Dia Internacional do Cooperativismo de Crédito 2014 destaca impacto positivo do setor em escala mundial

Dia Internacional do Cooperativismo de Crédito (DICC) é celebrado anualmente na 3ª quinta-feira do mês de outubro. Em 2014, as comemorações serão no dia 16 de outubro.

A data objetiva relembrar o passado e comemorar a evolução e as conquistas responsáveis por o cooperativismo de crédito ser, hoje, parte da vida e dia a dia de milhares de pessoas ao redor do mundo. O DICC também planeja futuras vitórias para as cooperativas e principalmente para seus cooperados.

Desde a criação da primeira cooperativa de crédito no Brasil, em 1902, até hoje, o sistema se desenvolveu de forma substantiva. A pujança desse ramo do cooperativismo pode ser comprovada de inúmeras formas, como o valor dos ativos administrados, patrimônio líquido, serviços prestados, investimentos realizados, distribuição de sobras, entre muitos outros. Inexiste produto que as cooperativas não possam operar, seja de forma direta ou indireta, e ano após ano as cooperativas de crédito ampliam seu leque de produtos e serviços.

As cooperativas de crédito brasileiras está presentes em mais de 95% dos municípios brasileiros, e são, em muitas dessas pequenas cidades, a única instituição financeira disponível. Assim, as cooperativas de crédito surgem como uma ótima opção para fomentar o crédito ao próprio setor cooperativista, nos meios urbano e rural, inclusive nas regiões mais remotas, onde os bancos convencionais não têm interesse em atuar.

O segmento financeiro do cooperativismo congrega hoje mais de 6,5 milhões de associados, 1.154 cooperativas de crédito e 5.084 pontos de atendimento, gerando mais de 45 mil empregos diretos. São quatro grandes sistemas verticalizados em três níveis – Sicoob, Sicred, Unicred e Confesol -, além da Confebrás e das centrais e singulares não filiadas. Hoje, o setor movimenta cerca de R$ 110 bilhões de ativos e R$ 50 bilhões em depósitos. Em comparação a 2008, por exemplo, houve um crescimento superior a 100%, em média, dos dois indicadores.

Por mais que os números sejam estimulantes e as previsões entusiasmadas, o total de associados ao cooperativismo de crédito representa pouco mais de 5% da população economicamente ativa do País, o que leva todos os que atuam diretamente no setor a afirmar que a participação do setor nas operações de crédito ainda está aquém do potencial para o sistema e, portanto, ainda há muito espaço para expansão do segmento.

Regulamentação e conquistas

O ramo é supervisionado e regulado pelo Banco Central do Brasil, basicamente pela Lei Complementar 130, de 2009, que segue o modelo dos países onde o cooperativismo alcançou altos níveis de participação no sistema financeiro e de estabilidade institucional. Essa instituição, em diálogo contínuo com o setor, busca aperfeiçoamento da regulamentação, em um ambiente de colaboração norteado por um duplo objetivo: induzir à elevação da qualidade da gestão das cooperativas de crédito mediante imposição de maiores exigências no tocante ao planejamento e à gestão; e abrir cada vez mais possibilidades de prestação de serviços, diversificar e aumentar o tamanho dos quadros sociais, aumentar áreas geográficas de atuação, flexibilizar exigências de supervisão etc.

Em 2003, aconteceu a regulamentação das cooperativas de livre admissão, em termos de organização e difusão do cooperativismo de crédito, colocando o Brasil no caminho trilhado há algum tempo pelos países de economia e nível educacional mais avançado, com os EUA, Canadá e os principais países da Europa. O modelo preconiza a formação de sistemas estruturados em níveis, com especialização de funções operacionais, planejamento, gestão e controle, compostos por singulares, centrais, confederações e eventualmente, bancos cooperativos e outras entidades e empresas de prestação de serviços complementares ao sistema e aos associados. Nos aspectos operacionais e institucionais específicos regulados pelas normas, as soluções são sempre estudadas a partir do cenário legal e institucional existente no País.

A Resolução nº 3.859, de 2010, é a alteração mais recente instituída pelo Banco Central. Na prática, estabeleceu condições que permitem a criação de cooperativas segmentadas com quadro social de quaisquer origens e delimitações sociais, inclusive com diversos segmentos compondo o mesmo quadro. Também suprimiu os limites de população e a continuidade geográfica para as áreas de atuação das cooperativas de livre admissão, bem como os entraves à sua atuação em regiões metropolitanas.

