O Sistema OCB participou hoje de audiência pública da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Regional (CAPADR) da Câmara, que tratou sobre os resultados socioeconômicos e da gestão dos fundos constitucionais. A audiência pública, requerida pelos deputados Irajá Abreu (TO) e Beto Faro (PA), também contou com a participação de representantes da Sudam e dos bancos oficiais de caráter regional.
Durante o encontro, o coordenador do Ramo Crédito da Gerência Técnica e Econômica da OCB, Thiago Abrantes, destacou a importância do cooperativismo brasileiro para a inclusão financeira e desenvolvimento econômico social do País, bem como defendeu a maior participação do cooperativismo brasileiro na operacionalização dos fundos constitucionais.
“Apesar de o cenário normativo incentivar o repasse dos recursos do FCO, do FNE e do FNO para as instituições financeiras operadoras, a partir da devida análise do seu risco e, por decorrência, de seus limites operacionais, o montante acessado pelos bancos cooperativos e pelas confederações de cooperativas de crédito tem sido bastante inferior aos valores demandados por estes”, destacou Thiago.
O representante do Sistema OCB também informou aos parlamentares presentes que hoje o repasse dos recursos às instituições operadoras dos fundos constitucionais, dentre as quais estão os bancos cooperativos e as confederações de cooperativas de crédito, estão sendo realizados sem programação prévia e abaixo do que é demanda por estas.
“Hoje não existe nenhuma previsão legal ou infralegal que preveja essa programação. Na prática, o que tem acontecido é que temos trabalhado no escuro. Como não há garantias de repasse, não temos condições de atuar efetivamente na divulgação destas linhas de crédito, sob risco de prejudicar nossa imagem e credibilidade junto aos nossos cooperados, caso não tenham acesso aos recursos”, ressaltou.
Por fim, o representante da OCB colocou o cooperativismo como importante instrumento para a ampliação da capilaridade das políticas de desenvolvimento regional, dada a sua alta representatividade nos municípios brasileiros e a sua grande relação com a base.
“O que pedimos aqui é que seja fixado em lei uma obrigatoriedade de repasse, bem como uma programação prévia, para que as cooperativas possam levar estes recursos até a ponta para o cooperado, que é o produtor rural, o micro e pequeno empreendedor. O que queremos é ser mais um instrumento para a ampliação da capilaridade desses recursos de desenvolvimento regional”, finalizou.
A agência paranaense do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) encerrou o primeiro semestre deste ano com mais de R$ 800 milhões contratados somente no agronegócio, com linhas de crédito para cooperativas e produtores rurais cooperados. São R$ 575 milhões liberados a 14 cooperativas e mais de R$ 250 milhões diretamente a agricultores.
A assinatura dos contratos de financiamento ocorreu em solenidade no gabinete do governador Beto Richa, em Curitiba, com a presença do presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, e dirigentes das cooperativas beneficiadas com os recursos: Agrária, C.Vale, Castrolanda, Coamo, Coasul, Cocamar, Coonagro, Copagril, Cotriguaçu, Frimesa, Integrada, Copacol, Lar e Coopertradição. Também estavam presentes diretores do BRDE e lideranças do agronegócio e do G7, grupo formado por sete entidades representativas do setor produtivo paranaense, além de parlamentares.
Na oportunidade, o presidente do Sistema Ocepar, João Paulo Koslovski, destacou a parceria de longa data entre o cooperativismo paranaense e o banco de fomento. Segundo ele, O BRDE é um parceiro de primeira hora das cooperativas do estado do Paraná.
“O banco foi o parceiro que acreditou nas cooperativas. Os primeiros armazéns de cooperativas da década de 70 e de anos anteriores tiveram o apoio do BRDE, que nos ajudou a construir essa infraestrutura que temos agora no Estado. Hoje, estamos aqui para as cooperativas assinarem contratos numa nova fase”, afirmou o presidente da Ocepar.
