Parlamentares enaltecem movimento cooperativista no Congresso
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Parlamentares enaltecem movimento cooperativista no Congresso

A senadora Gleisi Hoffmann e o deputado Edinho Bez (SC) destacaram o movimento cooperativista durante seus discursos no Congresso Nacional, nesta terça-feira.  A senadora ao avaliar o Plano Agrícola e Pecuário 2015/2016, lançado hoje, enfatizou a força do cooperativismo paranaense. Já o deputado, frisou a necessidade do pagamento dos recursos da Conta de Desenvolvimento Energético para custear os descontos nas tarifas de energia elétrica das cooperativas de eletrificação. Confira abaixo os discursos:

DISCURSO DA SENADORA GLEISI HOFFMANN (na íntegra)


Obrigada, Sr. Presidente.
Quero aqui fazer uma saudação especial aos que estão nos ouvindo pela Rádio Senado e nos assistindo pela TV Senado, aos Srs. Senadores e às Srªs Senadoras. Penso que na vida a melhor defesa não é o ataque, embora muitas vezes a gente precise atacar também. Mas a melhor defesa, principalmente em uma caminhada política, em um projeto político e em um Governo, é mostrar ações que falam por elas mesmas.

Por isso que eu venho, com muita satisfação, a esta tribuna dizer que hoje eu participei no Palácio do Planalto, junto com a Presidenta Dilma, do lançamento do Plano Safra para os anos 2015/2016, um evento muito importante, um evento que demonstra o compromisso do Governo Federal, o compromisso da Presidenta Dilma com a agricultura brasileira, com o agronegócio brasileiro, com esse setor que é, para nós, fundamental na nossa economia, responsável pelo saldo na nossa balança. E digo satisfação, porque, apesar de todo o esforço fiscal que o Governo está fazendo, com cortes orçamentários de quase R$ 70 bilhões, a Presidenta reafirmou, através do novo Plano Safra, o seu absoluto compromisso com o agronegócio brasileiro, com a agricultura brasileira.
Estamos falando de R$187,7 bilhões para financiar a produção agropecuária do Brasil neste biênio 2015/2016, um volume 20% maior nos recursos do que a safra passada, demonstrando o reconhecimento da importância estratégica do setor pelo Governo Federal, pela Presidenta Dilma.

Como representante do Paraná, um Estado cuja atividade rural desempenha um papel destacado na economia, é motivo de grande alegria verificar que há equilíbrio e responsabilidade nas ações do Governo e na busca da retomada do crescimento. Afinal, assegurar o funcionamento e a expansão da produção rural, mesmo neste período de ajuste econômico e de dificuldades, demonstra o acerto do Governo ao tratar de um segmento que tanto tem contribuído para a melhoria da nossa balança comercial, além de geração de emprego e renda no País.
Eu não poderia também aqui deixar de ressaltar e parabenizar o papel da nossa colega Senadora Kátia Abreu, atual Ministra da Agricultura. Aliás, ela nos presenteou com uma citação do nosso poeta Paulo Leminski: “Não discuto com o destino, o que pintar eu assino” – disse a Ministra Kátia, ao fazer seu discurso sobre o Plano Safra.

E também quero reconhecer o papel da equipe econômica, que, mesmo diante das dificuldades que estamos vivendo no Orçamento Fiscal, teve sensibilidade e pôde, junto com o Ministério da Agricultura, com a Casa Civil da Presidência da República, fechar um Plano Safra que vai levar mais recursos aos nossos agricultores e mais condições de produção.

