O cooperativismo tem se consolidado como fonte de renda e inserção social a um universo cada vez maior de pessoas. Os indicadores do Sistema OCB confirmam essa tendência. Em 2011, o total de associados às cooperativas ligadas à Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) passou dos 10 milhões, registrando um crescimento de 11% em relação ao ano anterior, quando foram contabilizados cerca de 9 milhões. Seguindo essa mesma linha, também foi observado crescimento no quadro de empregados, que fechou o último período em 296 mil, 9,3% a mais do que em 2010. Os dados fazem parte de um estudo da Gerência de Monitoramento e Desenvolvimento do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop).
O número de cooperativas ficou em 6.586, representando um decréscimo de 1% no comparativo a 2010. Para o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, essa redução mostra um caminho natural, de busca por maior competitividade no mercado. “As cooperativas se juntam, seja por fusão ou incorporação, para ter maior escala e, assim, ganharem mais espaço e ampliarem seus negócios. Em consequência disso, observa-se uma evolução significativa no total de associados e de empregados, ou seja, na força de trabalho”, diz.
Nesse contexto, o ramo crédito se destaca, apresentando o maior contingente de associados, com crescimento de 16% em relação ao ano anterior. Em 2011, o segmento chegou a 4,7 milhões de cooperados. Já em 2010, eram 4 milhões. Em seguida, aparecem os ramos consumo, com 2,7 milhões e 18% de aumento, e agropecuário, chegando próximo de 1 milhão, com 3% de expansão.
Regiões – Quando avaliada a quantidade de cooperativas, a região Sudeste aparece em primeiro lugar, com 2.349 empreendimentos e crescimento de 3% no comparativo ao ano anterior. Em seguida, está o Nordeste, com 1.738 e 1% de aumento. A região Sul aparece em terceiro lugar, com 1.050, mesmo tendo registrado 14% de diminuição no total de sociedades cooperativas no comparativo com 2010.
No tocante à relação de cooperados, o quadro muda um pouco. O Sudeste continua na primeira posição, com 4,7 milhões e 36% de expansão. Nesse caso, a região Sul ocupa o segundo lugar, com praticamente 4 milhões de associados e 15% de aumento. O Centro-Oeste aparece na terceira posição, com 644 mil e 10% de crescimento.
E quanto à geração de empregos diretos, a realidade é outra. A região Sul é a que tem maior quadro de colaboradores – 152 mil e 10% de expansão, e a Sudeste, figura em segundo, com 94 mil e 13% de crescimento. Também nesse item, o Centro-Oeste ocupa a terceira colocação, com 21 mil empregados e 20% de aumento no período.
Estados – O Estado de São Paulo é o que tem mais cooperativas registradas no Sistema OCB - 932. Minas Gerais e Bahia aparecem em seguida, praticamente empatados, com 785 e 783, respectivamente, no ano.
No total de cooperados, destacam-se os estados de São Paulo (3,4 milhões), Rio Grande do Sul (1,9 milhões) e Santa Catarina (1,2 milhões). Já no de empregados, quem lidera é o Paraná (64,9 mil), seguido do Rio Grande do Sul (48,7 mil) e de São Paulo (48,5 mil).
Perspectivas / Brasil - Com base nos dados históricos, é possível fazer, estatisticamente, uma previsão do comportamento desses indicadores para os próximos cinco anos. A estimativa é de que o número de cooperativas registradas no Sistema OCB permaneça estabilizado. Já o total de cooperados, segue uma linha ascendente e constante, prevendo chegar, também até esse ano, a 12 milhões. Seguindo a mesma metodologia, espera-se que o Sistema ofereça, até 2016, 353 mil empregos.
Fonte: OCB
O Presidente do Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras no Mato Grosso do Sul – OCB/MS, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 14, §1, do Estatuto Social, convoca os senhores Presidentes de Cooperativas Singulares, Centrais e Federações filiadas na qualidade de Delegado, a se reunirem em Assembleia Geral Ordinária, no dia 12 de Abril de 2012, no Auditório da Casa do Cooperativismo, na rua Ceará nº 2245 – Vila Célia - Campo Grande/MS, às 07:30 horas, com o comparecimento da maioria dos Delegados, ou às 08:30 horas com a presença de 10 (dez) Delegados, para deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia:
Ordem do dia:
1 – Prestação de contas do Conselho Diretor referente ao exercício de 2011, que compreende:
a)Relatório de Atividades;
b)Balanço Patrimonial;
c)Demonstração de Receitas e Despesas;
d)Parecer do Conselho Fiscal.
2 – Assuntos gerais.
Nota 1: para efeito de “quorum” de instalação e deliberação por dispositivo estatutário, serão consideradas apenas as cooperativas que não estejam irregulares com seu registro e em débito no tocante à Contribuição Cooperativista e Taxa de Manutenção, para atendimento do Artigo 13, parágrafo 2º, cujo número nesta data é de 76 (setenta e seis).
Membros do governo e entidades cooperativistas se reuniram na manhã desta quarta-feira, em Brasília (DF), para discutir o andamento de projetos prioritários para o setor no Congresso Nacional. A reunião aconteceu na Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República e contou com a presença de representantes dos ministérios do Trabalho e Emprego (MTE), da Fazenda (MF), da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Secretaria Geral da Presidência da República, da Casa Civil, da Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários (Unisol), da União Nacional de Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes) e da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).
O objetivo do encontro, segundo a gerente de Relações Institucionais da OCB, Tânia Zanella, foi priorizar alguns projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional que possam ter resultados efetivos ainda no ano de 2012, quando se comemora o Ano Internacional das Cooperativas. “A nossa Agenda Legislativa apresenta uma série de prioridades, no entanto, temos um banco de projetos bem maior. Conseguimos nesse encontro o compromisso do governo em trabalhar juntamente conosco para dar andamento às proposições mais relevantes que tenham consenso entre todo o setor, dentre eles o PL 4622/2004”, relatou.
A gestora se refere ao Projeto de Lei nº 4622/2004, que regulamenta a atividade de cooperativas de trabalho. Na opinião de Tânia, a votação não se dará em curto prazo, mas é ponto certo de se concretizar. “Acreditamos na votação do projeto, pois trata-se de uma matéria para a qual não há dificuldades, a não ser do ponto de vista burocrático, uma vez que várias Medidas Provisórias estão trancando a pauta do Plenário da Câmara dos Deputados desde o início de 2010. No entanto, não existe falta de alinhamento nem de vontade política, nem por parte do governo nem das entidades, a questão é puramente regimental”, explicou.
Fazendo um balanço do encontro, Tânia diz ter se tratado de uma oportunidade ímpar para o setor. “Estar reunido de uma só vez com esse grande leque de órgãos possibilitou uma exposição muito importante para o segmento. O Ano Internacional das Cooperativas chamou essa responsabilidade para o governo, fazendo com que nos procurassem e realmente se colocassem como um ente a mais para somar no esforço de conseguir conquistas para o cooperativismo”, avaliou.
Fonte: OCB
Solicitar apoio na divulgação de políticas de promoção internacional. Esse foi o objetivo da reunião marcada por representantes da Secretaria de Relações Institucionais do Ministério da Agricultura (SRI/Mapa) junto ao presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, realizada na tarde desta quarta-feira, em Brasília (DF). Com o intuito de engajar o sistema cooperativista no processo de promoção internacional, o secretário Célio Porto disse a Freitas que conta com o suporte das cooperativas nessa tarefa.
“O Mapa promove uma série de feiras internacionais onde vários sucessos de produtos brasileiros são apresentados, principalmente agroindustrializados. É de interesse das cooperativas, também, dar publicidade a essa produção, tendo em vista o nível de desenvolvimento tecnológico em que várias se encontram”, explicou o analista de Ramos e Mercados da OCB, Paulo César do Nascimento.
O analista pontua que a relação do Brasil com o mercado no exterior pode e precisa ser aprimorada. “O cenário internacional não quer produto novo, mas sim estabilidade em termos de produção. Os países querem continuidade nas negociações internacionais com o Brasil”. Segundo o técnico, o que acontece muitas vezes é o Brasil ser visto como potencial nicho de mercado, e não manter o produto ou negócio em linha. “Por esse motivo, os representantes do governo estão querendo fazer essa ponte, essa relação, além de já terem percebido que as cooperativas estão muito engajadas nesse sistema, contando com unidades de negocio próprias, com boa gestão, boa elasticidade de oferta”, avaliou.
Fonte: OCB
As empresas cooperativistas passam por um processo de aglutinação, por meio de fusões e aquisições, no Brasil. O movimento é capitaneado pelo setor agropecuário, de acordo com a Organização Brasileira das Cooperativas (OCB). Outra tendência do modelo, no campo, é a industrialização: cooperados paranaenses devem investir R$ 1,1 bilhão em projetos de agroindústria e armazenagem ao longo deste ano.
