Produtores cooperados de Nova Andradina e Ivinhema estão recebendo mais de R$ 3 milhões com a distribuição de sobras do exercício 2020 da Cocamar Cooperativa Agroindustrial - precisando de assessoria de imprensa? Clique aqui e saiba mais.
Os recursos, que são resultado do exercício 2020, representam o retorno da participação dos cooperados na cooperativa. Quanto mais eles entregam em produtos como soja e milho, mais têm a receber. A distribuição dos cheques começou na segunda-feira, por agendamento, e deve ser encerrada na quinta-feira, obedecendo-se de todos os cuidados para evitar aglomerações.
A parte que cabe aos cooperados de Nova Andradina totaliza R$ 3,110 milhões, enquanto os de Ivinhema recebem R$ 334,8 mil.
No geral, a Cocamar está distribuindo R$ 103,685 milhões aos seus mais de 15 mil produtores cooperados. Desse montante, R$ 76,145 milhões são sobras, R$ 14,840 referem-se a pagamentos da participação de produtores em programas da cooperativa e R$ 12,700 milhões são créditos na conta capital dos cooperados. A Cocamar atua nos estados do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul.
Imagem: Divulgação
“É um dinheiro que fica na região e beneficia diretamente o comércio local”, afirma o gerente da unidade da cooperativa em Nova Andradina (que também responde por Ivinhema), Wagner Carvalho. Em visita na segunda-feira (14) ao prefeito Gilberto Garcia, Wagner destacou a boa receptividade dos produtores em relação à cooperativa. Para se ter ideia, o entreposto instalado desde 2014 no município é o que mais recebe soja e milho dentre todas as mais de 80 unidades da Cocamar. Na soma dos dois municípios, foram mais de 95,2 mil toneladas de soja, o correspondente a quase 1,6 milhão de sacas; em relação ao milho, 46,1 mil toneladas, o equivalente a 769 mil sacas. Por outro lado, Nova Andradina se destaca também entre as unidades da cooperativa que mais comercializam insumos.
Superação - “São números surpreendentes para um ano tão atípico”, comentou o presidente executivo Divanir Higino, referindo-se ao montante de mais R$ 103 milhões. Ele citou que por conta de fatores como um trabalho de superação e inovação realizado pela Cocamar, que recebeu volumes recordes de grãos e também a forte alta do dólar sobre o real, o faturamento do grupo Cocamar fechou em quase R$ 7 bilhões, bem acima dos R$ 6 bilhões previstos no planejamento estratégico 2015-2020 e 48% a mais em comparação aos R$ 4,6 bilhões obtidos em 2019.
Trabalhar por um desenvolvimento sustentável é uma missão compartilhada por toda a sociedade brasileira. E o tema tem sido pauta também no Congresso Nacional. O plenário do Senado Federal aprovou, na noite desta quarta-feira (16/12), o PL 5028/2019, que institui a Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais (PNPSA). A política tem o objetivo de recompensar financeiramente produtores, cooperativas e demais atores do setor produtivo e da sociedade civil que desenvolverem iniciativas de preservação ou recuperação ambiental.
Vale um destaque para a inclusão de um dispositivo no projeto de lei inserindo as cooperativas no rol de beneficiários prioritários no âmbito da política de pagamentos por serviços ambientais, único ponto que foi objeto de acordo entre as partes interessadas e envolvidas na discussão. Para o Sistema OCB, a matéria abre a possibilidade de um novo marco para a sustentabilidade do país, por meio de incentivos econômicos, públicos e privados, que levem as atividades desenvolvidas no país a modelos de negócio cada vez mais voltados à proteção do meio ambiente.
Durante a votação, a OCB, o IPA/FPA e outras entidades do setor produtivo se mobilizaram para garantir a modificação de parte do texto que restringia a política de pagamento por serviços ambientais em Áreas de Preservação Permanente (APP) e de Reserva Legal (RL). Com isso, o texto aprovado reconhece a importância do fomento público às iniciativas que conciliam desenvolvimento e preservação ambiental, diretriz que já havia sido expressa no art. 41 do Código Florestal (Lei nº 12.651/2012).
O projeto segue para a análise da Câmara dos Deputados, que vai deliberar sobre as modificações promovidas pelo Senado, antes de seguir para a sanção presidencial.
Mais conectividade no campo com acesso a internet por milhares de brasileiros e uso da tecnologia na melhoria da produção. Dois marcos importantes e que tratam justamente desse tema foram publicados hoje pelo governo federal, a partir da mobilização da OCB e de outras entidades do agro e do setor telecom. Estamos falando da Lei nº 14.109/2020 (que trata da utilização de recursos do Fust para conectividade rural) e da Lei nº 14.108/2020 (sobre desoneração da internet das coisas).
Para o Sistema OCB, as novas legislações garantem um ambiente favorável para o avanço da conectividade rural, considerando que um dos grandes empecilhos para a implantação de infraestrutura de internet no campo era justamente o fomento a projetos com essa finalidade, por meio de financiamentos com custo acessível. Com o incentivo a diferentes arranjos produtivos para essa atividade, as novas legislações vão estimular consequentemente o fortalecimento das cooperativas de Telecom.
Além disso, as leis publicadas levam a produção brasileira a andar cada vez mais de mãos dadas com a conservação ambiental, com incremento de boas práticas de manejo e da racionalização e uso preciso de insumos agrícolas. Para o cooperativismo, isso se reflete também em inúmeras possibilidades de negócios para cooperativas agropecuárias, de infraestrutura e de crédito.
E mais, contar com internet no campo significa também diminuir custos de produção e aumentar a produtividade, por meio da agricultura de precisão e das diversas soluções tecnológicas de gestão e governança, como a emissão de notas fiscais eletrônicas e o uso de máquinas e equipamentos agrícolas de forma automatizada.
Agora, a OCB continua o seu trabalho numa mobilização junto ao Poder Executivo para a regulamentação, garantia de recursos no orçamento público, escolha de prioridades e implementação da política de conectividade no campo. Seguimos adiante!
Em um ano atípico como o de 2020, milhares de empresas fecharam as portas por não conseguirem se manter devido à crise instaurada pela pandemia do Covid-19. Nesse período, o modelo de negócio das cooperativas mostrou força, manteve empregos, aumentou resultados no Congresso Nacional e se firmou como uma opção viável para promover o desenvolvimento econômico e social no país.
E, se por um lado estão as cooperativas, fazendo muito bem o seu dever de casa, por outro está a Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) — bancada formada por deputados e senadores – que, com o apoio da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), foi responsável por aprovar, neste ano, matérias de extrema relevância para o setor. São propostas que passaram pelo Plenário da Câmara e do Senado e aguardam sanção e outras que já foram transformadas em normas jurídicas.
É o caso da derrubada do veto 5 da Presidência da República à Lei do Agro (Lei nº 13.986/2020) para reduzir a tributação sobre as cooperativas no Brasil. Com 440 votos na Câmara e 64 no Senado, os parlamentares retomaram o trecho que muda o entendimento da Receita Federal na Solução de Consulta Cosit 11/2017.
Segundo o presidente da Frencoop, deputado Evair de Melo (ES), a norma “aumentava até dez vezes mais a base de cálculo para a cobrança da contribuição previdenciária das cooperativas, o que penalizava os cooperados”.
Para o deputado Sérgio Souza (PR), os cooperados integrados não recebiam descontos sobre os insumos recebidos das cooperativas e pagavam Funrural sobre o valor total quando entregavam a produção. “A medida super tributava o sistema integrado de cooperativas. Um cooperado, por exemplo, pagava até dez vezes mais tributos que o integrado de uma empresa multinacional”.
O governo havia vetado esse ponto sob o argumento de que a proposta gerava renúncia de receita sem apontar outra fonte de arrecadação. Relator da MP nº 897/2019, que deu origem à Lei do Agrona Câmara dos Deputados, Pedro Lupion (PR) destacou que a Cosit 11 criou problemas para todo o setor agropecuário. “Essa norma gerou multas graves ao produtor, cobrava o Funrural duas vezes tanto das cooperativas como dos cooperados.”
Ações como essa tornaram, para o presidente da Frencoop, o ano legislativo significativo no que diz respeito à pauta cooperativista no Congresso. Evair de Melo enfatizou, no entanto, que “sempre se pode fazer mais”, e destacou a proximidade existente entre a OCB e os parlamentares, afirmando que essa parceria facilita o atendimento das demandas do consumidor.
“A sociedade vem mudando o modo de pensar e operar nas últimas décadas. Hoje, é fundamental estar conectado a outras pessoas e em 2021 vamos ampliar ainda mais o nosso trabalho na Câmara e no Senado em favor das cooperativas, fazendo com que o sistema funcione em conjunto e em benefício de mais pessoas”, disse.
O parlamentar acrescentou ainda que o Brasil passa por um processo de crescimento do modelo cooperativista. “A cada dia compreendemos que precisamos encontrar mecanismos de proteção e organizações que, principalmente em momentos de turbulência, possam mitigar o impacto sobre os brasileiros. Sem dúvida, o cooperativismo é essa força que o país precisa”.
Vice-presidente da Frencoop, o senador Luiz Carlos Heinze (RS) destacou a alta produtividade da bancada cooperativista no Senado. “O ano de 2020 foi muito difícil. No entanto, trabalhamos incansavelmente para minimizar os impactos”, enfatizou. Ainda no que diz respeito ao segmento, o senador afirmou que, em 2021, será necessário garantir o adequado tratamento tributário do ato cooperativo na Constituição. “Vamos seguir trabalhando para que a alteração do Sistema Tributário Nacional afaste a incidência em duplicidade de tributação na figura do cooperado e da cooperativa”, concluiu o senador.
Cuidado com os cooperados
Com a pandemia da Covid-19, foi aprovada uma importante norma para reforçar as medidas de cuidado com os cooperados em 2020. Trata-se da Lei nº 14.030/20 que prorroga o prazo para as assembleias gerais ordinárias (AGOs) de acionistas ou sócios de empresas e de cooperativas e permite a realização de AGOs virtuais, uma medida que, com certeza, contribuirá para aumentar a participação dos cooperados.
A legislação é originária da Medida Provisória nº 931/2020, que sofreu modificações no Congresso e se tornou o Projeto de Lei de Conversão (PLV) nº 19/2020. Segundo a norma, as cooperativas tiveramaté nove meses para realizar essas assembleias. Antes, esse prazo era de quatro meses.
A AGO é uma reunião que as empresas e as cooperativas convocam, por meio de sua diretoria, para analisar os relatórios contábeis e discutir a distribuição de lucros, entre outros assuntos. A nova regra estabeleceu também que, até que ocorresse a assembleia, o conselho de administração ou a diretoria da cooperativa poderiam continuar seu mandato.
Outra norma aprovada é o Projeto de Lei nº 172/2020,que altera a Lei Geral de Telecomunicações e a Lei do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust). Com a norma, recursos represados do fundo podem ser utilizados como linhas de crédito, investimentos estatais ou garantia para projetos do setor, o que representa um importante avanço em prol da conectividade no campo. Além disso, as cooperativas foram incluídas na permissão de utilização desses recursos.
O Fust arrecada R$ 1 bilhão anualmente e já tem acumulados R$ 21,8 bilhões, mas praticamente não foi utilizado para investimentos no setor de telecomunicações. Hoje, a lei permite a aplicação dos recursos apenas para a expansão da telefonia fixa.Para o deputado Alceu Moreira (RS), “a medida vai beneficiar o grande, médio e pequeno agricultor de cada região do país”.
O deputado Zé Silva (MG), também defendeu a aprovação da proposta e destacou que “o processo de modernização das propriedades rurais não é mais uma opção, e sim uma necessidade para tornar a agricultura brasileira mais competitiva. Trabalhamos o texto no Senado para que a modernidade da internet das coisas e a cobertura 5G, chegue também no campo”.
Crédito
Ainda no Congresso Nacional, foi aprovado o Projeto de Lei de Conversão (PLV) n° 24/2020, originário da Medida Provisória (MP) n° 975/2020, que institui o Programa Emergencial de Acesso ao Crédito (Peac) para pequenas e médias empresas, e facilita o acesso a recursos para a manutenção desses estabelecimentos diante dos impactos econômicos causados pela pandemia de Covid-19 no país.
Após atuação da OCB, em conjunto com a Frencoop, foi possível modificar o texto e incluir as sociedades cooperativas entre as beneficiárias tanto do Peac quanto do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), o que antes estava restrito às empresas.
Nesse sentido, o projeto assegura às instituições financeiras garantia de 30% dos recursos emprestados aos agentes econômicos com receita bruta de R$ 300 milhões. O objetivo é facilitar o acesso ao crédito por meio de garantias e de preservar empresas de pequeno e de médio porte diante dos impactos econômicos decorrentes da pandemia, como forma de proteção de empregos e da renda.Vale lembrar que a OCB atuou também para que as cooperativas de crédito pudessem emprestar esses recursos, assim como as outras instituições financeiras.
Os deputados Hugo Leal (RJ), Zé Vitor (MG), Aline Sleutjes (PR), Efraim Filho (PB), Baleia Rossi (SP) e os senadores Jorginho Mello (SC), Kátia Abreu (TO), Esperidião Amin (SC) e Lasier Martins (RS) também contribuíram para a aprovação desta e de outras matérias relevantes para o cooperativismo no Brasil.
Negócio do futuro
O presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes, aposta no crescimento e popularização do segmento em 2021. “O cooperativismo se difere de outros modelos por uma característica central: o foco nas pessoas. Além disso, movimenta a economia e promove desenvolvimento local, sem deixar de lado valores e anseios do século 21. Ao mesmo tempo em que demanda uma gestão profissionalizada e com visão de mercado, capaz de gerar competitividade, possui um caráter transformador e de inclusão”,ressalta.