O Plano é baseado em algumas premissas essenciais, que merecem registro: 
– primeiro, o apoio aos médios produtores, ao Pronamp; 
– a garantia de elevado padrão tecnológico. A Embrapa continua sendo peça fundamental no desenvolvimento da agricultura brasileira;
– o fortalecimento do setor de florestas plantadas. Está aqui o Programa ABC (Agricultura de Baixo Carbono), que tanto tem estimulado a diversificação de culturas nas nossas propriedades;
– o reforço à pecuária leiteira e de corte. E aqui eu tenho de fazer um registro a um incentivo à pecuária leiteira, principalmente porque o meu Estado, o Estado do Paraná, disputa com o seu Estado, Senador Paim, nosso Presidente, a segunda posição na liderança em produção de leite. É Minas Gerais, depois Paraná/ Rio Grande do Sul e Rio Grande do Sul/Paraná.
– a melhoria do seguro rural;
– e a sustentação de preço aos produtores por meio da política de garantia de preços mínimos.
Além de destacar a elevação em 20% do Plano Safra, em termos de recursos em relação ao ano anterior, à safra anterior, que foi de 156 bilhões e, agora, vai para 187 bilhões, quero destacar também que 94,5 bilhões são para financiamentos de custeio a juros controlados.
Isso é importante dizer. Juros controlados são juros subsidiados, juros muito mais baratos do que o praticado no mercado. Esse valor equivale a 7,5% a mais em comparação com o período anterior, refletindo o crescimento dos custos de produção. Já para os investimentos, estão dedicados R$33,3 bilhões.
O agricultor poderá contar também com maior volume de recursos a taxas de juros livres de mercado para a próxima safra. O incremento de 130% na modalidade custeio, passando de R$23 bilhões para R$53 bilhões. Esses valores são provenientes da aplicação dos recursos da Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) no financiamento da safra.
O agricultor médio terá R$18,9 bilhões para o Pronamp (Programa de Apoio ao Médio Produtor). É um incremento de 17% em relação ao previsto na safra passada e vai contar também com R$5,3 bilhões para investimento.
O limite de financiamento de custeio por produtor foi ampliado de R$1,1 milhão para R$1,2 milhão, enquanto o destinado à comercialização passou de R$2,2 milhões para R$ 2,4 milhões. Em ambos os casos, o aumento foi de 8%.
Foi mantido o limite de R$385 mil por produtor nos créditos de investimentos com recursos obrigatórios e no Pronamp o limite de financiamento é diferenciado, sendo de R$710 mil por agricultor na modalidade custeio.
As taxas de juros do Pronamp para os médios produtores foram estabelecidas em 7,75% ao ano para custeio e 7,5% para investimento. Para os empréstimos de custeio da agricultura empresarial, a taxa é de 8,75%. Já para financiar os demais programas de investimentos, a taxa varia de 7% a 8,75% ao ano para faturamento de até R$ 90 milhões. 
Isso é importante destacar aqui, porque, mesmo num cenário de juros elevados – nós estamos com a Selic em 13,25% - conseguimos ter para o produtor rural, para o grande e para o médio produtor, taxas de juros que são quase a metade da taxa Selic. No caso do médio produtor é praticamente a metade, cerca de 7,5% a 7,75%. Isso faz toda a diferença na competitividade na nossa agricultura. É o agricultor poder tomar empréstimos com custos mais baratos, seja com custeio da sua safra, seja para o investimento. 
Não posso deixar de exaltar a importância que isso tem para o meu Estado, o Estado do Paraná, e reconhecer o compromisso da Presidenta Dilma no fortalecimento da economia deste País, fortalecendo um dos principais suportes dessa economia, que é a agricultura brasileira, que é o agronegócio brasileiro. 
Eu não vou continuar relatando, Sr. Presidente, todos os aspectos do plano, que são muitos e muito positivos, mas eu gostaria de ressaltar as inovações do seguro rural. Sempre foi uma luta muito grande para que a gente tivesse ampliação. 
O orçamento para este ano do Plano de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural já está aprovado. São quase R$700 milhões, mas existem novas propostas que foram apresentadas agora, no Plano Safra. Entre elas, estão a criação do Sistema Integrado de Informações do Seguro Rural, o SIS-Rural, e a formação de grupos de produtores para negociação com as seguradoras. Além disso, o plano prevê a padronização das apólices de seguro agrícola, medida que começou este ano, quando foi definido o nível mínimo de cobertura das apólices em 60%.

Eu não tenho dúvidas de que essas medidas trarão barateamento no custo do seguro agrícola, tanto no caso da formação de grupos de produtores como do sistema integrado de informações. Formação é importante para um mercado segurador, assim como a união de produtores que possam fazem o contrato de um prêmio de seguro. E com certeza vão fazer por menor custo.

O plano prevê também a criação do Grupo de Alto Nível, que visa a estabelecer um planejamento estratégico agropecuário para o produtor brasileiro, dando previsibilidade ao mercado, ou seja, algo que sempre dissemos que era importante. Precisamos planejar isso que é a principal base da nossa economia.
Enfim, Srªs Senadoras, Srs. Senadores, não há como negar que nunca em outro período o agronegócio brasileiro teve tanta atenção do Governo Federal. Não é à toa, portanto, que, ao longo dos anos recentes, tenha ampliado expressivamente sua produção e produtividade, contribuindo de forma decisiva para a composição do PIB, para a geração de emprego e renda e ainda para a melhoria da nossa balança comercial.

Posso falar isso com pleno conhecimento, primeiro, porque fui Ministra Chefe da Casa Civil e acompanhei, pari passu, a elaboração dos três últimos planos safras que antecederam o que hoje estou mencionando. E sempre a Presidenta teve, Sr. Presidente, o compromisso, primeiro com o aumento do recurso para colocar à disposição do nosso agricultor, segundo com as taxas de juros subsidiadas, dando competitividade à agricultura brasileira.

Também posso falar porque sou paranaense. Venho de um Estado cuja base da economia é a agricultura, tanto a agricultura empresarial, a agricultura do médio produtor, como a agricultura do agricultor familiar, de que a Presidenta deve lançar o plano agora no dia 15 de junho.

Fez toda a diferença a política que o Presidente Lula e a Presidenta Dilma desempenharam na área da agricultura para o desenvolvimento do Estado.
Eu li, durante essa semana, alguns comentários da política do Paraná, dizendo que o Paraná está crescendo mais do que o Brasil e que isso, portanto, é um mérito do Governo do Estado, que tem investido no seu desenvolvimento.
Primeiro, o Governo do Estado não tem investido no desenvolvimento do Paraná. Na realidade, investiu para quebrar o Paraná. Hoje nós somos um Estado com uma das maiores dívidas, com uma arrecadação que já foi grande e vem baixando e com um volume de despesas que vem aumentando a cada dia, além de termos a greve dos nossos professores e débito com os fornecedores.
Então, o que está segurando a economia do Paraná é a agricultura, é o agronegócio, graças a uma política nacional de sustentação da agricultura brasileira, do agronegócio brasileiro, que traz taxas de juros de no máximo 8,75%, quando nós temos uma Selic de 13,25%.

Isso faz diferença muito grande nessa atividade e, com certeza, o Paraná é muito beneficiado. Além disso, os investimentos em logística, os investimentos que também estão sendo colocados à disposição do agricultor. Aliás, o Paraná é um dos Estados que, através do seu sistema cooperativo, mais buscou crédito para ampliar o seu sistema de armazenagem, o que foi lançado no Plano Safra passado, tão necessário para que a gente possa dar valorização a nossa produção.
Eu não tenho dúvidas de que o que faz a economia do Paraná hoje girar é a agricultura, é o agronegócio. E é possível fazer isso porque tem uma política nacional de incentivo agrícola, uma política nacional que ajuda os nossos agricultores, o que não é nenhum mérito, infelizmente, do Governo do Estado, que deveria estar investindo em assistência técnica, melhorando a qualidade dos produtores, sendo parceiro do Governo Federal.

Sr. Presidente, quero dizer que os resultados do agronegócio paranaense e brasileiro são extraordinários e crescentes e se devem seguramente aos esforços de todos os produtores rurais brasileiros, mas também à parceria e ao incentivo que este setor vem recebendo do Governo da Presidenta Dilma Rousseff, aliás, hoje, altamente reconhecido pela Ministra Kátia Abreu. E a Ministra Kátia Abreu é uma conhecedora profunda desse assunto. Foi nossa colega Senadora, mas é Presidente licenciada da Confederação Nacional da Agricultura. Sempre lutou por este setor, conhece profundamente este setor e reconhece a dedicação da Presidenta Dilma em razão dos investimentos na agricultura.

Hoje é um dia muito importante para o produtor rural brasileiro e para toda a nossa economia, porque sinaliza, de forma clara, a responsabilidade e o compromisso do Governo Federal, da Presidenta Dilma, com o ajuste fiscal, sem perder de vista a necessidade de incentivar a produção. E, nesse caso, a produção rural do nosso País.



