A importância do crédito rural para o setor cooperativista brasileiro foi discutida nesta sexta-feira por representantes das cooperativas agropecuárias, da OCB, e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, durante audiência com a ministra Teresa Cristina.
Na reunião, que também contou com a participação do secretário de Política Agrícola, Eduardo Sampaio Marques, o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, além de apresentar os pontos principais da lista de proposições, entregou a versão imprensa do documento Propostas do cooperativismo agropecuário aos planos Agrícola e Pecuário e Safra da Agricultura Familiar - 2019/2020 (clique aqui).
Segundo Márcio Freitas, as cooperativas agropecuárias são beneficiárias naturais do crédito rural, já que atuam em todos os elos da cadeia produtiva das principais matérias-primas, com forte presença na cadeia de suprimentos, originação de produtos agropecuários, armazenagem, agro industrialização e comercialização final, além de contribuírem expressivamente para o desempenho do agronegócio do país.
DOCUMENTO
A audiência também contou com a participação do superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, e da gerente Geral, Tânia Zanella. O documento que será analisado pelo MAPA e que deve ser apresentado ao Banco Central, nos próximos dias, é dividido em duas partes:
PLANO AGRÍCOLA E PECUÁRIO
- Montante de recursos
- Custo financeiro das operações
- MCR 02 – Condições básicas: disposições gerais
- MCR 02 – Condições básicas: despesas
- MCR 03 – Operações: Utilização
- MCR 03 – Crédito a cooperativas de produção agropecuária: atendimento a cooperados
- MCR 13 – Programas com recurso do BNDES: Prodecoop
- MCR 13 – Programas com recurso do BNDES: Procap – Agro
- MCR 13 – Programas com recurso do BNDES: PCA
- Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural
PLANO SAFRA DA AGRICULTURA FAMILIA
- MCR 10 – Pronaf Industrialização de Agricultura Familiar
- MCR 10 – Pronaf Mais Alimentos
- Compras institucionais
- Cadastro Nacional da Agricultura Familiar
- Selo Combustível Social
- DAP Jurídica para cooperativas centrais
- Concessão de DAP para aquicultores
PRIORIDADES
- Reduzir as taxas de juros do custeio agropecuário para “Demais” de 7% para 6,5% ao ano.
- Reduzir as taxas de juros do custeio agropecuário para o “Pronamp” de 6% para 5,5% ao ano.
- Restabelecer a metodologia de cálculo da exigibilidade de crédito rural para média mensal*.
- Restabelecer os níveis de exigibilidade dos depósitos à vista para 34%*.
- Adotar a sistemática de tributação de IOF, aplicando a escala de tributação regressiva sobre as aplicações financeiras a partir do 10º dia*.
- Rever a Resolução nº 4.669, de 06 de junho de 2018 que autoriza as instituições financeiras a excluir linearmente R$200 milhões das suas exigibilidades*.
- Eliminar a isenção da exigibilidade de aplicação em crédito rural por instituições financeiras cuja exigibilidade é de até R$200 milhões, ou alternativamente, sugere-se alterar a redação do MCR 1.3.3 para: “As exigências estabelecidas no item 1 do MCR 1.3 podem ser dispensadas para as instituições financeiras que apresentarem exigibilidade global de até R$200 milhões e que desejarem operar exclusivamente em créditos via cooperativas agropecuárias que comprovadamente possuam Departamentos Técnicos Agronômicos que prestam assistência técnica aos seus cooperados”*.
- Restabelecer o direcionamento dos recursos da LCAs em taxas controladas, revogando a Resolução nº 4.709, de 31 de janeiro de 2019.
- Alterar o capítulo 2 do MCR 6.7 com a seguinte redação: “Os recursos captados por meio da emissão de LCA devem ser objeto de direcionamento para a aplicação em operações de crédito rural correspondente a 100% do valor apurado”.
- Adequar as regras operacionais a realidade das operações da lista de exigências das informações (Pronaf, Pronamp e Demais), para registro no Sicor, conforme Comunicado nº 31.537, de 29 de dezembro de 2017.
A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, disse na sexta-feira (12/04), que entre as metas para os próximos 100 dias está a reestruturação da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Entre as medidas que estão sendo planejadas está o enxugamento da empresa pública, que deverá vender alguns de seus armazéns.
Outros balanços - Na quinta-feira passada (11/04), durante a cerimônia alusiva aos 100 primeiros dias do governo Jair Bolsonaro, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse que o governo federal fará, periodicamente, outros balanços, com o objetivo de acompanhar de perto o cumprimento de metas preestabelecidas.
Nova Conab - “A política da nova Conab vai ser lançada nos próximos 100 dias, com o que nós queremos que a Conab faça daqui para a frente”, disse a ministra à Agência Brasil, após participar de uma solenidade comemorativa dos 29 anos da Conab.
Tabela de fretes - Perguntada sobre como estão as negociações sobre o tabelamento do frete de caminhoneiros, com o Ministério da Infraestrutura, a ministra disse que sua pasta está “agoniada” com a falta de definições, e manifestou desejo de que a questão se resolva o quanto antes, de forma a evitar riscos para o setor e dar segurança jurídica ao produtor rural que, segundo ela, é “a ponta mais fraca do processo”.
Preços futuros - “O ministério está muito agoniado porque acha que isso é um problema para preços futuros, impactando de maneira muito forte no custo dos produtos da agropecuária. Então, quanto antes nós resolvermos, melhor, seja com a nova tabela que está sendo construída e que o Ministério da Infraestrutura está para lançar, ou através de uma decisão do Supremo Tribunal Federal. A gente quer que isso se resolva e que dê segurança jurídica porque o custo vem sempre em cima do produtor rural, que é a ponta mais fraca do processo”, disse a ministra. (Agência Brasil)
Presentes em praticamente 100% do território brasileiro, as cooperativas de crédito são, em diversos municípios, a única opção de serviços financeiros. Graças à capilaridade dessas instituições, em 2018, mais de 10,5 milhões de cooperados no país tiveram acesso a todos os produtos disponíveis na rede bancária, mas com custos, em média, 30% mais baixos do que no segmento bancário tradicional.
Esse número, na última década, cresceu 179,89%, resultado de uma série de fatores, dentre eles: precificação diferenciada para os produtos de seu portfólio (tais como: conta corrente, empréstimos, financiamentos, investimentos, planos de previdência e seguros), atendimento personalizado e participação dos cooperados no processo de gestão, pois, além de clientes, são donos do negócio.
Além desses, outro aspecto que torna uma cooperativa de crédito a alternativa mais viável para cidadãos e empreendedores que buscam opções mais vantajosas no Sistema Financeiro Nacional, é o Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop). Criado para assegurar valores de até R$ 250 mil, por depositante, em casos de intervenção ou liquidação extrajudicial, o fundo trouxe mais segurança institucional, credibilidade e competitividade para todo o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC).
10 ANOS
O que também mostra a solidez do SNCC é o número de cooperativas (940) e de postos de atendimento (5.391). Atualmente, o SNCC ocupa o primeiro lugar no ranking das maiores redes de serviços financeiros do país. E isso só foi é possível graças à Lei Complementar nº 130/2009, que, aliás, completa 10 anos nesta quarta-feira, dia 17/4.
Para o movimento cooperativista essa lei representa um marco no processo de reconhecimento da importância econômica das cooperativas de crédito para a economia brasileira. Essa é a opinião do presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas.
Segundo ele, a LC 130 reconheceu, de fato e de direito, que as cooperativas são instituições sólidas, competentes e capazes de atuar no mercado financeiro de igual para igual, como qualquer outra instituição financeira. “A única diferença é a nossa forma societária, baseada em princípios e valores que só o cooperativismo tem. Sem dúvida alguma, a LC 130 pode e deve ser interpretada como a materialização do reconhecimento do próprio governo, a respeito da solidez das cooperativas de crédito”, avalia Márcio Freitas.
DIFERENCIAIS
- As cooperativas possuem uma precificação diferenciada. Grande parte do custo dos empréstimos e de outras operações e serviços bancários está ligada à necessidade de lucro dos acionistas. No caso das cooperativas de crédito isso não ocorre, pois elas atuam em favor de seus cooperados, que assumem a dupla condição de clientes e acionistas ao mesmo tempo. Logo, as margens são consideravelmente inferiores e, quanto menor o custo, melhor para os tomadores/usuários, ou seja, donos do negócio;
- O SNCC possui um portfólio completo e compatível com as demandas de seus cooperados. Ou seja, as cooperativas de crédito atuam com todos os produtos e serviços dos grandes bancos de varejo, mas com uma precificação bem mais justa;
- O processo de gestão nas cooperativas, tanto nas de crédito quanto nas demais, envolve a participação efetiva de seus cooperados. Desta forma, é possível decidir os rumos da instituição, com os benefícios desse processo de administração direta e evitando o habitual conflito de interesses entre o cliente (que quer pagar mais barato pelas operações) e o acionista (que se preocupa com o lucro advindo das operações). Isso, na cooperativa, não ocorre já que cliente e acionista (cooperado) são a mesma pessoa.
NÚMEROS (Dez/2018)
- Cooperativas: 940
- Cooperados: 10.548.288
- Postos de atendimento: 5.391
Saúde e segurança do trabalhador é tema do movimento Abril Verde
Durante todo este mês ocorre o Movimento Abril Verde, que é dedicado a saúde e segurança do trabalhador. O mês foi escolhido devido ao Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho celebrado no dia 28 de abril.
A finalidade da campanha é alertar e conscientizar toda a sociedade sobre a prevenção de acidentes de trabalho e de doenças ocupacionais, pois segundo dados do Ministério Público do Trabalho (MPT), o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking mundial no que diz respeito aos acidentes de trabalho, onde a cada 48 segundos ocorre um acidente.
Tendo em vista que a segurança do trabalho proporciona um ambiente ocupacional seguro e saudável para as pessoas que passam grande parte do dia cuidando da empresa, a Unimed Campo Grande apoia a atitude permanente de prevenção de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais.
Na Cooperativa, existe uma área específica que realiza medidas e ações com o principal objetivo de proteger a integridade do trabalhador, buscando reduzir ou eliminar riscos em seu ambiente de trabalho.
Para isso, algumas medidas preventivas são realizadas, como: treinamentos, capacitação e orientações aos trabalhadores; inspeções em áreas críticas; monitoramento da exposição ocupacional a determinado risco; entrega de equipamento de proteção coletiva e individual; manutenção em máquinas e equipamentos; criação de comissão interna de prevenção de acidentes; formação e reciclagem de brigada de incêndio; avaliação ergonômica dos postos de trabalho e fornecimento de materiais de suporte ergonômico; ginástica laboral; entre outros.
Com todas essas e demais ações, a Cooperativa conquistou uma redução no número de acidente proporcional ao crescimento do quadro de colaboradores e contribui diariamente para a promoção de bem-estar físico e emocional, bem como no aumento da motivação dos trabalhadores no desempenho de suas funções.
Instituição cooperativa financeira foi reconhecida com dois cases
No 41º CONAC – Congresso Nacional de Administradoras de Consórcios, que ocorreu entre os dias 27 e 29 de março em Gramado (RS), a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC) reconheceu dois cases do Sicredi com o Prêmio Abac Compartilhar. Além disso, representantes da instituição financeira cooperativa também compartilharam seu conhecimento participando de palestras e painéis.
O case “Foco no relacionamento, consorciado no centro do negócio”, sobre como reduzir erros no processo de formalização de garantias a partir da reformulação da postura e o pensamento de todas as pessoas diretamente envolvidas nesta atividade, impactando a satisfação dos associados. Com este desafio, a Administradora de Consórcios Sicredi empenhou-se em ter analistas ativos e humanizados para cuidar dos processos de contemplação, do início ao fim.
A instituição levou também o segundo lugar da categoria com “Theo, o atendente virtual do Sicredi”. O case aborda como a inteligência cognitiva pode cooperar para a realização de sonhos. Theo, o assistente virtual Sicredi, nome que homenageia o Padre Theodor Amstad – um dos fundadores da primeira cooperativa de crédito do Brasil e da América Latina, em 1902, atualmente a Cooperativa Sicredi Pioneira RS –, chegou para dar respostas cada vez mais precisas e contribuir para a felicidade de colaboradores e associados.
“Este é mais reconhecimento que premia o êxito da nossa atuação em consórcios, segmento no qual trabalhamos com um portfólio completo e assertivo, pois foi desenvolvido com foco em atender as necessidades dos nossos associados”, destacou o diretor executivo de Produtos e Negócios do Banco Cooperativo Sicredi, Cidmar Stoffel.
O Prêmio ABAC Compartilhar foi criado para estimular a troca de ideias e o compartilhamento de boas práticas entre as administradoras de consórcios brasileiras. A todo momento, empresas do segmento e suas equipes encontram soluções originais para os desafios cotidianos, tornando-se mais ágeis, eficientes e produtivas. Compartilhar boas práticas é uma forma de disseminar o conhecimento e aprimorar o sistema de consórcios para que cada vez mais pessoas usufruam de seus inúmeros benefícios.
Complementando a participação do Sicredi no 41º CONAC, o superintendente de Economia e Riscos da instituição, Alexandre Barbosa, palestrou sobre o cenário econômico nacional, e o gerente da Administradora de Consórcios, Jocimar Martins, integrou o painel “O grupo de consórcio: a indispensável higidez econômico-financeira". O Sicredi também recebeu o troféu Ouro Participação Especial, com maior número de congressistas inscritos: 52 participantes.
Sobre o Sicredi
O Sicredi é uma instituição financeira cooperativa comprometida com o crescimento dos seus associados e com o desenvolvimento das regiões onde atua. O modelo de gestão do Sicredi valoriza a participação dos mais de 4 milhões de associados, os quais exercem papel de donos do negócio. Com presença nacional, o Sicredi está em 22 estados* e no Distrito Federal, com mais de 1.600 agências, e oferece mais de 300 produtos e serviços financeiros (www.sicredi.com.br).
*Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.