Conferência Nacional reunirá representantes do setor lácteo brasileiro

Representantes da cadeia produtiva do leite participam, de 6 a 8 de novembro, da 1ª Conferência Nacional do Leite, em Brasília (DF). O setor lácteo brasileiro agrega mais de 1,3 milhão de produtores e movimenta R$ 50 bilhões por ano e, segundo dados do IBGE, 40% de toda a produção nacional passa por cooperativas.

O evento tem como objetivo acompanhar, avaliar e propor medidas para a produção de leite no mercado nacional, além de fomentar a criação de um marco regulatório para o setor – o Conselho Nacional do Leite. A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), entidade gestora do recém-aprovado projeto setorial da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) – para internacionalização dos produtos lácteos brasileiros – sediará uma das oficinas de discussão previstas na programação. Segundo o analista de Ramos e Mercados da OCB, Gustavo Beduschi, a finalidade das oficinas é fazer com que cada grupo relacione os pontos principais a serem trabalhados nas suas respectivas áreas para posterior apresentação no Congresso Nacional.

A expectativa do relator da Subcomissão do Leite na Câmara dos Deputados, Alceu Moreira (RS), é que o encontro seja o embrião do Conselho Nacional do Leite, um órgão de caráter permanente, que, em parceria com todos os elos da cadeia produtiva da bovinocultura de leite, será responsável por alinhar as diretrizes do setor no país, desde a produção até a comercialização. "A cadeia produtiva do leite precisa assegurar ao produtor o direito à sustentabilidade. Quem entra no setor precisa de pelo menos uns 20 anos para se estabelecer. A vaca é uma usina em cima de quatro patas, que leva cerca de seis anos para atingir o auge. Então, o produtor não pode pairar sobre um gráfico vulnerável onde um dia produzir é bom e no outro não", avalia o parlamentar.

Entre os temas a serem abordados na Conferência estão: sanidade animal, vigilância sanitária, custo de produção, pesquisa, assistência técnica e extensão, políticas de crédito, infraestrutura e logística, tributação, legislação, fiscalização, proteção de mercado e estratégias para promoção comercial. Os workshops serão realizados em datas e locais distintos. No dia 6/11, o grupo Cooperativa e Indústria se reúne na sede da OCB. Nesse mesmo dia, o grupo Produtores e Trabalhadores estará concentrado na sede da CNA, enquanto a equipe Pesquisa se reúne na sede Embrapa.

No dia 7/11, todos os grupos se reúnem, na Embrapa, para consolidação das propostas a serem apresentadas no dia seguinte (8/11), na Câmara dos Deputados (no auditório Nereu Ramos), aos ministros da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, e do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas.
(Com informações - assessoria deputado Alceu Moreira)

 

Cooperativistas tracam perspectivas para o ramo crédito

Representantes dos quatro sistemas organizados do cooperativismo de crédito brasileiro falaram hoje (30/10) sobre os principais desafios do segmento para os próximos anos. A meta é trabalhar para o fortalecimento do setor, com um foco em um desafio comum bem definido: ultrapassar a barreira dos dois dígitos de participação de mercado no Sistema Financeiro Nacional (SFN). As perspectivas foram apresentadas durante o IV Fórum Banco Central de Inclusão Financeira, em Porto Alegre (RS).

Para o diretor de Fiscalização do Banco Central, Anthero Meirelles, investir nos grandes centros urbanos deve estar entre as metas das cooperativas de crédito. “Não menos importante é preservar os princípios cooperativistas, mantendo os associados cientes do seu papel. São estes os diferenciais do negócio cooperativo”, destacou.

O coordenador do Conselho Consultivo de Crédito da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e presidente da Sicoob Confederação, José Salvino, concorda e acrescenta: “temos uma margem muito grande para crescer, uma média de três mil municípios brasileiros onde não estamos presentes. Ampliar a base cooperativista nas regiões metropolitanas é outro objetivo do movimento, assim como consolidar uma postura sistêmica. A criação do Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop) é uma prova de que estamos caminhando nessa direção”.

TECNOLOGIA
A unificação da tecnologia da informação das confederações de crédito foi um dos pontos centrais da palestra de José Luís Barreto, diretor administrativo da Confederação Nacional das Cooperativas Centrais Unicreds (Unicred do Brasil). “Agindo dessa maneira, padronizaremos os sistemas e ganharemos, consequentemente, mais competitividade”, argumentou. A medida também amplia a eficiência do sistema e reduz custos, que passam a ser divididos pelos três principais players do setor: Sicoob, Sicredi e Unicred.

Segundo Manfred Dasenbrock, presidente da Confederação do Sistema de Crédito Cooperativo (Sicredi), o cenário econômico está favorável ao setor. “A partir de um trabalho conjunto entre o Banco Central, a OCB e o Conselho Consultivo de Crédito da OCB (Ceco), já conquistamos vitórias importantes, como a aprovação da Lei Complementar 130/2009. Temos avançado em outros pontos fundamentais como a adoção de novos mecanismos de governança e o acesso às atividades promovidas pelo Sescoop, de formação profissional”, ressaltou. “Para alcançarmos os dois dígitos em ativos financeiros, é preciso que cada cooperativa coloque esse desafio em suas estratégias. Precisamos manter o ser cooperativo e o sermos competitivos no mercado”.

COGESTÃO
Com foco nas cooperativas da economia solidária, o presidente da Confederação Nacional das Cooperativas Centrais de Crédito Rural com Interação Solidária (Confesol), José Paulo Crisóstomo, defendeu uma aproximação ainda maior com os cooperados. “Temos que estar sempre atentos e adequar os produtos e serviços às necessidades dos associados. Além disso, pretendemos ampliar nossa atuação e investir em um regime de cogestão. Há um ambiente favorável para isso. Contamos com o apoio dos órgãos federais e políticas públicas interessantes”, comentou, referindo-se ao modelo solidário.

Fonte: OCB

 

Banco Central lanca moeda comemorativa em homenagem ao Ano Internacional das Cooperativas

Banco Central lanca moeda comemorativa em homenagem ao Ano Internacional das Cooperativas

Cunhada em prata e com valor de face de R$ 5, a moeda traz no anverso a logomarca oficial do evento, além da legenda “Ano Internacional das Cooperativas”. No reverso, destaca-se uma ilustração do globo terrestre sustentado por três pares de mãos, em alusão ao trabalho cooperativo. O slogan oficial do evento “Cooperativas constroem um mundo melhor” e a legenda “Brasil” completam a composição.

Ao instituir o ano de 2012 como Ano Internacional das Cooperativas, a Organização das Nações Unidas visa promover o cooperativismo como instrumento de desenvolvimento socioeconômico e redução da pobreza. No Brasil, existem hoje 6.586 cooperativas e aproximadamente dez milhões de cooperados, em 13 diferentes ramos de atuação. O lançamento da moeda comemorativa em homenagem ao Ano Internacional das Cooperativas é um reconhecimento da importância da iniciativa da ONU e também uma forma de contribuir para ampliar a visibilidade e a conscientização a respeito dos benefícios do cooperativismo.

O Presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, agradeceu ao Presidente do BACEN, Alexandre Tombini, pelo avanço no relacionamento entre o BACEN e a Cooperativismo, citando como exemplo destes avanços o Fundo Garantidor Único e o Balancete Combinado, ambos anunciados nesta oportunidade. Segundo Freitas, o Ano Internacional das Cooperativas é um reconhecimento da ONU pela atuação que as cooperativas tiveram durante a crise de 2008, atuando como mitigadores dos efeitos da crise, demonstrando a responsabilidade que as cooperativas tem com seus associados. Segundo ele, “sabemos dos grandes diferenciais do cooperativismo, mas falamos pouco deles”. Freitas concluiu dizendo que o lançamento da moeda comemorativa é um marco do avanço do cooperativismo de crédito brasileiro na busca dos dois dígitos de participação do mercado.
CARACTERÍSTICAS:

Valor de face: 5 reais Material: prata 999/1000 Diâmetro: 40 mm Peso: 28 g Bordo: serrilhado Acabamento: proof Tiragem inicial: 3,5 mil moedas Tiragem máxima: 10 mil moedas
COMO ADQUIRIR A MOEDA

Quanto custará a moeda?
A moeda comemorativa custará R$ 180,00.

O pagamento pode ser feito com cheque ou cartão?
Não. O pagamento deverá ser em dinheiro.

Onde comprar?
A moeda poderá ser adquirida no IV Fórum Banco Central de Inclusão Financeira e a partir do dia 30/10 nos guichês de atendimento do departamento do Meio Circulante (veja abaixo a lista com os endereços dos prédios das regionais do BC e os horários de funcionamento).

