Na mesa dos brasileiros, produtos como leite, café, temperos, frutas e grãos estão entre os itens mais consumidos. E a origem deles, muitas vezes é desconhecida. Mas você sabia que esses produtos têm uma origem coop? Pois é. O que as cooperativas produzem estão muito mais presentes na nossa vida do que imaginamos.
É por isso que a OCB, em parceria com o Ministério da Agricultura, por meio do programa Brasil Mais Cooperativo, levou diversos ingredientes com DNA coop para a segunda edição da feira Anufood Brazil, realizada em São Paulo, desde segunda-feira, no centro de exposição São Paulo Expo. A feira conta com 400 marcas de 24 países e tem expectativa de circulação de 10 mil pessoas.
A Anufood Brazil é a única feira na América Latina totalmente dedicada a empresas de vários segmentos do setor de alimentos e bebidas, além de ser considerada pioneira na forma como apresenta o agronegócio e seus produtos in natura.
“É um evento que se destaca por oferecer a oportunidade de manter contatos com potenciais clientes e pela prospecção de vendas futuras. Apesar disso, é possível realizar a venda direta de produtos aos visitantes e compradores”, comenta o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.
A exposição dos produtos das cooperativas faz parte das diretrizes aprovadas no 14º Congresso Brasileiro do Cooperativismo, com o objetivo de criar mais oportunidades de negócio nos mercados nacional e internacional.
Fernando Schwanke, secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo, do Ministério da Agricultura, lembrou que o setor agropecuário não cabe mais dentro do país. “Somos estratégicos na segurança alimentar. Não existe agricultura sem que ela seja sustentável. A agricultura sustentável é um tema central para o Ministério e a Anufood faz o papel de trazer o assunto para o debate”, afirmou.
BR + COOPERATIVO
O Ministério da Agricultura montou um estande na feira e disponibilizou um espaço para que empreendimentos e cooperativas agropecuárias divulguem e comercializem seus produtos. Trata-se do estande do Brasil Mais Cooperativo, estruturado numa área de 200 m2.
As cooperativas expositoras contam com espaço para negociação, balcão expositor, espaço coletivo para depósito das amostras e apoio técnico das equipes da OCB e do MAPA durante todo o evento.
COZINHA SHOW
Visando promover ainda mais os produtos dos expositores e estimular os negócios, o estande contará com uma Cozinha Show. Um espaço de demonstrações gastronômicas feitas por chefs que utilizam em seus pratos os ingredientes das cooperativas participantes. Estima-se que sejam realizadas 450 refeições por dia demonstrando tanto a qualidade quanto as possibilidades dos produtos negociados no estande.
PÚBLICO-ALVO
A feira reúne importantes tomadores de decisão do agronegócio tais como: distribuidores, atacadistas, redes de restaurantes e franquias, rede hoteleira, empórios, padarias e confeitarias, sorveterias, pizzarias, cafeterias, fornecedores para serviços de alimentação e grandes redes de supermercados de todo o país.
RESULTADOS PRELIMINARES
- 565 contatos realizados
- R$ 440.000,00- valor de negócios fechados na feira
- R$ 1.740.000,00- prospecção para os próximos 12 meses
- Principais países que se interessaram pelos produtos: Alemanha, Peru, Argentina, Bolívia, Paraguai, Emirados Árabes, Filipinas, França, Korea, Chile, Reino Unido, Canadá, China, Turquia.
Sexta-feira, 13 de março. Um dos cinco dias mais marcantes da minha vida profissional. De um agenda lotada, tal como um dominó em alta velocidade seguiram-se os anúncios públicos, os e-mails, mensagens e ligações com pedidos de desculpas justificando os cancelamentos. De repente todos os meus dias ficaram livres.
Motivos perfeitamente entendidos, apesar da dor de ter parte do seu trabalho, daquilo que você mais gosta, removido de você e consequentemente todas as perdas que isto envolve. Alguns ainda se ofereceram para pagar, o que recusei prontamente.
Numa mudança de ambiente que jamais tinha visto na carreira, uma nova norma surgiu. Temos que dar uma parada no Brasil e diminuir drasticamente a velocidade de transmissão, lutarmos todos visando evitar o sufocamento do sistema de saúde e uma perda maior de pessoas nos segmentos mais vulneráveis, aquelas que mais merecem nosso carinho e gratidão, os nossos avós, os nossos tios, os nossos pais.
Pediremos hora a hora para que a luz incida sobre os gestores internacionais e nacionais desta crise visando a tomada de grandes e adequadas decisões e torceremos pelos heroicos profissionais da saúde que estão na linha de frente do combate, nossos médicos, enfermeiros, residentes, estudantes e todos os times de trabalhadores da área, independente de suas formações, que estão se arriscando neste momento em prol do grande objetivo a ser conquistado.
Torceremos hora a hora também para que a produção de alimentos siga firme, que nossos produtores continuem o trabalho que fazem agora enquanto você lê este texto neste domingo, de colher a maior safra da história do Brasil, com mais de 252 milhões de toneladas de grãos que ajudarão a sociedade mundial a contornar esta crise, e que os caminhoneiros sigam dirigindo e transportando, todos também se arriscando. E daremos ainda maior valor ao fato de estarmos, no Brasil, dentro de uma fábrica de comida quando, de diversos lugares do mundo, nos chegam imagens de gôndolas vazias.
Que as nossas Usinas acionem as moendas e sigam firme para iniciar provavelmente a maior safra de cana da nossa história, e não nos deixem faltar combustível e energia. E que todo o processo fabril de outros importantes setores continue, com a preocupação ainda maior de dar enorme segurança às pessoas, para não nos faltar nada nestes tempos diferentes.
O que farei agora que meus dias ficaram livres?
Penso que das crises saltam grandes ideias e ocuparei rapidamente o meu tempo com três grandes blocos: no primeiro, um processo de leitura, reflexão, pensamento e criação de novas soluções. O segundo, estar mais próximos dos de casa, os conhecer, conversar, “entrevistar”, e por mais incrível que possa ser em períodos de isolamento, mais próximo dos amigos, aproveitar para resgatar um verbo que quase desapareceu: “telefonar”.
E o terceiro, de formas criativas pensar ao máximo em como ajudar quem precisa e socorrer os negócios mais sensíveis, analisando os impactos que esta parada forçada está trazendo às outras pessoas. É hora de todos nos ajudarmos. Por exemplo, se você não puder ir aos restaurantes que gosta, peça para eles cozinharem e te entregarem em casa, dê uma gorjeta ainda maior ao entregador. Temos muitas formas criativas de contribuir com os que serão mais atingidos, neste novo formato “confinado”, pensemos em como fazer, será um experiência diferente.
Sairemos desta muito melhores. O ser humano tem enorme criatividade e um novo coletivismo vai emergir, trazendo novas soluções para a sociedade. É a minha esperança, vamos vencer.
Marcos Fava Neves é palestrante e Professor Titular nas Escolas de Administração da FEARP/USP em Ribeirão Preto e da EAESP/FGV.
Em seu tradicional programa de rádio Informativo Coamo, a cooperativa disponibilizou entrevista com Carlos Mildemberg, médico do trabalho, falando sobre plano de contingência e prevenção contra a doença.
O programa está disponível na página da cooperativa na internet. Clique aqui e ouça a íntegra do programa!
Mas chega o CBIO, crédito de descarbonização, um contrato assinado entre o banco Santander e produtores de biocombustíveis. Graças a resiliência preventiva, o setor de açúcar e álcool, com a Unica e demais agentes envolvidos em todas as formas de energias renováveis, criamos no Brasil o Renovabio e, com ele, o CBIO, que deverá gerar US$ 287 milhões.
Teremos uma colheita recorde de grãos no país. A previsão agora ultrapassa 250 milhões de toneladas. Teremos mais algodão, mais arroz, mais feijão, mais soja, mais milho e mais trigo. Estava ontem na região de Palotina, oeste do Paraná, e além das cooperativas agroindustriais vi algo da inteligência e sabedoria humana.
Grupos de agricultores, de dez, 12 pessoas se reúnem e criam condomínios entre eles e compram um silo. Nele passam a administrar a principal de todas as moedas de um agricultor: sua produção. O silo está para o produtor rural como o cofre para um banco. Contei mais de dez condomínios somente na região de Palotina, no Paraná, onde também duas mil mulheres se reuniram para a semana internacional da mulher, na cooperativa.
E com o dólar alto, a soja a R$ 87 a saca, batendo R$ 90 a saca, dá para ver que onde tem planejamento e estratégia preventiva, a segurança para atravessar as crises é muito maior. E como aprendi com o senhor Nishimura, fundador da Jacto de Pompeia, sábio japonês, ele dizia: "nas horas boas é que se prepara para as ruins, e nas horas ruins se prepara para as boas". Quer dizer, nas crises cresce quem está preparado.
A Hora do Agronegócio, hora de mudanças, mas um agro forte é vital para nosso país.
*José Luiz Tejon Megido
Mestre em Educação Arte e História da Cultura pelo Mackenzie, doutor em Educação pela UDE/Uruguai e membro do Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS)