Os recursos aplicados no crédito rural do País para agricultura empresarial em custeio, investimento e comercialização, atingiram R$ 85,2 bilhões, de julho a dezembro de 2014, o que corresponde a 55% do total programado para o ano safra 2014/2015, de R$ 156,139 bilhões. O valor consta no Plano Agrícola e Pecuário (PAP) anunciado em maio do ano passado pelo governo federal. O resultado representa um crescimento de 13% em relação a igual período de 2013, quando foram aplicados R$ 76 bilhões. Somente para custeio e comercialização foram programados para a safra 2014/2015, o valor de R$ 111,9 bilhões, dos quais R$ 61,5 bilhões (55%) foram aplicados no período. Já para investimentos, dos R$ 44,1 bilhões programados, foram aplicados R$ 23,7 bilhões, o que corresponde a 54% do total.
Os ramos Agropecuário e Infraestrutura estão em busca de uma gestão cada vez mais qualificada. Este é o foco central da reportagem “Pela Gestão Nota 10”, veiculada pela revista Saber Cooperar, em sua 16º edição. A revista apresenta o desafio diário de cooperativas de eletrificação rural e de insumos agrícolas em se preparar para um sistema de produção mais eficiente e que considera variáveis como desenvolvimento ambiental e também humano.
Enquanto as cooperativas de eletrificação rural lutam para superar grandes dificuldades como mudanças no marco regulatório, por exemplo, as cooperativas agropecuárias atuam fortemente para trabalhar questões que envolvem aspectos da governança moderna, com foco na participação dos cooperados nas ações da entidade. Leia o conteúdo integral da reportagem, clicando aqui.
O portal PorkWorld, destinado a publicações informativas e técnicas a respeito da carne suína, publicou o artigo “Em 2015 o agronegócio salvará o Brasil”, assinado pelo presidente da Cooperativa Central Aurora Alimentos, Mário Lanznaster. Segundo o texto, uma das maiores deficiências logísticas continuarão sendo os obstáculos à exportação. Entretanto, afirma o texto, o Brasil e os Estados Unidos continuaram tendo boas safras, o que assegurará o suprimento de milho, soja e farelo destinado à transformação em proteína animal.Clique aqui para conferir a previsão de Lanznaster para este ano.
Durante visita institucional, o Sistema OCB apresentou à ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, os principais destaques do cooperativismo agropecuário e de crédito, ressaltando sua importância para o dinamismo dos ramos, que vieram ao encontro das prioridades elencadas pela Ministra para o seu mandato. O encontro contou com a participação de dirigentes do cooperativismo, que debateram temas de interesse comuns ao Ministério, inclusive, o presidente do Sistema OCB/MS, Celso Régis estava presente.
O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, destacou a receptividade de Kátia Abreu com relação aos pleitos do setor. “Ela fez questão de conversar com todos os integrantes do grupo, composto por representantes de unidades estaduais, da Diretoria da OCB e, também, de cooperativas agropecuárias e de crédito”, comentou Márcio Freitas.
Kátia Abreu ouviu as demandas do cooperativismo, especialmente aquelas relacionadas com segurança jurídica, crédito rural, infraestrutura e logística e defesa agropecuária. Vale destacar, que todos os segmentos das cadeias produtivas do agronegócio estavam representados durante a reunião.
A ministra da Agricultura afirmou que está atenta às demandas do setor e que trabalhará para solucionar todas as questões de forma rápida, com a ampla participação de todos. “Quero que saibam que estamos abertos às sugestões de vocês. Só quem trabalha na ponta é que conhece os desafios diários de produzir e de entregar a produção”, enfatizou Kátia Abreu. Segundo ela, os assuntos apresentados durante a reunião serão exaustivamente discutidos com o setor e com todos os elos da cadeia produtiva. “Nós queremos trabalhar para atender o agronegócio brasileiro e para isso é necessário ouvir todos os envolvidos. Conto com as informações e parceria do movimento cooperativista brasileiro”, reforça a Ministra.
PLANO SAFRA – Durante a reunião, a ministra Kátia Abreu informou que o Mapa tem trabalhado para dar uma boa notícia aos agropecuaristas brasileiros, em breve. “Pela primeira vez, estamos ouvindo de um representante do governo federal que teremos mais que um plano safra, teremos um plano agrícola de longo prazo, ou seja, um planejamento da agropecuária do país. Isso para nós representa mais do que um plano de liberação de crédito, significa que o Mapa está pensando estrategicamente em um projeto estruturante para dar suporte ao produtor rural. Após essa reunião, nossa expectativa é extremamente positiva”, informa o presidente do Sistema OCB, Márcio Freitas.
RAMO CRÉDITO – Boa parte da reunião com a ministra da Agricultura serviu para apresentação do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo. Segundo ela, o cooperativismo financeiro é uma grande alternativa para que os recursos do crédito rural sejam disponibilizados de forma mais efetiva aos produtores.
“Hoje conversamos com representantes dos principais sistemas do cooperativismo de crédito do país, porque entendemos que é preciso apoiar esse setor. Nos Estados Unidos existe uma forte expressão do segmento no financiamento das atividades rurais e nós queremos que, aqui no Brasil, esse setor se fortaleça, porque onde tem cooperativa tem organização, profissionalismo, economia de escala e sentimento de pertencimento, já que o cooperado é dono do negócio. Nós que estamos nesta empreitada para que a classe média rural brasileira possa crescer recomendamos, sem dúvida nenhuma, o cooperativismo como grande caminho para realizar esse sonho”, concluiu Kátia Abreu.
As ministras do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e da Agricultura, Kátia Abreu, se reuniram ontem (5/2) com secretários estaduais das duas áreas para alertarem produtores rurais para o fim da inscrição noCadastro Ambiental Rural (CAR) e encontrar caminhos para aumento da adesão dos agricultores ao sistema. O prazo termina daqui a três meses e, até o momento, somente 40% dos mais de 371,8 milhões de hectares de áreas passíveis de cadastramento foram registradas como determina o Código Florestal.
Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente, 60% das propriedades já inscritas no CAR são de pequenos agricultores. No entanto, os estados com melhores resultados, considerando as áreas registradas – Mato Grosso, Pará e Amazonas – foram os grandes proprietários que já fizeram cadastramento.
Izabella Teixeira ressaltou que o governo federal busca apoio de entidades rurais, sindicatos, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), no diálogo com os estados, para auxiliar os pequenos produtores no preenchimento do CAR.
“Essa reunião também serve para isso: quais os esforços que os estados terão que fazer para chegar até maio com um balanço de resultado. Esse é espírito do encontro: juntar a obrigação de fazer CAR, com o licenciamento ambiental, modernizar e dar um padrão de referência para todo o país”, afirmou. Ainda segundo a ministra, em maio, quando acaba o prazo de adesão ao CAR, será feito um balanço que definirá a estratégia de uma eventual prorrogação.
COOPERATIVISMO – Desde que o cadastro foi liberado, o Sistema OCB tem atuado fortemente junto às cooperativas a fim de garantir o sucesso do CAR, que visa, a regularização fundiária e ambiental das propriedades. Dentre as atividades já realizadas destacam-se:
- A celebração de um Acordo de Cooperação com o Ministério do Meio Ambiente, com a finalidade de divulgar os instrumentos de regularização ambiental previstos no novo Código Florestal;
- O lançamento de uma cartilha sobre a nova legislação e os passos necessários para a regularização das propriedades rural dos cooperados;
- Realização de palestras regionais sobre o processo de regularização, promovendo a transferência de informações consolidadas a respeito do tema (OCB e Poder Executivo – MMA);
- Criação do blog www.cooperacaoambiental.coop.br, visando a oferecer aos técnicos das cooperativas e técnicos das unidades estaduais “um plantão eletrônico de tira-dúvidas” sobre a nova legislação e os processos necessários para a regularização ambiental das propriedades;
- Acompanhamento perene dos normativos de regulamentação florestal nos estados;
- Monitoramento rotineiro junto ao Poder Judiciário quanto à aplicação da nova legislação.
CADASTRO AMBIENTAL RURAL - Criado pela lei do Código Florestal, o CAR é responsável por formar a base de dados para controle, monitoramento e combate ao desmatamento das florestas e demais formas de vegetação nativa do Brasil. No sistema, os produtores devem informar dados cadastrais e da localização georreferenciada das Áreas de Preservação Permanente (APP), áreas de Reserva Legal (RL) e áreas de Uso Restrito (AUR). (Com informações da Agência Brasil)