As cooperativas brasileiras de saúde estão entre as mais sólidas do mundo. Por isso, quanto maior o conhecimento dos formuladores de políticas públicas a respeito da atuação delas, melhor. E é com a intenção de aprofundar esse olhar técnico que o Sistema OCB promove nesta quinta e sexta-feira, o módulo teórico do projeto Conhecer para Cooperar – Ramo Saúde. As atividades ocorrem na Casa do Cooperativismo, em Brasília.
O projeto conta com a participação de representantes da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), do Ministério da Saúde (MS), do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A ideia é apresentar a governança, as estratégias de gestão e, ainda, os conceitos essenciais e desafios enfrentados pelo setor de saúde cooperativista na atualidade. ?
CERIMÔNIA
A abertura do projeto está prevista para as 8h30 e deverá contar com a participação de deputados integrantes da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), além do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, e do presidente da Faculdade Unimed, Ary Celio.
Os presidentes Eudes Arantes Magalhães (Confemed), José Alves Neto (Uniodonto do Brasil) e Orestes Barrozo (Unimed do Brasil), integrantes da coordenação do Conselho Consultivo do Ramo Saúde, falarão sobre o papel do cooperativismo de saúde para o país.
Também serão discutidos: os ambientes regulatório e normativo, as perspectivas, a estrutura de governança, a conjuntura econômica, as tendências, o papel do Sistema OCB, o ciclo de vida das cooperativas, bem como boas práticas.
MÓDULO PRÁTICO
O projeto continua no ano que vem, com pelo menos dois módulos práticos já definidos. O primeiro ocorrerá em fevereiro nas cidades de Fortaleza (CE), Belo Horizonte (BH) e Goiânia (GO); o segundo será em maio e terá como pontos de parada Florianópolis (SC), Curitiba (PR) e Campinas (SP). O objetivo é apresentar in loco modelos, atuação, desafios e trabalhos desenvolvimentos pelas cooperativas do Ramo Saúde.
NÚMEROS
Presentes em 85% do território brasileiro, as cooperativas são fundamentais para levar atendimento e saúde de qualidade aos brasileiros, em todas as regiões e em todos os estados. Como resultado da união de esforços, as 813 cooperativas congregam mais de 225 mil profissionais cooperados, gerando trabalho e renda para quase 100 mil pessoas. Além disso, as cooperativas respondem por mais de 32% dos beneficiários da saúde suplementar brasileira, nos planos médico e odontológico.
Fonte: Sistema OCB
Dentre as áreas de atuação, George ensina sobre governança, tomada de decisão coletiva e esquemas de remuneração. Fundou um dos centros de pesquisa voltados para cooperativas agropecuárias mais importantes dos Países Baixos. É autor de 14 livros e mais de 100 artigos publicados em revistas científicas. Para ele, trabalhar a sucessão pode ser um dos melhores caminhos para encontrar soluções ligadas à governança das cooperativas. Confira!
Poderia explicar o que é governança?
A governança diz respeito à organização de transações e está associada à gestão de uma empresa/cooperativa. É responsável pelo estabelicimento de políticas e pelo monitoramento contínuo de um planejamento, dentre outras coisas.
Você poderia resumir suas palavras, disse durante a EBPC?
A cooperativa é uma empresa criada por um grupo de pessoas, objetivando a promoção de seus interesses em comum. Essas pessoas possuem um negócio baseado em relacionamentos e são essas relações que farão toda a diferença nas transações comerciais. O que percebo, com relação ao universo cooperativista, é que as cooperativas possuem uma série de vantagens quando as comparamos às empresas tradicionais. No entanto, essas vantagens exigem boa governança. Só assim, as cooperativas poderão transformar uma boa relação em lucro.
Qual é a importância da EBPC para desenvolver nosso movimento cooperativo?