AGROINDUSTRIALIZAÇÃO - “O nosso estado, no contexto nacional, tem o maior faturamento dentro do cooperativismo brasileiro. São R$ 50,5 bilhões de faturamento. E as nossas cooperativas vêm crescendo de forma organizada, disciplinada, se preparando para lançar um plano para atingir R$ 100 bilhões de faturamento. Nessa nova fase das cooperativas agropecuárias, o forte é a agroindustrialização.
Hoje, nós já estamos com 50% das matérias-primas que entram nas cooperativas, como grãos, sendo processadas. É o maior avanço que tivemos nos últimos dez anos no processo agroindustrial e, agora, com vertente nova, que é a dos produtos de prateleira, de varejo.
Temos mais de 25 cooperativas colocando produtos nas prateleiras dos supermercados, dando mais estabilidade de preços e também maior tranquilidade para o cooperado. E o BRDE, mais uma vez, está ajudando nesse processo. Dessa forma, gostaria de agradecer, em nome das cooperativas, essa disponibilidade e disposição do BRDE e do governo do Estado em apoiar e reconhecer o nosso trabalho.
Nós temos absoluta certeza de que esse trabalho não é em vão porque as cooperativas socializam resultados. Estamos promovendo distribuição de renda para mais de 1,1 milhão de cooperados e beneficiando três milhões de paranaenses. Nós queremos continuar contribuindo para construir um Paraná cada vez melhor e fazer com que as pessoas tenham melhor renda e, sobretudo, serem mais felizes”, complementou Koslovski.
EXEMPLO – “Eventos como esse, celebrando parcerias, liberando recursos com o setor produtivo, com as nossas cooperativas, têm sido algo que acontece com frequência em nosso mandato porque nada mais inteligente do que nós privilegiarmos, estendermos as mãos e facilitarmos a vida de quem trabalha e produz.
Facilitarmos, por exemplo, a vida das nossas cooperativas, que são orgulho do Estado do Paraná, são exemplos e referência para o resto do Brasil, levando em conta a riqueza que produz e as oportunidades de trabalho ofertadas à nossa gente”, ressaltou o governador Beto Richa na solenidade.
PASSO ADIANTE – O diretor administrativo do BRDE, Orlando Pessuti destacou os resultados obtidos pelo banco e a parceria com o setor cooperativista. “Este momento representa uma celebração para comemorar aquilo que estamos fazendo mais e melhor. Nunca se investiu tanto nesse estado num semestre para promover o desenvolvimento e poder fazer a coisas acontecerem.
O dia de hoje ficará marcado para todos nós do banco, porque celebra os quase R$ 1 bilhão de financiamento que o BRDE concretiza no primeiro semestre num ano de dificuldades para o para o estado, para os municípios, para o país. Mas o cooperativismo acredita e, num momento como este, de crise, ele investe, dá um passo adiante com firmeza, com segurança, nessa parceria consolidada de muitos anos”, disse Pessuti.
ACIMA DA EXPECTATIVA – De acordo com informações do BRDE, as operações de janeiro a junho de 2015 equivalem a mais de 90% do valor de contratação previsto inicialmente para o ano, de R$ 1 bilhão. O agronegócio representa 60% das operações, com investimentos principalmente em armazenagem, suinocultura, avicultura, produção de leite e agregação de valor à produção no campo.
No governo Beto Richa, o banco liberou linhas de créditos no valor de R$ 2,1 bilhões para o cooperativismo. Em 2015, a agência paranaense chegou a 50 mil contratos assinados, que somam R$ 30 bilhões em investimentos. (Fonte: Assimp Sistema Ocepar)
Cooperativas ou associações familiares têm até 31 de julho para participar da seleção pública lançada pela Fundação Banco do Brasil, em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A iniciativa irá apoiar projetos que visam estruturar empreendimentos econômicos coletivos de grupos de jovens rurais de 15 a 29 anos. O investimento social total será de R$ 5 milhões.
