“Este prêmio é de todos nós”

A letra da música Imagine, de John Lennon, fechou o discurso do embaixador especial do cooperativismo da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), Roberto Rodrigues, na cerimônia de entrega do prêmio “Pioneiros de Rochdale”. Emocionado, nosso representante destacou o poder agregador e desenvolvimentista do cooperativismo. “Nosso movimento deve ser o grande responsável pela deflagração de uma onda mundial na direção do bem estar de cada pessoa. Por trás desta ideia está uma constatação singela: não posso ser feliz se meu vizinho for infeliz”.

Confira, a seguir, a íntegra do discurso de Rodrigues.


(Em inglês)
Senhora Paulina Green, presidente da ACI
Senhor José Graziano da Silva, DG da FAO
Senhores cooperativistas do mundo todo

Senhoras e senhores,

Antes de fazer este pronunciamento em inglês que trouxe escrito para evitar emoção maior, permitam-me dirigir algumas palavras em português a estes bravos brasileiros que nos acompanham neste evento, liderados pelo Presidente da OCB, Márcio de Freitas, e acompanhados pelo Conselheiro da ACI Américo Utumi.

(Em português)
Meus amigos,

Este prêmio é de todos nós, os brasileiros do movimento cooperativo, porque tudo o que fiz ao longo da vida neste setor foi junto com vocês todos, para vocês todos e por vocês todos. Por isso, agradeço muito feliz, recebê-lo em nome de vocês todos, na sua presença aqui em Manchester, em evento com 10 mil cooperativistas de todo o mundo. Muito obrigado!

(Em inglês)
Agradeço, profundamente honrado, o maravilhoso prêmio que recebo da ACI nesta Manchester tão próxima da semente de Rochdale, base do gigantesco movimento democrático que é o cooperativismo. Quando, há 40 anos, assumi a liderança de uma pequena cooperativa de agricultores em dificuldades no interior de meu país, e logo depois fundei uma cooperativa de crédito rural para ajudar o setor, não conhecia a ACI e nem tinha a exata noção do extraordinário poder agregador das cooperativas. Mas os resultados do trabalho naquele rincão sofrido me mostraram as características quase mágicas desta doutrina e de sua aplicação na vida real, e me fizeram mergulhar profundamente no tema. Acabei criando e assumindo uma cadeira de cooperativismo em uma Faculdade de Ciências Agrárias da Universidade pública do Estado de São Paulo onde, por mais de 35 anos, formei gerações de cooperativistas que, como eu, se encantaram com a filosofia da cooperação.

E, galgando os sucessivos degraus da escalada institucional do movimento, tive a felicidade de conhecer 81 países das mais diversas culturas e regimes de governo, compreendendo então o vigor da atuação das cooperativas em favor das pessoas comuns. E é sobre este ponto que gostaria de fazer meu pronunciamento.

Acadêmicos do mundo todo já reconhecem que o PIB não é o índice mais adequado para medir o desenvolvimento de uma nação, seja porque não considera questões sociais, seja porque, tomado pelas médias, não representa a realidade dos indivíduos.

É preciso encontrar uma nova medida para exprimir o que realmente importa, e que é o bem estar dos cidadãos de qualquer localidade, e isso incorpora tanto a vertente econômica quanto a social, consideradas as condições de trabalho, saúde, educação, moradia, cultura, lazer, a coesão social, a liberdade de expressão, justiça, segurança, oferta de alimentos, meio ambiente e todas estas variáveis do dia a dia de cada um. Mais que o PIB médio, vale o bem estar individual e coletivo.

Por outro lado, verifica-se uma escassez de líderes mundiais capazes de definir rumos planetários. Desde que a globalização da economia se tornou realidade, o drive mundial passou a ser financeiro, sem ideologia, sem religião e sem nacionalidade: isso tem nos levado a sucessivas crises financeiras que destroem países e trazem insegurança e, portanto infelicidade a sociedades inteiras. O mundo está sem rumo, sem líderes, sem direção.

Como então compatibilizar a necessidade de um novo indexador lastreado no bem estar das populações para encontrar este rumo indispensável para a paz universal sem lideranças capazes de nos conduzir a isso?
Está chegada a hora de um movimento de grande expressão assumir este papel. Um movimento baseado em valores e princípios que coloquem o ser humano no centro das atenções e das políticas públicas. Um movimento mitigador da concentração da riqueza e da exclusão social. Um movimento gigantesco que esteja presente em todos os países do mundo, neutro em relação a religião, ideologia, raça e gênero. E esse movimento só pode ser um: o cooperativismo. Temos, desde 1995, em um congresso realizado aqui mesmo em Manchester, o sétimo princípio da cooperação, o da preocupação com a comunidade. Ele nos dá a direção desta assunção de novas responsabilidades históricas e globais: construir o bem estar coletivo com as ações cooperativistas.

Esta deve ser a missão do cooperativismo a partir deste ano internacional das cooperativas: seguindo o pensamento da ACI de que 2012 não é um ponto de chegada e sim um ponto de partida, e com o ideal de construir um mundo melhor, nosso movimento deve ser o grande responsável pela deflagração de uma onda mundial na direção do bem estar de cada pessoa. Por trás desta ideia está uma constatação singela: “não posso ser feliz se meu vizinho for infeliz”.

