Banco Central debate demandas com cooperativistas
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Banco Central debate demandas com cooperativistas

Cooperativismo de crédito, macroeconomia, mercado de capitais, financiamento do setor agro, seguro rural e comércio exterior foram os assuntos que deram o tom da reunião entre o diretor de Regulação do Banco Central, Otávio Ribeiro Damaso, e representantes do cooperativismo paranaense. Márcio Lopes de Freitas e José Roberto Ricken presidentes do Sistema OCB e do Sistema Ocepar, respectivamente, participaram do encontro que também contou com a presenta de integrantes da Frente Parlamentar do Cooperativismo.

Dentre as questões apresentadas pelos cooperativistas, estão a relevância da revisão da Lei Complementar nº 130/2009, que instituiu e regulamentou o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC) e a possibilidade de as cooperativas de crédito poderem operar com o seguro rural.

 

RELEVÂNCIA

O diretor do Banco Central fez questão de reforçar que o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC) é um segmento de grande relevância para o Sistema Financeiro Nacional, tanto que o presidente da autarquia, Roberto de Oliveira Campos Neto, esteve na OCB, em junho deste ano, para anunciar os quatro eixos da Agenda BC#, que inclui as cooperativas como grandes parceiras da inclusão financeira no país, dentro do eixo Inclusão. (Leia aqui)

 

OPORTUNIDADE

Sobre a Lei Complementar 130/2009 o diretor do Banco Central disse que o escopo da atualização, construído conjuntamente com o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo, já está na fase final de análise da autarquia e que em breve será apresentado ao Congresso Nacional. “Graças à nossa visão macro e sistêmica, tudo o que fazemos, é para assegurar o desenvolvimento sustentável de todos os segmentos do SFN no país”, comentou.

Além disso, Damaso também destacou que as cooperativas vivem um bom momento para pensar em ampliar sua participação no mercado de seguro rural. “Essa é uma grande oportunidade, pois as cooperativas têm tudo para mudar a cara do seguro rural no Brasil”, destacou.

 

MANUAL

Durante a reunião, Ricken entregou exemplares do Manual Operacional dos Títulos do Agronegócio, elaborado em parceria entre Ocepar e OCB, ao diretor Otávio Damaso, à chefe adjunta do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro do Banco Central, Paula Ester Farias de Leitão, e ao chefe do Departamento de Supervisão de Cooperativismo e de Instituições Não Bancárias (Desuc), Harold Espínola, que também participaram da reunião.

O material apresenta orientações básicas para a estruturação de operações de CDCA, CRA, LCA/WA e CPF, por meio da sistematização de leis, decretos, portarias e demais normativos. A ideia é, por meio dos esclarecimentos a respeito dos títulos do agronegócio, contribuir para que os agricultores e suas cooperativas viabilizem alternativas de financiamento para sua produção, de forma mais ágil, simplificada, e a custos compatíveis com o retorno da atividade.

Mato Grosso do Sul é destaque no Programa Cooperjovem
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Mato Grosso do Sul é destaque no Programa Cooperjovem

O Programa Cooperjovem possui abrangência nacional, envolvendo mais de 400 escolas em todo o país. Em Mato Grosso do Sul é coordenado pelo Sescoop/MS, que faz parte do Sistema OCB/MS, e presente em 11 municípios atendendo professores e estudantes de todo o ensino fundamental, com a intenção de disseminar os ideais cooperativistas por meio de ações participativas e cooperativas.

 

Aqui no Estado já atua há mais de 10 anos e foi destaque nacional na Pesquisa de Impacto do Programa Cooperjovem coordenada pelo Sescoop Nacional e realizada pela John Snow Brasil junto a 09 unidades estaduais que aplicam o programa no Brasil.

 

Mato Grosso do Sul se posicionou em 1º lugar na pesquisa entre as unidades participantes, alcançando o melhor índice final de avaliação de impacto.  Na pesquisa foram entrevistados alunos que participam do programa, alunos que não participam e os pais dos alunos que já participaram.

 

“Esse resultado só demonstra como o programa impacta a comunidade como um todo e não apenas o aluno, mas a família, o professor, a escola e consequentemente a sociedade”, explica Celso Régis, Presidente do Sistema OCB/MS.

 

Segundo Renato Marcelino, coordenador do programa no MS, a Avaliação de Impacto de programas é uma avaliação focada em transformação dos indivíduos atendidos ao invés de processos, entregas, desempenho ou implementação, pura e simples. “Ao todo, 28 escolas e cerca de 1800 alunos participaram da pesquisa no Brasil e tivemos os melhores índices”, explicou.