A criação do Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop) em 2014 se constitui conquista importante. Com início da operacionalização em abril, funciona como agente de proteção às operações realizadas junto aos sistemas financeiros cooperativistas.??O FGCoop é uma associação civil sem fins lucrativos, com personalidade jurídica própria, de direito privado, de abrangência nacional, tendo como associadas todas as cooperativas singulares de crédito e os dois bancos cooperativos a saber: Bancoob e Bansicredi. Além disso, também constituem o FGCoop, as instituições que compõem o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo.

Fonte: Mundocoop

Globo Rural ressalta avaliacão do Sistema OCB sobre o 1º turno das eleicões

“Metade da produção brasileira de alimentos passa por uma cooperativa”. Com esse título, o portal do Globo Rural destacou em sua edição de ontem que “o ramo agropecuário congrega grandes, médios e pequenos produtores rurais, responsáveis por aproximadamente 48% da safra brasileira de grão, com destaque para 57% de soja e 48% de café.”

A reportagem ressalta, ainda, a avaliação do Sistema OCB em relação ao primeiro turno das eleições. Para isso, a reportagem do Globo Rural ouviu o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas. Para ler o texto, clique aqui.

Fonte: OCB

Divulgada programacão oficial do III EBPC
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Divulgada programacão oficial do III EBPC

O Sistema OCB divulgou hoje a programação oficial do III Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismo (EBPC), a ser realizado entre os dias 20 e 22 de outubro, na Universidade Federal do Tocantins, em Palmas. O tema desta terceira edição é “Cooperativismo como Modelo de Negócios: as cooperativas conquistam desenvolvimento sustentável para todos”.

De acordo com a organização, mais de 200 pessoas, entre autores, professores da rede, palestrantes, convidados e participantes em geral já confirmaram a participação.

As atividades começam no dia 20/10, a partir das 13h, mas abertura do evento será realizada às 19h, e contará com a presença do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, do presidente do Sistema OCB/TO, Ricardo Khouri, do reitor da Universidade Federal do Tocantins, Márcio da Silveira, e do coordenador científico do III EBPC, Airton Cardoso Cançado.

OBJETIVO – O Sistema OCB visa a aproximar a área acadêmica da real necessidade das cooperativas, propondo debates fundamentados em pontos definidos pela Aliança Cooperativa Internacional (ACI) como essenciais ao desenvolvimento do setor e à sua consolidação nos próximos 10 anos, na chamada “Década do Cooperativismo”.

MAGNA – O diretor do Instituto de Pesquisa e Educação para Cooperativas da Universidade de Sherbrooke, localizada na cidade de Quebec, no Canadá, Claude-Andre Guillotte fará a palestra magna com o tema central “Cooperativismo como Modelo de Negócios: as cooperativas conquistam desenvolvimento sustentável para todos”.

MESAS REDONDAS – Além de diversas outras atividades, o encontro contará, ainda, com duas mesas redondas. A primeira delas – Quadro Legal versus Capital (alocação de capital IFRS) – terá como coordenador o professor da Universidade de São Paulo (USP), Davi de Moura Costa.

Participação, Identidade e Sustentabilidade serão os temas da segunda mesa redonda, cuja coordenação ficará a cargo do professor da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Airton Cardoso Cançado.

Fonte: OCB

Reencontro de um cooperativista

Quando o agricultor Juventil Brignoni trocou as terras paranaenses pelas do Mato Grosso do Sul não imaginava que um dia pudesse reencontrar a cooperativa que viu nascer. Ele participou dos primeiros anos da Coamo em Campo Mourão (Centro-Oeste do Paraná) e, 36 anos depois, voltou a revê-la, em Dourados (Sudoeste do MS).

Presente há dez anos no MS, a Coamo se instalou em Dourados no ano passado e logo que chegou já foi procurada pelo ‘seo’ Juventil, que voltou a fazer parte do quadro social da cooperativa. Um outro fato foi que ele reativou a mesma matrícula de quando movimentava em Campo Mourão.

Atualmente ele cultiva, em parceria com quatro filhos, um total de 744 alqueires (1,8 mil hectares), sendo 500 próprios e o restante arrendado. “No início ficamos até surpresos em ter a Coamo por perto. Sabíamos que ela estava em outros municípios da região, mas ficava inviável a movimentação. Já em Dourados, fica bem mais fácil”, comenta o cooperado.

De acordo com ele, a vantagem de se trabalhar com a Coamo é a disponibilidade de todos os insumos, maquinários e peças que os agricultores precisam para trabalhar. “Sem falar da assistência que recebemos, seja técnica ou administrativa. Quem acredita na Coamo, e eu acredito, sabe dos benefícios que é ser cooperado”, comenta.

A mudança do Paraná pelo Mato Grosso do Sul, segundo o cooperado, foi por acreditar que teria mais chance de progredir, e foi o que aconteceu. Ele lembra que naquela época os desafios eram grandes, pois a região do MS estava começando um novo ciclo de desenvolvimento da agricultura. “A oportunidade que tínhamos de ampliar a área era mudar do Paraná. Aos poucos os desafios foram sendo superados e hoje estamos bem. Valeu a pena ter acreditado no Mato Grosso do Sul. Foi uma aposta que deu certo.”

O cooperado diz ainda que o cenário atual é bem diferente do início. “Quando chegamos do Paraná plantávamos uma área pequena, com maquinários limitados e produção baixa. Com muito trabalho e união de toda a família fomos evoluindo e hoje temos toda a estrutura necessária para trabalhar e com produções dentro do que se colhe no Mato Grosso do Sul.”

MILHO SAFRINHA – A colheita do milho safrinha já está finalizada e o cooperado fechou com uma média de 206 sacas por alqueire (85 por hectare) o que, segundo ele, é uma boa produtividade. “O preço é que poderia estar melhor, mas como a média está sendo boa acaba compensando”, diz ‘seo’ Juventil. A partir de agora, o trabalho será em plantar a soja e torcer para que o cenário seja diferente da safra passada. “Tivemos problemas com falta de chuva. Dava até desespero o quanto esperávamos pela chuva que não veio. Fechamos uma média de 20 sacas por hectare (49 po alqueire) e esperamos que isso não ocorra nunca mais”, observa o cooperado.

O engenheiro agrônomo, Alfredo Lucas Becher Ribas, do Departamento Técnico da Coamo em Dourados, comenta que são vários os casos como o do ‘seo’ Juventil, de cooperados que movimentavam com a cooperativa no Paraná e que a reencontraram no Mato Grosso do Sul. “São agricultores que conhecem a filosofia do cooperativismo e os benefícios proporcionados pela Coamo. Esse trabalho de parceria e confiança tem ajudado a difundir a Coamo no Mato Grosso do Sul”, salienta.

Fonte: Coamo

Dia Internacional do Cooperativismo de Crédito
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Dia Internacional do Cooperativismo de Crédito

Celebrado sempre na terceira quinta-feira de outubro desde 1948, em todo o mundo, o Dia Internacional de Cooperativismo de Crédito (DICC) relembra a história, a atuação e as conquistas obtidas pelas instituições financeiras cooperativas. A intenção é reconhecer e destacar o papel desempenhado pelo setor, homenageando aqueles que se dedicam a um modelo de negócios diferenciado – os próprios associados –, assim como quem trabalha nas cooperativas, contribuindo para inclusão financeira de milhões de pessoas.

A cada ano, a data, promovida pelo Conselho Mundial das Cooperativas de Crédito (WOCCU – sigla em inglês para World Council of Credit Unions), se apresenta como uma oportunidade para divulgar o trabalho desenvolvido por essas entidades, aumentando, assim, a conscientização sobre sua importância – tanto econômica como social – e, consequentemente, o apoio ao movimento cooperativo.

Desta vez, o DICC será comemorado no dia 16 de outubro próximo, com o tema Serviço local, bem global, o qual foi idealizado para enfatizar o impacto positivo das cooperativas de crédito em escala mundial. “O DICC foi criado para reconhecer a base forte dessas cooperativas em suas comunidades, tanto em nível local quanto global”,

afirma Brian Branch, presidente e CEO do WOCCU. “O tema deste ano premia o modelo do cooperativismo de crédito, ao chamar atenção para as atividades realizadas pelas cooperativas, inclusive de voluntariado, na esfera local, nacional ou internacional”, acrescenta.

No Brasil, por exemplo, o cooperativismo é responsável pela inclusão financeira de 6,5 milhões de pessoas. “Nossas cooperativas oferecem aos seus associados produtos e serviços financeiros de boa qualidade, como pede o mercado, com o diferencial de um atendimento personalizado, no qual a educação financeira é destacada constantemente. A ideia é orientá-los ao melhor uso do dinheiro, com consumo e investimento de forma consciente. As cooperativas levam desenvolvimento não só aos seus associados diretos, mas às regiões onde estão presentes”, ressalta Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB.

Além de aumentar a divulgação do modo como atuam das cooperativas financeiras, a data também tem como objetivo estimular uma participação cada vez mais ativa dos associados nas atividades das cooperativas. No dia 16 de outubro, 57 mil cooperativas do ramo, presentes em 103 países e com mais de 200 milhões de cooperados, comemoram o momento com eventos, concursos e homenagens.

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