Pesquisadores estão estudando a utilização de um parasitoide para o combate do percevejo marrom nas lavouras de soja. O estudo já tem vários testes realizados, em que os resultados iniciais são a redução da aplicação de defensivos químicos nas lavouras e também do custo de produção dos grãos pelos produtores. O Projeto de Controle Biológico é desenvolvido pela Fundação MS, em parceria com o Sicredi.
Com a conclusão da semeadura da soja, finalizada em dezembro do ano passado, e com a soja entrando no processo de formação de vagem e iniciando floração, os cuidados em relação à presença de pragas nas lavouras devem ser redobrados. Uma das principais preocupações dos produtores de Mato Grosso do Sul é com o percevejo marrom.
De acordo com o presidente da Central Sicredi Brasil Central, Celso Figueira, é necessário investir no agronegócio, na difusão de tecnologias. "Quando conhecemos o projeto, vimos que poderia aumentar a produtividade e diminuir custos da produção, sem contar a seriedade em que é realizada a pesquisa. Atendendo ao sétimo princípio do cooperativismo, que é o interesse pela comunidade, o Sicredi apoia iniciativas de pesquisa, desenvolvimento e tecnologia que refletem em desenvolvimento econômico e social para toda a população e agrega renda ao nosso associado", afirmou.
Após a abertura da feira de tecnologias voltada para os agronegócios, a Showtec, no dia 22 de janeiro, em Maracaju, a Sicredi Central renovou parceria com a Fundação MS para início da terceira fase das pesquisas voltadas ao controle do percevejo marrom, uma das pragas mais agressivas das lavouras de soja. Por meio da parceria, são desenvolvidas pesquisas para o combate biológico do inseto, colaborando para o controle natural, com redução do uso de inseticidas, o que, além de beneficiar o produtor, assegura maior proteção ao meio ambiente.
"Desde que tomamos conhecimento deste projeto, vimos a oportunidade de fortalecer o princípio cooperativista, com atenção à comunidade, gerando ganhos não só ao produtor, mas a toda população, por meio de um projeto que estimula benefício econômico e melhoria ao meio ambiente. Trata-se de uma ação que pode ser disseminada futuramente a outras regiões", analisou Figueira.
COMBATE
A técnica de combate é o desenvolvimento de larvas da vespa, com poder de combater o desenvolvimento da praga. A parceria das duas instituições proporcionará resultados muito maiores no desenvolvimento deste estudo que os positivos que já vem apresentando em seus primeiros experimentos, feitos inicialmente em pequenas áreas isoladas de Mato Grosso do Sul.
O estudo realizado verificou que esta técnica de combate ao percevejo com o uso das larvas reduziu 66% das aplicações de inseticidas para controle de lagartas e 50% para o controle de percevejos no primeiro ano de estudos, enquanto que no segundo ano de estudos a redução da utilização de inseticidas foi da ordem de 80% para o controle de lagartas e de 33% para o controle de percevejos, sem comprometer o rendimento de grãos.
"No ano passado, já tivemos os primeiros resultados: as vespas foram soltas nas lavouras de soja e combateram a praga. Isso dá economia ao produtor e reduz a poluição com menos inseticidas, porque é um combate orgânico. Nós estamos falando nos testes que fizemos com a Fundação; se você faz um ciclo de safra de soja com seis aplicações de defensivos agrícolas, talvez você resolva em duas aplicações", concluiu Celso Figueira.
Informações Disponibilizadas
As informações geradas na pesquisa serão disponibilizadas de maneira gratuita aos produtores rurais de todo o Estado, por meio dos seminários de apresentação de resultados de safra e safrinha, dias de campo de safra e safrinha em Maracaju e, posteriormente, no Portal do Associado da fundação Ms.
Elas ainda são minoria, mas a mudança tem sido visível e as mulheres ocupam cada vez mais espaço no agronegócio em Mato Grosso do Sul. Elas deixam o papel de coadjuvante de lado, buscam qualificação profissional e passam a assumir o protagonismo nas propriedades rurais do estado. Dados do último Censo Agropecuário do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que as mulheres já estão no comando de 13,6 mil propriedades, o que representa 19% das fazendas em MS.