DISCURSO DO DEPUTADO EDINHO BEZ (na íntegra)

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, na qualidade de Deputado Federal pelo sexto mandato consecutivo pelo Estado de SC e defensor do Cooperativismo, gostaria de registrar minha preocupação quanto ao atraso no repasse dos valores da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para as
Cooperativas de Eletrificação Rural. O atual cenário prejudica imensamente a saúde financeira e a viabilidade operacional das cooperativas, que possuem mercado restrito, com baixo número de
cooperados por km de rede, característica que eleva os custos operacionais. Vale lembrar que o público das cooperativas, em sua maioria, é composto por pequenos produtores rurais que dependem do acesso à energia elétrica de qualidade e com preços módicos para continuarem suas atividades.
Trata-se, portanto, de uma atividade de grande impacto social e econômico, sendo responsável por fornecer distribuição e geração de energia elétrica, de telefonia e de abastecimento de água a mais de 800 municípios brasileiros, geralmente no interior do País, prestando serviços a mais de 4 milhões de brasileiros.
É fundamental a liberação dos recursos da CDE para custear os descontos nas tarifas de energia elétrica das cooperativas de eletrificação, garantindo assim o equilíbrio econômico e financeiro dessas instituições e cumprindo com o objetivo do Governo Federal em reduzir a tarifa de energia elétrica ao consumidor final.
Como Deputado e integrante da Frencoop, a Frente Parlamentar do Cooperativismo OCB Organização das Cooperativas do Brasil na qualidade de Deputado Federal, registro minha preocupação com a atual situação das cooperativas de eletrificação rural e também nossa clara intenção de trabalhar junto ao Ministério de Minas e Energia e a Eletrobrás para que viabilizem a liberação dos recursos da CDE o mais urgente possível. É fundamental que sejam criados espaços de diálogo no âmbito do Governo Federal a fim de reconhecer as peculiaridades e estimular a criação de normativos para o equilíbrio econômico-financeiro das cooperativas de distribuição. 
Outra fragilidade para o cooperativismo reside no débito de 50 milhões dos recursos da Conta de Desenvolvimento Energético, tal recurso chega a representar em média 28% do faturamento das cooperativas, em alguns casos chega à 40%. A falta desse recurso confere alto risco às operações de manutenção, na adimplência da cadeia de fornecimento de energia e no fornecimento de energia ao usuário final, comprometendo a segurança energética, conferindo assim um alto risco de apagões.
Mais um ponto de atenção: o Sistema OCB - Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) atua fortemente em defesa das prerrogativas das cooperativas de eletrificação e tem manifestado sua apreensão quanto à atual política do setor elétrico e do modelo regulatório disposto às cooperativas, em especial aos ciclos de revisão tarifária. A entidade trabalha para reverter os impactos negativos da atual metodologia aplicada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nas tarifas das cooperativas permissionárias.
Os ajustes propostos pela revisão tarifária também impactam profundamente a viabilidade técnica e econômica das cooperativas. Pode-se citar, como exemplo, as metas de custo operacional decorrentes da revisão que em alguns casos limita os custos operacionais a 800 mil reais ao ano. O custo mínimo necessário para atender as normas de prestação de serviço no setor elétrico, em simulação feita pela Confederação Nacional das Cooperativas de Infraestrutura (Infracoop), excede os 1,6 milhões de reais ao ano.
Para compreender a importância e a eficiência das cooperativas distribuidoras de energia elétrica, das 101 empresas (permissionárias e concessionárias) pesquisadas pelo Índice Aneel de Satisfação do Consumidor (IASC), o cooperativismo obteve destaque ao conquistar as 15 maiores notas, dentre todos os agentes, na avaliação dos consumidores. 
Tal resultado demonstra a qualidade dos serviços prestados pelo setor e reforça a intenção de estimular a melhoria da prestação de serviços de energia elétrica, orientada para a satisfação dos consumidores, em sua maioria pequenos produtores rurais. As cooperativas desejam evoluir na regulação e na busca de eficiência em seus processos, porém necessitam de mecanismos que possibilitem que isso ocorra gradualmente, uma legislação que leve em conta as peculiaridades do cooperativismo e seu mercado, e também o repasse dos recursos devidos da CDE. De outra maneira os consumidores serão prejudicados quanto à disponibilidade e qualidade de energia.
Sr. Presidente e caros colegas Parlamentares, peço que este pronunciamento seja encaminhado à publicação nos órgãos de comunicação desta Casa, em especial no programa A Voz do Brasil, entre outros.
Vale lembrar que continuaremos atentos a este segmento em especial neste momento, sobre o CDE enunciado.
Era o que tinha a dizer.

