As entregas de fertilizantes ao consumidor final encerraram o primeiro bimestre de 2012 com 3,590 milhões de toneladas, indicando aumento de 3,8% em relação ao mesmo período de 2011, quando foram entregues 3,460 milhões de toneladas. Os dados são da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda) e foram apresentados na 59ª Reunião da Câmara Temática de Insumos Agropecuários ontem, 19 de março, em Brasília.
Em nutrientes, as entregas de fertilizantes nitrogenados (N) apresentaram evolução de 10,7%, passando de 541 mil toneladas em 2011 para 599 mil toneladas em 2012. O aumento pode ser explicado pela demanda das culturas de cana-de-açúcar, algodão, café, milho safrinha e arroz. No bimestre analisado, o total de nutrientes (NPK) alcançou 1,478 milhão toneladas, ou seja, evolução de 1,3% em relação ao mesmo período de 2011, quando foram entregues 1,459 milhão toneladas.
Os fertilizantes fosfatados registraram aumento de 1,5%, passando de 401 mil toneladas em 2011 para 407 mil toneladas em 2012, com ênfase para as culturas de milho safrinha, algodão e plantio de cana de açúcar. Nos fertilizantes potássicos, foi registrada redução de 8,7%, passando de 517 mil toneladas em 2011 para 472 mil toneladas em 2012.
O Estado do Mato Grosso concentrou o maior volume de entregas no primeiro bimestre de 2012, atingindo 742 mil toneladas, seguido de São Paulo com 568 mil toneladas, Minas Gerais com 497 mil toneladas e Paraná com 458 mil toneladas.
A produção nacional do primeiro bimestre de 2012 foi de 1,462 milhão de toneladas, contra 1,364 milhão de toneladas em 2011, representando aumento de 7,2%. Registraram-se crescimentos de 26,5%, 10,7% e 13,2%, nas produções dos fertilizantes nitrogenados, fosfatados e potássicos, respectivamente.
As importações de fertilizantes intermediários alcançaram 2,038 milhões de toneladas no primeiro bimestre de 2012, acusando redução de 26,8% em relação ao mesmo período de 2011, quando entraram pelos portos brasileiros, 2,738 milhões de toneladas. As reduções observadas foram de 28,3% nos fertilizantes nitrogenados, 14,7% nos fosfatados e 35,1% nos fertilizantes potássicos.
Defensivos - O balanço do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola (Sindag) apontou que o mercado de defensivos cresceu 11% de 2010 para 2011, passando de R$ 12,668 milhões para R$ 14,070 milhões. A projeção teria sido impulsionada principalmente pelas culturas de cana, algodão, café, trigo, soja e milho.
O segmento de herbicidas foi beneficiado pelo crescimento nos mercados de cana, algodão, milho, soja, trigo e pastagem, mas teve baixa nas lavouras de café e feijão.
Os fungicidas se destacaram nos mercados de algodão, trigo, café e soja, com queda para o feijão, batata, tomate, horticultura e fruticultura. Já os Inseticidas foram mais consumidos nos mercados de cana, trigo, algodão, soja, café, batata e tomate, com queda nos mercados de milho e feijão.
Calcário - A produção de calcário no Brasil atingiu 28,774 milhões de toneladas em 2011, contra 24,748 do total de 2010, aumentando 14%. De acordo com projeção da Associação Brasileira dos Produtores de Calcário Agrícola (Abracal), em 2012 a produção deverá chegar a 29,5 milhões de toneladas. Minas Gerais, Paraná e Mato Grosso se destacam como os maiores produtores nacionais.
(Fonte: Mapa)
O Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) deu início nesta quarta-feira (21/3) a mais uma etapa do projeto de implantação da Diretriz Nacional de Monitoramento. Constituído em março de 2011, por ocasião do I Encontro de Monitoramento, o Comitê de Gestão se reuniu pela primeira vez, na sede da instituição, em Brasília (DF). O grupo formado por representantes das unidades estaduais do Sescoop no Pará, Amazonas, Pernambuco, Distrito Federal, São Paulo e Rio Grande do Sul tem como objetivo a construção da metodologia para o Programa de Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas (PDGC), previsto na Diretriz.
Neste primeiro encontro, o Comitê contou com a consultoria da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ). De acordo com a gerente de Monitoramento e Desenvolvimento de Cooperativas, Susan Miyashita Vilela, a intenção é unir o conhecimento dos técnicos do Sescoop sobre cooperativismo com o know how da fundação sobre excelência da gestão, “unindo as experiências para desenvolver um programa que atenda às cooperativas, respeitando suas características e necessidades”.
