As novas regras para produção e padrão de qualidade do leite cru refrigerado, do pasteurizado e do tipo A, determinadas pelas instruções normativas (INs) 76 e 77, entraram em vigor nesta quinta-feira (30/05). A IN 76 trata das características e da qualidade do produto na indústria. Na IN 77, foram estabelecidos critérios para obtenção de leite de qualidade e seguro ao consumidor. As regras abrangem desde a organização da propriedade rural, suas instalações e equipamentos, até a formação e capacitação dos responsáveis pelas tarefas cotidianas, o controle sistemático de mastites, da brucelose e da tuberculose.
Contagem bacteriana- As normas mantêm o padrão de contagem bacteriana para o leite cru refrigerado na propriedade rural de 300 mil unidades por ml, vigente desde julho de 2014. “Diante dos dados de qualidade obtidos pela Rede Brasileira de Laboratórios de Controle de Qualidade de Leite (RBQL), a situação atual ainda não permite uma redução de padrão, sendo necessária a adoção de outras ações para avançar nos índices de qualidade”, explicou Ana Lúcia Viana, diretora de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária.
Indústrias - Para as indústrias, o padrão de contagem bacteriana foi estabelecido em 900 mil unidades por ml, para que o leite, após o transporte, mantenha a qualidade obtida na origem. “Para atender este padrão, é necessário que os estabelecimentos revisem a sua logística de coleta, as condições dos tanques dos caminhões transportadores, e os procedimentos de higiene deles. São procedimentos que visam amenizar a multiplicação bacteriana e fornecer produtos de maior qualidade ao consumidor”, disse Ana Lúcia.
Comissão técnica- Para acompanhar a evolução da aplicação das novas normas, a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) decidiu criar a Comissão Técnica Consultiva do Leite (CTC/Leite), que terá a participação dos integrantes da Câmara Setorial do Leite e Derivados e das secretarias do ministério. A comissão técnica vai analisar e propor medidas melhorar a qualidade do leite produzido e consumido pelos brasileiros. Vai também assegurar a clareza no cumprimento e na fiscalização das instruções normativas.
Competitividade - O objetivo do Mapa é promover a competitividade do setor lácteo brasileiro em comparação com os mercados internacionais, e assim garantir renda e sustentabilidade para o setor em todo o país. A Comissão Técnica vai fazer análises e propor medidas para a melhoria gradual da qualidade, aumentando o rendimento industrial e a tão sonhada competitividade. A gestão compartilhada das políticas públicas será o novo método para se elevar o padrão de qualidade, com maior compromisso do setor privado e mais convergência da cadeia produtiva com o setor público no processo de fiscalização, fomento e certificação.
Produção - O leite é o produto agropecuário produzido no maior número de municípios do país. A estimativa é que sejam mais de 1 milhão de produtores. Esse cenário cria diferenças regionais que precisam ser observadas para a aplicação de uma política pública efetiva. A estratégica, já anunciada pela ministra Tereza Cristina, é perseguir os parâmetros de excelência e qualidade dos produtos em nível mundial, mas levando em conta as realidades regionais. É preciso sistematizar os dados de maneira estratégica, para promover as ações de fomento e fiscalização de maneira proporcional e gradual, prevendo atingir os objetivos a longo prazo.
Orientação para o produtor -A Coordenação de Boas Práticas e Bem-Estar Animal, responsável por coordenar o acompanhamento da execução das ações dos planos de qualificação em todo país, publicará o Guia Orientativo para Elaboração do Plano de Qualificação de Fornecedores de Leite, em atendimento ao artigo 9º da Instrução Normativa 77/2018.
Temperatura de refrigeração- Com relação à temperatura de refrigeração do leite no estabelecimento, o Decreto 30.691/1952 estabelecia o limite de 5ºC para conservação do leite, mas este foi alterado para 4ºC no Decreto 9.013, publicado em março de 2017. É possível que haja variação na temperatura de estocagem de leite, desde que sejam alcançados bons índices de qualidade bacteriana na origem e no transporte.
Padrões - “O Ministério da Agricultura preocupou-se em definir padrões que fossem possíveis de serem atendidos por todos os produtores e indústrias, independente do volume de produção ou do nível de tecnologia aplicados a campo”, esclareceu a diretora de Inspeção de Produtos de Origem Animal.