O EBPC é uma ótima plataforma para reunir as cooperativas e os acadêmicos. Por meio de eventos como este, os acadêmicos apresentam seus trabalhos e pesquisas uns dos outros e tomam conhecimento dos problemas e dos desafios enfrentados pelas cooperativas. É ainda um espaço para que as lideranças cooperativistas troquem ideias e apertem os laços com a comunidade acadêmica.
Me senti contemplado com uma programação de três dias e resultado de uma excelente combinação entre apresentações realizadas tanto por acadêmicos quanto por cooperativas. Outro ponto que gostaria de destacar foi a presença dos jovens. É gratificante ver tantos jovens acadêmicos pesquisando sobre as cooperativas.
Por fim, acredito que o envolvimento do Sescoop e da OCB com a pesquisa científica é fundamental e pode resultar em projetos conjuntos, beneficiando os dois lados dessa relação.
Qual é o nível de maturidade das cooperativas brasileiras em termos de governança?
O Brasil é um país enorme e, por isso, possui uma variedade de realidades quando se trata de cooperativas. Isso é bastante evidente e, claro, requer um status de governança diferente. Por exemplo, os agricultores do Sul do Brasil geralmente não têm mais de 100 hectares de terra, enquanto um agricultor no estado de Mato Grosso tem, às vezes até seis mil hectares. São perfis distintos.
Outro exemplo de variedade está na composição da cooperativa. As médias, por exemplo, possuem cooperados com maior nível de escolarização per capta do que as cooperativas agrícolas, onde há cooperados que, possivelmente, nem sabem ler.
Se falarmos de legislação, há muito a ser feito, ainda, considerando o grau de regulação de outros países. Tudo isso nos coloca numa posição de avaliar de maneira bem distinta o grau de governança das cooperativas do Brasil.
Como as cooperativas podem aprimorar suas práticas de governança?
O princípio orientador deve ser o de que a cooperativa atenda aos interesses de seus membros e o principal deles tem de ser o bem-estar da cooperativa. Essa deve ser a principal preocupação daqueles que a dirigem. Por exemplo, em muitos países, o presidente não pode ocupar o cargo por mais de quatro anos. Isso faz com que ele, obrigatoriamente, prepare um sucessor. Aqui no Brasil isso não ocorre, embora perceba uma preocupação com a questão da sucessão.
Talvez uma solução pudesse ser a criação de um programa que estimule novas lideranças. A OCB, por exemplo, poderia criar mecanismos para preparar os jovens cooperados a participar de órgãos representativos como o conselho fiscal e o de administração.
Outra coisa que pode ser revista é a origem do presidente de uma cooperativa. Na Europa e nos EUA, um CEO é, muitas vezes, um gerente profissional e não necessariamente um cooperado. Para isso, é claro, ele deve ter uma e comprovada experiência em gestão de empresas. Existe também uma tendência para profissionalizar o conselho de administração e o conselho fiscal.
Fonte: Sistema OCB
Campo Grande ganhou um belo presente de Natal antecipado. Nesta quinta-feira, dia 7 de dezembro, foi inaugurado o monumento Pantanal Sul, também conhecido como “Tuiuiús do Aeroporto”, que fica na Praça Brigadeiro Faria Lima. Essa revitalização foi uma parceria entre o Sicredi, Infraeo e o artista plástico Cleir Ávila.
O evento foi prestigiado por lideranças do Sicredi e autoridades que enalteceram a importância desse monumento para a cultura local. “Está no DNA do cooperativismo e do Sicredi pensar na comunidade e por isso aderimos a essa parceria que devolveu à população esse monumento que recebe todos que chegam ao Mato Grosso do Sul”, declarou Celso Régis, vice-presidente da Central Sicredi Brasil Central.
“Estou muito emocionado em ver essa obra revitalizada depois de anos danificada, ela representa a nossa cultura e identidade”, disse o artista plástico ao mencionar outras obras revitalizadas no Estado.
O superintendente de operações da Infraero, Antônio Salles, destacou que o aeroporto é de toda a população. “Essa casa é de todos e por isso toda a sociedade tem que zelar por esta obra”.
