De 8 a 10 de maio, lideranças cooperativistas de todo o país se reuniram em Brasília para planejar e construir o futuro do cooperativismo brasileiro, durante o 14º Congresso Brasileiro do Cooperativismo (CBC), promovido pelo Sistema OCB. A ideia foi traçar estratégias para a próxima década. Os debates ocorreram em torno de seis principais temas: representação, gestão e governança, inovação, comunicação, intercooperação e mercado.
Mato Grosso do Sul foi com uma delegação com cerca de 40 pessoas, dentre eles dois jovens do concurso Embaixadores Coop. Os cooperativistas de MS tiveram uma atuação ativa no evento, tendo participantes em todas as sessões temáticas, representando o Estado em todas as esferas de discussão.
Estiveram presentes à solenidade de abertura o ministro interino da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em exercício, Marcos Montes, o presidente da Aliança Cooperativismo Internacional, Ariel Guarco, a presidente da ACI Américas, Graciela Fernandez, o presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), deputado Evair de Melo, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Paulo de Tarso Sanseverino, além de outros parlamentares.
Ao discorrer sobre o momento do cooperativismo, Márcio de Freitas discorreu sobre o slogan do 14º CBC – O cooperativismo do futuro se constrói aqui. Para o presidente da OCB, esse futuro almejado “é aquilo o que a gente desenha, imagina, sonha, compartilha e vai construir. O futuro não é um negócio que você fica esperando acontecer, precisa ser construído”, atestou.
No último dia do evento, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni discursou para os mais de 1300 participantes e em nome do presidente da República, Jair Bolsonaro, Lorenzoni agradeceu a atuação dos cooperativistas. “Em nome do Brasil, quero agradecer a cada um de vocês fazerem do nosso país um exemplo. O trabalho de vocês é muito importante para a nação”, reconhece.
“Durante quase 12 anos, no meu início de carreira, lá no Rio Grande do Sul, atendia muitas cooperativas da bacia leiteira em torno da cidade de Porto Alegre. Sei bem como é a vida do produtor rural. Também tive a experiência de ter a vida da minha mãe salva por uma Unimed e, se Deus quiser, em 2019 ela comemora 88 anos”, discursou emocionado.
“O cooperativismo é algo que se renova, que gera emprego e renda e consolida os princípios que são a base de uma grande nação”, finaliza.
Uma comitiva brasileira, chefiada pela ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, e que conta com a participação do coordenador da Câmara Temática do Leite da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Vicente Nogueira, está na China. O país tem enfrentando uma forte crise no setor pecuário, devido à Peste Suína Africana, também conhecida como PSA, sinalizando que há espaço para importação de proteínas animais de todos os tipos e, ainda, uma oportunidade para os exportadores brasileiros – sobretudo cooperativas.
Nesta terça-feira (14/5), a missão brasileira se reuniu com a CEO do Rabobank, na China, Pan Chenjun, e demais diretores do banco – maior cooperativa de crédito da Holanda e um dos principais bancos do mundo em serviços de financiamentos para o setor de alimentos e agronegócio.
Segundo os executivos, entre 2018 e 2019, a PSA deve resultar no abate de mais de 120 milhões de suínos, impactando a produção de carne em mais de 13 milhões de toneladas. O efeito negativo da PSA sobre produção e comércio exterior da China foi destaque nas reuniões técnicas entre brasileiros e chineses.
Em 2018, o Brasil exportou 919 mil toneladas de carnes bovina, frango e suína para os chineses. Os produtos estão no top cinco das exportações agropecuárias brasileiras ao país asiático.
CINCO ANOS
Desde que a China registrou os primeiros casos da doença, em agosto de 2018, estima-se que o país tenha perdido cerca de 35% do rebanho. Análises do Rabobank apontam que até 200 milhões de porcos podem ser sacrificados ou mortos por causa da PSA. Os executivos do banco avaliam que os chineses precisarão de pelo menos cinco anos para retomar o rebanho no patamar anterior à doença.
OPORTUNIDADE
Segundo Vicente Nogueira, representante das cooperativas agropecuárias brasileiras, diante desse cenário e, também, considerando as incertezas da guerra comercial entre o país asiático e os Estados Unidos, a diversificação de clientes e mercados, por exemplo por meio de feiras, se mostra ainda mais importante.
