O desempenho das cooperativas foi - mais uma vez - destaque no anuário “Melhores & Maiores: as 1000 maiores empresas do Brasil”, divulgada pela revista Exame. A publicação especial ranqueia os destaques de vários segmentos da economia, segundo seus resultados. O sistema cooperativista foi contemplado em cinco ramos de atividade econômica: Agropecuário, Crédito, Saúde, Consumo e Transporte, comprovando ser, o modelo cooperativista, uma alternativa econômica, viável e sustentável. O periódico listou dezenas de cooperativas, entre as empresas que tiveram o melhor desempenho em 2014.
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São elas, as cooperativas, de Norte a Sul do país, as grandes responsáveis por gerar renda e emprego a milhões de brasileiros que, organizados em empreendimentos cooperativos, trabalham conjuntamente para ganhar mais força, competitividade e espaço no mercado. Na região Sul, por exemplo, onde a prática cooperativista é mais antiga do país, as cooperativas que reúnem milhares de produtores familiares são referência na produção de alimentos.
Em outras partes do Brasil, como nas regiões Norte e Nordeste, o movimento cooperativista tem mobilizado um número cada vez maior de pessoas e conta ainda com um espaço potencial para expandir suas ações, inserindo os cooperados tanto econômica quanto socialmente.
“O cooperativismo é assim, um modelo de negócios naturalmente democrático, no qual todos têm papeis importantes, e o sucesso da gestão está justamente nisso: os associados são donos do negócio, tendo todos eles direito a voto, à voz ativa. Para impulsionar ainda mais o movimento e, logicamente, o cooperado que faz dele um mecanismo alternativo visando maximizar a sua renda, é também fundamental investir na profissionalização da gestão”, comenta Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB.
NÚMEROS – Segundo dados da OCB, 6.827 cooperativas estão registradas em seu banco de dados, com referência a 2013. Juntas, elas congregam mais de 11 milhões de associados e geram 340 mil empregos diretos. Em todo país, cerca de 44 milhões de pessoas estão ligadas ao movimento cooperativista. Em relação aos dados mundiais, os últimos números da Aliança Cooperativa Internacional apontam para 1 bilhão de pessoas ligadas ao cooperativismo, direta ou indiretamente, e 100 milhões empregos gerados por cooperativas e seus processos.
PUBLICAÇÃO – Criado há 41 anos pela Editora Abril, o anuário tornou-se o mais amplo e confiável retrato do ambiente empresarial brasileiro. O levantamento está fundamentado no balanço do exercício 2014 e em base de dados oficiais.
As empresas ranqueadas foram avaliadas conforme critérios de excelência empresarial, desenvolvidos pelo ranking Melhores&Maiores: uma ponderação de resultados obtidos em crescimento das vendas, lucro, patrimônio, rentabilidade, capital circulante líquido, liquidez geral, endividamento, riqueza criada, número de empregados, riqueza criada por empregado, controle acionário e EBITDA, abreviatura da expressão inglesa que significa lucro antes de descontar os juros, os impostos sobre o lucro, a depreciação e a amortização.
Aumento nos limites de financiamentos, menos burocracia nos procedimentos internos para liberação dos pedidos de financiamentos e a criação de uma linha de crédito específica para projetos de investimentos das cooperativas de saúde. Estes foram alguns apontamentos feitos pelas cooperativas do Paraná ao presidente em exercício do Banco do Brasil, Osmar Dias, em reunião ocorrida ontem, na sede da Ocepar, em Curitiba.
Estiveram presentes representantes das cooperativas Coasul, Coopertradição, Codepa, Bom Jesus, Coprossel, Federação Unimed, Unimed Curitiba, Cocamar, C.Vale, Copacol, Capal, Castrolanda, Batavo, Agrária e Lar. “Nossa intenção é ouvir mais as cooperativas para errar menos. Solicitamos, portanto, este encontro para saber quais são as principais demandas e discutir em conjunto o que podemos fazer para ampliar o apoio ao setor. É uma reunião importante para nós, do Banco do Brasil, e espero que também seja para vocês, cooperativistas”, disse Osmar Dias.
