Lançado o Monitor Global de Cooperativas
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Lançado o Monitor Global de Cooperativas

A Aliança Cooperativa Internacional (ACI) e o Instituto Europeu de Pesquisa em Cooperativas e Empresas Sociais (Euricse) lançaram nesta quarta-feira (20/1) a nona edição do Monitor Global de Cooperativas. O relatório que conta com o apoio da OCB explora o impacto econômico e social das maiores cooperativas do mundo e fornece uma classificação das 300 melhores classificações, além de uma análise das respostas aos atuais desafios globais: covid-19 e mudanças climáticas. São elas: Coamo, Coopersucar AS, Sicredi, Confederação Nacional das Unimeds, C.Vale e Coop.

De acordo com o documento, as 300 principais cooperativas relatam um faturamento de mais de US$ 2,1 trilhões, com base em dados financeiros de 2018. Essas organizações operam em vários setores econômicos, sendo os setores agrícola (104 coops) e de seguros (101 coops) os que lideram a lista. O setor de atacado e varejo representa o terceiro maior: 57 coops.

Os resultados desta edição mostram que as maiores cooperativas têm um bom desempenho, com apenas ligeiras variações nas posições de topo em todos os setores. No Top 300 da classificação com base no faturamento, Groupe Crédit Agricole (França) ficou em primeiro lugar, como fez no ano passado, enquanto o Groupe BPCE (França) trocou com o alemão Grupo REWE, que agora é o segundo. A maioria das 300 melhores coops pertence a países industrializados, como os EUA (74), França (44), Alemanha (30) e Japão (24).

No Top 300 com base na proporção do volume de negócios sobre o produto interno bruto (PIB) per capita - que relaciona o faturamento da empresa com a riqueza do país, a Índia levou os dois primeiros lugares: IFFCO e Gujarat Cooperative Milk Marketing Federation.

No que se refere aos setores mais representados (agricultura e indústria de alimentos) a liderança é da japonesa Zen-Noh. Já na lista do segmento indústria e utilidades está a Corporación Mondragón (Espanha); e, no atacado e varejo, o grupo alemão REWE encabeça a lista.

 

FOCO NA COVID

O ano de 2020 ficará marcado como um ano de crise global sem precedentes, causada pela pandemia da covid-19. Apesar do enorme impacto que a crise da saúde teve, as cooperativas provaram ser resilientes e inovadoras. O Monitor Global inclui a história da SMART, cooperativa de freelancers, e suas ações de ajuda aos cooperados, principalmente do setor da cultura.

 

FOCO NO ODS 13

O relatório internacional apresenta uma análise especial do Top 300 e do 13º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ação climática), explorado em profundidade no relatório o caso do Rabobank (Holanda) e seu banco inovador para a consciência climática.

 

AJUDA

“A pandemia colocou uma pressão sobre muitas empresas, mas como você lerá no relatório, muitas grandes cooperativas intervieram para ajudar funcionários, membros e comunidades a cuidar da própria saúde e a enfrentar as repercussões econômicas da covid-19. Gostaríamos de agradecer às organizações que forneceram seus dados e também a todos que contribuíram com essa atualização”. Bruno Roelants, diretor geral da ACI

 

MODELO ATUAL

“O ano de 2020 nos confrontou com a necessidade de atuar emergencialmente sem deprimir nossas economias, como sempre fazem as cooperativas. Portanto, o modelo cooperativo é mais atual do que nunca. E a tarefa do Monitor é mostrar como o cooperativismo é capaz de enfrentar grandes desafios, ativando recursos importantes por meio de grandes organizações”. Gianluca Salvatori, Secretário-geral do Euricse

 

CONHEÇA O DOCUMENTO

Para acessar o Monitor Global de Cooperativas, clique aqui (o documento está em inglês).

O agronegócio é o único caminho para crescer o país em meio à crise
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O agronegócio é o único caminho para crescer o país em meio à crise

Em meio à crise, o que temos de oportunidades no Brasil? O agronegócio. Temos tecnologia, produtividade e acessamos mercados internacionais; nos transformamos de um país importador de comida a um dos cinco maiores exportadores, além de abastecimento interno.

Mas isso basta? Não. Importante celebrar essas conquistas? Sim. Temos uma super safra neste ano e para 2021/22 nova promessa de safra ainda maior nos grãos. Ótimo. Mas isso basta para os próximos dez anos? Não.