 
Fonte: Sistema OCB

ENTREVISTA DA SEMANA_Thiago Soares

Ser voluntário é levar o cooperativismo a sério

Brasília (3/6) – Daqui a um mês, o Brasil inteiro testemunhará o poder de transformação social cooperativista, numa grande ação de voluntariado. Estamos falando o Dia C, impulsionado pelo Sistema OCB e suas unidades estaduais, realizado por cooperativas de todo o Brasil. Será uma grande oportunidade para a comunidade ver, na prática, um dos princípios do cooperativismo: o interesse em zelar pelas famílias que vivem ao redor das cooperativas. 

Um dos objetivos do Sistema OCB ao promover o Dia C é estimular a prática transformadora do voluntariado. Mas afinal, você sabe o que ser voluntário significa? Quem responde é Thiago Soares, integrante do Conselho Consultivo do Centro de Ação Voluntária de Curitiba. Ele foi um dos destaques da última edição da revista Gestão Cooperativa.  

O que é ser voluntário?

Thiago Soares 
- Ser voluntário é perceber que seu papel como cidadão vai além de cumprir com seus deveres. É compreender que cada cidadão é copartícipe, corresponsável pela transformação social, portanto, ser voluntário é contribuir com a construção de um mundo melhor. 

Por onde começar?

Thiago Soares
 - Identificando quais as necessidades que as comunidades de sua localidade demandam. Essas necessidades podem estar na casa ao lado, em nosso prédio, na escola do bairro, enfim, em qualquer lugar. Não precisamos nos deslocar quilômetros para praticar uma atividade voluntária. Podemos começar na própria casa, auxiliando com a manutenção diária, consertando um armário que há meses está quebrado, por exemplo. O voluntariado é a oportunidade de oferecer o seu melhor talento a qualquer pessoa, causa ou instituição que esteja precisando.

Os trabalhos feitos voluntariamente não são remunerados. Isso dificulta, de algum modo, a realização dos projetos?

Thiago Soares 
- Eu entendo que não. O que dificulta, muitas vezes, é o desconhecimento sobre como exercer uma atividade voluntária e a cultura presente em nosso país de que voluntariado deve ser destinado somente às causas assistenciais. Além disso, algumas entidades também confundem o papel do voluntário com o papel dos funcionários que devem ser contratados para as atividades cotidianas. Mas, posso afirmar, com certeza, que, nos dias de hoje, as dificuldades são mínimas e a vontade de ajudar e contribuir com a construção de uma sociedade mais justa e equânime é cada vez maior.

Quais são os benefícios do trabalho voluntário?

Thiago Soares 
– O crescimento pessoal, em primeiro lugar. Depois, o desenvolvimento de novas habilidades sociais, pessoais e profissionais que decorrem da prática das atividades voluntárias, pois o voluntariado nos desperta para um processo de aprimoramento constante, para que possamos proporcionar, sempre, um trabalho qualificado e efetivo.

Qual o impacto que o voluntariado exerce na vida de quem o pratica?

Thiago Soares 
- Sensibilidade para compreender a realidade do outro, o que nos leva a um aprimoramento das relações interpessoais, da forma como vemos o mundo e como enxergamos nosso papel na sociedade em que vivemos.

Dentro do cooperativismo já existe uma ação voltada ao voluntariado. Trata-se do Dia C – Dia de Cooperar. Existe alguma campanha para incentivar a atitude solidária dentro das empresas?

Thiago Soares -
 Muitas empresas possuem programas empresariais de voluntariado que visam a estimular os funcionários a praticarem atividades voluntárias em comunidades ou entidades sociais. O Centro de Ação Voluntária de Curitiba presta consultoria às empresas que desejam implantar, gerir ou aprimorar programas de voluntariado.

E já há uma onda positiva em todo o país, estimulando empresas a promoverem programas desta natureza mas, como sempre digo, nosso país ainda precisa evoluir neste quesito. Em Nova York, por exemplo, as pessoas são voluntárias para ajudar a própria cidade. 