“As cooperativas brasileiras têm feito muito bem seu dever de casa e, com todos esses fatores, é possível afirmar que elas têm condições de aproveitar o momento para ampliar sua participação no mercado asiático”, avalia.
SIAL
Nesta terça-feira (14/5), o coordenador da Câmara de Leite do Sistema OCB, Vicente Nogueira, participou também da abertura do pavilhão brasileiro na feira SIAL China, ao lado da ministra Tereza Cristina. A SIAL China é a maior feira de alimentos do país e de todo o continente asiático. O Brasil participa do evento com espaços para diversas cadeias, como café, chocolate, vinhos, castanhas, lácteos e mel – cadeias importantes para o cooperativismo e com grande potencial de crescimento no mercado Chinês.
O espaço do Brasil foi organizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), e ainda conta com uma área específica para proteínas animais. Apenas em 2018, a China importou US$ 2,5 bilhões em carnes brasileiras e US$ 44,4 milhões nos outros produtos citados.
SOJA
Segundo Vicente Nogueira, representante das cooperativas agropecuárias brasileiras, a crise pode ter fortes impactos sobre o Brasil, inclusive para cadeias como soja e derivados, como o farelo.
Segundo o cooperativista se, por um lado, o mercado chinês deve demandar mais proteínas animais, principalmente para as carnes bovina e de aves, por outro, a redução dos rebanhos tende a impactar a procura por rações, especialmente da cadeia da soja – o setor de carne suína sozinho responde por 54% da demanda total de rações da China.
A soja em grãos lidera a lista de produtos agropecuários exportados pelo Brasil para os chineses. No ano passado, 68,8 milhões de toneladas foram embarcadas, somando US$ 27,3 bilhões. Esse volume representa 87% das exportações agropecuárias para o país.
PESTE SUÍNA AFRICANA
A peste suína africana é uma doença viral, altamente infecciosa. A chance de sobrevivência do animal é quase nula, o que leva ao sacrifício, conforme determina a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Não existe vacina. O vírus é bastante resistente e pode ser transmitido ao animal por meio de alimentos, equipamentos, sapatos, vestuários e no transporte contaminados.
Segundo as autoridades sanitárias, uma das dificuldades em conter a transmissão na China é que a maior parte dos animais é criada em propriedades de pequeno porte e familiar, sendo, em geral, alimentados com restos de comida. A doença não oferece risco à saúde humana, pois não há registro de humanos infectados. (Com informações do MAPA)
A humanidade vive um momento de rápidas transformações e rupturas, e as novas gerações apresentam estratégias de negócio e propósitos de vida inovadores. Durante entrevista coletiva, concedida pelo presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, na 14ª edição do Congresso Brasileiro do Cooperativismo, que elegeu as diretrizes estratégicas do setor para os próximos anos, a liderança comentou sobre esse cenário.
Márcio Freitas defende que o modelo de cooperativismo, baseado em valores e princípios de respeito ao próximo, tem tudo a ver com essa nova realidade. Diante disso, sugere que o movimento cooperativista faça uma revisão de conceitos e abrace com intensidade a política nas bases. O objetivo é ser mais dinâmico e elevar a voz do cooperado.
Confira a íntegra da entrevista abaixo.
Como o senhor interpreta a quantidade de mudanças e rupturas que estão acontecendo nesta nova fase da humanidade, em diversos setores, em decorrência das inovações tecnológicas e digitais? E como isso tudo interfere no cooperativismo?
Como ressaltou muito bem o nosso líder, Ariel Guarco, presidente da ACI, nós vivemos em um mundo de mudanças, de rupturas. Esse entendimento também foi reafirmado por Roberto Rodrigues, experiente líder do movimento cooperativista em nível global. As rupturas não estão acontecendo só nas empresas ou na tecnologia, mas na cabeça das pessoas.