Hoje foi lançado um concurso cultural para dar nomes aos Tuiuiús, no qual a população poderá participar através do site http://www.deasasabertas.com.br/ até o dia 01/01/2018. O ganhador será revelado dia 24 de janeiro e receberá três diárias no Hotel Zagaia em Bonito.
A obra das esculturas foi conduzida pelo artista plástico Cleir Ávila, que explica que os tuiuiús são uma alusão aos aviões e que representam às posições de pouso, decolagem e abastecimento. Durante 3 anos esse monumento foi um dos cartões postais na abertura do programa do Jô Soares.
Sobre o Sicredi
O Sicredi é uma instituição financeira cooperativa comprometida com o crescimento dos seus associados e com o desenvolvimento das regiões onde atua. O modelo de gestão valoriza a participação dos 3,6 milhões de associados, os quais exercem um papel de dono do negócio. Com presença nacional, o Sicredi está em 21 estados*, com 1.500 agências, e oferece mais de 300 produtos e serviços financeiros. Mais informações estão disponíveis em www.sicredi.com.br.
*Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, recebeu nesta semana a equipe do Sistema OCB/MS (Organização das Cooperativas Brasileiras no Mato Groso do Sul), para tratar de demandas da categoria e falar sobre a atuação do cooperativismo em Mato Grosso do Sul.
O presidente do Sistema OCB/MS, Celso Regis e o assessor institucional da OCB/MS, Sadi Depauli, pediram apoio para facilitar os atendimentos às cooperativas na Jucems (Junta Comercial de Mato Grosso do Sul), órgão vinculado a Semagro. Para melhorar o fluxo de atendimento será feita uma capacitação conjunta dos servidores sobre as características destas empresas.
O Sistema OCB/MS informou ainda que está fazendo um levantamento dos investimentos feitos por cooperativas no Estado, em todos os setores, o que vai ajudar o Governo a saber sobre o impacto econômico desse setor e onde está concentrada sua atuação. Para o secretário, não há dúvidas de que a participação é relevante.
“Com esse estudo vamos saber como foram feitos os investimentos ao longo dos anos, mas as cooperativas atuam em muitas outras situações, que ajudam as cidades”, disse Jaime Verruck ao citar, por exemplo, a revitalização do Monumento Pantanal Sul, composto pelas esculturas em formato de três tuiuiús em frente ao aeroporto de Campo Grande.
Os representantes das cooperativas do Estado ainda reivindicaram uma vaga de vogal na Jucems, pedido que será analisado judicialmente pela equipe da Semagro.
Em junho de 2017, Governo do Estado e o Sistema OCB/MS firmaram uma parceria que gerou o Procoop (Programa Estadual de Desenvolvimento e Fortalecimento do Cooperativismo em Mato Grosso do Sul), que visa facilitar o desenvolvimento das cooperativas. Dentro disso, são realizadas ações de fomento pelo Estado.
Entre elas está o 5º Seminário de Líderes, que acontece na sexta-feira (08), com a presença do secretário Jaime Verruck. O evento tem o objetivo de ampliar o acesso das cooperativas à formação em gestão cooperativista, liderança e gestão de pessoas, alinhada as suas reais necessidades, com foco na eficiência e na competitividade.
Fonte: Semagro
O projeto conta com a participação de representantes da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), do Ministério da Saúde (MS), do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A ideia é apresentar a governança, as estratégias de gestão e, ainda, os conceitos essenciais e desafios enfrentados pelo setor de saúde cooperativista na atualidade. ?
DEBATES
Os presidentes Orestes Barrozo (Unimed do Brasil), José Alves Neto (Uniodonto do Brasil) e Eudes Arantes Magalhães (Confemed) foram os primeiros a debater o papal do cooperativismo de saúde no Brasil. Além deste, outros temas deram tom às discussões do primeiro dia do Conhecer para Cooperar: perspectivas para a saúde, estrutura de governança e conjuntura econômica, bem como seus cenários futuros.
DEPOIMENTOS
A abertura do Conhecer para Cooperar – Ramo Saúde contou com a participação do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, do presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), Osmar Serraglio, do deputado federal Lelo Coimbra, representante do Ramo Saúde na Diretoria da Frencoop, do diretor de Desenvolvimento e Responsabilidade Social da Fundação Unimed, Ary Célio, e dos presidentes Orestes Barrozo (Unimed do Brasil), José Alves Neto (Uniodonto do Brasil) e Eudes Arantes Magalhães (Confemed). Confira abaixo alguns depoimentos:
CONTRIBUIÇÃO: “O Conhecer para Cooperar é um projeto que nos dá muita esperança. Já fizemos com os ramos Crédito e Agro e foi muito positivo. Agora, com o Saúde, não temos dúvidas de que, com o empenho de todos, será um sucesso, por meio da geração de muitos resultados, pois é um processo de construção coletiva de conhecimento. Um conhecimento mais amplo e sólido sobre os cooperativas de saúde. Não queremos favor, apenas que o governo, os reguladores do setor, os formuladores de políticas públicas e agentes financeiros contribuam com a melhoria do ambiente no qual as cooperativas possam se desenvolver e cumprir seu papel que é atender bem as pessoas.” Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB
CREDIBILIDADE: “Temos muito orgulho de fazer parte da defesa do cooperativismo no Congresso Nacional. A imagem e a credibilidade do movimento têm se fortalecido ao longo do tempo, graças ao trabalho da Frencoop, sempre amparado pela OCB. E a maior prova disso foi a aprovação, praticamente unânime, do PLP 100 que, agora, será votado em regime de urgência no Senado para que, até o fim deste ano, seja sancionado pela Presidência da República. Foram necessários muitos anos para chegar até aqui e todo esse reconhecimento devemos à OCB, que sempre se preocupou com a disseminação de informação tanto para dentro, quanto para fora do cooperativismo. É o caso do Conhecer para Cooperar. Desejo muito sucesso a todos.” Osmar Serraglio, presidente da Frencoop
DEFESA: “Tenho muito orgulho de minha relação com o Sistema OCB e com o cooperativismo de saúde que, na minha visão, é um grande exemplo de gestão. Aliás, acredito muito que a experiência das Unimeds precisa ser compartilhada com interessadas de outros ramos. Isso enriqueceria muito o movimento. Gostaria de dizer que estamos atuando fortemente para defender todos os interesses das cooperativas brasileiras, defendendo suas necessidades e particularidades.” Lelo Coimbra, representante do Ramo Saúde na Frencoop
INTERCOOPERAÇÃO: “Esse projeto é extremamente importante. Nossa expectativa é de que ele coroe com êxito todo o trabalho de educação cooperativista que o Sistema OCB tem feito, visando melhor qualificar e integrar, possibilitando, assim o exercício da intercooperação. Somos muito agradecidos por fazermos parte de mais uma iniciativa com o Sistema OCB. Já temos o Qualifica, que beneficia diversas cooperativas e, agora, o Conhecer para Cooperar, que vai trazer grandes ganhos para todo o Ramo Saúde.” Ary Célio, diretor de Desenvolvimento e Responsabilidade Social da Fundação Unimed
SAIBA MAIS
Atualmente, as cooperativas de saúde estão presentes em 85% do território brasileiro e são fundamentais para levar atendimento de qualidade a milhares de pessoas, em todos os estados do país. Este modelo cooperativo, reconhecimento como um dos maiores do mundo, responde por mais de 32% dos beneficiários da saúde suplementar brasileira, nos planos médico e odontológico. São mais de 22 milhões de brasileiros que utilizam planos de saúde cooperativos.
Com mais de 50 anos de atuação no Brasil, as 813 cooperativas de saúde, segmentadas em três confederações, reúnem mais de 225 mil cooperados e geram quase 100 mil empregos diretos.
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