Cooperativismo destaca papel da juventude no movimento e no país

“Fazer um Brasil melhor, com mais juventude e mais cooperativismo. Este é o nosso objetivo, por isso estamos hoje reunidos, para refletir sobre o papel dos jovens no futuro do movimento e do nosso país”. Assim, o presidente do Sistema OCB/Sescoop, Márcio Lopes de Freitas, deu início ao Seminário “Juventude: o futuro do cooperativismo”, na tarde desta quarta-feira, no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, em Brasília.

Freitas ressaltou que o cooperativismo precisa de inovação e busca isso justamente no espírito empreendedor e ousado das novas gerações. “Nossas cooperativas precisam estar renovadas e aptas a brigar por seu espaço no mercado. Para isso, precisamos permanentemente oxigenar o nosso negócio. E o caminho está no investimento às ações voltadas à juventude”.

O presidente do Sistema OCB/Sescoop também enfatizou a importância do movimento cooperativista como instrumento de desenvolvimento econômico e inclusão social. “Somos organizações de pessoas e, por isso, temos a particularidade de oferecer, de forma simultânea, oportunidades de geração de renda e trabalho, mas, acima de tudo, de inserção na sociedade”.

“Por tudo isso, investimos cada vez mais na juventude brasileira e fazemos isso com a realização de programas direcionados especialmente a esse público. Esse é um trabalho que começa nas escolas, levando a prática da cooperação às crianças, preparando os jovens para o exercício da liderança e o trabalho nas cooperativas”, disse Freitas.

Compondo a mesa de abertura, além do presidente Márcio, estavam: o presidente da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop), deputado Zonta; a senadora Ana Amélia Lemos, representando o senado federal; o deputado Giovani Cherini, como representante da Câmara dos Deputados; o vice-presidente da Frente Parlamentar da Juventude (FPJ), Jhonathan de Jesus, e, também integrante da diretoria da FPJ, a deputada Manuela D´ávila.

Planejamento estratégico do Sescoop está em fase final de alinhamento

Na semana de 18 a 22 de julho, as equipes de planejamento e diretorias das unidades estaduais do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) se reunirão com a diretoria da unidade nacional para apresentar os avanços efetuados na elaboração do planejamento estratégico.

“O objetivo das reuniões é promover o alinhamento dos planejamentos, a fim de ampliar a interação entre os níveis estratégicos da Unidade Nacional e das Unidades Estaduais, para nivelar visões e percepções, e também assegurar a compatibilização e coerência entre as Linhas de Ação da Unidade e as prioridades do Plano Estratégico do Sescoop”, explica a assessora de Gestão Estratégica da instituição, Karla Oliveira.

O planejamento teve seu direcionamento inicial aprovado em agosto de 2010. De lá para cá, passou por diversas fases, dentre elas a de construção de uma metodologia apropriada para aplicação junto às unidades estaduais. “Neste momento, estamos na fase de alinhamento das metas, objetivos e linhas de ação para que o sistema esteja integrado no que diz respeito à atuação estratégica”, comenta Karla.

Segundo a assessora, essa fase servirá para identificar pontos de ajuste necessários antes da validação final pelo Conselho Nacional, que se reunirá no próximo dia 26 em Brasília (DF). Karla Oliveira expõe, ainda, que o objetivo maior de todo o trabalho é “gerar sinergias entre a unidade nacional e as estaduais e promover a aderência das estratégias, culminando em uma visão sistêmica”.

Mais cooperativas terão acesso aos recursos da agricultura familiar

As cooperativas de agricultores familiares terão maior acesso aos recursos para a safra 2011/2012, e esses valores poderão ser acessados por um número maior de associados. Isto porque propostas apresentadas pelo sistema cooperativista ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) foram contempladas no novo Plano Safra da Agricultura Familiar.

O destaque está na Linha de Crédito para Cotas-Partes de Agricultores familiares Cooperativados (Pronaf-Cotas-Partes). Houve flexibilização do enquadramento, ou seja, mais cooperativas serão beneficiadas, especificamente as que têm patrimônio líquido mínimo entre R$ 25 mil e R$ 100 milhões. Antes era de R$ 50 mil a R$ 70 milhões.

Além disso, ainda no Pronaf-Cotas-Partes, o limite individual por beneficiário passou de R$ 5 mil para R$ 10 mil e, para contratação da cooperativa, de R$ 5 milhões para R$ 10 milhões. E mais, no caso de financiamentos destinados a saneamento financeiro, elevou-se para R$ 20 milhões a limitação por cooperativa. o para Cotas-Partes de Agricultores familiares Cooperativados (Pronaf-Cotas-Partes).

No que diz respeito à Linha de Crédito de Investimento para Agregação de Renda à Atividade Rural (Pronaf Agroindústria), outros avanços merecem destaque. Os limites individuais dos cooperados também cresceram, saindo de R$ 20 mil para R$ 30 mil. Houve ainda ampliação do prazo de reembolso de oito para dez anos.

A redução das taxas de juros do Plano Safra 2011/2012, de 4% para 2% ao ano, e o aumento para R$ 130 mil dos financiamentos de investimento também estão entre as principais alterações. O total de recursos foi mantido, fechando em R$ 16 bilhões.

Outros programas sofreram ajustes: Pronaf Mais Alimentos, Pronaf Floresta, Pronaf Agroecologia, Pronaf Eco, Microcrédito Produtivo Rural e Pronaf Semiárido e Jovem.

Segundo Paulo César Dias, analista de Mercados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), a meta é intensificar os trabalhos para que nos próximos anos mais propostas relevantes para o setor sejam incorporadas ao plano.

Plano Safra – Seu objetivo é gerar condições especiais de financiamentos, ampliando a capacidade de investimento e fortalecendo a agricultura familiar. O Plano Safra da Agricultura Familiar 2011/2012 foi anunciado no último dia 1º de julho.

André regulamenta Fundems e repassa R$ 1 milhão para pesquisas agropecuárias

Campo Grande (MS) – O governo do Estado dá mais um incentivo para pesquisas e difusão de tecnologias agropecuárias em Mato Grosso do Sul. Hoje (06) o governador André Puccinelli assinou o decreto que regulamenta o Fundo de Desenvolvimento das Culturas do Milho e da Soja (Fundems) e um convênio para o repasse de R$ 1 milhão que será destinado para a Fundação MS. Deste total, R$ 200 mil serão destinados à Fundação Chapadão. Na ocasião o presidente da OCB/MS, Celso Régis, o diretor do ramo agropecuário, Gervásio Kamitani e o assessor institucional, Sadi Depauli estavam presentes.

 

Os recursos para as pesquisas agropecuárias serão conduzidas pela Fundação MS para Pesquisa e Difusão de Tecnologias Agropecuárias em diferentes regiões do Estado na safra 2011/2012. O objetivo é apoiar a implantação do Programa de Validação e Difusão de Tecnologias à Competitividade e Sustentabilidade dos Sistemas Agrícolas visando a aquisição de insumos (corretivos, fertilizantes, herbicidas, inseticidas e outros) para o plantio e cultivo de 511 hectares na safra de soja e de 387 hectares na safrinha de milho (2012).

 

Durante a assinatura de convênio o governador disse que um Estado só progride quando há produção. “Desejo um bom desempenho a vocês. Nada fica estático porque a ciência evolui e temos que evoluir juntos. Os recursos são para propiciar a produtividade”, ressaltou. O governo do Estado repassou à Fundação MS no ano de 2009, um valor de R$ 600 mil e no ano passado foram mais R$ 600 mil. O objetivo é que o Fundo reverta recursos na ordem de R$ 3 milhões anuais no desenvolvimento das culturas de milho e soja.

 

Conforme a secretária de produção, Tereza Cristina Correa da Costa Dias, o fundo é especifico para a pesquisa no setor de agricultura, para o milho e a soja, além da pecuária que está integrada à agricultura para a recuperação do solo. “Temos mais de 9 milhões de hectares e precisamos recuperar o solo. O fundo vai contribuir para a autonomia da pesquisa e inovação, além de trazer as melhores técnicas, ou seja, a tecnologia aplicada ao campo para que o produtor possa ir para sua fazenda e fazer a recuperação de solo da melhor maneira possível”, salientou.

 

Tereza Cristina disse que para ter uma lavoura sustentável é preciso ter pesquisas. “Temos pesquisas das grandes multinacionais, Embrapa e nossas fundações que terão liberdade para que trabalhe as necessidades do nosso Estado”, concluiu.

 

Recursos

 

Para o presidente da Fundação Chapadão, Adriano Loeff, os recursos de R$ 200 mil serão muito bem empregados porque havia a necessidade de crescimento na região norte do Estado. “A fundação é considerada a base do agricultor da região norte e será importante para nossa pesquisa que é voltada para a necessidade do agricultor. Buscamos mais alternativas de produção, como fertilizantes, produtos químicos, além de pesquisas de culturas diferentes. Essa iniciativa do governo está de parabéns e vai colher bons frutos com isso”, afirmou.

Conforme Adriano Loeff, a ferrugem, entre outros problemas na lavoura ainda existem, e a Fundação vem dando suporte ao produtor rural. “Perde quem não acompanha os trabalhos e relatórios da Fundação que realiza dia de campo em parceria com os produtores e reuniões técnicas que tem garantido a produtividade. Agradecemos a parceria e vamos converter em produção”, garantiu.

 

O presidente da Fundação MS, Luiz Alberto Moraes Novaes defende que é preciso estar apoiado em pesquisas com o papel fundamental das fundações. “Os recursos vão fazer diferença ao longo dos anos. Isto vai gerar novas tecnologias ao produtor rural, ou seja, maior produção do Estado e desenvolvimento. Estamos colocando o Estado na posição de vanguarda”, avaliou. Conforme Luiz Alberto, as pesquisas servem para ajudar o produtor a tomar uma decisão com mais segurança. “Há 22 anos venho plantando soja e perdi 30% da produção por causa das chuvas. A pesquisa é uma ferramenta para fazer gestão sobre estes riscos”, afirmou.

Luiz Alberto Moraes fez questão de agradecer a iniciativa do Estado, em especial a estrutura do sistema Fundems. “É um exemplo a ser admirado e que está à serviço da democracia. É uma atitude que vai perdurar independente de outros governos. Isso é a construção do desenvolvimento de Mato Grosso do Sul”, disse ao governador.

 

Maior lideranca do cooperativismo das Américas prestigia evento em Nova Petrópolis

Nesta sexta-feira (15/7), um momento histórico marcará a capital brasileira do cooperativismo. Diversas lideranças cooperativas, entre elas Ramon Imperial Zuñiga, presidente da Aliança Cooperativa Internacional das Americas, se farão presentes na fundação da Casa Cooperativa de Nova Petrópolis (RS), evento inédito no Brasil. A entidade, que já vinha realizando diversas ações desde março do ano passado, terá sua assembleia de fundação a partir das 16h.

Às 19h, a diretoria, (liderada pelo presidente da Sicredi Pioneira RS, Márcio Port, e pelo presidente da cooperativa Piá, Gilberto Kny) e os conselhos fiscal e executivo serão empossados e, em seguida, o convidado especial Ramon Imperial Zuñiga ministrará a palestra “Cooperativismo nas Américas”, no auditório do Centro de Eventos. A solenidade também contará com a presença de uma comitiva de 70 argentinos da cidade-irmã de Nova Petrópolis, Sunchales, uma das principais incentivadoras deste momento. Toda a comunidade está convidada a participar deste evento gratuito.

Durante a tarde, após a assembleia, haverá um momento especial de apresentação da Cooperativa Escolar Cooebompa, do colégio Bom Pastor, um dos maiores legados apoiados pela Casa Cooperativa. Com esta iniciativa, a entidade acabou incentivando também outros municípios a criarem cooperativas escolares dentro dos colégios, estimulando os jovens a realizarem todo o processo de planejamento, fundação, definição de produto, produção e venda. Os aprendizados dentro de uma cooperativa escolar formam muito mais do que futuros líderes de comunidade, formam cidadãos solidários.

Os principais objetivos da Casa Cooperativa são promover a educação e a cultura do cooperativismo; incentivar a criação e desenvolvimento de cooperativas e associações, através da articulação de redes de cooperação e também estimular o desenvolvimento de lideranças. Esta é a primeira Casa Cooperativa existente no Brasil.

As entidades fundadoras da Casa Cooperativa são: Associação Amstad, Acinp, Ahica, Construcia, Combosul, Piá, Sicredi Pioneira RS, Escola Bom Pastor, Facenp e Prefeitura de Nova Petrópolis.

Para Márcio Port, presidente da Casa Cooperativa de Nova Petrópolis, todos ganham com a oficialização da entidade. “Teremos mais força política, pois saberemos quem são os representantes, e técnica, pois definiremos orçamento e planejamento. Tudo conspira para a aceleração da realização de ações na comunidade”, diz.


SERVIÇO:
Evento: Fundação da Casa Cooperativa de Nova Petrópolis

Data:15/7/2011
- Assembleia a partir das 16h;
- apresentação da Cooperativa escolar Bom Pastor às 17h.
- posse da diretoria e palestra “Cooperativismo nas Americas” a partir das 19h.

Local: Centro de Eventos de Nova Petrópolis (Avenida Padre Afonso Theobald, 1700, B Juriti)

Participam: Além das entidades fundadoras da Casa Cooperativa, participarão do evento o presidente da ACI Américas, Ramon Imperial, e uma comitiva de 70 pessoas de Sunchales.

Convidados: Todas as pessoas que tiverem interesse em participar estão convidadas, mediante confirmação de presença.

Confirme presença pelo site www.capitaldocooperativismo.com.br ou pelo fone (54) 9978-5250. O evento é gratuito!

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