O deputado Arnaldo Jardim (SP), que faz parte da diretoria da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), também defende esse modelo de negócio e destaca sua importância para a retomada da economia no pós-pandemia por se basear na humanização e no papel social. Para ele, além do agronegócio, setores como saúde, moradia, transporte e crédito devem liderar o processo de recuperação de empresas, sejam elas de grande ou pequeno porte.
“A tendência, dentro e fora do Brasil, é de um consumo cada vez mais focado na sustentabilidade, medido não apenas na forma quantitativa, mas de maneira qualitativa. Isso contribui para uma melhor distribuição de renda”, ressalta.
Empregos
Em 2019, o cooperativismo gerou 427,5 mil empregos diretos, confirmando a trajetória de crescimento dos últimos nove anos. O número de cooperados também cresceu e agora já são mais de 15,5 milhões. O ativo total do segmento atingiu a marca de R$ 494 bilhões, com um patrimônio líquido de R$ 126 bilhões.
Dados do Anuário do Cooperativismo Brasileiro de 2020 apontam ainda que o retorno gerado pelas cooperativas brasileiras à sociedade em 2019 chegou a R$ 26 bilhões – com 41% do total em tributos e 59% em despesas com pessoal.
O movimento cooperativista começou em 1844, na França, como resposta de um grupo de trabalhadores — a maioria deles tecelões — ao aumento do desemprego e aos baixos salários pagos pelas empresas europeias, após o início da Revolução Industrial.
O setor conta com sete ramos: agropecuário; consumo; crédito; infraestrutura; saúde; trabalho produção de bens e serviços; e transporte.
Mais informações em https://www.ocb.org.br/
Os profissionais da saúde, brasileiros e de todo o mundo, não têm poupado esforços, dedicação, ética, responsabilidade e têm feito os mais variados sacrifícios para atender aos milhões de pacientes acometidos pela Covid-19. Por isso, o Sistema OCB encaminhou, nesta quinta-feira (17), uma carta de reconhecimento à Unimed do Brasil e à Confederação Nacional das Cooperativas Médicas (Confemed) parabenizando todos os homens e mulheres, de maneira especial, os milhares de cooperados das cooperativas de saúde que tanto têm feito para salvar vidas e aliviar as dores das famílias brasileiros.
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, explicou que atuar na linha de frente de uma pandemia, contra um vírus até pouco tempo desconhecido, requer muita coragem e confiança em toda equipe e nos processos que estão envolvidos nos atendimentos. “E aqui reside um grande diferencial do cooperativismo: as pessoas que dele participam confiam em seus valores, umas nas outras e que o trabalho coletivo gera os melhores resultados possíveis. E assim, imbuídos desse sentimento, temos assistido ao brilhante trabalho desses profissionais, por isso, não poderíamos fechar este ano sem esse merecido reconhecimento.
O líder cooperativista também disse que o Sistema OCB está orgulhoso pelo trabalho desempenhado pelos cooperados, em cada cooperativa espalhada por todo o território brasileiro. “Em todos os estados, em mais de cinco mil municípios brasileiros, há profissionais da saúde cooperados se esforçando no combate à pandemia. E para todos eles, além do nosso agradecimento, gostaríamos de dizer: contem sempre conosco, na defesa diária do cooperativismo, na sua valorização e na busca de seu reconhecimento, cada vez maior, pela sociedade brasileira. É o que temos feito nos últimos 50 anos e é o que continuaremos a fazer nos próximos cinquenta”, destaca Freitas.
Para ele, os profissionais da saúde são os nossos verdadeiros heróis. “Eles nos inspiram. Nos salvam. Nos confortam. Nos recuperam. E merecem todo o reconhecimento. Sintam-se abraçados e apoiados por todo o movimento cooperativista brasileiro, pelos seus mais de 15 milhões de membros. Sucesso na luta de vocês que também é nossa. Vamos vencer essa pandemia, juntos”, conclui.
NÚMEROS
- Cooperativas: 783;
- Cooperados: 275.915;
- Empregados: 108.189;
- Ramo do cooperativismo com o qual os brasileiros mais se relacionam: 41%;
- O Brasil possui o maior sistema cooperativo de saúde do mundo;
- Presente em 85% do território brasileiro;
- Mais de 25 milhões de brasileiros são atendidos pelas cooperativas do Ramo;
- Esse Ramo possui cerca de 32% do mercado da saúde suplementar;
- Aproximadamente 30% dos médicos brasileiros atuam por meio do sistema cooperativo;
- O Ramo é um dos que apresentam a distribuição do quadro social mais igualitária, por gênero: 51% são cooperadas e 49% cooperados.