Quem antes servia para auxiliar o pai, irmão ou marido na propriedade, agora também passa a liderar e a qualificação profissional tem um grande papel nisso. Segundo a palestrante e escritora Helda Elaine, para ter papeis de destaque no agronegócio, as mulheres, cada vez mais, buscam conhecimento em faculdades de veterinária, zootecnia, administração ou agronomia, por exemplo.
“A mulher tinha uma participação no agronegócio que ficava escondida, ela ajudava e tinha algumas funções como tirar o leite, por exemplo, mas agora [a atuação da mulher] tem sido percebida. Ela desempenha papeis de liderança, de destaque, ela não fica mais no segundo plano”, explica.
Dados do IBGE apontam que entre 2006 e 2017, o total de estabelecimentos nos quais o produtor é uma mulher elevou-se de 10,5% para 19,1%. Segundo a Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), a sucessão familiar tem um papel importante na atuação feminina no campo. Com o exemplo dos pais, filhas veem potencial no setor e as possibilidades de ampliar a produtividade.
A diretora técnica do Sistema Famasul, Mariana Urt pontua que a presença de mulheres está em todos os elos das cadeiras de Mato Grosso do Sul. Elas desempenham atividades que contribuem com o desenvolvimento e a inovação do setor, onde aplicam técnicas sustentáveis e empreendem, movimentando a economia.
“Podemos destacar a crescente participação feminina que passou de 24%, em 2004, para 27%, em 2015. Elas são pecuaristas, pesquisadoras, administradoras, agricultoras, executivas de empresas do setor e empreendedoras, possuem habilidades e estão apoiando ou liderando negócios rurais, características necessárias para o desenvolvimento da empresa”, ressalta Mariana.
Para colaborar e desenvolver competências de empreendedorismo e gestão com o público feminino, o Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) desenvolve o programa Mulheres em Campo em Mato Grosso do Sul. O programa trabalha com os seguintes temas: diagnóstico e empreendedorismo, planejamento, custos de produção, indicadores de viabilidade e comercialização, desenvolvimento pessoal e tópico especial.
Entre os diferenciais das mulheres no campo, estão a capacidade de cooperar. Segundo a palestrante Helda Elaine, elas têm mais facilidade para se relacionar com as outras pessoas envolvidas no negócio e ainda têm disposição para resolução de problemas. “Elas não deixam nada quieto, querem resolver logo, não empurram com a barriga. Elas têm um perfil interessante para a gestão, traz mais humanização”, afirma.
Para Helda, é importante que a mulher perceba seu potencial no agronegócio para se desenvolver cada vez mais. Assim, elas podem deixar de ser a esposa, irmã ou filha do produtor para se tornarem verdadeiras mulheres de negócios.
“Ela tem que perceber sua potencialidade, seu poder, sua força, sua habilidade e valorizar esse diferencial. Descobrir como utilizar isso e ocupar este espaço de liderança e somar, para que todos trabalhem em união, de forma cooperativa”, conclui.
Evento é gratuito e aberto à população
Estão abertas as inscrições para a 68ª edição do Curso para Gestante da Unimed Campo Grande. Promovido pelo Programa Viver Bem, o evento já é tradicional e um grande sucesso entre os pais, em razão do alto nível de informações práticas e teóricas repassadas pelos palestrantes.
Gratuito e aberto a toda população, o curso acontece nos dias 10, 12, 17 e 19 de fevereiro, das 19h às 21h, no auditório da Unimed CG, localizado na Rua Goiás nº 695 – Jardim dos Estados (entrada pelo estacionamento da Rua da Paz) e tem como objetivo orientar os pais sobre os cuidados com o bebê que vai chegar, e proporcionar, principalmente às mamães, mais saúde, bem-estar e uma gestação tranquila e segura.
