Pesquisadora do MS apresenta trabalho no XII Encontro de Pesquisadores Latino-americanos em Coop
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Pesquisadora do MS apresenta trabalho no XII Encontro de Pesquisadores Latino-americanos em Coop

Entre os dias 27 e 29 de julho, aconteceu o XII Encontro de Pesquisadores Latino-americanos em Cooperativismo (EILAC), no campus da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), em Curitiba. O encontro foi organizado pela Rede Latino-americana de Pesquisadores em Cooperativismo (RILAC) em conjunto com pesquisadores e universidades latino-americanas. A pesquisadora Sílvia Morales de Queiroz Caleman, professora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) foi uma das participantes do evento.

A pesquisadora foi convidada a participar do Painel 2, com o tema “Resiliência e Governança nas Cooperativas”. De forma virtual, à distância, ela dividiu o painel com duas painelistas que tratam do mesmo tema, María Inmaculada Buendía Martínez, da Universidad Castilla-la Mancha, da Espanha, e Sara Vicari, co-fundadora da Aroundtheworld.coop

Na ocasião, Silvia apresentou o resultado de uma pesquisa realizada com um de seus alunos de doutorado, um estudo multicaso com cooperativas ativas e paralisadas. “O que eu apresentei no congresso foi o resultado de uma pesquisa de um aluno de doutorado, e tenho que agradecer muito o apoio da OCB/MS porque junto com o apoio de vocês, o meu aluno conseguiu contactar as cooperativas.” Na pesquisa foi realizada análise de mecanismos de governança que confeririam maior resiliência às cooperativas. O estudo foi feito com quatro cooperativas, duas em operação e duas que estão em liquidação ou paralisadas. Após esses estudos, também foi realizado um levantamento com 31 cooperativas. 

Assista a transmissão do painel no link

Sistema OCB/MS – O Analista de Monitoramento do Sistema OCB/MS, João Luiz Gomes Garay Brandão, apresentou o artigo “Impactos da pandemia da COVID-19 nos indicadores financeiros de uma cooperativa agropecuária”, de sua autoria, em um dos grupos de trabalho do XII EILAC. 
 

Tânia Zanella presta homenagem à cientista em Congresso da Abag
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Tânia Zanella presta homenagem à cientista em Congresso da Abag

A superintendente do Sistema OCB, Tânia Zanella, participou do 21º Congresso Brasileiro do Agronegócio, realizado nesta segunda-feira (1º), pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) em parceria com a B3 (Bolsa Brasileira). O evento contou com a exposição de especialistas e representantes de entidades do setor. Tânia foi a escolhida para entregar o Prêmio Norman Borlaug 2022 – Sustentabilidade à pesquisadora da Embrapa Soja, Mariangela Hungria da Cunha.

“É uma honra homenagear, em nome do Sistema OCB, essa grande cientista. Esse reconhecimento está perfeitamente adequado a homenageada que, por meio de sua pesquisa, traz orgulho para a agricultura brasileira, não somente por ter iniciado a revolução verde, mas também por, no decorrer dos anos, ser exemplo no estudo de fórmulas para manter nosso agronegócio pujante. Nosso muito obrigada pelo seu incrível trabalho e por ser essa grande referência não apenas no setor, mas como mulher”, parabenizou Tânia.

Emocionada, Mariangela declarou que a homenagem fez o filme da sustentabilidade passar por sua cabeça e que seus anseios para o futuro são de uma produção mais eficiente e menos gravosa ao meio ambiente. “Desde criança eu luto pela preservação dos rios, dos oceanos e, principalmente, do solo, que é um amor de toda uma vida. É uma honra receber esse prêmio, porque sustentabilidade significa produzir muito preservando o meio ambiente com direito de bem-estar hoje e para as gerações futuras”, afirmou.

A pesquisadora ressaltou ainda, que lutar de modo justo pela sustentabilidade no agronegócio não é uma coisa fácil. “São horas na concepção e realização de pesquisas, provas de conceito, lançamentos de tecnologias e convencimento dos agricultores. No caminho, há muita luta e falta de recursos para pesquisas, além da pressão de interesses. Sei que sustentabilidade dá retorno social e econômico, mas exige investimentos. Temos capacidade de produzir mais com menos e, sem dúvidas, o solo, com esses microorganismos fantásticos, representam o ponto inicial da jornada rumo a segurança alimentar que todos almejamos”, declarou.

Tânia Zanella também parabenizou a Embrapa pelos serviços e apoio às cooperativas do Ramo Agro. “A Embrapa cumpre papel essencial para o presente e o futuro da agricultura nacional. Vem, ao longo dos anos, possibilitando que grandes pesquisadores apresentem resultados para a sociedade com a produção sustentável de alimentos. As cooperativas brasileiras, que representam 53% da produção de grãos, estão juntas nestas conquistas do agronegócio brasileiro”, destacou.

