No dia 19 de novembro, ocorreu o I Fórum do Ramo Agro que contou com a presenção de dirigentes, autoridades e lideranças do agronegócio. O evento teve o objetivo de promover a discussão sobre os principais desafios do setor, apresentar as soluções atuais, debater a inovação para a agricultura digital no país, bem como apresentar visões para o futuro em relação aos avanços tecnológicos.
A abertura foi feita pelo presidente da Casa do Cooperativismo, Celso Régis, que destacaou a importância do agro para a cooperativismo. “O ramo agro é um pilar importante para o cooperativismo e para a economia brasileira e por isso é primordial a atualização contante de tecnologias para sempre se manter competitivo no mercado internacional”, destacou.
Logo após ocorreu a assinatura da reformualçao do Programa Estadual de Desenvolvimento e Fortalecimento do Cooperativismo no Mato Grosso do Sul – Procoop entre a OCB/MS e o Governo do Estado, através da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar – Semagro.
O objetivo desse programa é formalizar um instrumento legal que possibilite o desdobramento de projetos que visem fomentar o desenvolvimento econômico no Estado de Mato Grosso do Sul por intermédio de ações dos empreeendimentos cooperativos no Estado.
O evento ainda contou com a presença do superintendente do Ministério da Agricultura, Celso Martins; do secretário da Semagro, Jaime Verruck; do chefe-geral da Embrapa Gado de Corte, Ronney Robson Mamede; do presidente da Biosul, Roberto Hollanda e do presidente do Sistema Famasul, Maurício Saito.
Todos destacaram a importância do agronegócio para a economia, sobretudo do cooperativismo para o setor, já que é um propulsor de desenvolvimento e traz avanços para a sociedade.
“O setor do cooperativismo é o que mais faz investimentos em infraestrutura em nosso Estado e por isso, o Governo do Estado que fomentar cada mais esse setor que traz desenvolvimento para a região”, afirmou Verruck.
O primeiro palestrante do evento foi o Prof. Dr. Marcos Favas Neves que trouxe o "Cenário Agroeconômico atual", no qual ele abordou a posição do Brasil no mercado internacional. “A demanda por produtos do agro só irá aumentar nos próximos anos, principalmente devido ao aumento do consumo da China e isso coloca o Brasil numa posição privilegiada”, destacaou.
“O Brasil detém 50% das exportações de soja, isso traz um grande poder econômico para o agronegócio perante ao mundo. A sociedade como um todo apoia o agro e precisamos mostrar os benefícios que ele traz”, ressaltou.
Logo após foi a vez do Prof. Dr. Paulo Vicente Alves, onde ele falou como funciona a "Governança na Gestão das Organizações". “Nossa sociedade vive ciclos tecnológicos, que ditam as tendências econômicas e políticas. Todos os acontecimentos que estão ocorrendo no mundo, como diversos protestos, são reflexos desses ciclos. Hoje vivemos o ciclo da Telemática que deve durar até 2030”, explicou.
Ele ainda ressaltou que os grandes países desenvolvem e investem em pesquisa de novas tecnologias para se manterem competitivos no mercado. “Os Estados Unidos mandará uma mulher a Lua em 2024 e com isso o mercado receberá diversos produtos frutos da pesquisa desse projeto”, afirmou o professor.
Ele concluiu que mesmo o Brasil não realizando esses investimentos, o que faz o país ter uma posição estratégia é a questão territórios e os recursos naturais em abundância.
Idealizada pelo Sistema OCB/MS, anualmente os cooperativistas de Mato Grosso do Sul adotam instituições filantrópicas para receberem doações de brinquedos e ações sociais por ocasião do mês de dezembro.
A iniciativa tem como objetivo aproximar o cooperativismo da comunidade e promover momentos de alegria às crianças, além de estimular a prática social no cooperativismo sul-mato-grossense.
