Nos dias 11 e 12 de fevereiro ocorre o Curso de Formação de Técnicos de Monitoramento, na sede do Sescoop/MS. Participam agentes de cooperativismo e monitoramento das unidades do Sescoop de Goiás, Distrito Federal, Tocantins e MS. O curso visa preparar os agentes para realizarem uma abordagem clara, objetiva e transparente junto às cooperativas sobre a importância da utilização das ferramentas de gestão disponibilizadas pelo Sescoop, em especial o PDGC – Programa de Desenvolvimento da Gestão Cooperativista.
O programa é baseado nas diretrizes da FNQ-Fundação Nacional da Qualidade, que é uma entidade privada sem fins lucrativos criada em outubro de 1991 por representantes de 39 organizações brasileiras dos setores público e privado, sendo seu principal objetivo o desenvolvimento e evolução da gestão das organizações brasileiras. Além de promover a capacitação por meio de cursos, eventos, publicações e produtos específicos, a FNQ auxilia as organizações na análise de suas práticas de gestão, contribuindo com o diagnóstico e aperfeiçoamento do negócio e, consequentemente, a melhoria de sua produtividade. É também responsável pela organização, promoção e avaliação do Prêmio Nacional da Qualidade® (PNQ), que reconhece anualmente as melhores práticas de excelência em gestão no Brasil.
O principal propósito do cooperativismo é a construção coletiva. A participação de todos os envolvidos é impulsionada pelo diálogo em diversas esferas. Segundo os dicionários da Língua Portuguesa, a palavra diálogo significa a conversação entre duas ou mais pessoas ou a composição em que as vozes ou instrumentos se alteram ou respondem. O diálogo, desse modo, compõe. Juntando pessoas, por meio do diálogo, se forma um todo. Esse é o objetivo do Sicredi ao promover, anualmente, as assembleias que, neste ano, têm como tema, justamente, o “Diálogo”.
Muito além de prestar contas aos mais 3 milhões de associados, de 11 estados brasileiros, as assembleias têm como objetivo estimular o diálogo e ouvir as necessidades desses mesmos associados. Elas são a oportunidade para captar as experiências de quem vivencia o dia a dia e de angariar contribuições de melhorias para os planejamentos futuros.
A assembleia é o principal momento de diálogo na qual os associados conversam abertamente sobre os rumos da sua cooperativa. É também o momento de todos serem ouvidos. É a ocasião onde os associados demonstram a afinidade com os valores do cooperativismo.
Na assembleia, fica claro a equidade como garantia de igualdade entre os associados, de que todos têm os mesmos direitos e deveres na cooperativa. Nenhum associado pode ser privilegiado ou discriminado na sua participação, nas decisões e nos benefícios do negócio cooperativo. As regras valem para todos e beneficiam a todos, de igual forma.
Neste modelo, os associados têm os mesmos direitos e deveres de participação nas decisões. De forma igualitária, cada associado representa um voto. Vale lembrar que, no Sicredi, o associado é dono do empreendimento e participa da gestão da cooperativa. O associado escolhe os coordenadores de núcleo e os conselheiros da Cooperativa, que são seus representantes na tomada de decisões.
Portanto, você que é associado, participe das assembleias. Dialogando, compartilhe as suas sugestões e ideias, tome nota dos resultados de desempenho e contribua para o desenvolvimento da Cooperativa e de sua comunidade.
*Celso Ramos Régis - Sicredi União MS/TO
A Cooperativa Central Aurora Alimentos obteve, em 2015, uma receita operacional bruta da ordem de R$ 7,7 bilhões, resultado 12% superior ao ano anterior. O resultado líquido do exercício foi de 246 milhões de reais ou 3,5% da receita global. Os resultados foram apresentados na última semana pelos diretores Mário Lanznaster (presidente), Neivor Canton (vice-presidente), Marcos Antônio Zordan (diretor de agropecuária) e Leomar Somensi (diretor comercial) à assembleia geral da Aurora e pela chefe da controladoria Marinei Zuffo Rocha.
O crescimento da receita bruta decorreu do aumento nos volumes produzidos, proporcionado pela aquisição do frigorífico de aves de Mandaguari (PR) adquirido da Cooperativa Agropecuária e Industrial Cocari no mês de abril, da inauguração da linha de presuntaria no frigorífico de suínos de São Gabriel do Oeste (MS) em agosto e do aumento da capacidade da unidade de suínos de Joaçaba (SC), com o início do 2º turno. Por outro lado, o pesado aumento dos custos de produção, insumos, matérias-primas, energia elétrica, despesas gerais e a instabilidade da economia foram responsáveis pela redução do resultado líquido final, que encolheu 41% em relação a 2014.