Para alcançar este objetivo, as cooperativas precisam valorizar mais o princípio da intercooperação e trabalhar como rede, integrando ações em todos os continentes. Nossos 1 bilhão de cooperados serão, cada um, arautos desta nova visão, desta nova e verdadeira medida de desenvolvimento harmonioso, o bem estar.

E então, estaremos, de fato, dando uma resposta à ONU pela homenagem que ela nos presta em 2012. Mas, muito mais do que isso, estaremos organizando o caminho para que o movimento cooperativo internacional receba uma homenagem que já merece há muito tempo: o prêmio Nobel da Paz.

(cantando)
You may say,
I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope some day
You'll join us
And the world will live as one

Fonte: OCB

Mapa autoriza industrializacão de leite orgânico

A Rede de Cooperativas Ascooper lançará durante a Mercoláctea 2012, no período de 08 a 11 de novembro, no Parque de Exposições Tancredo de Almeida Neves em Chapecó (SC), o leite orgânico ECOLAT. Trata-se do primeiro registro de industrialização do produto autorizado pelo Ministério da Agricultura.

O coordenador do núcleo Noroeste catarinense de agroecologia, Eliandro Comin, ressalta que serão produzidos cerca de 90 mil litros de leite certificados por mês. Com qualidade nutricional garantida, livre de resíduos de agrotóxicos, sustentável, economicamente viável e ambientalmente correto, o leite orgânico teve o suporte do Sebrae/SC através do Arranjo Produtivo Local (APL) de Leite e Derivados do Oeste Catarinense. “O trabalho do Sebrae teve foco para a elaboração de Estudos de Viabilidade Técnica e Econômica (EVTE) para indústria e para a fábrica de rações, além de diagnósticos e consultorias de preparação, cadastro para cumprimento dos requisitos de certificação dos produtores e orientações técnicas”, destaca o coordenador regional oeste do Sebrae/SC, Enio Albérto Parmeggiani.

Tudo começou quando os trabalhos feitos por meio do pastoreio Voisin por produtores de Novo Horizonte, associados a Cooperal, e Formosa do Sul, associados a Cooperforsul, resultaram na produção de leite com características muito próximas ao sistema orgânico de produção, o que motivou a formação do grupo de agricultores “Leite Orgânico” para atender as normas de certificação participativa REDE ECOVIDA. A Cooperativa de Crédito Cressol, vinculada aos municípios de abrangência do projeto asseguraram o apoio financeiro para os serviços de assistência técnica e o Sebrae elaborou os Estudos de Viabilidade Técnica e Econômica.

A implantação de inúmeras propriedades familiares, com produção de leite pelo sistema Voisin foi viabilizada por meio de uma parceria entre Rede Ascooper, Núcleo Pastoreio Racional Voisin (UFSC), LETA (UFSC), EPAGRI, CESAP, Secretaria de Agricultura, Sebrae/SC, Instituto Saga, MAPA, MDA, Rede Ecovida de Certificação Participativa, Cooperoeste Terra Viva, Ideia em Ação, Milk Suck, e prefeituras da região oeste catarinense. A industrialização será feita pela Coopleite que prestará serviço para a Ascoop. Para permanecer no mercado, sentimos a necessidade de trocarmos a produção em escala para uma produção diferenciada e de grande importância para a saúde do consumidor, o que torna o produto valorizado e competitivo.

PRODUÇÃO

Para produção do leite orgânico, os animais são manejados em piquetes, onde recebem pasto, água, mineralização e sombra, proporcionando o bem-estar dos animais. A adubação das pastagens é feita pelos próprios animais e a sanidade é realizada de modo preventivo com homeopatia, fitoterapia e, em caso de enfermidades, são utilizados procedimentos permitidos pela legislação de produção orgânica. A água, o solo e toda a biodiversidade animal/vegetal são protegidas para o equilíbrio no ambiente produtivo.

Fonte: OCB

MDA e Mapa recebem propostas de melhoria para o setor lácteo brasileiro

"O ponto alta da conferência foi a cumplicidade entre os setores". Com essa frase, o deputado federal Alceu Moreira (RS) resumiu a impressão dos mais de 150 participantes da 1ª Conferência Nacional do Leite, encerrada nesta quinta-feira (8/11), em Brasília (DF). O evento contou com as presenças dos ministros da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, e do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas.

Durante três dias, representantes de todos os setores da cadeia produtiva reuniram-se em oficinas temáticas para elencar pontos de melhoria para o setor. Como resultado, foram sugeridas mais de 100 propostas. As sugestões foram incluídas ao texto final da conferência, redigido pelo deputado Alceu Moreira, que responde pela relatoria da Subcomissão do Leite da Câmara dos Deputados. O relatório ainda será formatado e distribuído para todo o país até o fim do mês.

Ao entregar o documento aos ministros, Moreira reiterou que é preciso dar as condições necessárias para se produzir melhor e com menor custo. Mendes Ribeiro e Pepe Vargas, ao ouvirem as principais reivindicações do setor, foram unânimes ao afirmar: “O país precisa garantir proteção ao produtor e ao produto nacional, mas sem aceitar o protecionismo”.

Alguns dos principais pontos reivindicados abordam, além da proteção comercial, a renovação das cotas para a entrada de leite importado e a necessidade de investimentos em extensão e pesquisa tecnológica. A implementação da IN 62/2011 e recursos para execução de programas sanitários também elencam o rol de pedidos. Por fim, foi sugerida a criação de um sistema de dados unificado e o aproveitamento dos créditos do PIS/COFINS.

Outro resultado obtido com a Conferência foi a sugestão da montagem de um grupo de trabalho interministerial para dar vazão ao relatório. Tanto os ministros quanto representantes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) também acataram de imediato a proposição. Sobre a criação do Conselho Nacional do Leite, órgão que dará voz à cadeia do leite, os participantes decidiram pela indicação imediata dos membros que farão parte de sua composição. “O conselho será o grande responsável por falar pelo setor”, exprimiu Alceu Moreira.
(Fonte: assessoria Dep. Alceu Moreira)

 

BB cria gerência de negócios com cooperativas

 No Ano Internacional das Cooperativas, o Banco do Brasil está criando a Gerência de Negócios com Cooperativas (Genec), vinculada à vice-presidência de Agronegócios e de Micro Empresas, e que centralizará a gestão de clientes, produtos e serviços destinados ao segmento cooperativista. “Em face à crescente importância das cooperativas no desenvolvimento do país, bem como às oportunidades proporcionadas pelo setor, pretende-se expandir os negócios já existentes e fortalecer, ainda mais, o relacionamento com as cooperativas”, afirmou o vice-presidente de Agronegócios do BB, Osmar Dias, em correspondência encaminhada ao sistema cooperativista para comunicar a novidade. O documento também é assinado pelo gerente executivo do banco, Álvaro Schwerz Tosetto.

Ainda de acordo com Osmar Dias, a Genec deve atuar de forma a promover aproximação com as cooperativas no desenvolvimento de soluções, realização de parcerias e apoio a todos os ramos do cooperativismo. “Os atuais canais de atendimento do Banco do Brasil continuam os mesmos, cabendo à nova gerência desenvolver diretrizes para aprimoramento de produtos, serviços e modelos de atendimento”, acrescenta o vice-presidente de Agronegócios do BB.
(Fonte: Sistema Ocepar)

Café Coamo é recertificado pela ABIC

Café Coamo é recertificado pela ABIC

O café Coamo acaba de conquistar a recertificação do selo de qualidade outorgado pela Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC). O programa objetiva agregar valor e ampliar o consumo a partir da melhoria contínua dos cafés, sendo o único, que se tem conhecimento no mundo, para avaliar a qualidade do café torrado e moído. De 500 torrefadoras no Brasil, somente 14% têm essa certificação da entidade, e entre elas a indústria de café da Coamo Agroindustrial Cooperativa.


De acordo com a ABIC, a vantagem da certificação para as indústrias visa focar melhor o negócio, lançar ou reposicionar as marcas de acordo com o perfil de seus consumidores. Para o varejo, é um diferencial importante ofertar cafés certificados e uma garantia no quesito Segurança Alimentar, e para os consumidores, as categorias têm um papel também educativo fazendo com que eles saibam que existem diferenças entre os cafés e, inclusive, produtos para todos os bolsos.


CERTIFICAÇÃO - O gerente Industrial de Alimentos da Coamo, Leornardo Marcello Lucas informa que anualmente a ABIC faz auditoria para a permanência da certificação do selo de qualidade. A avaliação é realizada por uma empresa independente e qualificada pela ABIC. Ela analisa as boas práticas de fabricação, matérias-primas utilizadas, processos de embalagem e expedição, limpeza , higiene, controle de pragas, blendagem, torrefação, moagem e qualidade do grão.


O constante investimento no desenvolvimento tecnológico e a busca por melhorias na produção e qualidade do café são fatores que vem determinando a conquista da recertifição dos cafés Coamo pela ABIC. "Ficamos satisfeitos quando recebemos a visita da equipe de auditores, haja vista os elogios que são manifestados com relação aos nossos equipamentos e processos. Estamos trabalhando firmemente para que a qualidade dos nossos produtos sejam cada vez melhor, para atender os mais diversos consumidores", afirma Leonardo Lucas.


CAFÉ COAMO - Produzido com alta tecnologia, obedecendo aos critérios de BPF - Boas Práticas de Fabricação e APPCC - Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle. É originado da combinação de grãos selecionados, com torra média escura, resultando num café equilibrado, de sabor marcante e aroma intenso. Esse produto preserva o verdadeiro sabor do café, agradando a todos os paladares. É embalado nas versões almofada e a vácuo, em pacotes de 500g e 250g, que garantem a qualidade e aroma por mais tempo. Já o café Coamo Premium está disponível nas versões torrado e moído (embalagens de 500g) e apenas torrado em grãos (pacotes de 1kg e 250g), para que o consumidor possa moer em casa ou em estabelecimentos comerciais.

Fonte: Coamo

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