O sistema cooperativo preza pelo bem da comunidade e acredita num desenvolvimento sustentável com equilíbrio social. “Proporcionar um momento lúdico, de alegria para as nossas crianças no Natal é um ato de cooperação, por isso realizamos esta campanha todos os anos”, afirma Celso Régis, presidente do sistema OCB/MS.
Este ano, a campanha arrecada brinquedos até o início de dezembro e tem a Uniprime, a Coorlms, Unimed CG, Conacentro, Uniododonto CG e as agências do Sicredi e Sicoob Ipê da cidade de Campo Grande como parceiros.
As doações beneficiaram as entidades: Recanto da Criança; Associação Mãe Águia; Projeto Som & Vida; Projeto Capoeira Sim, Violência não; Projeto Atleta Fenomenal; Escola Filhos da Misericórdia; Escola 11 de Outubro; Lar Vovó Miloca; Projeto Sorriso Feliz e Instituto Sangue Bom.
Iniciativa tem mais de 20 anos no país e é o principal programa de Responsabilidade Social do Sicredi
O Programa União Faz a Vida foi desenvolvido pelo Sistema Sicredi em 1995 para ampliar o conhecimento das comunidades sobre o cooperativismo e a natureza das sociedades cooperativas. E até hoje segue o lema que inspirou sua criação e seu principal objetivo: promover a cooperação e a cidadania, por meio de práticas de educação cooperativa, contribuindo com a educação integral de crianças e adolescentes. Por meio da metodologia de projetos, os estudantes deixam o papel de receptores de conhecimento e tornam-se protagonistas do processo de aprendizagem.
No início de 2019, a Sicredi Celeiro implantou o programa em Chapadão do Sul nas Escola Municipais Ribeirão, Pedra Branca e Aroeira, todas escolas rurais. Para a diretora das escolas rurais, Josiana Gomes foi bastante desafiador. “A metodologia do PUFV é diferente, o aluno faz parte, é pesquisador, o projeto é construído durante o ano letivo, isso foi um grande desafio e nossas escolas se desenvolveram muito com esse programa, pois aprendemos a trabalhar através da cooperação”, disse.
O programa muda a rotina escolar dos alunos, que passam a ser protagonistas. “Aqui é muito diferente, temos horta, temos diversas atividades que em outra escola eu não tinha”, destaca a aluna do 7º ano, Monique Kessler Belotti.
Durante o primeiro ano de trabalho 15 projetos foram desenvolvidos, muitas barreiras foram quebradas e a família passou a fazer parte do dia a dia das escolas. As famílias também são impactadas, como destacou Leandro Ferreira dos Santos, pai de um dos alunos. “O interesse pela escola, pelo estudo e pelas atividades aumentou muito, sem contar o comportamento também”.
Consolidado no país em muitos municípios onde o Sicredi está presente, a implantação do PUFV já era um sonho antigo da cooperativa e foi possível devido à parceria com Chapadão do Sul. “Esse ano tivemos muito progresso, é um programa que só tem a crescer, pois envolve toda a comunidade, não só os alunos. E preza pela formação do cidadão, o papel da educação através da cooperação e do cooperativismo”, destacou o secretário de educação Guerino Perius.
A metodologia própria baseada nos conceitos de justiça e cidadania envolve não só professores e alunos, mas faz com que pais e toda a comunidade se interesse pelos projetos desenvolvidos. “Com o União Faz a Vida temos uma escola sem muros, crianças, pais e comunidade se juntam para desenvolver cada detalhe, isso nos emociona muito”, detalhou o vice presidente Régis Andrighetto.
“Estamos completando um ano do PUFV em Chapadão do Sul e só temos que agradecer. É uma realização para nós e saímos com a sensação de dever cumprido por ver os projetos concluídos. Ver a cooperação entre a escola, comunidade e a cooperativa e ver a nossa contribuição nisso, na formação dessas crianças e jovens”, declarou o presidente da cooperativa, Jaime Rohr.
