Deputados e senadores integrantes da Frente Parlamentar do Cooperativismo se reuniram nesta quarta-feira, em Brasília, com a Diretoria Executiva da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), para sua primeira reunião de trabalho na 56ª Legislatura. Durante o evento foi apresentada a nova Diretoria da Frencoop, presidida a partir de agora pelo deputado federal Evair de Melo (ES).
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, ressaltou a gratidão das cooperativas com o comprometimento dos parlamentares. “Vocês têm feito um trabalho muito significativo no Congresso Nacional e, em função disso, preparando os caminhos de desenvolvimento do movimento cooperativista brasileiro”, avalia a liderança cooperativista.
Sobre a nova composição da Frencoop, Márcio Freitas destacou que o desejo das cooperativas é o de uma frente atuante, técnica e comprometida com as necessidades e características do setor. “Nós precisamos de um relacionamento de família, mesmo, porque as cooperativas não são sociedades de capital financeiro, mas de capital humano”, enfatiza o presidente da OCB.
PRIORIDADES
A respeito das prioridades para 2019, Márcio Freitas destacou a necessidade da atuação parlamentar focada nos seguintes temas: ato cooperativo (PLP 271/2005), lei geral das cooperativas (PL 519/15), lei de seguros (PLP 519/18), oferta de serviços de telecomunicação por cooperativas (PL 8.824/17) e marco regulatório do transporte rodoviário de cargas (PLC 75/18).
Além disso, também está na lista de prioridades do cooperativismo para este ano, um diálogo intenso com o governo federal acerca de temas como crédito rural, fundos constitucionais, cortes de subsídios, dentre outros que fazem parte do documento Propostas para um Brasil Mais Cooperativo.
COMPROMETIMENTO
O novo presidente da Frencoop, Evair de Melo, destacou que o cooperativismo é o único modelo econômico que conversa com todos os territórios brasileiros. “O cooperativismo é feito de gente; e de gente de todos os cantos do país e com os mais variados sotaques. Por isso, pedimos aos colegas que estão chegando que se comprometam com essa causa. Tenho certeza de que devemos trabalhar muito pelo que acreditamos. Só assim, no fim da jornada, nossa história se confundirá com a nossa causa”, comenta o deputado em tom motivador.
DEMOCRACIA
Roberto Rodrigues, coordenador do Centro de Agronegócio da FGV/EESP e embaixador especial da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) para o cooperativismo mundial, também esteve presente na primeira reunião da nova Frencoop.
Segundo ele, o cooperativismo é a face humana da economia e, exatamente por isso, é fundamental que os parlamentares compreendam que ao defender a causa cooperativista, estão defendendo a economia da nação brasileira. Rodrigues, que também já presidiu a OCB e fez parte da criação da primeira Frente Parlamentar do Cooperativismo, encerrou seu discurso afirmando: “O DNA do cooperativismo é democracia e paz, por isso, a composição entre o parlamento e movimento cooperativista é a prática da democracia legítima”, concluiu.