Os jovens de hoje vivem intensamente as rupturas e buscam por modelos de negócios que valorize os relacionamentos e maneiras diferentes de viver. É chegada a hora de o movimento cooperativista fazer uma revisão dos seus conceitos. Não falo aqui dos valores e dos princípios, mas das estratégias do modelo de negócio, para adequá-las a essa nova fase da humanidade. Nós percebemos com muita clareza que o nosso modelo cooperativista, baseado em valores, princípios, em ética e respeito às pessoas e, acima de tudo, à democracia, tem tudo a ver com o momento atual, com essa nova visão do consumidor moderno.
As novas gerações exigem cooperativas e entidades que os representem, que os adotem. A Aliança Cooperativa Internacional tem levado isso pelo mundo. Aqui no Brasil, não podemos ficar de fora. Temos que nos atualizar, surfar nessa onda e preparar o cooperativismo para o contínuo processo de transformação.
Não é só mudar agora e estabelecer um status quo. A mutação vai continuar. Precisamos dar uma sacudida na nossa gente, nos lideres fantásticos do cooperativismo brasileiro, para que a gente possa se atualizar, continuar brilhando e mostrando nosso trabalho aqui e no exterior.
Com relação à Agenda Institucional do Cooperativismo, quais são as principais demandas apresentadas no documento deste ano?
Na realidade, ali tem uma bateria de demandas. Hoje, para se ter uma ideia, tem mais de mil projetos tramitando na Câmara dos Deputados e no Senado Federal que tratam de alguma forma do cooperativismo. Mais de mil! Nós elegemos 37 projetos que consideramos prioritários para que tenham encaminhamento rápido neste ano.
Sabemos do cenário político global, das reformas que o Executivo precisa – previdenciária, tributária, quem sabe, a Política. Nós respeitamos os times da política, mas tem 37 pontos ali muito bem citados que são prioritários.
A Agenda trata principalmente das questões tributárias, mas também leva nossas sugestões em relação à previdenciária, além de outros pontos que são mais específicos por categorias dos ramos do cooperativismo. Ao mesmo tempo, a gente apresenta uma agenda positiva para o Executivo. É importante deixar bem claro: nós não fazemos demandas. O cooperativismo oferece ao governo uma aliança estratégica para o desenvolvimento de nossa nação.
Mostramos o cooperativismo como um aliado de governos sérios, pois queremos a mesma coisa: o desenvolvimento das pessoas. Então, estamos apresentando 17 pontos de parcerias público-privadas, de alianças em determinados assuntos, nos quais o cooperativismo pode somar ao governo, construir processos rápidos de desenvolvimento e de inclusão.
Não diferente também para o Judiciário, temos cinco acórdãos que estão nos Tribunais Superiores, que criam doutrinas, jurisprudências sobre interpretação de aspectos importantes para o cooperativismo, pois as ações surgem naturalmente nas cooperativas, nas regiões, nos juizados menores e ganham escala nos tribunais.
Quando questões chegam aqui em Brasília, é fundamental que a gente tenha um nivelamento dos assuntos. É importante que o Judiciário entenda esse aspecto do cooperativismo. Esses pontos os mais importantes, possíveis e palpáveis para esse ano, que é um ano difícil no jogo político, no jogo da economia nacional.
A presença dos representantes dos Três Poderes aqui no 14º Congresso Brasileiro do Cooperativismo da OCB pode ser um sinal positivo para que os itens da agenda avancem?
Não tenho dúvidas disso. Acho que o cooperativismo tem mostrado a sua capacidade de gerar respeito diante das entidades políticas que representam as pessoas no Brasil. Todos os dias o movimento cooperativista atua para ampliar sua interlocução com os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. E temos obtido bons resultados. Isso mostra que as cooperativas, cada uma a seu modo, estão construindo sua base da forma correta e têm conquistado o respeito dos representantes políticos brasileiros.
Além do trabalho nacional da OCB, as cooperativas nos estados também podem trabalhar essa questão da representação nos seus legislativos estaduais?
Não só podem como devem. Nossa Gerência Institucional desenvolve um programa educação política, com o propósito de deixar claro que não temos uma bandeira ideológica partidária. O cooperativismo é neutro, por isso recebe pessoas de diversos credos, raças e correntes ideológicas e políticas. É um modelo aberto, livre. Mas nós devemos, sim, fazer política e isso significa não apenas trabalhar ou ajudar um candidato durante as eleições. É fazer militância permanente.
