Educação Cooperativista e Organização do Quadro Social. Esse foi o tema da palestra do gerente de Educação da Fundação Sicredi, Marcos Alexandre Schwingel, ministrada hoje de manhã aos colaboradores do Sistema OCB, em Brasília. O objetivo foi ressaltar a importância e as contribuições da educação cooperativista e da organização do quadro social (OQS) na sustentação dos empreendimentos cooperativos.
Para Marcos, a Educação é o único meio de promover o desenvolvimento das pessoas. “A organização do quadro social é a aproximação do associado com a cooperativa. Mas este associado só estará próximo da instituição, se ele compreender o que é o cooperativismo, como ele atua, como funciona a cooperativa e qual a importância de sua participação nos processos decisórios”, comenta.
Com expressivo investimento em ações de responsabilidade social, o Sicredi incentiva o propósito cooperativo de gerar o desenvolvimento das comunidades onde atua. Suas ações têm o objetivo de semear o crescimento econômico social e a melhoria da qualidade de vida não só dos cooperados, mas da comunidade onde está inserido.
“Com foco intenso em programas educativos, o Sicredi acredita que investir em educação e disseminar os valores cooperativistas é o melhor caminho para assegurar o desenvolvimento de pessoas e de instituições”, argumenta o gerente.
O superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, agradeceu à presença do representante do Sicredi se referindo à instituição financeira cooperativa como sendo um grande exemplo. “O Sicredi é um orgulho referencial para todo o cooperativismo nacional. Sempre atende aos nossos pedidos e tem contribuído sobremaneira com o desenvolvimento do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo”, enfatiza Nobile.
APRESENTAÇÃO – o gerente de Educação da Fundação Sicredi, Marcos Alexandre Schwingel, discorreu sobre os programas de responsabilidade social da instituição e que incluem, necessariamente, a participação dos cooperados. Segundo ele, a conformação do sistema Unicredi – presente em mil cidades, por meio de cinco mil núcleos - permite que todos os seus associados falem sobre suas necessidades, participem de debates e opinem a respeito dos rumos que o sistema deve tomar.
Para isso, um calendário de encontros foi cautelosamente planejado para que os eventos ocorram com a maior participação possível do quadro social. Cada evento tem um cronograma e um material específico. Dados de 2013 dão conta de que o Sicredi conta com um universo de 2,5 milhões de cooperados em 106 cooperativas espalhadas pelo país.
Um dos destaques da apresentação foi o programa “A União Faz a Vida”, considerado a principal ação social do Sicredi. Criada em 2005, a iniciativa está presente hoje em 154 cidades, nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Mato Grosso e recebeu, em 2012, aportes da ordem de R$ 4,1 milhões.
O Programa A União Faz a Vida foi desenvolvido pelo Sicredi para ampliar o conhecimento das comunidades sobre o cooperativismo e a natureza das sociedades cooperativas após uma fase de dificuldades no segmento, na década de 80. A proposta do programa de educação cooperativa para crianças e jovens foi construída a partir de exemplos internacionais e da parceria com o Centro de Desenvolvimento e Pesquisa sobre Cooperativismo da Universidade do Vale do Rio do Sinos, de São Leopoldo (RS).
O projeto piloto foi implantado em Santo Cristo, pertencente à Cooperativa Sicredi Grande Santa Rosa/RS, em 1995. Outros municípios do Estado também adotaram o programa e novas instituições de ensino superior ingressaram na rede de assessoria pedagógica.
A abelha é símbolo do programa Assim como as abelhas, a iniciativa se estabelece na dimensão nacional, de forma flexível e adaptável às diferentes realidades educacionais. O cenário de atuação são as salas de aula, escolas e seu entorno, e os atores são crianças e adolescentes, educadores e comunidade escolar, entre outros, como secretarias estaduais e municipais de Educação, as quais atestam a credibilidade da iniciativa.