Veja, abaixo os nomes de quem integra à diretoria da nova Frencoop:
CARGO | PARLAMENTAR |
Presidente | Deputado Evair de Melo (PP/ES) |
Vice-Presidente - Câmara | Deputado Domingos Sávio (PSDB/MG) |
Vice-Presidente - Senado | Senador Luis Carlos Heinze (PP/RS) |
Secretário-Geral | Deputado Sergio Souza (PMDB/PR) |
Coordenador Institucional | Senador Major Olímpio (PSL/SP) |
Coordenador Jurídico | Deputado Efraim Filho (DEM/PB) |
Coordenador de Assuntos Econômicos | Deputado Alceu Moreira (MDB/RS) |
Coordenador de Assuntos Sociais | Deputado Hélder Salomão (PT/ES) |
Coordenadora de Atenção à Saúde e Promoção Social | Deputada Leandre Dal Ponte (PV/PR) |
Coordenador de Comunicação | Deputado Baleia Rossi (MDB/SP) |
Coordenadora de Desenvolvimento Regional | Deputada Paula Belmonte (PPS/DF) |
Coordenador de Educação e Qualificação Profissional | Deputada Caroline de Toni (PSL/SC) |
Coordenador de Inclusão Produtiva | Deputado Capitão Wagner (PROS/CE) |
Coordenador do Meio Ambiente | Deputado Zé Silva (SDD/MG) |
Coordenadora de Relações Exteriores | Deputada Aline Sleutjes (PSL/PR) |
Coordenador Sindical | Deputado Heitor Schuch (PSB/RS) |
Coordenador de Tecnologia e Inovação | Deputado Pedro Lupion (PR/DEM) |
Coordenador Tributário | Deputado Fábio Trad (PSD/MS) |
Coordenador da Região Centro-Oeste | Deputado José Mário (DEM/GO) |
Coordenador da Região Nordeste | Deputado Ruy Carneiro (PSDB/PB) |
Coordenador da Região Norte | Deputado Dr. Mauro Nazif (PSB/RO) |
Coordenador da Região Sudeste | Senadora Mara Gabrilli (PSDB/SP) |
Coordenador da Região Sul | Deputado Evandro Roman (PSD/PR) |
Representante do Ramo Agropecuário | Deputado Schiavinato (PP/PR) |
Representante do Ramo Consumo | Deputado Capitão Augusto (PR/SP) |
Representante do Ramo Crédito | Deputado Arnaldo Jardim (PPS/SP) |
Representante do Ramo Infraestrutura | Deputado Dagoberto Nogueira (PDT/MS) |
Representante do Ramo Saúde | Senador Nelsinho Trad (PSD/MS) |
Representante do Ramo Produção de Bens e Serviços | Deputado Giovani Cherini (PDT/RS) |
Representante do Ramo Transporte | Deputado Celso Maldaner (MDB/SC |
Durante a primeira reunião de trabalho na 56ª Legislatura da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), o novo presidente, deputado federal Evair de Melo (ES), fez questão de frisar para os novos integrantes da Frente, a importância do comprometimento com a causa cooperativista. Confira abaixo uma breve entrevista, na qual, Evair de Melo explica o porquê de o cooperativismo ser uma solução para muitos problemas do país.
Quais devem ser as prioridades da Frencoop em 2019?
Nós, aqui na Câmara Federal, junto com o Senado, temos uma agenda já estruturada, que passa pelo encaminhamento do chamado ato cooperativo. Também temos como foco uma atuação mais intensa no que se refere à lei geral das cooperativas, à lei dos seguros e pela lei que permite a oferta de serviços de telecomunicação por cooperativas.
Além disso, trabalharemos junto ao Executivo em questões como, por exemplo, crédito rural e fundos constitucionais. Nosso compromisso é com o trabalho diário para dar mais segurança às cooperativas.
O que o senhor diria aos novos parlamentares que estão aderindo à Frente?
O movimento cooperativo brasileiro tem se mostrado bastante eficiente, entendendo as necessidades de seus cooperados e produzindo muito, mesmo diante das enormes dificuldades enfrentadas pelo país. Passamos por uma crise econômica e por turbulências políticas e o cooperativismo conseguiu dar respostas muito expressivas.
Portanto, nos comprometer com a causa cooperativista é um dever nosso, porque, assim, estaremos comprometidos com o crescimento do Brasil. Aliás, o cooperativismo é um modelo de negócio que integra e qualifica as pessoas, por isso ele pode ser a grande mola de referência para o crescimento do país nos próximos anos.
Porque o cooperativismo é um modelo que deve ser oferecido ao país?
Sabemos que os desafios do país são enormes em função de seu tamanho e de sua diversidade cultural. Por isso, precisamos encontrar uma ferramenta que converse com todos, independentemente do estado ou do município. E o cooperativismo é essa ferramenta, pois prima pela transparência, pela participação democrática na gestão e nos resultados financeiros, além de aliar o econômico ao social.
É por isso que digo: é preciso investir em formação profissional e em educação cooperativista para, assim, mostrar aos brasileiros que, juntos, podemos fazer muito mais – e de forma organizada – pelo nosso país. O cooperativismo é o caminho.
Para se ter uma ideia, o cooperativismo no Brasil, hoje, conta com aproximadamente 6,8 mil cooperativas, onde atuam mais de 14, 2 milhões de pessoas, gerando quase 400 mil empregos formais. Isso forma uma rede de relações de quase 15 milhões de brasileiros ligados ao setor. Portanto, o cooperativismo já se consolidou como uma organização social capaz de integrar e equacionar os desafios da diversidade trazida pelas dimensões territoriais do país.
Fonte: Sistema OCB
A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) continua seu trabalho de sensibilizar os novos integrantes do governo federal sobre a importância do cooperativismo para o desenvolvimento econômico do país. Nesta quinta-feira (21/2), o presidente Márcio Lopes de Freitas, se reuniu com o secretário especial do Desenvolvimento Social do Ministério da Cidadania, Lelo Coimbra, para tratar de questões que dizem respeito às cooperativas brasileiras, inclusive sobre como o cooperativismo pode contribuir com o fortalecimento da economia nacional.
Lelo Coimbra possui grande apreço pelo movimento cooperativista, adquirido durante sua longa jornada como integrante da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop). Dentre as muitas ações que levam a marca de Coimbra está a relatoria da Lei Geral do setor (PL 519/2015), na Comissão de Trabalho (CTASP) da Câmara dos Deputados.
A reunião contou ainda com a participação do futuro secretário de Inclusão Social e Produtiva Urbana, Raimundo Gomes de Matos, profundo conhecedor do modelo de negócio cooperativo, e do superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile.
O presidente do Sistema OCB, Márcio Freitas, apresentou as questões de competência da pasta mais urgentes para o desenvolvimento das cooperativas brasileiras e que necessitam do olhar do governo federal. Dentre os pontos de maior destaque estão, por exemplo:
- O desenvolvimento do decreto regulamentador da Lei nº 12.690/2012, que dispõe sobre a organização e o funcionamento das cooperativas de trabalho;
- A parceria entre OCB e o Ministério da Cidadania, sobre os programas de compras públicas da agricultura familiar, especialmente o PAA, que segundo a pasta, não será interrompido;
- A retificação do Decreto nº 8.538/2015, que busca garantir o acesso das cooperativas de pequeno porte aos mesmos benefícios não-tributários atualmente conferidos às micro e pequenas empresas, agricultores familiares, no processo de contratações públicas.
De acordo com o presidente Márcio Freitas, Lelo Coimbra se comprometeu a debater internamente os pontos discutidos e, no que for possível, dar o devido encaminhamento no âmbito do Ministério da Cidadania, por acreditar que a parceria com as cooperativas pode resultar em ganhos estruturais para o país.
Fonte: Sistema OCB
A excelência das cooperativas na prestação de serviços no setor de energia elétrica será reconhecida na próxima segunda-feira (25/2), em Brasília, durante a cerimônia do Prêmio IASC 2018 – Índice ANEEL de Satisfação do Consumidor, realizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
O evento celebra o trabalho das distribuidoras de energia mais bem avaliadas pelos consumidores. E, como nos anos anteriores, as cooperativas de infraestrutura fizeram bonito junto ao seu público consumidor. Elas aparecem em três categorias e, durante a premiação, o ranking será conhecido. Confira a lista abaixo:
COOPERATIVAS FINALISTAS
Categoria até 10 mil associados
- Cooperativa de Eletricidade Grão-Pará (Cergapa), de Santa Catarina;
- Cooperativa de Eletrificação Lauro Müller (Coopermila), de Santa Catarina;
- Cooperativa Regional de Eletrificação Rural do Alto Uruguai (Creral), do Rio Grande do Sul.
Categoria acima de 10 mil associados
- Cooperativa de Distribuição e Geração de Energia das Missões (Cermissões), do Rio Grande do Sul;
- Cooperativa Regional de Energia e Desenvolvimento Ijuí Ltda (Ceriluz), do Rio Grande do Sul;
- Cooperativa Energética Cocal (Coopercocal), de Santa Catarina.
Categoria cooperativas maior crescimento no IASC/2018
- Cooperativa de Eletrificação e Desenvolvimento Rural da Região de Novo Horizonte (Cernhe);
- Cooperativa de Eletrificação de Ibiúna e Região (Cetril);
- Cooperativa de Eletrificação Rural de Itaí-Paranapanema-Avaré (Ceripa), todas de São Paulo.
Categoria Sul e Sudeste acima de 30 mil até 400 mil unidades consumidoras
Cooperativa Aliança - Cooperaliança, de Santa Catarina.
SOBRE O IASC
O Índice Aneel de Satisfação do Consumidor reconhece as concessionárias mais bem avaliadas com base na percepção do consumidor residencial. O índice é aferido por meio de pesquisa de opinião realizada com consumidores de todo o Brasil.
Divulgado anualmente pela Aneel, desde 2000, o índice retrata o grau de satisfação do consumidor em relação à qualidade dos serviços prestados pelas distribuidoras de energia elétrica e tem o propósito de estimular a busca pela melhoria contínua. O órgão regulador premia desde 2002 as distribuidoras mais bem avaliadas.
As ações de desenvolvimento das cooperativas agropecuárias têm um novo parceiro a partir de desta segunda-feira. É que a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) acaba de assinar um protocolo de intenções com o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA). O objetivo é estabelecer relações de cooperação e entendimento para a promoção de programas que permitam a troca de conhecimentos, experiências e informações, bem como a execução de atividades conjuntas para o desenvolvimento do setor agropecuário no Brasil e em outros países em desenvolvimento.
O diretor-geral do IICA, Manuel Otero, destacou que o organismo internacional está presente em 34 países das Américas (exceto Cuba) e que toda a rede de escritórios do Instituto está à disposição da OCB para desenvolver ações de estímulo ao comércio dos produtos made in Brazil, por meio da intercooperação. A criação de uma plataforma que contenha a descrição de produtos de cooperativas agropecuárias localizadas no continente americano também foi debatida durante a reunião.
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, comentou a celebração do protocolo de intenções. “Essa assinatura representa muito para as cooperativas agropecuárias, pois abre as portas para um comércio mais intenso entre os países americanos. Além disso, podemos encontrar soluções criativas e inovadoras para os problemas que ainda enfrentamos por aqui e, também, contribuir, com a nossa a experiência, com o movimento cooperativista de outros países”, declara o líder cooperativista.
É o caso do cooperativismo na Venezuela. O país latino-americano tem vivido grandes problemas econômicos há alguns anos e, por isso, também foi pauta da reunião entre OCB e IICA. Tanto que Otero sugeriu a criação de um comitê que possa auxiliar na reestruturação das cooperativas venezuelanas, ao passo que Márcio Freitas disse que o cooperativismo brasileiro pode, sim, contribuir com esse trabalho.
Além disso, Otero frisou que uma das iniciativas que já podem ser desenvolvidas diz respeito às regiões de fronteiras, na área do Mercosul. A ideia, segundo ele, é promover os produtos brasileiros nos países fronteiriços ao Brasil de forma mais ágil.
AÇÕES DE INTERESSE
No âmbito das competências institucionais, o protocolo assinado nesta segunda-feira (25/2) tem por objetivo estabelecer a mútua colaboração para execução de três ações de interesse comum. São elas:
1- Estimular o intercâmbio de conhecimento e a realização de atividades conjuntas, no meio rural, em temas relacionados a sistemas produtivos, desenvolvimento sustentável, assistência técnica e gerencial, formação profissional, educação a distância, promoção social, entre outros sobre os quais tenham conhecimento técnico.
2- Desenvolver programas de apoio à produção agropecuária, à segurança alimentar e à promoção socioeconômica de produtores rurais.
3- Buscar cooperação e orientação técnica em assuntos que sejam de interesse comum e que contemplem temas relacionados ao desenvolvimento sustentável do setor agropecuário.
PRAZO
O protocolo de intenções tem vigência de cinco anos.
SOBRE O IICA
É o organismo internacional especializado em agricultura do Sistema Interamericano. Sua missão é estimular, promover e apoiar os esforços de seus 34 Estados-membros para alcançar o desenvolvimento agrícola e o bem-estar rural, por meio da cooperação técnica internacional de excelência.