O prazo para finalização da metodologia é junho deste ano. Daqui até lá, estão previstas mais cinco reuniões do Comitê para dar seguimento ao trabalho. Susan explica que, após a consolidação da metodologia, a FNQ auxiliará, também, na construção da ferramenta de acompanhamento para aplicação do programa a ser utilizada pelas cooperativas. E complementa: “No segundo semestre, promoveremos uma capacitação para todos os técnicos das unidades estaduais sobre o programa para que eles estejam aptos a orientar corretamente as cooperativas”. Segundo a gestora, o empenho e participação das unidades estaduais neste processo será fundamental para sensibilizar as cooperativas sobre os benefícios do programa.
Em sessão extraordinária finalizada há pouco no Plenário da Câmara, foi adiada a deliberação do projeto da Lei Geral da Copa (PL 2.330/2011), devido à falta de quórum necessária para a votação de um requerimento do DEM, que previa a retirada de pauta da matéria. Com a obstrução da maioria dos partidos a maioria absoluta de votos (257 parlamentares) não foi alcançada e a sessão foi suspensa.
A intenção dos parlamentares é que o presidente da Câmara dos Deputados, deputado Marco Maia (RS), defina junto ao Governo Federal uma data para a deliberação do novo Código Florestal (PL 1.876/1999). A obstrução demonstra que a maioria dos deputados percebe a necessidade urgente da votação do marco regulatório para o setor agropecuário brasileiro, tendo em vista a atual situação de insegurança jurídica que cerca os produtores e as cooperativas agropecuárias do país.
A expectativa é que durante a próxima semana seja marcada uma nova data para a apreciação do PL 1.876/1999.
Tendo como preocupação a recorrente redução da oferta de linhas de crédito rural para capital de giro, o Sistema OCB trabalha junto aos órgãos competentes do governo para criar alternativas, driblar a situação e garantir o fornecimento de recursos ao setor agroindustrial. O assunto foi pauta de um encontro ocorrido na tarde desta quarta-feira (21/3), em Brasília, entre o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, e o Diretor Superintendente da Cooperativa dos Suinocultores de Encantado (Cosuel), Carlos Alberto de Figueiredo.
“As agroindústrias cooperativas têm uma necessidade grande de capital de giro para viabilizar seus estoques na área de leite e suínos, por exemplo. A falta de linhas nesta modalidade pode comprometer, futuramente, o desempenho, acarretando num custo de produção muito elevado”, explicou o representante da Cosuel. “É necessária uma intervenção urgente do governo para contornarmos esta situação”, complementou.
Para o presidente Freitas, a demanda apresentada pela Cosuel, além de legítima, demonstra uma percepção, um anseio, de todo o movimento cooperativista. “Estamos trabalhando para reverter este quadro, levando em consideração a representatividade do setor para a economia brasileira. Hoje, cerca de 40% de tudo que é produzido no país passa, de alguma forma, por uma cooperativa”, comprometeu-se o dirigente. “A Cosuel é uma referência para o sistema por sua gestão profissionalizada e moderna”, finalizou.
O principal objetivo da 1ª Conferência Nacional sobre Transparência e Controle Social (Consocial) já é conhecido do povo brasileiro: promover a transparência e estimular a participação da sociedade no acompanhamento da gestão pública. Prova disso são as Conferências Municipais e Estaduais já realizadas, com mais de 102 mil participantes.
Para ampliar ainda mais o envolvimento da população, a Controladoria-Geral da União (CGU) iniciou nesta segunda-feira, 19/3, outra modalidade de
participação: a Conferência Virtual da 1ª Consocial.
Para realização da etapa virtual da 1ª Consocial, a CGU e a Câmara dos Deputados criaram um ambiente de participação no Portal e-Democracia (http://edemocracia.camara.gov.br). A Conferência Virtual da 1ª Consocial vai ocorrer de 19 de março a 8 de abril e, para participar, basta acessar o Portal e-Democracia, fazer um rápido cadastro (nome, e-mail e UF) e se engajar nos debates.
A Conferência Virtual será realizada em duas etapas. Na primeira (de
19/3 a 1/4), “Construindo propostas”, os participantes apresentam, discutem e organizam suas propostas com o apoio de uma equipe de mediação. Na segunda
(2 a 8/4), “Escolhendo propostas”, uma etapa de valoração, cada participante distribui até 20 pontos entre as propostas que mais gosta, sendo, no máximo,
5 pontos por proposta.
Ao final, as 80 propostas mais pontuadas serão incorporadas ao caderno de propostas, que será debatido durante a Etapa Nacional da 1ª Consocial.
Vale lembrar que, diferentemente das Etapas Municipais/Regionais e Estaduais, a Conferência Virtual não elege delegados. Entretanto, serão selecionados 10 pessoas para participar como convidados da Etapa Nacional, em Brasília-DF, de 18 a 20 de maio deste ano. Os convidados terão suas despesas custeadas (passagem, hospedagem e alimentação) e participarão dos debates com direito a voz, mas sem direito à voto.
Mais informações: Portal da 1ª Conferência Nacional sobre Transparência e Controle Social, disponível em http://www.consocial.cgu.gov.br/conferencia-virtual.