É possível comprar a moeda comemorativa pela internet?
Sim, por meio do sítio do Banco do Brasil, no endereço http://www.bb.com.br/. Neste caso, a moeda poderá ser comprada com débito em conta (para os correntistas do BB) ou com boleto bancário. Não será aceito cartão de crédito.
Regionais do BC
Belém (PA) – Boulevard Castilhos França, 708. Telefone: (91) 3181-2099 Belo Horizonte (MG) – Av. Álvares Cabral, 1605. Telefone: (31) 3253-7054 Brasília (DF) – SBS, quadra 3, bloco B, 2.º subsolo. Telefone: (61) 3414-2254 Curitiba (PR) – Rua Cândido de Abreu, 344. Telefone: (41) 3281-3210 Fortaleza (CE) – Av. Heráclito Graça, 273. Telefone: (85) 3308-5470 Porto Alegre (RS) – Av. Alberto Bins, 348. Telefone: (51) 3215-7382 Recife (PE) – Rua da Aurora, 1259. Telefone: (81) 2125-4229 Rio de Janeiro (RJ) – Av. Rio Branco, 30. Telefone: (21) 2189-6281 Salvador (BA) – Av. da França, s/nº – anexo B do Banco do Brasil. Telefone: (71) 2109-4750 São Paulo (SP) – Av. Paulista, 1804. Telefone: (11) 3491-6557

Fonte: Banco Central do Brasil em 30/10/2012

MS tem quatro projetos concorrendo ao Prêmio Cooperativa do Ano

MS tem quatro projetos concorrendo ao Prêmio Cooperativa do Ano

Na oitava edição, a premiação apresentou um formato diferenciado. Este ano, foram 212 projetos inscritos, de 138 cooperativas, espalhadas por 20 estados brasileiros. Mato Grosso do Sul é o estado com mais projetos da região Centro-Oeste, são quatro no total. Para o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, as mudanças aprimoraram o processo. “Foi possível perceber um aumento significativo no número de projetos inscritos e de estados participantes. Isso demonstra, sem dúvida, que as nossas cooperativas constroem um mundo melhor e querem mostrar isso à sociedade”, ressaltou.

Os participantes puderam se inscrever em sete categorias distintas, independente do ramo ou porte. São elas: Desenvolvimento Sustentável; Cooperativa Cidadã; Comunicação e Difusão do Cooperativismo; Fidelização; Benefícios; Atendimento; e Inovação e Tecnologia. Agora, chegou a vez da Comissão Julgadora, formada por 16 membros, avaliar os trabalhos inscritos. Durante toda a semana, analistas da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), além de consultores, estarão reunidos na sede do Sistema OCB.

Os resultados da etapa estadual serão divulgados entre os dias 5 e 9/11. Já os vencedores nacionais (1º, 2º e 3º lugares) serão conhecidos na solenidade de entrega do Prêmio Cooperativa do Ano, em Brasília (DF), no dia 20 de novembro.

CMN aprova resolucão que aprimora o conceito das operacões de microcrédito

O Conselho Monetário Nacional (CMN), órgão vinculado ao Banco Central do Brasil (BC), aprovou nesta quarta-feira (31/10) a Resolução nº 4.152, que disciplina as operações de microcrédito por parte das instituições que especifica.

Pela nova norma, passarão a ser classificadas como microcrédito as operações com as seguintes características: feitas com empreendedor urbano ou rural, seja ele pessoa física ou jurídica, por meio do uso de qualquer fonte de recursos; realizadas aplicando-se metodologia específica e equipe especializada que acompanha a operação no local onde a atividade econômica do tomador do empréstimo é realizada, o que garante maior probabilidade de sucesso para a operação; e limitadas a um valor total de endividamento do tomador de recursos do microcrédito que será de até três vezes o valor do Produto Interno Bruto (PIB) per capita do ano anterior ao da contratação do empréstimo. Por esta metodologia, o limite atual é de R$ 67.750,00. Como estabelecido pela legislação em vigor, as operações de microcrédito continuam abrangendo as de microcrédito produtivo orientado.

Estabelecido pela Resolução 4.000, de 25 de agosto de 2011, o conceito anterior de microcrédito era genérico e estava atrelado às operações feitas para o cumprimento de direcionamento obrigatório de recursos. Esta definição dificultava o acompanhamento do microcrédito realizado com recursos próprios ou com outras fontes de financiamento. O novo conceito permite ampliar o conhecimento sobre o mercado de microcrédito, incentivar a realização de operações inspiradas nas melhores práticas internacionais, bem como aprimorar a regulamentação, o monitoramento e a fiscalização dessas operações.

O CMN também aprovou resolução que altera regras relacionadas a operações de crédito destinadas à população de baixa renda e a microempreendedores. O limite do teto de saldo devedor dos microempreendores beneficiados por essas operações foi alterado com a norma e aumenta de R$ 20 mil para R$ 40 mil. A resolução do CMN permite que as captações de recursos do direcionamento das cooperativas de crédito e das sociedades de crédito ao microempreendedor e à empresa de pequeno porte possam ser feitas diretamente por meio da concessão de uma operação de crédito de instituições bancárias. Outra mudança é que, a partir de julho de 2013, as operações com atraso de sessenta dias ou mais não poderão mais ser computadas para o cumprimento da exigibilidade de aplicação nessas operações.
(Fonte: BC)

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