Cadeia produtiva- A ação efetiva de todos os elos da cadeia produtiva permitirá avanços na qualidade do leite no país e também na abertura de novos mercados internacionais.
Plano de Qualificação de Fornecedores deLeite - Uma novidade na IN 77 é a obrigatoriedade do Plano de Qualificação de Fornecedores de Leite (PQFL). A ferramenta funcionará como controle, e lá estará definida a política dos laticínios em relação aos seus produtores. O objetivo principal é aproximar produtores e indústria, visando maior segurança para o consumidor e desenvolvimento para o setor produtivo.
Assistência técnica- “A obrigatoriedade de possuir um plano de qualificação ampliará a assistência técnica aos produtores rurais, por parte dos laticínios, o que resultará em melhoria da produtividade, qualidade e consequentemente da competitividade na cadeia leiteira nacional”, ressaltou o coordenador de Boas Práticas e Bem-Estar Animal da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação, Rodrigo Dantas. (Mapa)
Dia de Campo vem se consolidando com um dos maiores na região, promovendo palestras de alta qualidade e atraindo grande número de participantes
Mais de 350 pessoas estiveram presentes na segunda edição do Dia de Campo da Mandioca, promovido pela Copasul no último dia 29 de maio na Unidade de Difusão de Tecnologias da Cooperativa (UDT), em Itaquiraí. Um dia de muito aprendizado e troca de experiências entre produtores, técnicos e pesquisadores.
O evento teve 04 rodadas técnicas, com palestras em campos experimentais. Os temas foram: Variedades Regionais, com o Agrônomo da Copasul, Cleiton Simão Zebalho; Variedades de mandioca, com a apresentação das variedades BRS CS 01 e BRS 420, com o Agronomo da Embrapa, - Fitotecnista e pesquisador, Dr. Marco Antonio Sedrez Rangel; Manejo integrado de Insetos e Pragas na Cultura da Mandioca, com o agrônomo Dr. Rudiney Ringemberg, também da Embrapa e ainda Manejo de plantas Daninhas, com o agrônomo Dr. Neumarcio Vilanova da Costa, da Unioeste.
Também foram realizadas três palestras, sendo elas, Adubação na cultura da mandioca e apresentação da nova variedade do IAPAR – IPR B36, com o Agrônomo Dr. Mario Takahashi, do IAPAR; Tamanho de maniva e plantio direto, com o Eng. Agronomo Dr. Emerson Fey, da Unioeste e uma palestra sobre o mercado da mandioca, com o Mestre em Engenharia de Produção e pesquisador do CEPEA, Fábio Isaias Felipe
O resultado da qualidade e diversidade de informações foram participantes satisfeitos, como o cooperado e produtor de mandioca Michel Mesti Junior. “Eu comecei na cultura da mandioca em 2013, quando vi uma oportunidade na inauguração da Fecularia da Copasul. Já é o segundo ano que participo do evento e é uma grande oportunidade para vermos o trabalho dos pesquisadores. Pra nós que estamos lá no campo, é algo muito importante, porque essas pesquisas e a difusão de informações influência na nossa técnica e até na rentabilidade”. O cooperado de Ivinhema, João Alberto Maraus, produtor há mais de 30 anos, também avaliou o Dia de Campo de forma muito positiva. “O evento foi nota dez, muito produtivo”.
O evento também atraiu diversos estudantes, como Jackson Souza Silveira, do curso técnico de agronegócio. “Foi muito interessante, englobando muitos aspectos do cultivo da mandioca. Um nicho muito interessante para produtores e estudantes. Saímos com uma base prática do que feito no campo”.
Na oportunidade também foi realizada uma exposição de máquinas e implementos de empresas parceiras da Copasul e os participantes também puderam degustar a Tapioca Copasul. O evento teve o apoio do CEPEA, Embrapa Mandioca e Fruticultura, Iapar e Unioeste.
O Giro do Milho tem o objetivo de apresentar novas tecnologias, difundir conhecimento e integrar produtores
No dia 05 de junho a Copasul vai realizar mais um grande evento técnico. É o Giro do Milho, que acontecerá em Naviraí, tendo como ponto de partida a Fazenda Marialva, do Grupo Antonino. O Giro é uma oportunidade para produtores rurais, estudantes e técnicos discutirem e se aprofundarem em novas tecnologias, manejo e conhecerem novos híbridos. As palestras abordarão: "Cigarrina do milho no Mato Grosso do Sul", com Sérgio Antonio Alexandrino; "Alternativas de cultura na irrigação", com Guido Aguilar Sanchez; e ainda "Sistema de produção de milho safrinha", com André Aguirre.