O deputado Arnaldo Jardim (SP), membro da diretoria da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), foi o homenageado no Prêmio Ney Bittencourt de Araújo – Personalidade do Agronegócio. A abertura do evento teve exposições do presidente da Abag, do CEO da B3, dos ministros do Meio Ambiente e da Agricultura, do governador de São Paulo e do Secretário de Agricultura de São Paulo

Além do quadro de homenagens, o encontro contou com quatro painéis que abordaram a Geopolítica, Segurança Alimentar e Interesses; o Agronegócio: Meio Ambiente e Mercados; o Agronegócio: Tecnologia e Integração; e o Agronegócio: Perspectivas 2023/2026.

A homenageada -  A engenheira agrônoma, pesquisadora e professora Mariangela Hungria da Cunha, é referência por suas pesquisas, em especial, nas que tratam da fixação biológica do nitrogênio e microbiologia do solo. Sobre este tema, já fez mais de 500 publicações (artigos, livros e cartilhas). Mariangela é membro titular da Academia Brasileira de Ciências desde 2008, da Academia Brasileira de Ciência Agronômica (ABCA) desde 2020, e da Academia Mundial de Ciências (2022). Além do título de Comendadora da Ordem Nacional do Mérito Científico da Presidência da República (2008) e na classe Grã-Cruz, área de Ciências Agrárias (2018), a pesquisadora já recebeu inúmeros prêmios nacionais e internacionais. Desde 1982 contribui como pesquisadora da Embrapa e, desde 1992, como pesquisadora do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Prêmio Norman Borlaug 2022 – O engenheiro agrônomo e biólogo americano, Norman Ernest Borlaug (1914-2009), é referência por suas pesquisas e ações de combate à fome em todo o mundo. Foi premiado com o Nobel da Paz em 1970, porque suas pesquisas e métodos ajudaram na produção alimentar na Ásia, na África e em países como México, Paquistão e Índia, garantindo segurança alimentar para as populações.

Agricultura familiar é essencial para a segurança alimentar
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Agricultura familiar é essencial para a segurança alimentar

A agricultura familiar tem ganhado cada vez mais espaço no cenário econômico do Brasil. É responsável pela renda de 40% da população economicamente ativa do país e por mais de 70% da renda dos brasileiros ocupados no campo, segundo dados do Ministério da Agricultura.

Ainda segundo a pasta, o setor movimenta US$ 55,2 bilhões por ano. A representatividade é tanta que envolve aproximadamente 4,4 milhões de famílias agricultoras, ou seja, 84% dos estabelecimentos rurais brasileiros. Hoje, 87% da mandioca, 70% do feijão, 60% da produção de leite, 59% do rebanho suíno, 50% das aves e 46% do milho consumidos pela população brasileira vêm desse tipo de cultivo.

Nesse sentido, o deputado Efraim Filho (PB), membro da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), destaca, no contexto em que o Brasil vive, de retomada do crescimento, que a agricultura familiar tem sito motor da economia do país. Segundo o parlamentar, essa atividade é essencial para a segurança alimentar no país e no mundo.

“No meu estado na Paraíba temos projetos pilotos dentro do AgroNordeste que podem servir de exemplo para todo o Brasil”, afirma o parlamentar ao acrescentar que “além da criação de peixe nos açudes, a outras culturas que têm sido desenvolvidas no estado também ganham cada vez mais relevância, como o plantio da palma, importante para abastecer rebanhos de bovinos e caprinos”.

O deputado Efraim Filho

“Cada município paraibano recebe, por meio da assistência técnica, as condições para o plantio de dois hectares de palmas em locais diferentes. O único requisito é que tenha a presença de água próximo para garantir um alimento essencial para a sobrevivência dos animais”, complementa.

Além dessas iniciativas, o deputado ressalta também a importância das cooperativas para a agricultura familiar. “O cooperativismo é importante para quem produz. Valoriza o produtor, simplifica procedimentos e desburocratiza o grande nó tributário que infelizmente existe no Brasil. O cooperativismo é uma forma de reduzir o custo Brasil”. Ainda segundo o parlamentar, “o cooperativismo significa economia solidária, onde as pessoas se ajudam e o cooperado consegue ter um destino melhor para sua produção”.

O coordenador do Ramo Agro no Sistema OCB, João Pietro, frisa a importância da agricultura familiar para o cooperativismo no Brasil. “Os pequenos agricultores enfrentam diversos desafios diariamente. Escoar a produção por meio das cooperativas é a melhor forma de assegurar a comercialização a preços competitivos para esse nicho. Na ponta, as cooperativas da agricultura familiar geram riqueza, justiça e igualdade. O nosso modelo societário gera prosperidade, empregos e paga impostos”.

Sistema OCB conclui formação de novos instrutores Cooperjovem
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Sistema OCB conclui formação de novos instrutores Cooperjovem

O Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) concluiu a formação de mais duas turmas de novos instrutores para atuarem nas escolas do Programa Cooperjovem. Foram 24 horas de atividades para cada turma, desenvolvidas durante o período de 12 de julho a 1º de agosto.  No total, foram 54 inscritos, representando 17 unidades estaduais interessadas em ampliar a oferta da educação cooperativista nas escolas públicas e cooperativas educacionais.

“O papel do instrutor é considerado peça-chave para o início da execução do Programa Cooperjovem, uma vez que ele é visto como aquele que indica o caminho para o desenvolvimento do programa na escola, enquanto valoriza os conhecimentos já trazidos pelos participantes e pelo meio em que ele leciona”, explica Guilherme Souza Costa, coordenador da iniciativa no Sescoop.

Segundo Guilherme, o instrutor é capacitado a zelar pela marca, orientar a execução de acordo com a metodologia, esclarecer dúvidas quanto aos vínculos com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), os Objetivos de Desenvolvimento Social (ODS) e, principalmente, quanto aos eixos temáticos: educação cooperativista, empreendedora, financeira e ambiental.

“Na formação o instrutor se apropria dos conceitos necessários para um pensamento crítico, que impulsione a execução do Cooperjovem considerando o propósito do programa, a Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP), a gamificação, e outras iniciativas que incentivem a autonomia dos estudantes, reconhecendo e valorizando as práticas educativas já existentes nas escolas que aderiram ao programa”, explica.

Ainda segundo o coordenador, com esses insumos teóricos, a principal atividade do instrutor será capacitar os educadores na escola para, de forma lúdica, incentivar o protagonismo dos estudantes na execução das fases do Cooperjogo: preparar, explorar, sonhar, concretizar e comemorar.

Com o apoio das cooperativas e escolas, o Cooperjovem está entre as soluções que o Sescoop oferece para fortalecer a cultura cooperativista que, há mais de 20 anos, atende em média 100 mil alunos por ano. “Desenvolver o Cooperjovem é uma oportunidade para a cooperativa participar das comunidades onde estão inseridas, enquanto contribuem para a formação de cidadãos conhecedores do seu modelo de negócio”, completa Guilherme.

Neri Geller defende descentralização do Fundo de Financiamento do Centro-Oeste
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Neri Geller defende descentralização do Fundo de Financiamento do Centro-Oeste

O Projeto de Lei 912/22 modifica as regras de repasse de recursos do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO), a fim de ampliar o montante repassado pelas cooperativas de crédito no país. A afirmação é do membro da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) e autor da proposta, deputado Neri Gueller (MS). Segundo ele, “os limites fixados para essas instituições operadoras do FCO são, na maioria das vezes, menores do que o demandado”.

O deputado Neri Gueller

Atualmente, a legislação autoriza os bancos administradores dos fundos constitucionais a repassar recursos a outras instituições. No caso do FCO, os bancos cooperativos e as confederações de cooperativas de crédito asseguraram apenas o repasse de 10% dos recursos a cada exercício, ou então, do valor que demandarem, o que for menor.

Em tramitação na Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia (Cindra) da Câmara dos Deputados, a proposta determina que, exclusivamente nas operações do FCO, os 10% deverão ser calculados em relação ao montante total no ano, incluindo o saldo a liberar de exercícios anteriores. Além disso, o texto assegura que os bancos cooperativos e as cooperativas de crédito poderão receber, no mesmo ano, outros repasses.

De acordo com Neri Gueller, a ampliação de repasses via cooperativas de crédito terá como consequência uma maior pulverização dos recursos. “Aumenta-se o leque de beneficiados, pois esses agentes operadores têm público diferente, podendo atingir os micros e pequenos empreendedores”, explica.

Ainda segundo o parlamentar, o aprimoramento da dinâmica de repasses materializará o objetivo do fundo que é contribuir para o desenvolvimento econômico e social da região Centro-Oeste, mediante o financiamento aos setores produtivos. “Acreditamos que o fluxo da operacionalização do FCO precisa ser descentralizado e destinado para financiar atividades que mudem o perfil socioeconômico dos municípios. É lá na ponta que as coisas acontecem e devemos criar mecanismos de desenvolvimento para todas as atividades econômicas, respeitando as peculiaridades de cada região”, afirmou.

O FCO é dividido em duas modalidades, a empresarial e a rural, sendo abastecido com recursos provenientes de alíquotas de 0,6% do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), bem como dos retornos dos financiamentos. Os recursos do fundo podem ser pleiteados por produtores rurais e empresas, pessoas físicas e jurídicas, e cooperativas de produção.

Nesse sentido, o coordenador do Ramo Crédito no Sistema OCB, Thiago Borba, destaca que é necessário aprimorar a legislação de regência para que esses recursos cheguem por meio de uma rede mais ampla de aplicadores e com maior celeridade a quem mais precisa desses recursos.

“As cooperativas de crédito são um braço importante para o cumprimento dessa política, pois têm presença e atuação em todas as regiões do país. Hoje, 500 destas cooperativas colaboram de forma expressiva no Centro-Oeste, por isso a importância de um acesso maior ao FCO. Por sua particularidade e capilaridade, estas cooperativas estão mais próximas dos tomadores destes recursos e, em função disto, fazem com que o montante chegue mais rápido, com custos mais adequados, além de gerar um ciclo de prosperidade ao manter o recurso no município. Ou seja, elas, efetivamente fazem valer o objetivo do Fundo, que é o desenvolvimento regional”, considera.

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