COOPERATIVISMO - Ele estava acompanhado de diretores do banco, entre os quais, Maurício Maurano (vice-presidente de Negócios de Atacado), Márcio Luiz Moral (diretor executivo), Edson da Costa (diretor de Crédito), Álvaro Tosseto (gerente executivo), Maurício Machiori Ono (superintendente de atacado da região Centro-Sul), Carlos Cafareli (diretor de reestruturação de ativos operacionais) e Diogenes Cespedes Crivelaro (superintendente regional empresarial).
Osmar Dias assistiu a uma apresentação do presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, sobre o cooperativismo do Paraná. “Num ano em que o país enfrenta dificuldades em sua economia, as cooperativas Paraná planejam investir R$ 2,8 bilhões. Este montante demonstra a importância do governo apoiar o cooperativismo que, por sua vez, responde rapidamente, criando mais empregos, elevando a arrecadação de tributos e gerando mais divisas para o estado e para o país”, ressaltou Koslovski.
PROJETO – “Viemos tratar de negócios que interessam às cooperativas e ao banco, e, consequentemente, ao Brasil”, comentou Osmar Dias, ao anunciar que o Banco do Brasil está criando um projeto que tem como foco principal ouvir todas as cadeias produtivas e diagnosticar as necessidades. “Decidimos iniciar este trabalho pelas cooperativas do Paraná justamente pelos dados que o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, apresentou na reunião de hoje, ou seja, pela organização e pelos resultados positivos do setor cooperativo. Fica mais fácil começar com o que já está dando certo. O cooperativismo é importante para o desenvolvimento do estado e do país, pois quando focamos este setor, estamos incentivando a geração de milhares de empregos diretos e distribuição de renda. Por isso, sempre gosto de afirmar que o cooperativismo é um importante aliado para que possamos sair da crise”, ressaltou.
ENCAMINHAMENTO – O presidente em exercício do Banco do Brasil destacou ainda que a reunião com as cooperativas do estado foi bastante válida e produtiva. “Tivemos a oportunidade de ouvir as queixas, as demandas e as sugestões das lideranças que representam o setor. Acreditamos que foi uma iniciativa importante de aproximação e que pode vir a aperfeiçoar o processo de negócios entre o banco e as cooperativas”, frisou. Osmar Dias disse ainda que todas as demandas apresentadas durante a reunião são justas e importantes. “Eu, como representante do banco, vou levar essas demandas até o governo federal e tentar uma solução”, afirmou. (Fonte: Assimp Ocepar)
Segundo dados do Ministério da Indústria e Comércio Exterior (MDIC), de janeiro a junho deste ano, as exportações feitas por cooperativas cresceram 4,22% na comparação com o mesmo período do ano anterior, totalizando um montante de US$ 2,79 bilhões. Em 2014, o total exportado foi US$ 2,68 bilhões.
Ao compararmos os valores das operações de exportação da última década, o resultado é ainda mais significativo: as exportações feitas por cooperativas cresceram em torno de 2,7 vezes entre os anos de 2005 e 2015, nos meses de janeiro a junho. Há 10 anos, a participação das cooperativas no montante global de exportação era de US$ 1,02 bilhão.
Tendo como sua principal fonte de exportação os produtos agropecuários, as cooperativas representaram 6,4% do total exportado pelo setor no período. Vale ressaltar que esses números são das operações de exportação realizadas diretamente pelas cooperativas.
PARCEIROS COMERCAIS – No primeiro semestre, os produtos das cooperativas foram absorvidos, principalmente, pelos mercados da China, Alemanha, Estados Unidos, Emirados Árabes e Japão. Confira abaixo os principais produtos importados por estes países:
- China – 69% do valor global exportado para a China (US$ 528,7 milhões), correspondem a soja (mesmo triturada), seguido pela carne de frango (congelada, fresca ou refrigerada incluindo miúdos), com 22,9%;
- Alemanha – Os alemães importaram do Brasil US$ 224,2 milhões no primeiro semestre deste ano. Deste total, 47,3% foram farelo de soja e 43,3% café (cru em grão);
- Estados Unidos – O volume de produtos de cooperativas exportado no período para a nação americana correspondeu a US$ 219,1 milhões. Os dois principais itens foram café (cru em grão), com 65%, e o etanol, com 32,3% de participação;
- Emirados Árabes – Foram importados pelos Emirados Árabes US$ 194,7 milhões nos seis primeiros meses deste ano. O açúcar refinado ocupa a primeira colocação na lista de produtos mais adquiridos, com 79% do valor global. A segunda posição do ranking ficou com a carne de frango (congelada, fresca ou refrigerada incluindo miúdos), com 19,2%;
- Japão – O principal produto importado do Brasil pelos japoneses foi a carne de frango (congelada, fresca ou refrigerada incluindo miúdos), 52,1% do total de US$ 130 milhões foram deste item. Ao passo que o café, segundo produto mais procurado pelo Japão, foi o responsável por 41,4%.
Na lista de parceiros comerciais também aparecem: Arábia Saudita, Países Baixos, Hong Kong, Índia, Indonésia, Malásia, Reino Unido, Coreia do Sul, Vietnã, África do Sul, dentre outros.
ESTADOS EM DESTAQUE – As unidades da federação que mais se destacaram nos seis primeiros meses deste ano são o Paraná, com 33,6% das operações de exportação, respondendo pelo montante de US$ 940,8 milhões e São Paulo, exportando US$ 596,9 milhões, equivalente a 21,3% do percentual total. Confira outros destaques:
FONTE: Os dados utilizados nesta reportagem foram retirados do documento Balança Comercial Brasileira – Cooperativas Janeiro-Junho 2015, disponibilizado no portal do Ministério da Indústria e Comércio Exterior.
Fonte: Sistema OCB
Na manhã do dia 20 de julho, o Sistema OCB/MS participou de uma reunião na Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho – SEDHAST na Coordenadoria de apoio à Organização de Entidades – CAOE, para tratar sobre a constituição de cooperativas ou associações.
O Centro-Oeste é responsável por 48,5% da produção nacional de soja, uma das principais commodities do agronegócio brasileiro. De acordo com dados da Conab - Companhia Nacional de Abastecimento, levantados pela Famasul - Federação da Agricultura e Pecuária de MS, a produção regional da oleaginosa cresceu 69,8% em dez anos, saindo de 24,6 milhões de toneladas em 2004 para 41,8 milhões de toneladas na safra 2013/14. Com o objetivo de evidenciar a potencialidade da região, considerada eixo do agronegócio, será realizada nos dias 31 de agosto e 1º de setembro, no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, em Campo Grande/MS, a 3ª edição da Bienal dos Negócios da Agricultura Brasil Central. O evento tem o patrocínio do Sistema OCB Centro-Oeste TO.
Com o tema “Conectando o campo e a cidade’, a feira que é a vitrine do agronegócio reunirá as principais informações e tecnologias sobre o setor. Realizada a cada dois anos, o evento acontece rotativamente nas capitais dos Estados do Centro-oeste. A primeira ocorreu em Goiânia, a segunda em Cuiabá e agora é a vez da capital sul-mato-grossense. A Bienal é organizada pelas federações de agricultura e pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Mato Grosso (Famato), Goiás (Faeg) e Distrito Federal (Fape-DF).
Com eventos paralelos, palestras, workshops e painéis de discussão, serão apresentadas questões estratégicas do setor. Além de demonstração de tecnologias de empresas ligadas ao setor, o evento terá discussões técnicas de temas específicos nas áreas da agricultura, pesquisa, ciência, tecnologia, clima e educação. Um dos destaques da realização é uma programação paralela, tal como um encontro para jornalistas com o ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, na véspera do evento.
O presidente da Famasul, Nilton Pickler, ressalta que a Bienal vai evidenciar o desenvolvimento regional e, ao apresentar novas tecnologias, contribuir para o aumento do potencial produtivo da região. "O evento reúne no mesmo lugar as atualidades tecnológicas e informações atualizadas, colocando na mesa os temas mais emergentes para o agronegócio brasileiro".
Sobre a Bienal - A vitrine do agronegócio já está na agenda dos principais eventos do setor no País. A feira é promovida pelas federações agropecuárias do Brasil Central, entidades que trabalham na defesa do produtor rural, agrupam serviços de aprendizagem e sindicatos e fazem parte da CNA - Confederação da Pecuária e Agricultura do Brasil, que atua no âmbito político nacional e tem representantes nos 26 estados e no Distrito Federal.
Fonte: Famasul