 

 

Temos outro tanto do agronegócio brasileiro para desenvolver, da mesma forma como desenvolvemos este que nos permitiu exportar mais de US$100 bilhões e salvar a economia nos mantendo acima da tona da água.

 

 

Porém, apenas para nos incomodar – e os incômodos são as alavancas do que nos fazem progredir – basta ver a Holanda, um país do tamanho do estado do Espírito Santo e que muito nos ensina (como a colonização holandesa nos campos gerais do Paraná com as cooperativas Frísia, Castrolanda e Capal, e a cidade de Holambra em São Paulo, a 4ª maior cooperativa exportadora de flores do mundo).

 

 

Essa Holanda precisou fazer diques para o mar não a invadir. Eles exportam cerca de US$111 bilhões do seu agronegócio, aproximadamente US$10 bilhões a mais do que o Brasil.

 

 

Isso nos motiva a olhar todo potencial brasileiro dos lácteos, bioenergia, agrofármacos, hortaliças, legumes, flores, e a fruticultura tropical, um desejo do consumidor mundial.

 

 

O Brasil para crescer precisa dobrar de tamanho, o movimento total do agribusiness nacional; isto quer dizer, mais biosoluções, mais indústria, mais comércio, mais agroindústria e muito mais gastronomia e turismo agroecológico, além da bioeconomia nos biomas.

 

 

A Holanda nos inspira também com a logística extraordinária e o Porto de Rotterdam por onde passam produtos brasileiros para serem novamente exportados. Inovação, educação e sociedade civil organizada. O país é também um exemplo de cooperativismo. E, claro, uma sociedade avançada.

 

 

Agora mesmo, perante um grave erro do ministério e do primeiro-ministro holandês sobre cálculos relativos à previdência social, pediram demissão e saíram do governo. Ou seja, a legalidade acima das incompetências.

 

 

A Holanda nos inspira para dobrarmos o agro brasileiro de tamanho e, também, ao exemplo de seus líderes – erraram, pedem para sair. É a hora do agronegócio abraçar o país inteiro. E dobrar o PIB de tamanho.

 

 

 

 José Luiz Tejon Megido é mestre em Educação Arte e História da Cultura pelo Mackenzie, doutor em Educação pela UDE/Uruguai e membro do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS)

Com unidade em MS, Aurora recebe autorização e volta a exportar carne suína à China
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Com unidade em MS, Aurora recebe autorização e volta a exportar carne suína à China

 anunciou que a planta da Aurora Alimentos em Chapecó (SC) foi reabilitada a exportar carne suína ao país. A notícia foi publicada no site do governo local e confirmada pela empresa. A suspensão tinha sido anunciada no início deste mês. A empresa também possui unidade em Mato Grosso do Sul, em São Gabriel do Oeste, distante 133 quilômetros de Campo Grande.

Na ocasião, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) disse que estava atuando junto à cooperativa e ao Ministério da  para garantir esclarecimentos adicionais aos chineses referentes às práticas de segurança e aos “rígidos protocolos setoriais” durante a pandemia da covid-19″.

Também nesta quarta-feira, a  autorizou a retomada dos embarques para o país de duas unidades da : uma de suínos, em Três Passos; e outra de frangos, em Passo Fundo, ambas no .

No começo de agosto de 2020, o governo de Hong Kong retomou as importações de frango da unidade de Xaxim, em Santa Catarina. A medida ocorreu depois dos resultados de testes realizados em amostras de carne de frango importadas do Brasil terem dado negativo para presença de coronavírus.

Coronavírus na carne

As suspensões das compras de carne da empresa ocorreram após o município de Shenzhen, no sul da , ter afirmado que a asa de frango congelada, pertencente a empresa aurora, estava contaminada com traços de coronavírus. Após esta afirmação, o Centro de Segurança Alimentar de Hong Kong afirmou que a medida foi tomada como forma de prevenção enquanto as investigações estivessem em curso.

Ainda em agosto, as autoridades de Hong Kong voltaram a comentar sobre o assunto, afirmando que haviam coletado 40 amostras de carne de frango importadas do Brasil e todas deram negativo para teste da . No entanto, a Aurora Alimentos suspendeu de forma voluntária as exportações de carne de frango da unidade de Xaxim à .