A expansão nacional do programa começou pelo Estado do Mato Grosso, em 2005 e em 2006 foi a vez do Paraná Em 2007, o programa passou por uma reestruturação com um novo objetivo e definindo que o trabalho com projetos passaria a ser a direção da nova proposta implantada neste mesmo ano.
Os anos de 2008 e 2009 são marcados pelas formações de assessorias pedagógicas e oficinas para educadores. Em 2010, o programa chegou a Santa Catarina. No ano seguinte, em São Paulo. Hoje, está presente em 154 cidades, nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Mato Grosso.
Em 2012, foram investidos R$ 4,1 milhões no programa. Participaram da iniciativa 38 cooperativas, 13.511 educadores e 157.978 crianças e adolescentes. Mais de cinco mil perguntas nortearam milhares de expedições investigativas, que despertaram a curiosidade dos alunos.
OQS – A Organização do Quadro Social (OQS) emerge como prática institucional de participação e controle democrático nas organizações cooperativas. É caracterizada pela formação de uma nova instância de exercício do poder, além daquelas comumente encontradas nas cooperativas, como as assembleias gerais, o conselho de administração, o conselho fiscal, dentre outras.
Esta estratégia conduz a uma mudança institucional na estrutura da cooperativa. A proposta é viabilizar a vivência integral do princípio cooperativista da gestão democrática. Trata-se de estruturar uma nova forma de expressão e integração entre os membros do grupo cooperado.
O objetivo do OQS é estruturar um espaço de poder na cooperativa, possibilitando a participação do maior número de cooperados na gestão do empreendimento cooperativo. Isso, pois, através da participação política, os cooperados reduzem o espaço da burocracia, entendido como o local onde se reproduzem determinadas relações de poder.
Esse novo mecanismo institucional de participação se estabelece como uma nova forma de mediação, como um canal de comunicação entre o poder central nas cooperativas e seus cooperados, ampliando as representações dos interesses.
Uma das premissas do OQS é que a participação nas cooperativas não deve ser imposta. Deve resultar de um movimento espontâneo e endógeno de adesão e compreensão dos indivíduos acerca de seu papel, o que os leva a um ato de solidariedade com os outros membros do grupo e concretiza a identificação do mesmo enquanto parte integrante e membro funcional da organização.
A partir da identificação do cooperado como dono da cooperativa, suas ações começam por desencadear sucessivas reações no grupo e na empresa, seja através da motivação transmitida aos outros membros, ou pela regular participação política, social e econômica nas ações da cooperativa.
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Um videoclipe produzido pela assessoria de Comunicação do Sistema Ocepar mostra os principais momentos da Expocoop 2014 - feira internacional do cooperativismo, ocorrida entre os dias 15 e 17 de maio, na Expo Unimed, em Curitiba. O evento reuniu 4 mil cooperativistas de 15 países e de diversas regiões brasileiras. Participaram 170 expositores, sendo 120 nacionais e 50 estrangeiros, vindos da China, Canadá, México, Estados Unidos, Costa Rica, Paraguai, Argentina, Portugal, Espanha, Timor Leste, Turquia, Namíbia, África do Sul, Índia e Irã. Os visitantes tiveram a oportunidade de conhecer a variedade de produtos e serviços ofertados por cooperativas de várias partes do mundo. O destaque ficou por conta do estande do Sistema Ocepar, onde foi montado um “supermercado Paraná Cooperativo”. A programação contemplou ainda a realização de eventos paralelos, como seminários, encontros e palestras. Houve ainda a entrega do 10º Prêmio Ocepar de Jornalismo. A Expocoop foi promovida pela WEB Worldentry Exhibitions, com apoio dos Sistemas OCB e Ocepar e Aliança Cooperativa Internacional (ACI).
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O Sistema OCB acaba de prorrogar o período de inscrições dos trabalhos a serem apresentados durante o III Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismo (EBPC). Com isso, estudantes, professores, cooperados, além de colaboradores do Sescoop, CNCoop e OCB, têm até o dia 26/6 para submeter seus materiais acadêmicos ou de boas práticas à banca julgadora. Todas as informações a respeito da forma e do que inscrever estão no REGULAMENTO.