Sobre o Sicredi
O Sicredi é uma instituição financeira cooperativa comprometida com o crescimento dos seus associados e com o desenvolvimento das regiões onde atua. O modelo de gestão do Sicredi valoriza a participação dos mais de 4 milhões de associados, os quais exercem papel de donos do negócio. Com presença nacional, o Sicredi está em 22 estados* e no Distrito Federal, com mais de 1.700 agências, e oferece mais de 300 produtos e serviços financeiros (www.sicredi.com.br).
*Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
Produtos de dez cooperativas que atuam no mercado de café estão expostos na Semana Internacional do Café (SIC). Uma oportunidade para vendas e novos negócios, o evento ocorre de hoje até sexta-feira, no Pavilhão ExpoMinas, em Belo Horizonte (MG).
Oito dessas coops foram indicadas pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) para compor um estande do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A ação faz parte do programa Brasil Mais Cooperativo, lançado em julho com o objetivo de fortalecer o cooperativismo brasileiro.
PELO MUNDO
O Brasil é o maior produtor e exportador de cafés do mundo. Somente em 2018, 35,2 milhões de sacas de café brasileiro foram exportadas para 123 países. E as cooperativas têm uma participação importante nesse resultado.
Atualmente, cerca de 105 cooperativas brasileiras atuam na cadeia produtiva do café e, de acordo com o Censo Agropecuário 2017 do IBGE, 54,8% do grão produzido no Brasil vem de produtores rurais associados a cooperativas.
A estimativa é de que, nos três dias, 20 mil pessoas, incluindo 220 compradores internacionais de café verde, visitem a SIC. O Sistema Ocemg é apoiador do evento. O presidente da Unidade, Ronaldo Scucato, comenta os principais desafios do setor. Confira abaixo!
Qual a relevância de eventos como a SIC para o desenvolvimento da cafeicultura brasileira?
A Semana Internacional do Café é um dos eventos mais importantes do setor cafeeiro no Brasil e no mundo. Para se ter uma ideia, a edição do ano passado recebeu representantes de 78 países. Além disso, é muito significativa a escolha, desde a primeira edição, em 2013, de Belo Horizonte como sede deste encontro, reforçando que se trata da capital do maior Estado produtor de café do país, com 53,5% da safra nacional. A SIC é relevante porque confirma a força e a importância da cafeicultura para a economia. É também um momento para que produtores, torrefadores, especialistas e consumidores possam conhecer as novidades do mercado de café, valorizando cada vez mais o produto. Vale destacar que também nessa cadeia produtiva é destacada a participação das cooperativas, responsáveis por 25,8% de toda a produção de café do país, sendo que essa representatividade sobe para 48,3% em Minas.
Qual sua expectativa para o evento?
O Sistema Ocemg é patrocinador diamante do evento desde 2013, quando Belo Horizonte passou a sediá-lo. Participaremos, este ano, com mais de 20 cooperativas expositoras. Nossa expectativa é sempre de fomentar bons negócios para as cooperativas, bem como ampliar sua visibilidade para que possam apresentar seus produtos e criar um ambiente propício para network com parceiros e contatos importantes, bem como com os consumidores.
Quais os gargalos desse setor e como superá-los?
A queda do preço do café é um dos principais gargalos em função das produções recordes a que temos assistido nos últimos anos, especialmente nas regiões montanhosas. Outro fator é a mão de obra escassa para a produção em função da constante migração do campo para as cidades. Para superar esses problemas, as cooperativas mineiras vêm investindo muito em tecnologia, inovação, desenvolvimento de produtos e capacitação, especialmente apoiadas pelas ações do Sistema Ocemg, que realiza e propicia várias ações nesse sentido, a exemplo do Programa de Desenvolvimento Estratégico de Cooperativas Agropecuárias (Prodecoop Agro), do Programa de Desenvolvimento Econômico-Financeiro (GDA), e do Programa de Desenvolvimento da Gestão Cooperativa (PDGC). Vale destacar ainda que o Sistema viabiliza a participação das cooperativas em iniciativas importantes de intercâmbio e fomento do setor nacionais e internacionais, como o Encontro Nacional de Cafeicultores (Encoffee); a Feira de Cafés Especiais das Américas (SCAA), a Feira Internacional da Tecnologia Agrícola (Agrishow); o Encontro Nacional das Cooperativas Agropecuárias (ENCA) e a Feira de Cafés Especiais da Europa (Berlim/Alemanha).