Reunião na Semagro para discutir pleitos do cooperativismo
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Reunião na Semagro para discutir pleitos do cooperativismo

Hoje, o Presidente do Sistema OCB/MS, Celso Ramos Régis se reuniu com o Secretário da SEMAGRO - Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, para tratar sobre a política de desenvolvimento econômico, a industrialização das cooperativas no Estado, FCO - Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste, entre outros assuntos de interesse do cooperativismo.

Na oportunidade, o presidente também realizou reunião com o superintendente da Ciência e Tecnologia, Produção e Agricultura Familiar, Rogério Beretta, o presidente da Agraer, André Borges, o presidente do CEASA/MS, Daniel Mamedio do Nascimento, onde foram tratados assuntos sobre o PROCOOP e encaminhamentos de interesse das cooperativas.

Artigo: a contribuição das cooperativas em 2021
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Artigo: a contribuição das cooperativas em 2021

O advento das vacinas contra a covid-19 representa uma esperança, mas é indiscutível que as condições gerais que tornaram 2020 um ano difícil e singular – provavelmente um dos mais dramáticos da história da humanidade – persistirão em boa parte de 2021. A ciência, a medicina e a tecnologia continuarão instrumentos essenciais para o enfrentamento da pandemia e a eficiência na organização social será a chave para a superação.

Dentre todas as formas de associativismo, o cooperativismo tem sido a experiência mais bem sucedida em termos de organização vitoriosa em atuação social ou econômica. As cooperativas terão, novamente, alto grau de protagonismo em 2021, articulando a força de trabalho, os insumos e a produção – como fizeram no ano passado.

É notoriamente indispensável a contribuição das cooperativas para o normal funcionamento da sociedade. As cooperativas do ramo agropecuário, por exemplo, trabalharam incessantemente para abastecer o país com os alimentos essenciais – leite, carnes, grãos, cereais, frutas, hortigranjeiros etc. – atuando como fiadoras da segurança alimentar. Mitigaram, assim, o nível de incerteza e ansiedade provocada pela crise sanitária, evitando a escassez de alimentos e o consequente caos que se instalaria nas famílias e nas comunidades.

Na mesma linha atuaram todos os ramos do cooperativismo. As cooperativas de trabalho médico mantiveram hospitais, ambulatórios, clínicas e centros de saúde especializados em plena atividade, atendendo milhares de pacientes e, assim, aliviando a pressão sobre o sistema público de saúde. As cooperativas de transporte garantiram a circulação das riquezas que o País produziu, a entrega de insumos, mercadorias e produtos para todos os setores da atividade humana, oxigenando o funcionamento da economia brasileira.

As cooperativas de crédito ofertaram condições para que milhões de famílias e milhares de micro e pequenas empresas se mantivessem em funcionamento, preservando empregos e mantendo o dinamismo microeconômico.

Da mesma forma, no cumprimento de seus objetivos estatutários, as sociedades cooperativas dos demais ramos (consumo, infraestrutura, trabalho, produção de bens e serviços) estabeleceram condições de viabilidade para que as engrenagens da sociedade – fundamentadas no trabalho e na produção – permanecessem viáveis e operantes.

A experiência desse associativismo operativo – que assimilou os princípios do cooperativismo e os implementou na prática – é vivido por quase 3 milhões de catarinenses. Sua importância, sua capacidade de produzir resultados e de interferir na sociedade foram abundantemente comprovadas nos fatídicos meses da pandemia.

Cooperação e empatia foram os conceitos mais evidentes em 2020 porque resguardar o maior capital de qualquer organização – o humano – nunca foi tão necessário. Por isso, reinventar alternativas seguras para manter as atividades econômicas e adotar novos hábitos de autocuidado conquistaram patamar de prioridade na vida profissional e pessoal. O cuidado individual se tornou zelo coletivo com a crise sanitária.

Desde o início da crise sanitária no Brasil o posicionamento das cooperativas catarinenses foi claro pela preservação da vida dos catarinenses e pela continuidade das atividades econômicas com todas as medidas de segurança orientadas pelas organizações de saúde. O sistema cooperativista catarinense adotou medidas de extremo cuidado para preservar a riqueza humana. Essa conduta será reiterada em 2021.

 

Luiz Vicente Suzin

Presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC)

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