 

Foram analisados aspectos financeiros, econômicos e sociais, no qual MS teve o melhor índice global. A riqueza econômica total produzida pelo Cooperjovem MS em 2018 foi de mais de R$ 17 milhões. Para cada R$ 1,00 real investido no Programa em 2018, o retorno econômico foi de R$ 74,19 na renda pessoal do participante, projetado para seu ciclo de vida produtivo. Nacionalmente, o impacto econômico na razão de benefício-custo foi de R$ 25,82. E o mais importante: O Cooperjovem em MS reduziu desigualdades sociais em relação a meninas e meninos, e em relação a participantes de maior e menor renda.

 

O Programa Cooperjovem proporciona aos educadores a vivência do trabalho coletivo e a identificação de práticas educacionais pautadas na cultura da cooperação, formando cidadãos mais solidários, participativos, autônomos e comprometidos com um futuro socialmente justo, democrático e sustentável. A integração escola-família e comunidade é incentivada e promove a construção coletiva de soluções às demandas educacionais. Neste cenário, as cooperativas são fundamentais ao estabelecerem a aproximação com a comunidade, acompanhando a aplicação do programa nas escolas e identificando novas necessidades.

 

Por meio do programa, estudantes, educadores e comunidade, são estimulados a vivenciar valores essenciais como: cooperação, voluntariado, solidariedade, autonomia, responsabilidade, democracia, igualdade e eqüidade, honestidade e ajuda mútua.

 

Este resultado só mostra como o cooperativismo é um agente transformador capaz de trazer desenvolvimento sustentável à sociedade e promover um futuro mais justo para todos.

 

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NOTA DE REPÚDIO - FUNDERSUL

As entidades abaixo relacionadas repudiam a forma abrupta e obscura com que foi tramitado, nesta quarta-feira (13), na Assembleia Legislativa, o projeto de lei nº 283/2019, de autoria do Executivo.

Contrariando o trâmite habitual de projetos dessa magnitude, a aprovação ocorreu em regime de urgência, sem a devida possibilidade de argumentação técnica das entidades que representam as cadeias produtivas da agropecuária, e que comprovaria a não necessidade de aumento do Fundersul.

O projeto hoje aprovado impacta negativamente toda a sociedade sul-mato-grossense e reflete o mais forte desrespeito ao setor agropecuário, um dos responsáveis pelo equilíbrio econômico do estado.

 

 

Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul)

ABPO (Associação Brasileira de Pecuária Orgânica de MS)

Ampasul (Associação Sul-mato-grossense dos Produtores de Algodão)

Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja de MS)

Asumas (Associação Sul-mato-grossense de Suinocultores)

Avimasul (Associação dos Integrados da Avicultura de MS)

MNP (Movimento Nacional dos Produtores)

Novilho Precoce-MS (Associação Sul-mato-grossense dos Produtores de Novilho Precoce)

Reflore/MS (Associação Sul-mato-grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas)

Sistema OCB/MS (Organização das Cooperativas Brasileiras no MS)

Sicredi e Fundacão Dom Cabral anunciam parceria para criacão de Centro de Estudos de Governanca em Cooperativas
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Sicredi e Fundacão Dom Cabral anunciam parceria para criacão de Centro de Estudos de Governanca em Cooperativas

Iniciativa vai contribuir para o fortalecimento do segmento de cooperativismo de crédito no Brasil, que já possui mais de 11 milhões de associados

 

O Sicredi, primeira instituição financeira cooperativa do Brasil, anuncia a assinatura de um Termo de Cooperação Técnica com a Fundação Dom Cabral, reconhecida como uma das melhores escolas de negócios do mundo, para criação do Centro de Estudos FDC/SICREDI de Governança em Cooperativas. O objetivo do núcleo será desenvolver conteúdos e aplicar pesquisas que possam contribuir para o fortalecimento do cooperativismo de crédito no Brasil, um modelo de negócio que cresce continuamente e que, de acordo com o Banco Central, já soma mais de 11 milhões de adeptos no país.

A primeira ação do Centro de Estudos FDC/SICREDI será a aplicação da pesquisa Eficiência dos Conselhos de Administração de Cooperativas de Crédito, com a proposta de entender como a dinâmica de funcionamento dos Conselhos influencia o processo de tomada de decisão de uma cooperativa e de mapear a eficiência desses órgãos e os seus principais desafios. O estudo terá início no final de 2019, finalizando com a apresentação dos resultados no 1º Summit de Conselheiros do Sicredi, a realizar-se em 3 e 4 de junho de 2020 em Brasília.

“O cooperativismo de crédito no Brasil é um segmento muito bem estruturado e seguro, mas ainda carente de estudos e informações públicas. Acreditamos que esses dados poderão contribuir muito para a evolução de ações em áreas de governança, estratégia, inovação e compliance, por exemplo. Vemos a criação do Centro de Estudos como um passo importante para uma construção ainda maior, continuando nossa parceria com a Fundação Dom Cabral, de uma base muito valiosa para o futuro do segmento”, explica Manfred Alfonso Dasenbrock, presidente do Conselho de Administração da Sicredi Participações, da Central Sicredi PR/SP/RJ e conselheiro do Woccu, sigla em inglês para o Conselho Mundial das Cooperativas de Crédito.