Durante os quatro encontros, uma equipe multiprofissional composta por médicos pediatra, ginecologista, obstetra e anestesista, além de enfermeiros, psicólogos e nutricionistas, abordará temas importantes como a escolha da via de parto, nutrição no período da gestação e da amamentação, recepção do recém-nascido, vacinação, anestesia, cuidados com o bebê, aspectos emocionais na gestação e no pós-parto, importância da rede de apoio, entre outros assuntos que geram muitas dúvidas entre os pais.
“O curso é muito diferenciado porque conta com uma equipe multiprofissional especialista nessa área, o que possibilita sanar muitas dúvidas, medos e preocupações dos pais, mas principalmente das mães, que acabam passando mais tempo com o bebê. Percebemos que os participantes saem do curso bastante satisfeitos e tranquilos, e esse é o nosso objetivo, passar o máximo de informações sobre essa fase tão importante da vida deles”, explica a fisioterapeuta do Programa Viver Bem e responsável pelo curso, Thaís da Cruz Jabrayan.
Cabe destacar que o curso não é voltado apenas para pais de primeira viagem, já que a cada instante surgem muitas novidades nessa área, as coisas se modernizam e facilitam a rotina com o bebê. É importante que mesmo quem já tenha vivido a experiência da maternidade participe também.
Mais informações e inscrições pelo telefone (67) 3389-2500 ou através do e-mail
A prospecção de mercados realizada pelo Ministério da Agricultura e Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) em Israel, em novembro do ano passado, serviu para temperar a relação comercial entre os dois países. E já deu até fruto. A Cooperativa dos Produtores Agropecuários da Bacia do Cricaré (COOPBAC) especializada em pimenta-do-reino, acaba de vender 26 toneladas do grão.
A missão internacional contou com a participação de representantes do Brasil, Argentina e Uruguai. A equipe participou de encontros com dirigentes do programa Smart Import do Ministério da Economia israelense e de ações de promoção comercial e oportunidades de negócios, como o encontro com representantes do Departamento de Comércio Exterior do Ministério da Agricultura de Israel. O grupo também participou da Feira Internacional Israfood e de reuniões no Departamento de Cooperativismo do Movimento Kibutz, além de visitas de campo às cooperativas do país. (veja como foi)
Aqui no Brasil, os 234 produtores da COOPBAC estão comemorando. A cooperativa, que tem apenas 14 anos e detém o título de principal exportadora do país, é a primeira do grupo que esteve em Israel, há dois meses, a fechar negócios.
Para o presidente da cooperativa Erasmo Negris, esse é mais um grande passo para a consolidação da COOPBAC como uma das grandes exportadoras da especiaria, além de ser também um marco para o cooperativismo de agricultura familiar. “Pensávamos que seria impossível uma cooperativa de pequeno porte participar de uma missão tão importante. E a comercialização com Israel é muito relevante, graças à sua posição geográfica estratégica, que funciona como um apoio para a inserção da pimenta-do-reino nos países vizinhos”, destacou.
Segundo o presidente, havia uma grande expectativa em concretizar negócios com o país. “Essa primeira venda no pós-missão embarcará, em fevereiro, para a cidade de Hebron. É um impacto muito positivo para a COOPBAC, que tem cerca de 80% de suas atividades focadas no mercado internacional”, avalia Negris.
Para ele, a venda tem um sabor muito significativo. “Eu, como produtor rural, jamais imaginaria que pudesse ser um exportador. E foi o cooperativismo que conseguiu me transformar em um”, comemorou Erasmo Negris.
Segundo o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, a conquista da COOPBAC é motivo de orgulho para todas as cooperativas do país. “Quando a gente vê um resultado desses, não tem como reconhecer todo o empenho das pessoas em materializar uma ideia, numa das maiores exportadoras do país. Sem dúvidas, é essencial destacar que, quando os cooperados se unem para realizar o objetivo comum da cooperativa, ela vai muito longe e, ainda por cima, mostra que o cooperativismo brasileiro está pronto para qualquer mercado”, comentou Márcio Freitas.
NO BRASIL
A pimenta-do-reino é uma planta trepadeira originária da Índia, mas o Brasil é um dos maiores produtores da especiaria, oscilando entre a segunda e terceira posição no ranking mundial. O grão, uma das especiarias mais antigas e conhecidas do mundo, tem caído no gosto dos produtores brasileiros.
