Este ano, o Natal da Cooperação mudou o seu formato e teve a adoção de cartinhas de crianças eleita como forma de trabalho pelas cooperativas participantes. A campanha já é tradicional no meio cooperativista e todos os anos beneficia diversas de crianças, que começaram a receber os presentes esta semana.
O objetivo da campanha foi envolver cooperativas e comunidade e, por meio da arrecadação e doação de brinquedos conforme cartas recebidas, proporcionar às crianças residentes em instituições filantrópicas de Campo Grande um Natal mais divertido, fortalecendo a imagem do cooperativismo como promotor da felicidade.
Serão beneficiadas ao todo nove instituições que acolhem crianças e adolescentes institucionalizados em Campo Grande, conforme indicação do Projeto Padrinho do TJ/MS.
Após comemorar a aprovação do PLC 157/2017, que permite às cooperativas de crédito captarem e gerirem recursos de prefeituras, autarquias e outras empresas controladas pelo poder público municipal, ocorrida hoje, a OCB segue acompanhando – com preocupação – o avanço na tramitação da PEC 37/2007, que revoga a desoneração do ICMS das exportações de produtos primários e semielaborados advinda da Lei Kandir.
Para a o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, a Lei Kandir representa um dos maiores pilares para o avanço da competitividade e da produção de diversas cadeias agropecuárias, como milho, soja, café e outros, em âmbito internacional.
“Como impactos positivos diretos desta política, podemos citar a geração de valor em todos os elos da cadeia produtiva, o crescimento exponencial da produção, a geração de emprego e renda, além do superávit da balança comercial brasileira e do IDH do meio rural”, argumenta o líder cooperativista.
EXPORTAÇÕES
Em um contexto global altamente competitivo, a Lei Kandir contribuiu fortemente para que milhares de pequenos e médios produtores, por meio do cooperativismo, pudessem acessar o mercado externo. Conforme demonstrado pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), entre produtos primários e industrializados, as cooperativas brasileiras exportaram, apenas em 2016, US$ 5,1 bilhões, a partir de relações comerciais junto a 147 países, com superávit na balança comercial no valor de US$ 4,6 bilhões.
Cabe ressaltar, ainda, que, para além dos produtos industrializados, o setor produtivo brasileiro investiu na especialização da exportação de produtos primários e semielaborados, para atender de forma competitiva a demanda internacional.
DIFICULDADES
Assim, além de frustrar a expectativa dos altos investimentos já efetivados, a oneração do ICMS nas exportações ocasionará enormes dificuldades na economia brasileira, devido à pouca estruturação de políticas públicas nacionais para fomentar a industrialização e às barreiras comerciais existentes no comércio exterior.
“O fim dessa política traria como consequência imediata o excesso de oferta de produtos no mercado interno e uma queda brusca nos seus preços, reduzindo a geração de emprego e renda e, ainda, exigindo do governo federal políticas de cobertura de preços mínimos, a exemplo do Pepro - Prêmio Equalizador Pago ao Produtor e do PEP - Prêmio de Escoamento de Produto”, avalia Márcio Freitas.
Segundo ele, em médio e longo prazo, essa situação se tornaria ainda mais inviável, levando, além dos problemas já citados, o desestímulo do produtor rural em permanecer na atividade.
ALTERAÇÕES
Assim, o Sistema OCB entende que possíveis alterações na Lei Kandir devem estar focadas na forma de ressarcimento devido aos fundos de compensação aos estados, sem que isso prejudique o setor produtivo; e, em segunda medida, no apoio e estímulo aos empreendimentos exportadores, dado o efetivo efeito multiplicador das exportações para a economia do país.
EXPRESSIVIDADE
O Ramo Agropecuário é um dos 13 setores econômicos representados pela OCB. No total, 1,5 mil cooperativas agro congregam mais de 1 milhão de produtores cooperados. Confira outros números, com base nos dados do IBGE:
- 48% de toda a produção agropecuária do país passam de alguma forma por uma cooperativa;
- Nossa participação no PIB do agronegócio é de cerca de 11%;
- As cooperativas agropecuárias respondem por 21% da capacidade estática de armazenagem de grãos do país;
- No Brasil, 19,7% da assistência técnica é realizada por cooperativas (IBGE/2006);
- Exportações de Cooperativas (MDIC – 2016) – US$ 5,13 bilhões;
- Deste total, 99% são originários de cooperativas agropecuárias;
- O complexo soja (grãos e derivados) representa 26% desse total;
- O complexo sucroalcooleiro (açúcar e álcool) representa 24% do total;
- O complexo aves representa 19%;
- O complexo café (grãos e derivados) representa 13%;
- Os principais destinos são: China, Alemanha, Estados Unidos e Emirados Árabes;
- Número de empregos gerados por elas: 186 mil.
Em 1978, do sonho de 27 pequenos produtores e da necessidade de buscar melhores condições para comercialização de algodão, surgiu em Naviraí, a Copasul, Cooperativa Agrícola Sul-Mato-Grossense. Neste 16 de dezembro, a Cooperativa completa 39 anos comemorando bons resultados, graças a cooperação e ao agronegócio. Atualmente, são mais de 900 cooperados, 500 colaboradores, unidades em oito municípios de Mato Grosso do Sul e um faturamento recorde de 1 bilhão de reais.
Ao longo dos anos, a Copasul expandiu sua área de abrangência e seu campo de atuação. Hoje, os cooperados contam com assistência técnica, recebimento de grãos, fornecimento de insumos, serviços em irrigação, além da área industrial. Através da Fiação o algodão que sai do campo, se transforma em fios para grandes indústrias textêis, principalmente para cama, mesa e banho. A produção atual, atingiu a marca de 1.000 toneladas por mês. E a fecularia, vive um momento de consolidação no mercado, alcançando grandes resultados no faturamento e rentabilidade, nela, a mandioca se transforma em fécula para atender principalmente fabricantes de tapioca e pão de queijo.
Novas unidades e recebimento recorde
Hoje, a Copasul está presente em Naviraí, Itaquiraí, Deodápolis, Dourados, Maracaju, Novo Horizonte do Sul, Nova Andradina e Ivinhema, essa última, abriga a mais nova Unidade de recebimento de grãos, que já nesta safra recebeu mais de 950 mil sacas de milho, superando a expectativa inicial. No total, a Cooperativa recebeu 16 milhões de sacas. Nos próximos anos, a Cooperativa também estará presente em Anaurilândia, sendo que as obras da Unidade já iniciaram.
Cooperação, agronegócio e capacitação
O atual presidente, Gervásio Kamitani afirma que os bons resultados foram conquistados através da união e da força gerada através do campo. “Nós tivemos um ano muito marcante. Infelizmente, nosso presidente, Sakae Kamitani, nos deixou, mas o legado dele gerou grandes marcas. No ano que completamos 39 anos alcançamos grandes resultados, como o faturamento recorde, que inclusive era uma meta dele, além da expansão para novos negócios. E se estamos colhendo bons resultados, é graças aos nossos cooperados, juntamente com os colaboradores. Sem a união do planejamento, do agronegócio e da cooperação, isso não seria possível”, disse Gervásio.
Dourados ganhou em dezembro mais um ponto de atendimento do Sicoob. É a primeira unidade do Sicoob Horizonte, cooperativa com sede em Arapongas (PR), que em novembro de 2016 deu início ao seu projeto de expansão no estado do Mato Grosso do Sul.
Localizado na Av. Marcelino Pires nº 1278, esquina com Rua Albino Torraca, o PA conta com amplas instalações para oferecer atendimento com segurança, comodidade e praticidade aos cooperados e também à comunidade.
O presidente do Conselho de Administração do Sicoob Horizonte, Fortunato Graça Junior, destaca que o compromisso da cooperativa é colaborar com o fortalecimento do cooperativismo e do sistema de empreendedorismo local, proporcionando uma experiência financeira diferente.
“Encaramos o desafio e estamos muito felizes por mais essa conquista, que foi reconhecida pelo Banco Central, teve apoio do Bancoob, do Sicoob Confederação e do Sicoob Unicoob, Central a qual somos filiados. Começamos a expansão do Sicoob Horizonte por Campo Grande no ano passado, neste ano chegamos a Dourados e em 2018, estaremos em mais duas outras grandes cidades: Três Lagoas e Corumbá”, complementa.
Fonte: Sicoob
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, e representantes do movimento cooperativista dos estados da região Norte se reuniram nesta quarta-feira, em Brasília, com parlamentares para reforçar a relevância do cooperativismo na interiorização e repasse dos recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO).
A reunião ocorreu na sede da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e contou com a participação dos senadores Valdir Raupp (RO), Sérgio Petecão (AC), Cidinho Santos e José Medeiros, ambos do MT, e do deputado Luiz Claudio Pereira Alves (RO).
O movimento cooperativista tem acompanhado fortemente a questão do repasse do recurso não só do FNO, mas do FCO (para o Centro-Oeste) e do FNE (destinado ao desenvolvimento dos estados do Nordeste) pelos agentes financeiros oficiais: Banco da Amazônia, no Norte, Banco do Brasil, no Centro-Oeste e Banco do Nordeste.
Todos os parlamentares se disponibilizaram a participar da construção de um diálogo construtivo, visando o credenciamento e o repasse regular desses fundos para o desenvolvimento regional. Só no Norte, por exemplo, há mais de 200 agências do Sicoob, Sicredi e outras singulares de crédito. “Essas agências são ferramentas fundamentais para possibilitar que FNO cumpra seu papel constitucional que é o desenvolvimento regional”, argumenta Márcio Freitas.
Atualmente, compete aos bancos oficiais definir valores e datas para fazer os repasses aos bancos credenciados, o que inclui cooperativas de crédito.
Na próxima terça-feira, dia 19/12, o presidente do Banco da Amazônia, Marivaldo Melo, deve se reunir, em Belém, com os representantes dos bancos cooperativos, centrais e cooperativas de crédito para esclarecimentos sobre as bases e condições de repasse dos recursos do FNO.