Segundo Dalton Sardenberg, professor de governança e diretor do FDC Governança, “o Centro de Estudos FDC/SICREDI tem o objetivo de produzir conhecimentos relevantes que possam contribuir para o aperfeiçoamento da governança das cooperativas no Brasil e, ao mesmo tempo, ampliar o reconhecimento internacional do cooperativismo brasileiro. Por meio da realização de pesquisas aplicadas, pretende-se gerar know-how nacional para apoiar o desenvolvimento de conselheiros, diretores, associados e de todos os atores envolvidos no tema governança e, além de propor e disseminar práticas, ferramentas e processos que contribuam para o avanço dos sistemas cooperativos.”

A estrutura do Centro de Estudos conta com um Comitê de Apoio, formado por representantes de cada uma das Centrais regionais do Sicredi, além de suporte do Centro Administrativo Sicredi. Por parte da Fundação Dom Cabral, o grupo é formado por três professores pesquisadores e dois especialistas em coleta, análise e manutenção de dados, além de equipe na HEC Montreal, universidade canadense de renome mundial, que aporta tecnologia e conhecimento aprofundado sobre o tema, pois já realizou pesquisa semelhante no sistema canadense de cooperativas de crédito Desjardins.

 

 

Sobre o Sicredi

O Sicredi é uma instituição financeira cooperativa comprometida com o crescimento dos seus associados e com o desenvolvimento das regiões onde atua. O modelo de gestão do Sicredi valoriza a participação dos mais de 4 milhões de associados, os quais exercem papel de donos do negócio. Com presença nacional, o Sicredi está em 22 estados* e no Distrito Federal, com mais de 1.700 agências, e oferece mais de 300 produtos e serviços financeiros (www.sicredi.com.br).

 

*Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.

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Sobre a FDC
A Fundação Dom Cabral é uma escola de negócios brasileira que há mais de 40 anos tem a missão de contribuir para o desenvolvimento sustentável da sociedade, por meio da educação, capacitação e desenvolvimento de executivos, empresários e gestores públicos. Somente em 2018 passaram pela FDC cerca de 30 mil profissionais entre executivos, empresários e gestores públicos.

No campo social, a FDC desenvolve iniciativas de desenvolvimento, capacitação e consolidação de projetos, líderes e organizações sociais, contribuindo para o fortalecimento e o alcance dos resultados pretendidos por essas entidades.

Artigo: Cooperativas e empregos
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Artigo: Cooperativas e empregos

Roberto Rodrigues

Coordenador do Centro de Agronegócio da FGV e Embaixador Especial da FAO para as Cooperativas

 

"Cooperativismo é a doutrina que visa corrigir o social por meio do econômico". Eis a definição clássica simplificada desse extraordinário movimento socioeconômico, que vem permitindo, com o passar dos tempos, a inserção de milhões de homens e mulheres de forma digna e permanente na economia global.

A definição acima não deixa margem a nenhuma dúvida: a doutrina é adversária de qualquer tipo de exclusão social, sobretudo quando determinada pela concentração da riqueza, inclusive daquelas resultantes de fusões e aquisições de empresas pequenas por outras maiores. Isso posto, Cooperativas E EMPREGO fica também evidente que o cooperativismo defende e atua — por meio de seu instrumento essencial, as cooperativas — na geração de trabalho decente para todos aqueles que estão em seu entorno direto: os cooperados, os dirigentes e os funcionários.

Mais do que isso. Na última revisão dos princípios cooperativistas, realizada em Manchester, na Inglaterra, em 1995, foi criado um sétimo princípio: o da preocupação com a comunidade na qual a cooperativa esteja inserida. O que estava por trás dessa inovação doutrinária? Simples: os pensadores da vanguarda do cooperativismo entenderam que não haveria bem-estar geral em uma comunidade, por maior que seja fosse, se a cooperativa cuidasse apenas de seus cooperados e colaboradores. Para nós, cooperativistas, só haverá felicidade verdadeira se todos os membros da comunidade forem direta ou indiretamente beneficiados pela cooperativa.

É igualmente premissa clara do nosso movimento que as relações de trabalho na área de ação da cooperativa sejam cercadas de humanismo e dignidade. Somos a face humana da economia, reconhecida pela equidade, pela justiça — na acepção mais ampla dessa palavra —, pela fraternidade e pela solidariedade.

Ao mitigar temas dramáticos como a exclusão social e a concentração da riqueza, seja no campo, seja na cidade, seja em setores de serviços ou de empreendedorismo, o cooperativismo busca a cidadania plena, com igualdade de oportunidades a todos os cidadãos; e procura a geração de empregos e renda que permitam a ascensão social de cada pessoa e de suas famílias. Essa é a essência da doutrina cooperativista e deve ser a prática das cooperativas de todos os ramos, e passa pela redução do desemprego, a maior praga de uma sociedade.

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