Como os produtores podem se organizar para potencializar os negócios?
Acredito que a melhor maneira de os produtores ganharem escala e mercado é se associando a uma cooperativa. No cooperativismo, o produtor tem a oportunidade de competir com as grandes empresas que atuam no mercado. Além disso, as cooperativas contribuem para a sustentabilidade do negócio, gerando resultados positivos para todos os seus membros, além de produtos e serviços de qualidade para a sociedade, gerando um ciclo virtuoso tanto econômico quanto social.
Como a OCB/Ocemg podem contribuir com a superação dos desafios dessa cadeia produtiva?
O Sistema OCB, como representante das cooperativas no país, tem atuado continuamente para o fortalecimento da cadeia produtiva do café, por meio da proposição de políticas públicas para o setor, junto ao Legislativo e ao Executivo, e de projetos e ações de estímulo à profissionalização e desenvolvimento das cooperativas, de maneira alinhada às Unidades Estaduais. Nesse sentido, o Sistema Ocemg acompanha todas essas atividades e realiza diversas ações com foco na gestão das cooperativas do ramo e fomento do setor cafeeiro conforme já detalhamos acima. O objetivo é que as cooperativas estejam sempre em posição de destaque no cenário nacional e internacional por sua capacidade de realizar negócios sustentáveis e de transformação social.
O Serviço Nacional de Aprendizagem em Cooperativismo (Sescoop) renovou, por mais dois anos, o Acordo de Cooperação Técnica (ACT) firmado com o Banco Central do Brasil para a realização de programas de educação financeira. A parceria existe desde 2015 e tem como objetivo levar conhecimento sobre o tema aos cooperados, empregados de cooperativas e seus familiares.
O documento foi assinado pelo superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, na segunda-feira (18/11), durante solenidade realizada na sede do órgão federal. “A Educação Financeira é um dos pilares do setor cooperativista, visto que o sucesso das sociedades cooperativas está intimamente ligado à saúde financeira de seus cooperados”, explicou Nobile.
EXPERTISE E COOPERAÇÃO
Para manter as contas em dia e viver no azul, é importante saber poupar. Com o intuito de ajudar as pessoas a aprender a gerir melhor suas finanças, em 2016, o Sescoop começou a ofertar, em parceria com o Banco Central, às cooperativas o programa de Gestão de Finanças Pessoais (GFP).
Unindo colaboração e expertise, a partir do primeiro ACT foi produzido o material didático do programa (cadernos do aluno e livro do facilitador) e realizadas ações coordenadas, palestras e cursos sobre o tema educação e inclusão financeira. Também foi desenvolvido o Programa de Formação de Facilitadores em GFP (FFGFP).
ALCANCE
Os números revelam como o projeto cresceu ao longo dos anos. Foram 23 turmas do programa de facilitadores em GFP realizadas em dez estados (DF, CE, MG, SC, PI, PE, MT, RJ, PR, RO). O curso capacitou 450 profissionais o que alcançou, até o início de novembro deste ano, a marca de mais de 80 mil pessoas diretamente beneficiadas.
“Mas o alcance pode ser maior, se considerarmos o compartilhamento com familiares, com vizinhos e amigos desses conteúdos e conceitos que foram disseminados, apresentados nas iniciativas ofertadas pelos facilitadores formados no programa, como cursos, oficinas, palestras, teatro e aulas”, reforçou o superintendente da OCB.