Serão selecionados projetos que privilegiem o protagonismo da juventude rural, a promoção da igualdade de gênero, o fortalecimento de práticas sustentáveis e de cultivo agroecológico. Os projetos inscritos devem ter valor entre R$ 70 mil e R$ 200 mil e ter como atividade a produção, o beneficiamento ou a comercialização de produtos extrativistas, agrícolas e não agrícolas; o turismo rural; e a prestação de serviços. O prazo máximo para execução dos projetos é de 18 meses.
Entre os itens e atividades que poderão receber os recursos do edital estão máquinas e equipamentos novos, de fabricação nacional; equipamentos de informática, comunicação e software; caminhões e veículos utilitários novos; implantação de lavoura permanente em área coletiva; construção e reparo de imóveis; capacitação e serviços técnicos, de beneficiamento e de comercialização relacionados à atividade produtiva.
QUEM PODE PARTICIPAR
Podem participar cooperativas ou associações com mais de dois anos de existência, formadas por agricultores familiares e empreendedores familiares rurais; silvicultores; extrativistas artesanais; aquicultores; pescadores artesanais; povos indígenas; e comunidades quilombolas localizadas no campo. Com o novo prazo, as propostas devem ser encaminhadas à Fundação BB até as 18h do dia 31 de julho, como consta no edital. (Fonte: SDA)
O ranking da revista Exame – Melhores e Maiores 2015 consolida a Coamo Agroindustrial Cooperativa como a 47ª maior empresa privada do país. Com sede em Campo Mourão, no Centro-Oeste do Paraná e entrepostos em outros 66 municípios paranaenses, catarinenses e sul-matogrossenses, a cooperativa é a 18ª maior empresa de capital 100% nacional e está na classificação geral somando-se todas as companhias públicas, estatais e multinacionais entre as 54 maiores empresas do Brasil.
Os resultados estão consolidados na publicação anual da revista Exame – Melhores e Maiores 2015. No ranking do Estado do Paraná, a Coamo é a primeira empresa privada com capital 100% brasileiro, posicionada atrás somente da Renault e da Copel Distribuição. Na região Sul do Brasil, a cooperativa está entre as cinco maiores e melhores empresas. No setor Agronegócio nacional figura entre as 9 maiores empresas, entre as companhias privadas, públicas e multinacionais.
Segundo o anuário da Exame, as receitas da Coamo com vendas totalizaram R$ 8.397 milhões em 2014. A cooperativa tem posição de destaque na área de exportação, em um setor que apresenta entre os primeiros colocados empresas como Vale, Petrobrás, Embraer, Volkswagem e Fiat. A Coamo ocupa a 26ª posição entre as maiores exportadoras do país com montante de US$ 2.805,1 milhões em 2014.
A força do trabalho, união e profissionalismo dos seus mais de 27.800 cooperados e mais de 7.000 funcionários, impulsiona o crescimento da Coamo entre as maiores empresa do país. Ao longo da sua trajetória de quase 45 anos – fundada em 28 de novembro de 1970-, a cooperativa ocupando lugar destaque no cenário do agronegócio e empresarial do Brasil.
RESULTADOS - Para o idealizador e presidente da Coamo, engenheiro agrônomo José Aroldo Gallassini, os números do ranking da revista Exame são excelentes e representam bons motivos para serem comemorados com orgulho pela diretoria, cooperados e funcionários. Segundo ele, a performance apresentada no anuário da Exame reflete crescimento e solidez da cooperativa na sua atividade. “Comemoramos e partilhamos esses bons resultados com todos da família Coamo, ficamos felizes em ver esse reconhecimento à Coamo. Desde a sua fundação a Coamo é uma empresa séria, bem administrada e profissionalizada, que disponibiliza produtos e serviços de qualidade para o desenvolvimento dos seus associados.”
Segundo Gallassini, é relevante constatar que os frutos gerados pela Coamo, uma empresa genuinamente brasileira, fundada no interior do Paraná pelo sonho de 79 agricultores são motivos de orgulho e incentivo para a excelência na atividade do dia a dia, sempre trabalhando para a melhoria do ambiente produtivo rural. “A Coamo pratica um cooperativismo de resultados voltada totalmente para os interesses e a melhoria da produtividade, renda e qualidade de vida do seu quadro social”, afirma o presidente da Coamo.
Um grupo composto por superintendentes do Sistema OCB de todo o país aterrissou na Europa, onde participará de mais um módulo do Programa Nacional de Desenvolvimento de Líderes e Executivos do movimento cooperativista brasileiro. O superintendente da unidade nacional do Sistema OCB, Renato Nobile, e a gerente geral do Sescoop, Karla Oliveira, também integram à missão brasileira.
“O objetivo é aprofundar o conhecimento a respeito do cooperativismo de países como a Itália e a Alemanha, foco da missão brasileira em solo europeu. De posse de informações estratégicas ligadas à legislação, à gestão e à operação de cooperativas, os executivos terão a chance de colocá-las em prática, assegurando o desenvolvimento do cooperativismo no Brasil e contribuindo com o dia a dia de cooperados, familiares e empregados”, comenta Renato Nobile.
O grupo já passou pela Alemanha,onde a primeira cooperativa de crédito urbana foi fundada em 1856 na cidade alemã de Delitzsch, por Herman Schulze-Delitzsch. Caracterizava-se por prever o retorno das sobras líquidas proporcionalmente ao capital, ter área de atuação não restrita e remunerar seus dirigentes. As primeiras cooperativas de crédito rural também surgiram na Alemanha, por iniciativa de Friedrich Wilhelm Raiffeisen, que fundou as chamadas “Caixas de Crédito Raiffeisen”. A primeira, fundada em 1864, chamava-se Associação de Caixas de Empréstimo de Heddesdorf.
Na Alemanha as instituições cooperativas são "full banks", o que significa que têm todos os direitos e obrigações como qualquer outro banco (operações permitidas, supervisão etc).
O setor financeiro cooperativo na Alemanha é um dos mais poderosos e sólidos do mundo, graças a uma minuciosa auditoria, controles internos e a plena supervisão por parte da Superintendência Federal de Serviços Financeiros. Além da DGRV (Confederação Nacional das Cooperativas de Crédito) existem na Alemanha três federações especializadas segundo a atividade de seus membros na representação dos mesmos.
Entre elas, a BVR (Associação Federal de Bancos Populares e Bancos Raiffeisen), com sede em Berlim, à qual está ligado o DZ Bank - 6º maior banco alemão com 14% do mercado financeiro do país.
Os bancos cooperativos alemães contam com mais de 16,2 milhões de sócios e 30 milhões de clientes na Alemanha - a cifra mais elevada da Europa, visto que o país possui uma população de 82 milhões de pessoas. A Alemanha tem 1.951 bancos, sendo 1.196 cooperativos (base 2009).
ITÁLIA – Com uma população de 58 milhões de habitantes, a Itália é uma das maiores economias da Europa, atrás apenas da Inglaterra, França e Alemanha. O país exerce uma histórica influência cultural em todo mundo, tendo se consolidado como referência por sua indústria automobilística, culinária, moda e artes. A Itália é o quinto país que recebe mais turistas no mundo e Roma é a terceira cidade mais visitada da União Europeia.
Possui um dos movimentos cooperativistas mais avançados do mundo. As estimativas apontam a existência de 70 mil cooperativas, que empregam 1,3 milhões de pessoas. No país existem ainda 15 mil cooperativas não filiadas, com 90 mil cooperados e 100 mil empregados, que faturam € 1,5 bilhão por ano. Curiosamente, a maioria das cooperativas na Itália é do Ramo Habitacional que concentra 15 mil empreendimentos cooperativos. As cooperativas agropecuárias somam 8 mil e as de trabalho, 6 mil.
Esta semana, o grupo está na Itália e ainda fará uma visita ao Consórcio Cooperativo de Bolonha, à Universidade de Bologna – Departamento de Agricultura e Cooperativismo. E por fim em Roma, irão ao Senado Romano ao escritório sede da Liga Nacional de Cooperativas e Mutualidades (Legacoop) e à Embaixada do Brasil em Roma.