O Sescoop/MS se engrandece ao ver a participacão das cooperativas em seus programas de promocão social.
O tema definido pela Alianca Cooperativa Internacional (ACI) para as comemoracões ao Dia Internacional do Cooperativismo deste ano é 'A Empresa Cooperativa e o Empoderamento Feminino', em homenagem à participacão da mulher nos negócios cooperativos. A data é celebrada no primeiro sábado do mês de julho no mundo inteiro.
O tema foi escolhido para celebrar o 15º aniversário da plataforma de acão de Beijing, que tem como objetivo alcancar a igualdade de gênero e o avanco da mulher na sociedade. De acordo com o presidente da Organizacão das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, a proposta para esse tema já vem sendo discutida há muitos anos e, com a sua aprovacão, é possível realizar uma discussão mais séria sobre como dar equidade aos gêneros, trazendo equilíbrio para o cooperativismo.
Segundo informacões divulgadas na RádioCoop, 40% do quadro de funcionários do cooperativismo é composto por mulheres. Quando se trata de cargos de direcão, 12% são ocupados por elas. Freitas ressalta que onde as cooperativas têm uma participacão mais efetiva das mulheres, é possível perceber com clareza um melhor desempenho das cooperativas. 'Elas têm maior efetividade e perenidade, assumem menos risco. Com isso, acabam trazendo uma tranquilidade e qualidade de vida maior a seus cooperados', analisa o presidente da OCB.
No mesmo pronunciamento na RádioCoop, Freitas também convidou a todas as cooperativas brasileiras a ampliarem os comitês de discussão por acreditar que, dessa forma, será possível pensar em maneiras de aumentar a participacão feminina no cooperativismo e contribuir com o setor em nosso país. (Fonte: Ocemg)
No mesmo dia, a OCB/MS recebeu o presidente Sistema Paranaense de Cooperativismo-OCEPAR, João Paulo Koslovski, profundo conhecedor e articulador do cooperativismo brasileiro, para falar sobre a importância do Sistema de Autogestão.
O primeiro enfoque dado por Koslovski foi o significado de autogestão, que é: gerido por si próprio, o que já é intrínseco do cooperativismo. A Ocepar já desenvolve seu programa de autogestão desde 1991 e o cooperativismo paranaense já colheu frutos dessa iniciativa, que surgiu após a Constituicão de 1988 que extinguiu a tutela estatal, dando autonomia ao cooperativismo. Atualmente todas as cooperativas registradas na Ocepar participam do programa.
'A autogestão não pode ser entendida como uma fiscalizacão e sim uma forma de gestão das organizacões cooperativas para atingir melhores resultados', afirmou Koslovski. Segundo ele, a autogestão tem por objetivo a assuncão da gestão cooperativa pelos cooperados, líderes e dirigentes; ser efetivamente um instrumento de melhoria empresarial e agregacão dos cooperados e tornar ainda mais transparente a administracão da cooperativa aos cooperados.
A Ocepar realiza assessoria na constituicão de novas cooperativas, principalmente no que diz respeito ao projeto de viabilidade econômica/financeira; organiza os cooperados; faz o acompanhamento econômico/financeiro das cooperativas, realiza capacitacão e treinamento e por fim cuida do desenvolvimento e integracão.
Todo este sistema faz com que o cooperativismo paranaense tenha aproximadamente 60 mil funcionários, 530 mil cooperados, seja 20% do PIB do Paraná, só as cooperativas agropecuárias representam 55% do PIB agropecuário estadual e exporta para mais de 100 países.
Por fim, Koslovski afirmou que a implementacão da autogestão tem que ser entendido como instrumento de gestão permanente das cooperativas.
Outro tema pertinente tratado no dia foi a palestra 'Competitividade responsável e sustentabilidade no cooperativismo', proferida por Benedito Nunes, consultor do Sistema Cooperativo Mineiro-OCEMG. Este tema é tão relevante que será o tema do XIII Congresso Brasileiro de Cooperativismo.
'O cooperativismo não veio para mudar o mundo e sim veio fazer diferente no mundo em que vivemos', declarou Nunes. Ser cooperativamente sustentável é atender as necessidades do presente sem sacrificar as futuras geracões de atenderem suas necessidade e ser eficiente e competitivo em equilíbrio com o politicamente ético, economicamente correto, socialmente justo e ambientalmente responsável, definiu o palestrante.
A competitividade responsável é inerente ao cooperativismo, temos que cooperar para sobreviver. O cooperativismo gera riqueza e distribui o que explica IDH- Índice de Desenvolvimento Humano mais elevado em comunidades onde há cooperativas.
Por isso Nunes ressaltou que a Responsabilidade Social Empresarial é uma relacão ética e transparente da organizacão com todas as suas partes interessadas, visando o desenvolvimento sustentável. E concluiu que a Responsabilidade Social tem que ser vista como uma forma de gestão, que traz reputacão e até fortalecimento da marca.
Os exemplos de educacão cooperativista apresentados pelo presidente da Organizacão das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, chamaram a atencão dos representantes da Rússia, nesta quinta-feira (15/4), durante o I Encontro de Cooperativas dos países do Bric, em Brasília (DF). O presidente da Central Union of Cosume Society of Federation Rússia, Evgny Kuznetsov, disse que as mudancas políticas naquele país desaceleraram o crescimento do setor. No entanto, existe um interesse muito grande tanto em importar quanto exportar produtos de cooperativas brasileiras.
A Rússia é grande importadora de carne suína brasileira produzida por cooperativas do Brasil. Este e outros assuntos foram tratados na sede da (OCB), durante o encontro. O evento, que faz parte da agenda oficial da Cúpula do Bric, reuniu representantes de organizacões cooperativas do Brasil, Rússia, Índia e China. Foram apresentados indicadores do cooperativismo dos quatro países integrantes do Bric, além de acões realizadas pelas instituicões representativas do setor. Amanhã (16/4), o grupo divulgará um comunicado final, também na sede da OCB.
Representantes da Índia, país do Bric com o maior número de cooperativas, se reuniram hoje (15/4) com integrantes do Brasil, China e Rússia, na sede da Organizacão das Cooperativas Brasileiras (OCB), em Brasília (DF). Atualmente, existe meio milhão de cooperativas na Índia. De acordo com Jagneswar, diretor do Conselho da National Federation Of State cooperative Banks, elas congregam 230 milhões de cooperados.
Entre os destaques na Índia está o setor lácteo, no qual as cooperativas são responsáveis por 94% da producão. Em Gugarat, estado indiano, está localizada a maior e mais moderna usina de transformacão de leite do mundo.
Jagneswar participou nesta quinta-feira (15/4) do I Encontro de Cooperativas dos países do Bric. O evento, que faz parte da agenda oficial da Cúpula do Bric, reuniu na sede da OCB representantes de organizacões cooperativas do Brasil, Rússia, Índia e China.