O III EBPC é uma realização dos Sistemas OCB e OCB/TO, promovido pela Rede Brasileira de Pesquisadores em Cooperativismo (RBPC), com o apoio da Universidade Federal do Tocantins (UFT). O encontro será realizado entre os dias 20 e 22 de outubro, no campus da UFT, em Palmas. O tema da terceira edição é “Cooperativismo como Modelo de Negócios: as cooperativas conquistam desenvolvimento sustentável para todos”.
INTENÇÃO - O Sistema OCB visa a aproximar a área acadêmica da real necessidade das cooperativas, propondo debates fundamentados em pontos definidos pela Aliança Cooperativa Internacional (ACI) como essenciais ao desenvolvimento do setor e à sua consolidação nos próximos 10 anos, na chamada “Década do Cooperativismo”.
OPORTUNIDADE - Além da apresentação dos trabalhos haverá palestras e mesas-redondas, que representam grande oportunidade de “networking” social e profissional em questões estratégicas à competitividade e à permanência das cooperativas no mercado global.
ATENÇÃO - Será aceita a inscrição de trabalhos nas modalidades: artigo, artigo de iniciação científica e/ou trabalho de conclusão de curso e relato de práticas. Os interessados podem CLICAR AQUI para obter todas as informações sobre como se inscrever.
A Associação Brasileira de Pós-Colheita (Abrapós), com o apoio do Sistema OCB, realizará, entre os dias 14 e 16 de outubro, a VI Conferência Brasileira de Pós-Colheita. O evento ocorrerá em Maringá, no Paraná. O evento pretende trazer especialistas de renome para debater temas como logística de produção, estocagem e expedição, segurança alimentar, infraestrutura de armazenamento e outros.
Números que acabam de ser divulgados pela coordenadoria geral de planejamento estratégico do Ministério da Agricultura mostram como são impactantes os problemas na pós-colheita de grãos no Brasil. De acordo com dados publicados na Revista Exame (5/6), apenas 15% das propriedades possuem sistema próprio de armazenagem.
Por outro lado, a produção nacional de soja tem aumentado 6% em média ao ano, enquanto a capacidade de estocagem avança apenas 4% (percentual que alguns especialistas consideram superestimado).
Para a safra brasileira de grãos 2014/15, a ser semeada no segundo semestre, o ministério já trabalha com a possibilidade de ser alcançada a marca de 200 milhões de toneladas (4,6% a mais que as 193 milhões de toneladas deste ano).
Diante de tudo disso, uma certeza: os velhos problemas estruturais do país, somados à tão conhecida deficiência logística, devem continuar afligindo o agronegócio e prejudicando sua competitividade.
Na abertura, dia 14, o ex-ministro da Agricultura, Luiz Carlos Guedes Pinto, traça um panorama sobre a atual situação e os desafios futuros do setor. A Conferência tem a Cocamar Cooperativa Agroindustrial como anfitriã.
De acordo com o superintendente de Operações da cooperativa, Clodimar Viotto, o evento deve atrair cerca de 700 participantes de todo o país. Entre as maiores cooperativas brasileiras, a Cocamar sente na pele os gargalos que resultam da inexistência de estruturas de armazenagem nas propriedades. As colheitas, segundo Viotto, estão concentradas em períodos cada vez mais curtos, o que exige constantes investimentos por parte da empresa em agilizar o recebimento, a secagem e o acondicionamento da produção.
“Com as máquinas modernas, a colheita fica mais rápida”, lembra o superintendente, acrescentando que a Cocamar está ampliando em 10% este ano a sua capacidade de armazenagem, atualmente de um milhão de toneladas.
SERVIÇO – A VI Conferência Brasileira de Pós-Colheita será realizada no Excellence Eventos, situado na Avenida Virgílio Manilia, 21.784, telefone (44) 3262-9986. Informações sobre o evento podem ser acessadas pelo site www.abrapos.org.br e telefone (43) 3345-3079.