do Cristo em Três Lagoas, dia 13, às 17h30, na praça do Jardim Alvorada.
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