“Antigamente o evento chamava-se Rally do Milho, e nas primeiras edições era um Rally de Regularidade mesmo. Mas isso exigia um preparo maior dos carros participantes e era um pouco mais arriscado. Esse ano mudamos o nome, mas mantendo a essência do evento, que é um Giro de conhecimento da cultura do milho. Estamos trazendo três palestrantes renomados. Um dos temas são as possibilidades de novas culturas com a ajuda da irrigação, como a chia e o sorgo que já estão sendo cultivados em Naviraí, com o auxílio da irrigação. Outro tema é a cigarrina do milho, que infelizmente já temos casos na nossa região, então precisamos nos atualizar sobre o tema e controlar essa doença. E a tarde as empresas irão apresentar novos materiais de alto poder produtivo”, disse o Gerente do Departamento Agronômico da Copasul, Anderson Guido.
O evento também incluirá uma recepção com café da manhã, almoço e visita à propriedades rurais. O encerramento será com uma confraternização na AREC (Associação Recreativa e Esportiva da Copasul).
O superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, participou nesta terça-feira, em Campinas (SP), da abertura do Encontro Nacional das Cooperativas Agropecuárias, realizado pelo Grupo Conecta, com apoio da OCB. O evento vai até amanhã e reúne centenas de lideranças do setor agropecuário para debater questões como aceleração do crescimento, governança, tecnologias digitais e, ainda, finanças e gestão de risco nas cooperativas.
A programação conta com discussões, palestras práticas e inovadoras e networking com grandes players do mercado. O encontro recebe palestrantes renomados como o jornalista Ricardo Amorim, que apresenta uma leitura clara e objetiva de grandes tendências e transformações futuras da economia mundial e brasileira, além de as oportunidades e riscos que elas criam para o público.
Também compõe a lista de palestrantes o jornalista Alexandre Garcia, que faz uma análise do mundo da política e da sociedade contemporânea, Max Gehringer, administrador de empresas, escritor articulista da revista Época, apresentador de quadro semanal no programa Fantástico, da Rede Globo e comentarista na Rádio CBN e o ex-ministro da Agricultura, o engenheiro agrônomo Roberto Rodrigues, que também é embaixador especial da FAO para o cooperativismo e grande defensor da agropecuária brasileira.
O encontro conta ainda com a participação dos presidentes de grandes cooperativas: Dilvo Grolli, da Coopavel; Fernando Degobbi, da Coopercitrus; Luiz Carlos Chiocca, da Coopercampos; Carlos Paulino, da Cooxupé. Eles apresentam cases e participam das discussões sobre os desafios enfrentados pelo setor.
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A extração da loteria federal do dia 6 de julho homenageará o Dia de Cooperar (Dia C). A Caixa Econômica Federal é um dos parceiros do movimento realizado pelas cooperativas brasileiras e, pelo terceiro ano consecutivo, divulga a marca para todo o país, mostrando que também acredita no papel transformador das atitudes simples.
Segundo a Caixa, o bilhete começou a ser distribuído nas casas lotéricas de todo o país na semana passada e já podem ser adquiridos. O prêmio principal da extração nº 5.403-8 é no valor de R$ 500 mil. No total, 100 mil bilhetes concorrem aos prêmios. O sorteio dos números da sorte ocorre a partir das 19h do dia 6 de julho, quando as cooperativas celebram o Dia C e, também, o Dia Internacional do Cooperativismo – efeméride que ocorre em mais de 100 países simultaneamente, no primeiro sábado dos meses de julho.
SOBRE O DIA C
O Dia C é um grande movimento nacional de estímulo às iniciativas voluntárias diferenciadas, contínuas e transformadoras, realizadas por cooperativas, com o irrestrito apoio do Sistema OCB e de suas unidades estaduais, e faz parte da agenda estratégica do cooperativismo brasileiro. A ideia surgiu em Minas Gerais, há 10 anos, e está alinhada aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU, objetivando a erradicação da pobreza extrema no mundo até 2030. Todos os anos, cerca de 1,5 mil cooperativas beneficiam mais de dois milhões de pessoas, por meio do trabalho de quase 121 mil voluntários.