Em épocas de nevascas, os próprios cidadãos, de maneira organizada, auxiliam a prefeitura na varredura das ruas para desobstruir as vias tomadas pela neve. E fazem isso logo cedo, antes mesmo de os cidadãos que utilizarão as vias acordarem. E eles não veem problemas nisso, pelo contrário, compreendem que esta atitude faz parte de seu papel como cidadão. 

Aqui, no Brasil, as pessoas diriam: isso é papel do governo. Os governantes que levantem cedo e varram a neve. Também não vejo problema no governante ser voluntário em algumas ações sociais, mas não é este o espírito que uma nação que pretenda ser desenvolvida precisa ter. Neste sentido, penso que as empresas podem ser um difusor de uma consciência nova, aprimorada, convergente com o desenvolvimento social, orientando seus funcionários para o papel que devem exercer em sua sociedade.

Clique aqui para continuar lendo a entrevista, concedida à revista Gerão Cooperativa

 
Fonte: Sistema OCB

Flexibilizacão de garantias vinculadas é tema de reunião entre Sistema OCB e Banco do Brasil

O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, e o diretor de Agronegócio do Banco do Brasil, Clênio Teribeli, se reuniram hoje em Brasília para discutir dentre outros assuntos, a flexibilização de garantias vinculadas à Securitização, Pesa e Recoop e questões que dizem respeito ao Plano Agrícola e Pecuário 2015/2016, lançado ontem pelo governo federal. O presidente do Sistema OCB fez questão de ressaltar a oportuna abertura do Banco do Brasil em discutir a questão e informou que a instituição financeira tem se empenhado em atender às demandas das cooperativas agropecuárias.

A flexibilização de garantias é uma das ações prioritárias do Conselho Consultivo do Ramo Agropecuário ao longo deste ano, ao lado de temas como ampliação do volume de recursos, manutenção das taxas de juros, pré-custeio, ajustes nos programas de investimento e custeio. Os assuntos têm sido pauta recorrente nas reuniões dos conselheiros. O assunto continuará sendo foco de uma série de reuniões técnicas entre as equipes do Sistema OCB e do Banco do Brasil.

ANÁLISE – Sobre o Plano Agrícola e Pecuário 2015/2016, cujos recursos disponibilizados ao crédito rural para as operações de custeio, investimento e comercialização da agricultura empresarial alcançam R$ 187,7 bilhões, o presidente Márcio Lopes de Freitas fez uma análise positiva, levando em consideração o atual cenário econômico do país.

“O Sistema OCB participou de várias reuniões com as equipes do governo para auxiliar na construção de um plano que melhor atendesse às necessidades dos produtores rurais brasileiros. O Plano lançado ontem poderia ser melhor? Claro que poderia, mas também não podemos nos esquecer da conjuntura econômica do país, atualmente, bem distinta do passado, então, nossa avaliação é de que o Plano para esta safra é o melhor que o governo poderia fazer”, analisa Márcio Freitas.

A Gerência Técnica do Sistema OCB fez estudou os números do plano lançado ontem e emitiu um parecer técnico, voltado à realidade das cooperativas agropecuárias. Clique aqui para acessar o documento.

 
Fonte: Sistema OCB
Inscricões do Dia C encerram hoje
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Inscricões do Dia C encerram hoje

O sistema para inscrição das cooperativas e suas ações fecha hoje, dia 08 de junho. Então não perca tempo e faça a inscrição da sua cooperativa! Mais informações AQUI

#vemcooperar

OCB completa 45 anos de representacão do cooperativismo brasileiro
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OCB completa 45 anos de representacão do cooperativismo brasileiro

A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) completa hoje 45 anos de registro. São mais de quatro décadas de atividade incessante, cuidando bem dos cooperativistas brasileiros, por meio da articulação e da contribuição em diversas frentes que envolvem os Três Poderes da República. Ao longo deste quase meio século o resultado de tanto trabalho é o fortalecimento do cooperativismo na agenda de desenvolvimento econômico e social do país.

Para o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, quem integra à Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), têm orgulho de viver, na prática, o real significado de ser cooperativista. Todos os dias, segundo ele, é possível ver o quanto esse movimento – feito por pessoas e para pessoas – tem ajudado a transformar as vidas de milhares de Josés, Marias, Pedros e Anas.

“Ser cooperativista é muito mais do que fazer parte de uma cooperativa. É quase um estado de espírito, capaz de nos fazer enxergar o mundo de forma bastante particular. É buscar o justo, sem abrir mão da ambição. É querer crescer – sim, e muito! –, sem passar por cima de valores como a ética, a confiança e a honestidade. É encontrar um caminho para ter uma boa renda, sem abrir mão da felicidade. Ser cooperativista é compartilhar”, analisa Márcio Freitas.

O presidente lembra que o cooperativismo brasileiro vive, em 2015, um importante momento para a sua representação política: o início de uma nova legislatura e a renovação do quadro governamental que, juntos, abrem inúmeras oportunidades para que o setor possa aprimorar sua interlocução com o poder público e fortalecer, ainda mais, o seu papel na agenda de desenvolvimento econômico e social do país.

REPRESENTAÇÃO
 – “Nosso papel é amplificar essa voz, levantar a bandeira cooperativista e fazer com que sejam concretizados os pleitos fundamentais para o crescimento sustentável do setor. Para isso, contamos com as 27 organizações estaduais e com as 6,8 mil cooperativas, que nos aproximam dos 11,5 milhões de cooperados lá na ponta”, comenta Márcio Freitas.

ALTERNATIVAS
 – Todo esse trabalho tem uma razão de ser: em um cenário no qual o Brasil possui como grandes desafios à recondução do crescimento econômico e à busca por um ambiente político favorável às demandas da sociedade, o cooperativismo se apresenta como uma das principais alternativas de inclusão produtiva e de transformação da vida das pessoas.

APOIO ÀS UNIDADES ESTADUAIS
 – A partir de uma atuação conjunta com suas unidades estaduais, o Sistema OCB tem contribuído diretamente para o fortalecimento do cooperativismo brasileiro. Nesse processo, cabe à OCB – sempre pensando em unir forças e beneficiar o setor – apoiar os estados em seu trabalho com a base. O atendimento sobre questões jurídicas é um dos serviços prestados. Para se ter uma ideia, somente em 2014, houve 180 atendimentos a consultas sobre questões jurídicas, contábeis e tributárias das unidades estaduais, dos conselhos consultivos dos ramos e de avaliações de projetos de lei. 

BASE – A OCB aprendeu, com a prática, que a maneira mais eficaz de fortalecer o movimento cooperativista é expandir o diálogo com as bases. Por isso, estamos sempre trocando experiências com as unidades estaduais e com as nossas cooperativas. Esse intercâmbio ocorre em diversos fóruns criados justamente para este fim. São eles: conselhos consultivos, câmaras temáticas, fóruns regionais e grupos de trabalhos.

“Nosso grande objetivo é vencer cada um dos nossos desafios, a partir de valores muito sólidos, e concretizar a visão estabelecida para o cooperativismo em 2025. Meta que pertence a todos nós, cooperativistas brasileiros”, enfatiza o presidente do Sistema OCB.

E por falar em desafios, os principais que queremos superar para o desenvolvimento do cooperativismo brasileiro são:

• Qualificar mão de obra para o cooperativismo
• Profissionalizar a gestão e a governança do sistema cooperativo
• Fortalecer a representatividade do cooperativismo
• Estimular a intercooperação
• Fortalecer a cultura cooperativista
• Promover a segurança jurídica e regulatória para as cooperativas
• Fortalecer a imagem e a comunicação do cooperativismo

“Os rumos estão traçados e, sim, temos tudo o que é necessário para vencer o desafio de tornar o cooperativismo reconhecido pela sociedade por sua competitividade, integridade e capacidade de promover a felicidade dos cooperados. Somos cooperativistas e duas coisas não nos faltam nessa vida: ousadia e persistência! Um ano de muitas realizações para todos nós!”, reforça Márcio Freitas.

COMO SURGIU – A partir da unificação da Associação Brasileira de Cooperativas (ABCOOP) e da União Nacional de Cooperativas (Unasco), a OCB foi instituída em 1969 durante o IV Congresso Brasileiro de Cooperativismo. Em 8 de junho de 1970, foi registrada em cartório, ato que formalizou sua existência como entidade representativa dos interesses do cooperativismo brasileiro. Sua atuação foi determinante para a sanção da Lei nº 5.764/1971, que regula o setor e especifica regras para a criação de cooperativas.

 
Fonte: Sistema OCB 
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