Isso é educação política: abrir as portas para o parlamentar conhecer melhor a cooperativa, para ele ter espaço para se pronunciar e perceber a necessidade das bases cooperativistas. Assim, quando estiver no Congresso Nacional, terá legitimidade para falar em nome das cooperativas. Isso é fundamental para que o Congresso tenha como perceber a legitimidade dos quase 15 milhões de cooperados na hora em que for defender nossas necessidades.
Este é um desafio que toda a humanidade tem que aprender: se envolver com a política, sim. Fazer militância. Em ambiente democrático, quem não se faz representar politicamente, está fora do jogo – um jogo sem banco de reserva, diferentemente do futebol. Ou você está jogando ou está fora do estádio. Então, nós temos que fazer valer a força que somos: 15 milhões de cooperados – portanto quase 60 milhões de brasileiros.
Temos avançado neste trabalho, principalmente junto ao Legislativo. Isso deve se intensificar nos estados, nos municípios, até mesmo para construirmos uma base de representantes mais comprometidos com as ideias do cooperativismo, em longo prazo.
Os membros do Conselho Executivo da Organização Internacional das Cooperativas Agropecuárias, o ICAO, organismo setorial da Aliança Cooperativa Internacional, assinaram nesta quinta-feira (16) uma declaração conjunta. O documento foi firmado após a reunião do conselho executivo, realizada em Oslo, capital da Noruega, e que contou com a participação do presidente do Sistema OCB/MT, Onofre Cesário de Souza Filho, representante do cooperativismo brasileiro no conselho da ACI.
Segundo a liderança, a declaração conjunta firmada na Noruega estabelece uma parceria entre as organizações-membro para a defesa ao direito de acesso a sementes e, também, visando fomentar a intercooperação em temas relacionados a seguros agrícolas.
“Acreditamos que a Declaração de Oslo é um grande passo para o fortalecimento de uma parceria estratégica que pode facilitar o acesso das cooperativas brasileiras a novos e importantes mercados”, avalia Onofre Filho, representante da região Centro-Oeste na Diretoria da OCB que, há 30 anos, está vinculada aos organismos internacionais relacionados ao cooperativismo. O objetivo é a realização de ações de articulação em nível global, com vistas à criação de plataformas, por meio da intercooperação, que atendam aos interesses do cooperativismo brasileiro.
CONSELHO
O atual conselho executivo do ICAO é formado por integrantes das organizações que representam as cooperativas no Brasil, Coreia do Sul, Japão, Uganda, Noruega, Polônia, Malásia e Índia. A missão do ICAO é promover os interesses do cooperativismo agropecuário e auxiliar as organizações-membro na formulação e implementação de projetos e parcerias com os governos.
Criada em 12 de maio de 1973, a Cooperativa foi a 51ª Unimed do Sistema e contava com 39 sócios-fundadores. Funcionou por um período na Avenida Calógeras e, em 1980, fundou a sua primeira Sede na Rua Maracaju. Em 1995 adquiriu o terreno da Rua Goiás e em 1998 mudou-se para a atual Sede.
Em 2003, ampliou sua prestação de serviços hospitalares com a aquisição do Hospital Unimed Campo Grande. No mês de agosto de 2017, entregou a ampliação do empreendimento, que passou de 3 mil m² para 23 mil m².
Em 2003, ampliou sua prestação de serviços hospitalares com a aquisição do Hospital Unimed Campo Grande. No mês de agosto de 2017, entregou a ampliação do empreendimento, que passou de 3 mil m² para 23 mil m².
E pensando no bem-estar de cada beneficiário, a Unimed Campo Grande não para. Atualmente são mais de 1.700 médicos cooperados, Hospital Próprio com Pronto Atendimento Adulto e Pediátrico, Laboratório Próprio acreditado pelo principal programa de qualidade do Brasil (PALC) e outra série de certificações de qualidade.
Assim, a Unimed Campo Grande continua investindo na sustentabilidade do seu negócio, aprimorando constantemente seus serviços, focados na busca da qualidade de suas atividades a fim de oferecer assistência médica de excelência para que cada cliente se reinvente, cresça e realize.
Assista o vídeo: