"Inovacão em tempos de crise"
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"Inovacão em tempos de crise"

"O mundo não vai ser mais o mesmo... e nem nós!". A declaração, em tom de esperança, norteou a conversa na tarde desta sexta-feira (24) numa live promovida pelo Sistema OCB. Tendo como gancho o tema INOVAÇÃO, o bate-papo reuniu representantes de duas cooperativas com cases de sucesso neste momento de crise:. Evaldo Moreira, da Coopmetro, cooperativa do ramo transporte, com sede em Minas Gerais - e representante nacional do ramo Transporte no Sistema OCB; e Jefferson Beck, da Central de Cooperativas Ailos, do ramo crédito, com sede em Santa Catarina.

Com moderação da coordenadora de processos do Sistema OCB, Samara Araujo, o bate-papo trouxe aos espectadores as experiências das duas cooperativas neste momento em que as empresas estão precisando se reinventar. A Coopmetro percebeu a importância do e-commerce e botou em prática um projeto piloto utilizando os cooperados para fazer pequenas entregas. A plataforma, que começou de forma local, hoje já está em cinco estados. "Tivemos que nos reiventar, estávamos todos parados. E, com intercooperação, estamos conseguindo criar novas relações de trabalho", afirmou Evaldo Moreira. Vale destacar: a Coopmetro é uma cooperativa de transporte, do setor de cargas, e se uniu a cooperativas de transporte de passageiros (taxistas) para, mais do que superar o momento, aproveitar essa oportunidade.

Pesquisas têm mostrado mudanças importantes de comportamento das pessoas, que estão passando mais horas na internet, consumindo mais nas plataformas de e-commerce e utilizando mais os serviços de delivery. Comportamento que tende a se manter pós pandemia. 

A central de cooperativas de crédito Ailos, que reúne 13 coops de SC, também viu a necessidade de atuar neste momento. Entendendo que a situação deles era "um pouco mais tranquila", com alguns processos funcionando normalmente, a Ailos começou a olhar para a comunidade. Avaliando o cenário das cidades onde atua, a Central percebeu que havia uma lacuna entre "cooperados fechados" e "comunidade precisando consumir". Com isso resolveram perguntar aos próprios cooperados: "Como podemos usar o cooperativismo como plataforma para apoiar e alavancar os negócios que estão por aí?". Das respostas, surgiram várias micro ações, colocadas em prática quase que de imediato. "Começamos a divulgar cooperados que estavam atendendo por meio de uma plataforma de marketplace. Um projeto que estávamos prevendo só para 2021, mas que foi acelerado pela crise", comentou Jefferson Beck.

Os dois cases reúnem características comum: se aproveitaram da essência da cooperativa para atender a uma necessidade do entorno e inovar; e a utilização de parcerias, de intercooperação, que são fundamentais para dar capilaridade e incrementar volume às negociações. E como mencionou o representante da Ailos: "inovação não tem necessariamente a ver com recursos tecnológicos. A tecnologia é uma ferramenta, mas o segredo está nas conexões, nas adaptações necessárias".

Desde o 14º Congresso Brasileiro do Cooperativismo, onde inovação e intercooperação se mostraram prioridades no pensamento das lideranças cooperativistas, o Sistema OCB tem trabalhado para desenvolver uma ferramenta de apoio às negociações das coops. Temos trabalhado nestes temas desde então. E, a crise, atuando como catalisadora de processos - fez sair do papel o "Coopera Brasil", um programa que viabilizar conexões entre cooperativas para fecharem negócios. Já está circulando um formulário para que as coops interessadas preencham e entrem para o Coopera Brasil. Detalhes sobre o projeto você confere AQUI!

Controle da vida financeira no isolamento: a importância dos canais digitais
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Controle da vida financeira no isolamento: a importância dos canais digitais

 

Em tempos de isolamento social como medida para conter a propagação do novo coronavirus, uma das principais preocupações é o controle das finanças. Mas como manter as finanças em dia sabendo que o acesso a agência física está limitado? O cenário atual, mesmo que desafiador, tem ajudado instituições financeiras a impulsionar seus canais digitais e estimulado a população a usar cada vez mais aplicativos e o Internet Banking como alternativas.

 

Neste momento em que a recomendação dos órgãos de saúde é evitar sair de casa, muita gente que ainda não tinha o hábito de acessar a sua conta em uma cooperativa de crédito ou banco pelo celular, computador ou tablet está descobrindo as vantagens dessas plataformas, tendo experiências positivas e entrando de uma vez por todas na nova era do sistema financeiro.

 

A alta na procura por serviços digitais, além de levar mais praticidade para o dia a dia do consumidor, certamente impactará positivamente na revolução do mercado. No Sicredi, por exemplo, os canais digitais registraram alguns recordes na primeira quinzena de abril, período que coincide com a recomendação de distanciamento social. Somente no dia 13, mais de 842 mil associados acessaram o aplicativo da instituição, transacionando mais de R$ 2,2 bilhões, o que representa recorde nos dois indicadores. Além disso, registramos no período uma média diária de novos cadastros superior à 1,4 mil, quase o triplo da média habitual.

 

Pelos canais digitais da instituição financeira cooperativa já é possível ter acesso a uma série de serviços digitais, dos mais simples, como pagar uma conta, contratar crédito, receber e transferir valores e consultar saldos e extratos, aos mais robustos, como aplicações em fundos de investimento, por exemplo.

 

Para estimular o uso de suas plataformas remotas, o Sicredi também investe em ações que vão além dos serviços convencionais. Recentemente, a instituição lançou o Sicredi Conecta, um aplicativo que promove negócios on-line entre os associados, um tipo de marketplace onde é possível anunciar e vender produtos e serviços. Mais de dois mil usuários aderiram ao aplicativo desde a última semana de março, e a iniciativa tem sido uma boa alternativa para empresas e empreendedores manterem suas operações.

 

Além de evitar aglomeração de pessoas e diminuir a circulação de moeda em espécie, esse tipo de experiência digital, neste momento, contribui para que os consumidores compreendam a relevância dos canais digitais e, ao mesmo tempo, desafia as instituições a investirem cada vez mais em ferramentas que possam “descomplicar” a nossa relação com as finanças, além de nos proporcionar segurança, praticidade e agilidade.

 

Certamente esse movimento terá impacto em dados como os da última pesquisa sobre tecnologia bancária da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN), feita em 2018, e que revelou que seis em cada 10 transações bancárias no país já são feitas fora das agências físicas, ou seja, por meio dos canais digitais.

 

É importante ressaltar que essa nova era do sistema financeiro, onde cada vez mais as operações bancárias são feitas sem sair de casa, não eliminará o contato físico. O que vemos como tendência são as agências cada vez mais como um espaço de relacionamento, mas a proximidade que só o contato humano permite nunca será substituída. As ferramentas tecnológicas servem para complementar a experiência, gerando mais conveniência para quem utiliza.

 

*Superintendente de Fluxo de Caixa e Canais de Atendimento do Sicredi

Governo garante R$ 500 mi para a agricultura familiar
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Governo garante R$ 500 mi para a agricultura familiar

O governo federal vai destinar R$ 500 milhões para a compra de produtos da agricultura familiar, por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). A suplementação orçamentária foi articulada entre os ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o Ministério da Economia e o Ministério da Cidadania, que executa o PAA.

Medida Provisória 957/2020, assinada pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, foi publicada no Diário Oficial desta segunda-feira (27) e abre crédito extraordinário em favor do Ministério da Cidadania para ações de segurança alimentar e nutricional, no âmbito do enfrentamento ao novo Coronavírus.