De um total de R$ 1,3 bilhão, em investimentos previstos para 2012, 85% estão empenhados para a construção de silos, moinhos e frigoríficos, além da execução de compras e ampliações da área industrial, segundo a Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), que reuniu sua assembleia na semana passada e elaborou a estimativa.
"A armazenagem é o grande demandador de investimentos das cooperativas", afirma o gerente do campo técnico-econômico da Ocepar, Flávio Turra. São R$ 486 milhões em aportes que, basicamente, vão para a construção de silos graneleiros, ampliando a capacidade dos armazéns gerais do Paraná para 28,5 milhões de toneladas estáticas - hoje, o estado é capaz de armazenar 27 milhões, a granel.
Com isso, as safras ganham um novo suporte - insuficiente, até então -, a indústria recebe apoio logístico e a segregação de grãos avança, o que importa particularmente para a cultura do trigo, que está chamando a atenção dos cooperados paranaenses.
"Até nos surpreendeu quando fizemos o levantamento, pois o trigo passou a liderar os investimentos", afirma Turra, explicando que os triticultores buscam liquidez financeira por meio do processo de industrialização, ou seja, com a construção de moinhos para transformar o próprio grão em farinha.
Em se tratando de pecuária, os investimentos empenhados somam R$ 275 milhões e envolvem a aquisição de um abatedouro de aves no Município de Ubiratan, a construção de dois frigoríficos em São João e Mandaguari, ampliações de plantas industriais e compra de maquinário.
Dados fornecidos pela Ocepar mostram que, no ano passado, a movimentação do sistema cooperativista paranaense (estimado em R$ 32 bilhões) teve alta de 21%, em comparação ao faturamento obtido em 2010. As 240 cooperativas que integram a organização congregam 745 mil cooperados e geram 65 mil empregos diretos (dos quais 36,2% são mulheres). O impulso no processo de industrialização irá gerar pelo menos cinco mil empregos diretos, garante a Ocepar.
"A evolução do modelo cooperativista no setor rural é bem marcada pelo processo de agroindustrialização, com o qual a cooperativa agrega mais valor a seu produto e atrai mais funcionários", analisa o superintendente da OCB, Renato Nóbile.
Aglutinar-se
Mas este não é, segundo o representante, o único processo pelo qual passam as cooperativas do setor agropecuário, que lideram, com 1.523 empresas, o modelo cooperativista no Brasil.
Uma tendência (já em curso) do mercado da cooperação é o que Nóbile prefere chamar de "aglutinação": a quantidade de cooperativas decresce em todos os setores desde 2008 - quando eram 7.682 -, chegando a 6.586 empresas no ano passado, de acordo com panorama divulgado pela OCB na última semana. O movimento é explicado por fusões e aquisições.
"Nesse processo, o que mais salta aos olhos são as cooperativas agropecuárias, no campo, e as do ramo de crédito, na cidade", analisa Nóbile (Leia mais na página B1). "Essa tendência [da aglutinação] provoca queda do número de cooperativas, mas crescimento do número de cooperados e de empregados", observa.
Em 2008, as cooperativas empregavam 239 mil pessoas no Brasil. Já no ano passado, eram 296 mil trabalhadores. O número de cooperados também cresceu, no mesmo período, de 7,8 mil para mais de dez mil. Entre todos os setores dentro do modelo cooperativista, o agropecuário é o que mais mobiliza mão de obra: 943 mil cooperados e 155,8 mil empregados em atividade em 2011, de acordo com a OCB.
Eficiência, gestão
Para Nóbile, a aglutinação do modelo, por meio de fusões e aquisições, impulsiona a eficiência de gestão, o profissionalismo e a governança das cooperativas. "Ganha-se em escala e redução de custos", diz ele. "A aglutinação sempre foi um tabu, mas tem evoluído muito bem e favorecido as cooperativas", observa, ao pontuar que, no caso dessas empresas, a concentração não deve ter os efeitos negativos do mercado, por assim dizer, concorrencial.
"O modelo cooperativista é bem pulverizado. Por conta disso, a concentração é muito menos prejudicial. O impacto não é o mesmo que causam os grandes conglomerados", garante Nóbile. O representante pontua que "esse processo é ímpar" e lembra que "a ONU [Organização das Nações Unidas] reconheceu 2012 como o ano internacional do cooperativismo".
DCI - Diário do Comércio & Indústria
Autor: bruno cirillo