As vendas no mercado interno responderam por 76% da receita bruta (ou R$ 5,8 bilhões) e as exportações representaram 24% do faturamento (ou R$ 1,8 bilhão).
As vendas mais expressivas no mercado doméstico, pela ordem de importância, foram de carnes suínas, carnes de aves, derivados lácteos, reprodutores, derivados de massas, rações e derivados vegetais. No mercado externo, as carnes de aves lideram as exportações.
SUÍNOS - A Aurora tem capacidade de abate de 18 mil suínos por dia. Em 2015, abateu e processou 4,5 milhões de suínos, um crescimento de 8,6% em relação ao ano anterior. Sete unidades industriais contribuíram para esse resultado: Chapecó, São Miguel do Oeste, São Gabriel do Oeste, Joaçaba, Sarandi, Chapecó II e Erechim.
A produção in natura de carnes suínas aumentou 7,7% passando a 373,2 mil toneladas, incluindo cortes para matéria-prima de industrializados, miúdos, cortes resfriados, congelados, salgados e temperados.
A industrialização de carnes suínas cresceu 1,5% e atingiu 305,5 mil toneladas de curados, defumados, empanados, linha festa, fatiados, hambúrgueres, linguiças cozidas, linguiças frescais, mortadelas, presuntaria, refinados, salsichas e porcionados.
AVES - Com capacidade de abate de quase 1 milhão de aves por dia, a Aurora Alimentos ampliou em 8,3% o processamento de frango no ano passado. As oito plantas receberam e processaram, no conjunto, 233,2 milhões de aves nas unidades avícolas de Maravilha, Quilombo, Erechim I, Abelardo Luz, Guatambu, Xaxim, Mandaguari e Mais Frango (essa, arrendada).
A produção in natura foi ampliada em 8% para 481,5 mil toneladas. Entretanto, a industrialização permaneceu estável (+0,5%) em 55,4 mil toneladas de defumados, empanados, linha festa, fatiados, hambúrgueres, linguiças cozidas, linguiças frescais, linha light, mortadelas, presuntaria, salsichas e porcionados.
LÁCTEOS/MASSAS - A Aurora recebeu 482,4 milhões de litros de leite em 2015, processou 474,1 milhões e, com essa matéria-prima, gerou 211 mil toneladas de produtos industrializados na forma de leite em pó, leite longa vida, queijos e outros produtos lácteos.
O volume de produção na área de nutrição animal cresceu 14%, incluindo rações, núcleos e concentrados para aves e suínos. Contribuiu para o aumento da produção a incorporação da fábrica de rações da Cocari, em Mandaguari (PR).
A Aurora também contabiliza expansão no segmento de massas. A elaboração de lasanhas, pizzas, pão de queijo, sanduíches e prato pronto cresceu 20%, totalizando uma produção de 7,6 mil toneladas e sinalizando uma tendência irreversível na linha do fast food: o consumidor busca praticidade em pratos congelados e pré-prontos para alimentação individual e familiar. Prova disso é a batata palito da Aurora cuja produção expandiu 79%, no ano passado, para 14,1 mil toneladas.
EXPORTAÇÕES - As exportações da Aurora Alimentos em 2015 totalizaram um faturamento líquido de 1 bilhão 850 milhões de reais o que representou um aumento de 35% em relação ao ano de 2014. O negócio “aves” respondeu por 66% do total com um montante de 1 bilhão 241 milhões de reais. O negócio “suínos” participou com 33% do total com faturamento de R$ 612 milhões.
Foram embarcadas 290.402 toneladas, com 18,4% de crescimento em relação a 2014. Deste volume, o negócio aves respondeu por 74%, o negócio suíno por 26%.
A expansão no mercado mundial foi auxiliada pela entrada nas exportações do Frigorífico Aurora de Mandaguari em maio 2015. Por outro lado, o faturamento cresceu devido à forte influência dos ajustes na cotação do dólar durante o ano, compensando a perda de valor nominal dolarizado por tonelada exportada.
Os principais destinos das exportações foram a Ásia, África, Rússia, Japão, Oriente Médio, América, Europa, Eurásia e Cingapura.
DESENVOLVIMENTO REGIONAL - A base produtiva da Aurora Alimentos no segmento de aves localiza-se nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. Em 2015, essa área formada por 115 municípios gerou um valor adicionado no montante de R$ 1,3 bilhão.
Na atividade de suínos, o valor adicionado indireto gerado nos 162 municípios dos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul totalizou R$ 1,5 bilhão.
Na atividade de leite o valor adicionado gerado pela coleta realizada pelas nove cooperativas filiadas que atuam na atividade em 126 municípios de SC, RS e PR totalizou R$ 387 milhões.
Esses valores compõem o valor adicionado de cada município, gerado por produtores associados vinculados ao sistema Aurora. Por isso, são designados como geração de valor para o movimento econômico de forma indireta.
Cada suíno abatido gera de valor adicionado para o município onde é produzido 349 reais; cada ave abatida gera R$ 5,52 e cada litro de leite coletado gera R$ 0,98.
O valor adicionado direto gerado nas unidades fabris (abate e industrialização de aves e suínos e processamento de leite) situadas nos estados de SC, RS, PR e MS foi de 1,6 bilhão de reais.
O sistema Coopercentral Aurora Alimentos produziu em 2015 os seguintes resultados para as regiões onde atua:
- Geração de ICMS: R$ 987 milhões.
- Valor Adicionado na atividade agropecuária: R$ 3,3 bilhões.
- Valor adicionado na atividade industrial: R$ 1,6 bilhão.
- Remuneração e encargos sobre folha de pagamento: R$ 829 milhões.
(Fonte: Assimp da cooperativa)
O ano de 2016 se iniciou não muito diferente de como se encontrava em 2015, ou seja, o cenário político continua imprevisível, com diversos atores tendo de se defender de processos políticos e judiciais, com uma crise econômica que dá sinais de que persistirá ao longo do ano e com o país tendo de enfrentar diversos desafios para retomar o crescimento econômico e social.
Apesar de o cenário indicar que o setor produtivo terá mais um ano difícil pela frente, é possível também enxergar algumas oportunidades de avanço e desenvolvimento para as cooperativas. A ampliação das exportações, alavancadas por uma taxa de câmbio favorável, a discussão da reforma tributária que está sendo retomada, com possibilidade de simplificação e desburocratização de alguns tributos importantes para as cooperativas e a abertura de alguns espaços de diálogo com o poder público são alguns indicativos positivos para o setor cooperativista.
Realizar a análise do cenário de oportunidades e desafios na relação com o governo é o objetivo do Quadro Governamental. Atualizado periodicamente, o estudo apresenta, além do contexto político para o cooperativismo, um perfil detalhado de cada ministro de estado, buscando trazer informações estratégicas para a tomada de decisão das cooperativas, especialmente em um momento de crise econômica e política do país.
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, destaca o papel do estudo para a representação político-institucional do cooperativismo.
“Em um cenário no qual o país enfrenta grandes desafios para a recondução de seu crescimento econômico e para atender às demandas da sociedade, o cooperativismo deve buscar constantemente se inserir na agenda estratégica do governo e auxiliar no aprimoramento das políticas públicas, colaborando com o poder público como mecanismo de inclusão produtiva e de transformação da sociedade”.
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O superintendente do Sistema OCB, Renato Nobile, se reuniu com o superintendente nacional de Agronegócios da Caixa Econômica Federal, Márcio Vieira Recalde, e o gerente nacional de Estratégia e Produtos Agronegócios, Abel Silvestre Reder, em Brasília. O objetivo foi estreitar a relação institucional entre as duas entidades.
Renato Nobile apresentou a estrutura do Sistema OCB, destacando a atuação da OCB e do Sescoop. Ele também discorreu sobre a atuação das as cooperativas do Ramo Agropecuário e seu potencial para o setor. Este é o terceiro ano safra em que a Caixa está atuando diretamente com as operações de crédito rural e, segundo os executivos da instituição financeira, a participação das cooperativas vem ganhando cada vez mais relevância.
O cooperativista apresentou o Programa de Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas (PDGC) um dos mecanismos internos do movimento cooperativista e que avalia o resultado das cooperativas com base em sua rotina operacional e práticas de gestão.
Renato Nobile disse que a Caixa está se consolidando como agente do crédito rural e, ainda, que os executivos do banco se mostram bastante receptivos e atentos ao setor cooperativista.