 

COOPERATIVAS

Por meio do PAA, agricultores, cooperativas e associações vendem seus produtos para órgãos públicos e os alimentos são destinados a pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional, à rede socioassistencial, aos equipamentos públicos de segurança alimentar e nutricional e à rede pública e filantrópica de ensino.

Para a ministra Tereza Cristina, a medida é importante para auxiliar as cooperativas de agricultura familiar e os pequenos produtores de leite. “Esses recursos chegarão lá na ponta, esperamos que de maneira muito rápida, para atender esses que passam por problemas muito grandes de sobrevivência”, avalia a ministra.

 

ATUAÇÃO DA OCB

Desde o início da pandemia, a OCB já começou a articular com o MAPA e o Ministério da Cidadania para a garantia dos programas de compras públicas, entre eles, o PAA. A OCB solicitou que houvesse a liberação de recursos emergenciais para esse tipo de compras e, ainda, que as modalidades que incluem as cooperativas formadas por pequenos agricultores estivessem entre os contemplados na medida provisória.

 

BENEFICIADOS

De acordo com a Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo (SAF), com os recursos, cerca de 85 mil famílias de agricultores familiares deverão ser beneficiadas, além de 12,5 mil entidades e 11 mil famílias em vulnerabilidade social, que receberão os alimentos.

“Esses recursos vão potencializar ainda mais o PAA. É um programa importante, porque ele atende a dois públicos: a agricultura familiar e a rede socioassistencial dos municípios, as pessoas que são as mais vulneráveis nas cidades”, destaca o secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo, Fernando Schwanke.

 

RECURSOS

Segundo a SAF, do total de recursos, R$ 220 milhões serão destinados para a Conab, que fará a compra de alimentos das cooperativas de agricultores familiares, por meio da modalidade do PAA Compra com Doação Simultânea. Depois disso, o Ministério da Cidadania indica a rede socioassistencial para onde os alimentos serão doados. Na mesma modalidade, estados e municípios terão R$ 150 milhões para termos de adesão para a compra de alimentos de agricultores familiares.

E R$ 130 milhões serão alocados para a modalidade PAA Leite, que possibilita a compra de leite in natura de laticínios e agricultores familiares do semiárido brasileiro. Após processamento, o leite é distribuído às entidades. (Fonte: Ministério da Agricultura)

Dia C na luta contra o coronavírus
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Dia C na luta contra o coronavírus

As palavras cooperação e empatia nunca foram tão destacadas nos noticiários ao redor do mundo. São os seus significados que nos fazem – aqueles que podem – ficar em casa para diminuir o contágio do coronavírus. E quando o assunto é cooperar por um mundo melhor, como está acontecendo na maior parte dos países, estamos falando de Dia de Cooperar (Dia C) que, neste ano, direciona seus esforços com o objetivo de auxiliar as cooperativas no combate aos problemas gerados pela pandemia.

“O nosso grande movimento nacional de estímulo às iniciativas transformadoras e voluntárias, nosso Dia C, vai ser diferente neste ano, por conta de todas as recomendações das autoridades de saúde. Se, por um lado, a gente muda o jeito de celebrar, por outro o nosso objetivo continua o mesmo: participar da construção de um mundo mais justo, feliz, equilibrado e com melhores oportunidades para todos”, comentou o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, durante o lançamento oficial – via videoconferência – e que contou com a participação de representantes das unidades estaduais do Sistema OCB.

Para o superintendente, Renato Nobile, mais do que nunca, as atitudes simples movem e transformam o mundo. “Estamos num momento onde cada gesto faz diferença. Desde lavar as mãos em casa, com água e sabão, até doar dinheiro ou equipamentos como respiradores, por exemplo, comprova que o cooperativismo se interessa pela melhoria da qualidade de vida da comunidade brasileira”, avalia o superintendente.

 

DIA C NA WEB

As ações e iniciativas como doações, atendimentos de saúde, orientações financeiras, dentre outras devem ocorrer de forma segura, a fim de evitar que cooperados, voluntários e comunidade sejam contaminados. Contudo, nossa celebração será feita no mundo digital, ou seja, nas redes sociais. Vamos mostrar a força das cooperativas e o compromisso com a comunidade de dentro e de fora delas.

Para isso, a Unidade Nacional do Sistema OCB, junto com suas unidades estaduais, preparou uma série de materiais que podem ser utilizados tanto para estimular a cooperativa a realizar iniciativas e ações, quanto para mostrar à sociedade como o cooperativismo está contribuindo com a luta contra o coronavírus.

 

NOVIDADE

A gerente de Comunicação do Sistema OCB, Daniela Lemke, explicou que entre as novidades para o Dia C 2020, com foco no combate ao coronavírus, está a figura de padrinhos ou madrinhas para o movimento, tanto em nível nacional quanto no estadual. “É uma ação que já estamos realizando. Algumas pessoas foram convidadas e estamos aguardando a resposta. A ideia é que essa figura pública e que representa nosso movimento estimule as cooperativas a fazerem o que puderem para reduzir os efeitos negativos dessa pandemia”, explica a gestora.

Segundo Daniela, essa pessoa deve falar de forma humanizada, como se fosse um bate-papo, ressaltando a importância das cooperativas para o país. “As coops estão no campo, nas rodovias, na indústria, nos hospitais, ou seja, em setores essenciais, como a educação, o crédito, a limpeza urbana e o transporte de passageiros. Muitos cooperados também são profissionais que continuam atuando para que o país inteiro vença essa luta contra o coronavírus. Nossas cooperativas são essenciais ao Brasil.”

Por fim, ela explicou que todo o material produzido pela unidade nacional do Sistema OCB está disponível para as unidades estaduais e, também, cooperativas. Basta clicar aqui.

 

IMPACTO

Geane Ferreira, gerente de Desenvolvimento Social de Cooperativas do Sistema OCB, fez questão de destacar que as cooperativas que fazem parte do Dia C já contribuem com a construção de um mundo melhor. “E, claro, quanto mais cooperativas se engajarem melhores ainda serão os impactos do cooperativismo na luta contra o coronavírus. Como dizemos por aqui, quanto mais elos a corrente tiver, mais forte ela será”, explica.

 

NÚMEROS DE 2019

- 131 mil voluntários;

- 1.977 cooperativas participantes;

- 1.257 cidades viram de perto a força das coops

- 2.111 iniciativas;

- 2,6 milhões de pessoas beneficiadas com a emissão de documentos, serviços de saúde, de cidadania, de educação financeira e muitas outras atividades, afinal, o Dia C ocorre durante o ano todo.

Covid-19 é tema da Agenda Institucional

O surgimento do coronavírus mudou as prioridades no Congresso Nacional e redirecionou os esforços dos parlamentares, cada vez mais focados na redução dos impactos negativos da Covid-19. Por isso, a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) também concentrou em uma página específica da Agenda do Institucional do Cooperativismo os projetos de lei que envolvem as cooperativas, no contexto da pandemia.

Entre os assuntos que tramitam no Congresso e que podem impactar as cooperativas estão, por exemplo: a MPV 931/2020, sobre o funcionamento de AGOs, a suspensão de pagamentos de crédito consignado, o desconto na mensalidade escolar, a vedação de reajuste e suspensão de plano de saúde.

“Nossa ideia, com essa página é centralizar todas as matérias que tramitam no Congresso, para facilitar o acompanhamento por parte das nossas cooperativas. Num mesmo ambiente virtual é possível encontrar tanto as demandas quanto os encaminhamentos dessas propostas, explica a gerente geral a OCB, Tânia Zanella. 

PRIORIDADES

E por falar em demandas, as cooperativas interessadas podem conhecer as outras pautas prioritárias acompanhadas pela OCB no âmbito dos Três Poderes. Basta fazer o download, clicando aqui e preenchendo os campos solicitados.

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