Adaptada a climas tropicais e subtropicais, o cultivo cresce anualmente, encontrando no país condições ideais para o seu desenvolvimento, principalmente no Espírito Santo, Sul da Bahia, além do Pará. Segundo dados do IBGE, de 2015 a 2017 a área destinada a cultura cresceu 28% no Brasil, passando de 22.384 mil hectares para 28.799 mil/ha. No mesmo período a produção mais que dobrou, saindo de 51.739 mil toneladas para 79.371 mil/ton em 2017, um avanço de 53%. Estima-se que 90% de toda a produção de pimenta-do-reino sejam exportados.
NO ESPÍRITO SANTO
No dia 5 de dezembro, a produção de pimenta-do-reino do estado do Espírito Santo teve o pedido de reconhecimento da Indicação de Procedência Norte do Espírito Santo aprovada pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Essa é a primeira Indicação Geográfica da Pimenta-do-reino no Brasil e significa que, agora, o Espírito Santo terá um produto diferenciado para oferecer aos compradores mais exigentes.
Para o superintendente do Sistema OCB/ES Carlos André Santos de Oliveira, ver uma cooperativa de agricultura familiar conquistando espaço no mercado internacional significa que o Sistema OCB/ES está desempenhando sua função com excelência, oportunizando intercâmbios e fortalecendo o cooperativismo capixaba.
“Ver a COOPBAC alcançando um patamar internacional no mercado das especiarias é um motivo de muita alegria para o cooperativismo capixaba. E nosso apoio incondicional às nossas cooperativas tem sido fundamental para contribuir para o crescimento dos negócios em todos os ramos, principalmente no agro”, salientou o superintendente Carlos André. (Com informações do Sistema OCB/ES)
O sucesso de uma cooperativa não é definido apenas pela qualidade de seus produtos e serviços, mas sim pela soma de seus vários componentes, tudo orquestrado por uma boa gestão. Uma cooperativa necessita ter uma gestão atualizada, eficiente e atenta às mais modernas práticas de seu segmento.
Certo da importância que a gestão tem para uma cooperativa, Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (SESCOOP) em parceria com a Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), pautada no Modelo de Excelência da Gestão® (MEG), desenvolveram o Programa Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas (PDGC).
O PDGC possibilita que a cooperativa, por meio de autoavaliação, consiga verificar como está sua governança e sua gestão, respondendo um conjunto de questões que poderão apresentar onde estão as possíveis melhorias que poderão ser feitas na cooperativa.
Essa autoavaliação ocorre em ciclos anuais e a partir do dia 03 de fevereiro o CICLO 2020 estará disponível no site para preenchimento.
SAIBA MAIS
Quer conhecer mais sobre PDGC? Clique aqui. Neste link é possível encontrar informações como o que é programa, seus objetivos, instrumento de avaliação, metodologia e índices que podem indicar o grau de maturidade da gestão das cooperativas. Há ainda um vídeo explicativo e uma lista de benefícios para as organizações que aderirem ao PDGC.
EXCELÊNCIA DA GESTÃO
As cooperativas que aderem ao PDCG têm a oportunidade de participar do Prêmio Sescoop Excelência de Gestão, o reconhecimento nacional às organizações que promovem o aumento da qualidade e da competitividade do cooperativismo, por meio do desenvolvimento e da adoção de boas práticas de gestão e governança.
Promovido a cada dois anos, a iniciativa é dirigida às cooperativas singulares registradas e regulares com o Sistema OCB, participantes do Programa de Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas (PDGC).
RECONHECIMENTO DAS COOPERATIVAS DO MS
Na ultima edição do Prêmio SomosCoop – Excelência em Gestão, ocorrido em 2019, foram reconhecidas 56 cooperativas, dentre elas duas cooperativas de Mato Grosso do Sul: Sicredi Campo Grande na categoria Compromisso com a Excelência – Bronze e a Sicredi Pantanal na categoria Primeiros Passos - Bronze.
O sistema OCB/MS possui uma equipe preparada para auxiliar. Entre em contato pelo e-mail